JACK G P.O.V.:
Sentei na cadeira vaga atrás do Jack J e o cutuquei.
— Como vão as coisas com a Carol?
— Eu nunca mais a vi…
— Sério? Quando foi a última vez que vocês se viram? Faz muito tempo?
— Foi ontem. – Comecei a rir e ele me encarou. – Tá rindo por que?
— Qual é, cara, vocês só ficaram umas duas vezes.
— E daí? Eu disse que to apaixonado, morrendo de amores ou só afim dela? Não, né? Então não enche, caralho.
— Ih, tá de tpm.
— Vai dar o cu, Gillinsky.
— Só se for pra você. – Eu disse com uma voz de viado.
— Podem parar com a viadagem e você pode sair do meu lugar, por favor? – Olhei pra cima e me deparei com uma garota… Caralho.
Caralho.
Não pude evitar, meus olhos foram atraídos para o seu decote e ela revirou os olhos.
— Ok, você pode até ser bi, mas aqui é lugar marcado e eu preciso do meu.
— Qual é, gata. – Eu disse me levantando e percebi o quanto ela era baixinha. – Não precisa se estressar.
— Você não viu nada. – Ela disse dando um sorriso forçado e eu ri.
— Birrenta, hein? – Eu cochichei pro Jack J, que estava rindo.
— Eu consigo te escutar. – Ela disse rindo.
— Já te fiz sorrir. – Pisquei o olho e me sentei na cadeira ao seu lado, mas continuava de frente pra ela.
— Quem disse que eu sorri por isso?
— É a lógica.
— Ai, garoto, me deixa.
— Pra que ser tão fechada?
— Pra não acabar sendo uma otária.
— Que? Não faz sentido. – Ela fechou os olhos e respirou fundo.
— Desculpa, não deveria descontar minha raiva em você. Só não meche comigo, tá?
Levantei os braços em força de redenção e ela riu.
— Posso ao menos saber seu nome? – Eu sorri e ela sorriu sem mostrar os dentes.
— Pra que você quer saber meu nome?
— Ah, só pra saber mesmo. – Ela abriu o caderno e começou a escrever algo.
— É Iza. – Ela sorriu e eu sorri de volta.
Porra, que sorriso lindo.
— Prazer, Iza, muito prazer. – Dei ênfase no “muito” e ela riu.
Ai ai, Iza…
CARTER P.O.V.:
— A aula não vai começar hoje? – Eu disse pro Matt que estava sentado na minha frente.
— E desde quando você gosta de estudar?
— Desde que isso se tornou a única coisa que tira a Isabelle da minha mente.
— Ih, cara, ainda não superou?
— Qual é, Matt, olha pra ela. – Apontei com a cabeça na sua direção e Matt olhou. Ela estava linda. – Ok, pode parar de olhar.
— Na verdade eu estava olhando pra quem está atrás dela.
— Giovanna?
— Enfim, continue.
— Depois você me explica isso.
— Fala logo, Carter.
— Não tem o que falar, eu odeio esse cu doce que ela faz, fica se fazendo de difícil mas eu sei que ela tá louca por mim.
— Então vai falar com ela.
— Ela sempre muda de assunto.
— Então beija ela.
— Você acha?
— Você é tão gay, Reynolds. – Ele revirou os olhos e o professor entrou na sala.
(…)
— O que tá fazendo aqui? – Tinha tocado pro intervalo e normalmente as pessoas ficam na grama conversando, mas a Belle estava afastada, encostada numa árvore.
— Só quero ficar sozinha.
— Ah, tá, desculpa. – Me virei pra sair dali mas ela segurou a minha mão.
— Você entendeu, Carter.
— Não, não entendi, você sempre complica as coisas. – Eu disse me aproximando dela e fitando seus olhos.
— Então descomplica pra mim. – Ela disse dando um sorrisinho.
— Por que você tem que ser assim? – Eu disse segurando forte em sua cintura e colando nossos corpos.
— Assim como? – Ela sorriu com a língua entre os dentes e eu sorri.
Segurei seu rosto com as duas mãos e selei nossos lábios, logo depois dando início a um beijo longo. Belle agarrou meu cabelo com força e eu a encostei novamente no tronco da árvore. Minha mão deslizou pelas suas costas e eu dei uma leve mordida em seu lábio inferior. Ela deslizou suas mãos pelo meu peitoral e paramos de nos beijar aos poucos. Ela olhou em meus olhos e sorriu.
— Com você tudo fica menos complicado. – Sorri de volta e a beijei novamente, dessa vez sem medo, sem receio, sem pressa.
JACK J P.O.V.:
— Tá pronto? – Jack G disse enquanto eu estava prestes a ir falar com a Carol que estava numa rodinha com a Lauren e umas meninas.
— Não.
— Larga de ser frouxo.
— Só no dia que você largar de ser gay. – Jack G riu e eu comecei a andar na direção da Carol, mas logo depois voltei.
— O que foi agora?
— Não dá.
— Porra, o que tá acontecendo com você?
— Olha pra ela, cara, ela é perfeita.
