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História Klaroline - It's okay, love - Um monstro


Escrita por: R_J

Notas do Autor


GENTE, DESCULPA, desculpa mesmo pela demora, tava num bloqueio criativo tenso, mas voltei.
Boa leitura ♥

Capítulo 3 - Um monstro


O CARRO CORTAVA as ruas silenciosamente, Elisabeth tinha os olhos fixos na estrada, como se sua vida dependesse disto, mas a verdade era que ela simplesmente não conseguia olhar para a própria filha, o sol começava a se por, logo seria noite, a mulher esperava que aquilo não atrapalhasse sua viajem para a pensão Moolfyn.

— Vai ficar sem falar comigo até quando? — Perguntou Caroline, olhando de cenho franzido para a mãe, Liz fingiu não a ouvir.

Dois dias atrás encontrara o corpo da filha, frio e sem vida, e Elisabeth desmoronara, entrara em uma crise de choro e abraçara o corpo de Caroline com desespero, verificou o pulso e concluiu com pesar que a sua menina realmente morrera, mas então Caroline acordou.

A jovem se debateu assustada contra os braços da mãe, mas acalmara-se ao identificar quem era, entretanto, a mulher estava atônita.

“Como isso é possível? ” Perguntara ela, confusa, e Caroline não teve outra escolha: Precisou contar-lhe a verdade.

Elisabeth entrou em choque, e Caroline não teve dificuldade nenhuma para ler o que seus olhos diziam: Liz preferia que ela estivesse morta.

 

NIKLAUS SOCAVA AS PEÇAS de roupa com fúria para dentro da pobre mala, ele iria voltar correndo a seu esconderijo favorito: A pensão Moolfyn, odiava fugir, odiava parecer um covarde, um fraco, odiava ele. 

Allison o observava pelo canto do olho, aterrorizada, ele a acordara no meio da noite e lhe mandara fazer as malas, pois iriam mudar-se, a mulher bateu o pé, adorava aquela casa, aquela mansão, e não queria abrir mão de tanto luxo e conforto, Klaus a olhara de tal modo que ela poderia jurar que ele iria matá-la, então tratou de fazer logo suas malas, frustrada.

— Senhor Mikaelson, o carro está pronto para partir. — Jackson, o motorista, avisou-lhe.

 Jackson era um barman de uma boate gay, era um jovem extremamente educado e precisava do salário para pagar os remédios da avó, Niklaus sequer precisou o hipnotizar para que trabalhasse para ele, só precisou oferecer um bom e gordo salário, bem maior do que a mixaria que o rapaz recebia antes.

— Obrigado, Jackson, o seu trabalho foi muito útil. — Elogiou o original, caminhando até o rapaz, que se manteve imóvel. — Entretanto, você não é mais necessario. — Sussurrou ao pé da orelha do garoto e quebrou-lhe o pescoço.

Allison o observou o corpo de Jackson cair com certa tristeza, gostava do rapaz, ele sabia fazer excelentes bebidas.

— Poderia ao menos tê-lo deixado levar as malas para o carro. — Murmurou ela, em um choramingo, enquanto fazia bico, Niklaus revirou os olhos, Allison era uma mulher crescida e aquele comportamento era patético.

Pegaram as malas e trancaram todas as portas e janelas da mansão, com o restante dos empregados dentro dela, quando Allison percebeu o que Klaus iria fazer, parou, não poderia permitir aquilo, estavam indo longe demais.

— Ateie fogo na casa. — Ordenou ele, e Allison não se moveu, Niklaus arqueou as sobrancelhas. — Não me ouviu? — Indagou ele, seu tom não demonstrava irritação, nem surpresa, por um momento ela hesitou.

— Você não pode fazer isso, Nick! Por favor, meu amor, deixe-os ir. — Suplicou ela, Allison era fria, um tanto fútil e má, mas nunca fora tão cruel como seu amado.

