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História Kiss Me Hard - Second Season - And you let her go.


Escrita por: priscilamenezes

Capítulo 23 - And you let her go.


Fanfic / Fanfiction Kiss Me Hard - Second Season - And you let her go.

LAUREN P.O.V.:

Chegamos na faculdade e fomos pro nosso quarto. Peguei meu celular que estava carregando e tirei do modo avião.

19 ligações não atendidas. Meu Deus.

Liguei pro número que era da Shay, a responsável pelo asilo que a minha avó estava.

— Alô?? Shay? Tá tudo bem?

— Lauren! Eu te liguei tantas vezes, aonde você estava?

— Eu estava num lugar que estava sem sinal então coloquei no modo avião, o sinal só voltou quando voltei pra faculdade. O que aconteceu?

— A sua avó, ela está muito mal, você precisa vir, e...

— O que, Shay?

— Traga as suas malas.

(...)

Não tive muito tempo pra pensar, apenas fiz minhas malas rapidamente e chamei o Cameron, ele foi de táxi até lá comigo e não soltou a minha mão nem por um segundo.

Mil coisas passavam pela minha cabeça, ela estar muito doente e eu ter que morar com ela novamente, ou ela ter piorado e eu ter que ficar com ela no asilo... Eu não sabia, eu só queria chegar lá o mais rápido possível.

Quando chegamos, fomos pra área onde era tipo um hospital, ela estava tomando soro e encontrei Shay sentada ao seu lado.

— O que aconteceu? Como ela está?

Cameron estava logo atrás de mim e eu senti o olhar da Shay bastante triste.

— Ela teve duas paradas cardíacas, Lauren, não acho que aguente mais outra. – Ela disse abaixando a cabeça e eu me aproximei da cama aonde a minha avó estava.

— Vovó... Eu estou aqui. – Disse passando minha mão em seu rosto que estava bastante pálido.

— Laur... – Ela disse num suspiro. – Ainda bem que você chegou a tempo... – Ela segurou minha mão e olhou em meus olhos. – Lembra daquele papel que eu pedi pra você guardar? – Assenti com a cabeça e ela deu um sorriso fraco. – Preciso que você o abra, preciso que leia o que está nele, e o mais importante, preciso que faça o que está escrito ali.

— Claro, vovó, claro...

A Shay levou o Cameron pra fora e eu fiquei sozinha com a minha avó no quarto. Ela se afastou um pouco e eu me deitei ao seu lado na cama, a abraçando.

— Fica comigo, vovó...

Ela deu um riso fraco e senti sua mão afagando meu cabelo.

— Agora, Laur, veja o papel. Está aí?

Me levantei da cama e enxuguei – sem que ela percebesse – algumas lágrimas que ousaram escapar. A pessoa que eu mais amo na minha vida está indo embora, a minha única família está partindo e eu não posso fazer nada pra ajudar.

Abri minha bolsa e peguei minha carteira, pegando o papel que estava lá dentro.

— Por favor, leia em voz alta. – Ela disse olhando pra mim e eu assenti com a cabeça.

(COLOQUEM PLAY NA MÚSICA WHEN YOU'RE GONE — AVRIL LAVIGNE)

Abri o papel e vi a sua caligrafia cuidadosa ali.

Respirei fundo, engoli as lágrimas, fazendo com que minha garganta doesse. Olhei pra ela com um sorriso no rosto e comecei a ler.

“Minha neta, Laur, Lauren, Little Laur, como você preferir... Se você estiver lendo essa carta, significa que eu já parti ou estou bem perto disso.”

Parei de ler e olhei pra ela com lágrima nos olhos, ela apenas deu um sorriso singelo e balançou a cabeça para que eu continuasse.