— Se eu falasse uma coisa ia soar mais gay que o Cameron quando está com a Lauren, então, deixa de ser bundão. – Ele começou a rir do nada e eu não entendi.
— O que foi?
— Vou ali. – Ele saiu e me deixou sozinho. O que foi isso?
— Jack? – Me virei e vi a Carol.
Porra.
— Oi, Carol.
— Faz tempo que a gente não se fala, né?
— É, um dia.
— Acho que você não entendeu… – Ela disse mordendo o lábio inferior.
— Ah, ah, é, é. – Ela riu e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, logo depois passando por mim.
— To com saudade. – Me virei e ela deu um sorrisinho, voltando pra onde estava, com as amigas.
Isso não se faz comigo.
Nem com ninguém.
NASH P.O.V.:
— Ela não é tão santinha assim, cara. – O Jacob disse enquanto íamos pra sala.
— Como assim?
— Soube que ela tentou pular o muro.
— Isso a torna safada?
— Vai se foder, Nash.
— Me explica isso, como assim? – Parei de andar e o Jacob também.
— Tentou pular o muro, porra, não sabe o que é pular um muro não?
— Para de ser grosso.
— Vai chorar? Tá todo sentimental depois que assumiu ter uma queda pela Cyn.
— Vai se foder, e não chama ela de Cyn. – Passei por ele e segui pra sala.
(…)
O turno da tarde geralmente era a mesma coisa, alguns alunos iam pra uma área da faculdade conversar enquanto outros iam estudar. Eu estava a caminho desse lugar, que era tipo o jardim, quando alguém me chamou.
Me virei e arregalei os olhos.
— Cynthia? – Eu disse sorrindo.
— Surpreso? – Ela disse enquanto se aproximava de mim.
— Não muito, as garotas sempre me chamam. – Dei de ombros e ela revirou os olhos, rindo.
— Você se acha demais.
— Fazer o que, né? É a realidade.
— Você acha mesmo que todas as garotas são afins de você? – Ela disse arqueando as sobrancelhas. Passei um tempo sem responder mas não foi porque eu estava pensando, e sim porque sua boca me chamou atenção. Que boca maravilhosa. – Nash?
— Que?
— Tá tudo bem?
— Tudo ótimo… É… Acho sim.
— Ih…
— Que foi?
— Não acho que todas as garotas queiram ficar com você.
— Você é um exemplo de que todas caem aos meus pés. – Ela começou a rir e eu fiquei sem entender. – O que foi?
— Você acha mesmo que eu to afim de você?
— Por qual outro motivo você viria falar comigo?
— Pra conversar? Somos seres humanos, Nash, conversamos, nem tudo gira ao seu redor, nem todo mundo quer ficar com você.
— E você não quer? – Cruzei os braços e dei um sorrisinho.
— Não. – Ela sorriu e deu de ombros, passando por mim.
— Você tá mudada, Cyn. – Eu disse enquanto ela se distanciava.
— Não mais que você. – Ela piscou o olho pra mim e voltou a andar.
Isso não tá certo.
TAYLOR P.O.V.:
— O que você fez dessa vez? – Disse enquanto me sentava ao lado da Van, estávamos na detenção. Ela olhou pra mim e deu um sorriso.
O professor que “toma conta” não estava na sala, só estávamos nós dois e mais umas três pessoas.
— Estirei dedo pra professora.
— Nossa, que rebelde.
— Ela foi falar merda do Brasil…
— E você é de lá?
— Não, mas eu me apeguei muito, ela não é ninguém pra dizer que lá só tem merda.
— Ih… Lá não tem merda não. – Eu disse sorrindo.
— Por que essa cara? – Ela disse com um sorriso no rosto.
— Ah, não sei… – Eu disse me sentando mais perto dela. – Acho que foi lá que eu conheci uma garota birrenta. – Ela deu um tapa no meu braço e eu ri. – Qual é, você é. – Ela revirou os olhos e eu ri. – Mas… – Ela voltou a olhar pra mim e eu segurei seu rosto com uma mão. – Até que ela é legalzinha.
— Cala a boca, Taylor. – Ela me puxou pela blusa e me beijou. Suas mãos agarravam meu cabelo com força e ela veio pra minha cadeira, ficando no meu colo, com uma perna de cada lado. Agarrei sua cintura com força e ela desceu os beijos pelo meu pescoço, logo depois voltando pra minha boca.
— Não pode se beijar aqui não! – Escutei alguém falando isso e quando olhei a Van estava estirando dedo, fazendo a menina rir. Mal deu tempo de rir porque ela me beijou novamente, tirando todo o ar que eu havia recuperado.
Não sou de ferro, era difícil me controlar com ela no meu colo.
— Taylor? – Ela disse parando de me beijar e me olhando com uma cara maliciosa.
— Desculpa, não dá pra evitar. – Ela riu e se ajeitou no meu colo.
Porra, ela só pode estar brincando com a minha cara.
— Desculpa, só me ajeitei rapidinho.
— Você não vale nada, Van.
— E mesmo assim você gosta. – Ela deu um sorriso safado e me beijou novamente, agarrei sua cintura com força e ela começou a fazer movimentos no meu colo.
Ah, não fode.
Espera, fode sim.
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