— Eu posso fazer o que eu quiser. — Disse ele, alguém bateu na porta da mansão, tentando sair, como não obteve sucesso, tentou de novo, e de novo, e de novo, a pessoa estava desesperada.

Niklaus estava começando a irritar-se, olhou para Allison friamente e repetiu a ordem, a moça respirou fundo e contrariada, virou-se para a casa, concentrou-se na água que corria pelos canos do local e murmurou:

Phasmatos incendia.

 

AQUELA VIAJEM ESTAVA tornando-se insuportável, a tensão entre mãe e filha era no mínimo desgastante, Caroline queria conversar, mas sabia que a mãe precisava daquele tempo, que ela iria superar pois Elisabeth a amava, Caroline torcia por isso.

— Você não está com fome? — A garota ousou perguntar, pois ao apurar o faro sentiu o cheiro de hambúrguer, o que significava que em breve haveria uma lanchonete em um posto, era perfeito.

— Um pouco.... Sim. — Gaguejou Liz, forçando as palavras a saírem e atropelarem seu orgulho, Caroline quase pulou de satisfação por sua mãe ter-lhe respondido.

— Ótimo, ótimo! Sinto cheiro de hambúrguer, devemos estar perto de uma lanchonete ou algo assim. — Tagarelou ela, enquanto um pequeno sorriso brotava em seus lábios.

Liz concordou em um aceno de cabeça, Caroline pensou em oferecer-se para correr até lá, seria mais rápido, mas resolveu não forçar a barra.

Ambas estavam distraídas temporariamente pela conversa, mas aquilo foi tempo suficiente para que o carro de Elisabeth se chocasse com o de outra pessoa.

O som que ecoou pelo local foi angustiante, os passageiros dos carros gritaram com desespero e o metal contra metal causou um barulho estridente, Liz por sorte estava com o cinto de segurança, Caroline, por outro lado, não teve tanta sorte.

Por um instante foi como se tudo passasse em câmera lenta para Liz, ela viu o corpo de Caroline ser arremessado contra o vidro, enquanto a menina fechava os olhos com força, Liz sentiu-se desesperada, e gritou por sua menina, mas no instante seguinte, tudo pareceu ter acontecido rápido demais.

— Caroline... Caroline! — Liz sussurrou e tentou sair do carro, porém, percebeu tardiamente, que não estava ilesa, um ferro atravessava seu estomago, sentiu o gosto metálico na boca e cuspiu sangue, não! Não! Ela precisava falar com Caroline, dizer que não era culpa dela, e que ela a aceitava, que sabia que Caroline era uma menina incrível, e que ela não a decepcionaria.

Seus olhos marejaram, seu preconceito a consumiu e a deixou cega, e agora era tarde demais.

 

ALLISON BATEU A PORTA do carro com força ao entrar, e em seguida engoliu em seco, sentindo um nó na garganta, olhou para Niklaus procurando em seu rosto algum sinal de culpa, ou de remorso, ou de tristeza! Qualquer coisa, qualquer pequena coisa que dissesse que ele não era um monstro cruel e frio; Allison não achou nada.

— Você é um monstro. — Sussurrou ela com a voz falha, sentindo as pernas bambearem e agradecendo a Deus por estar sentada, ela conhecia os empregados casa, Lucia estava ali.

Lucia era uma senhora humilde, sorridente e otimista, via o melhor em todas as pessoas, inclusive em Klaus e em Allison, a menina perdeu as contas de quantas vezes a senhora beijara o topo de sua cabeça, enquanto Allison estava doente e lhe dizia “Está tudo bem, meu anjo, eu cuido de você, descanse. ”

Sentiu um impulso urgente de retirar Lucia da casa, mas Klaus já havia pisado na acelerador.

— Eles eram pontas soltas. — Disse ele friamente, com a voz rouca e baixa, voz pela qual a bruxa apaixonara-se, mas que no momento lhe causava calafrios, olhou para ele pela última vez e deixou-se cair lentamente contra a janela do carro, puta merda! Ela não conseguia o odiar, maldito!