“Você sabe o que nós passamos e eu mais do que ninguém sei do que você passou. Sempre falei pra você desde pequena: “Não é de sangue, mas é de coração”, e você nunca entendia. Bom, eu não sou sua avó de sangue, acho que você sempre suspeitou disso, mas pode ter certeza que eu te amei mais do que qualquer pessoa nesse mundo. Eu sou amiga da sua mãe, na verdade sou como uma mãe pra ela, eu que a criei junto com meu irmão, é uma longa história... Seus pais são pessoas importantes, e com isso, tem muita gente querendo destruí-los. Lauren, não sei como dizer isso, mas o seu pai... Ele morreu pra te salvar. Você era muito pequena, uns homens de uma empresa inimiga da empresa do seu pai invadiram a casa de vocês e tentou te sequestrar, eles queriam dinheiro em troca, sempre quiseram isso, sempre tentaram destruir a vida do seu pai em troca de dinheiro. Seu pai brigou com um dos sequestradores e a arma disparou... Com isso, sua mãe ficou apavorada, e... Ela também estando envolvida nisso, teve medo de tentarem te machucar novamente, ela não viu outra alternativa a não ser te mandar pra um lugar longe do Brasil, um lugar aonde você tivesse o seu tio Jack, que na verdade não é seu tio... Me sinto mal em ter mentido pra você sobre algumas coisas, mas foi necessário. Jack era o melhor amigo do seu pai e ele confiava nele como um irmão. Resumindo as coisas, aqui estamos nós... Você ainda corria perigo até agora, pois uns detetives dessa empresa inimiga te seguiram do Brasil até aqui. Não se preocupe, Lauren, eles queriam chegar até mim, porque eu tenho o que eles querem, algo que só o seu pai e eu sabemos, e agora, eles não poderão mais ter. Eu não posso mais cuidar de você, eu preciso que você me faça um último favor.”

Respirei fundo tentando assimilar tudo aquilo e quando olhei em seu rosto, uma lágrima ousou em escorrer pela sua bochecha esquerda e eu me sentei ao seu lado.

— Vovó...

— Continue. – Ela apertou levemente minha mão e eu voltei a ler.

“Seis meses, Lauren, preciso que você passe seis meses no Brasil, preciso que você conheça a sua mãe. Eu já acertei tudo com ela, o endereço está no verso da carta, o dinheiro está na sua conta, você não vai se atrasar na faculdade, seria como um intercâmbio. Laur... Por favor, se cuida. Eu te amo mais que tudo nesse mundo, obrigada por ser a neta que nunca tive.

Eu sempre olharei por você lá de cima, sempre estarei ao seu lado.

Fica com Deus, minha pequena Laur.”

Quando olhei pra ela, eu não conseguia parar de chorar, apenas a abracei forte por um longo tempo, e quando me desfiz do abraço, ela passou a mão no meu rosto e sorriu.

— Você sempre vai ser a minha netinha.

Passei minha mão por cima da sua e dei um sorriso, vendo pela última vez, o brilho dos seus olhos verdes.

Sua mão caiu do lado do seu corpo e seus olhos fecharam vagarosamente. A abracei com todo o amor que eu tinha. As lágrimas não paravam de cair e a minha maior vontade era de gritar, gritar pra Deus trazer a minha avó de volta.

— Lauren? – Escutei a voz de Cameron mas eu não conseguia soltar a minha avó, era como se eu estivesse implorando pra ir com ela. Senti as mãos de Cameron na minha cintura e ele me puxou contra minha vontade. Uns médicos entraram na sala e começaram a examiná-la.

Tentei me soltar de Cameron mas ele me abraçou forte, eu me debatia em seus braços e ele continuava a me abraçar. O meu choro não parava, eu abracei Cameron com força na tentativa de amenizar o sofrimento, mas foi em vão.

— Vai ficar tudo bem... – Ele disse num sussurro enquanto a minha respiração voltava ao normal.

(parem a música)

(...)

Os médicos e o pessoal do asilo arrumaram o velório e o enterro para os dias sucessores.

Enquanto isso, eu fiquei na casa do Cameron, não voltei pra faculdade e expliquei o motivo pra eles. O Cameron ficou comigo o tempo todo, ele foi... Um anjo pra mim.

Depois do velório e do enterro, eu estava... Destruída. Foi a pior coisa do mundo dar adeus pro meu único familiar, pra minha mãe, avó, tia, irmã, amiga...

“Deus sabe o que faz.” Era o que eu ficava repetindo pra mim mesma enquanto tentava me acalmar.

Cameron e eu, depois de tudo, fomos para um restaurante simples, bem tranquilo. Eu não queria comer, mas ele insistiu.

Quando ele foi no banheiro, eu abri a carta novamente e vi que, dentro do envelope, havia uma passagem de avião com a data ainda ajustável.

Respirei fundo e guardei a passagem.

Eu tenho que fazer a vontade da minha avó, e o mais rápido possível.

— Não vai comer mais? – Cameron disse quando se sentou novamente na mesa.

— Cameron, preciso fazer uma coisa, e... Por favor, não pergunta nada, só vem comigo.

Eu tinha levado as malas, eu pretendia voltar pra faculdade, mas...

(COLOQUEM PLAY NA MÚSICA LET HER GO — PASSENGER E ADIANTEM PRA PARTE QUE COMEÇA A MÚSICA, A VOZ DO CARA IDK OBG)

Chamei um táxi, e antes que Cameron entrasse, disse pro motorista pra irmos ao aeroporto.

— Pra onde estamos indo? – Ele perguntou enquanto alisava minha mão.

— Eu só... Eu espero que você entenda.

— Lauren? – Olhei pra ele com os olhos marejados e depois virei o rosto pra estrada.

(...)

Quando chegamos no aeroporto, Cameron ficou sem entender mas mesmo assim entrou comigo.

— Pra onde nós vamos? – Ele disse arqueando as sobrancelhas e dando um sorriso.

— Nós não...

— Lauren?

— Cameron... Esse foi o último pedido da minha avó, eu...

— Do que você tá falando, Lauren?

— Eu tenho que fazer isso!

— Lauren!

— Eu vou pro Brasil, Cameron! – Nesse momento ele ficou boquiaberto e sem falar por uns segundos, mas logo depois balançou a cabeça negativamente e segurou minhas duas mãos.

— Eu vou com você!

— Não, Cameron, não é uma visita...

— Do que você tá falando, Lauren?

— Eu vou... Morar lá por seis meses.

— Você o que?

— Me desculpa, é que...

— Não, você não pode ir! E a faculdade? E eu?

— É um intercâmbio, eu não vou me atrasar na faculdade. E quanto a você... – Eu disse colocando minha mão no seu rosto.

Senti minhas bochechas ferverem e a dor de prender o choro na garganta voltou.

– Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, Cameron Dallas. — Disse dando um sorriso fraco.

— Não fala isso, Lauren, você não pode ir... – Ele disse com sua mão em cima da minha e notei seus olhos marejados.

— Me desculpa, mas... Eu...

— Lauren! – Ele pegou minha mão e colocou em cima do seu peito. – Tá sentindo? Isso daqui é por você! Como que eu vou ficar? Você não pode simplesmente sumir da minha vida do nada. Eu não quero perder você, eu não posso deixar isso acontecer.

— Cameron, você foi a única luz que eu conheci, você é tudo o que eu sempre quis... Eu só... Eu não posso ficar.

Com isso, tirei minha mão do seu peito e me aproximei dele, selando nossos lábios por um bom tempo, pela última vez.

— Eu nunca vou me esquecer de você, Cameron.

CAMERON P.O.V.:

Ela se distanciou de mim e eu vi a garota da minha vid­a indo pra outro país por seis meses.

— Lauren! – A alcancei e a puxei pelo braço. – Não vai, por favor! – Eu parecia um trouxa chorando no meio do aeroporto, mas eu não me importava com isso. – Você é tudo o que eu quero, você é tudo o que eu tenho.

— Cameron... – Ela disse mordendo o lábio inferior tentando segurar as lágrimas, sem sucesso. – Eu tenho que ir. – Ela disse e olhou nos meus olhos pela última vez, se virando e indo em direção à sala de embarque.

— Eu te amo, Lauren Campbell. – Sussurrei antes dela desaparecer da minha vista ao entrar na sala.

A minha prima, minha irmã, minha namorada, a única garota por quem eu me apaixonei sumiu diante dos meus olhos. Ela foi embora, ela foi pra outro país.

E eu estou aqui, sem ela, a amando, a esperando, a desejando... 

Seis meses. Seis meses sem ela.

Isso é uma eternidade.


Notas Finais




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