— Um monstro. — Repetiu ela.

Após essa pequena discussão, houveram outras, uma delas, em especial, foi mais intensa.

— Você é sempre assim, Niklaus! Só liga para si mesmo, um filho da mãe egoísta e cruel!

— E desde quando você se importa?! Você é fútil, Allison! Superficial, pateticamente carente!

Como ousa?!

Estavam tão entretidos nesta “DR” de casal, que não notaram outro carro aproximando-se, os carros chocaram-se com uma violência furiosa, Allison gritou e agarrou-se ao banco, até as pontas dos dedos ficarem brancos, Niklaus ficou surpreso e desorientado, freou tarde demais, e seu carro deslizou pela pista.

— Mas que merda aconteceu?! — Explodiu Allison histericamente, socando o painel do carro e saindo as presas do mesmo, Niklaus a seguiu, totalmente nervoso, quem fora o imbecil, doido, ridículo, que não prestara atenção na estrada?

Allison se apoiava no capo do carro, como se estivesse prestes a vomitar, se não tivesse acabado de brigar com a irritante mulher, talvez pudesse ter sido cavalheiro e segurado seus cabelos.

Com passos fortes foi até o outro carro, e ficou surpreso ao ver o estrago da lata velha, puta merda! Aquilo estava horrível, o capo amassara e o vidro da frente tinha um grande buraco, olhou por ele e viu uma senhora loira, ela sangrava muito e estava chorando, mas o motivo não parecia ser a dor física, apesar disto claramente colaborar.

A poucos metros dali, Caroline levantou-se, mancando, sua visão era turva, e ela cambaleava, mas precisava ver Liz, precisava ver sua mãe.

Grunhiu de dor ao tropeçar em uma pedra e caiu, travou a mandíbula, tentando não demonstrar dor, por mais insuportável que fosse, então, alguém lhe estendeu a mão, levantou o rosto e quando seu olhar cruzou com o de um homem loiro, de olhos felinos e boca rosada, prendeu a respiração.

Foi com um déjà vu, como já o tivesse visto, como se o conhecesse pela vida toda, e aquilo houvesse acontecido mil vezes, ele a puxou para cima com delicadeza e Caroline arfou.

— Nós já nos conhecemos? — Perguntou rouca, com os olhos presos no moço a sua frente, e ele pareceu ficar sem palavras, mas seus olhos brilharam.

— Caroline! — Liz sussurrou fracamente, a jovem vampira então voltou-se para a mãe, ao ver a barra de ferro atravessando o estomago de Elisabeth, tentou correr até o carro, mas ela não conseguia correr, diversos ossos quebraram-se no acidente e ela mal conseguia andar, a adrenalina estava passando e agora a dor era terrível.

— Mãe! Se acalme, eu já estou indo. — Murmurou Caroline e realmente tentou ir novamente, mas Klaus a segurou pelos braços e obrigou-a a sentar-se no chão, a vampira ficou confusa e indignada por alguns instantes, mas ao ver o homem correr com uma velocidade sobrenatural até o carro e obrigar Liz a beber seu sangue, ela soube que ele era um vampiro.

Tudo indicava que ele queria ajudar, mas ter outro vampiro perto de sua mãe era no mínimo preocupante, aliviada por ver que Liz estava melhorando e aceitando o sangue, ela deixou-se distrair e seu olhar foi direto para uma moça que surgia na estrada, ela estava obviamente procurando o homem, quando o encontrou, sorriu com ironia e um pouco de esperança.

— Nick, você é o meu monstro favorito. 


Notas Finais


Isso é tudo pessoal, e ai? O que acharam?
OBS: A fanfic se passa antes da Elena nascer, o Klaus ainda não é um hibrido, alguns personagens vão aparecer no decorrer da fic, beijos, amo vocês, não desistam de mim, prometo tentar não demorar tanto novamente ^u^ <3


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