POV Caroline:
Sai de perto dele, mas não adiantou nada, pois alguns minutos depois, senti suas mãos em um dos meus braços.
— Vamos ser profissionais... Okay? Eu vou para uma sala que esta embaixo desse salão, e você atrai o Kai até lá e torturamos ele.
Não me dirigi a ele. Nenhuma palavra se quer, apenas confirmei com a cabeça e fui a procura de Kai.
— Olá, Kai não é? O que acha de tomar um Drink comigo, querido - disse na maior cara de pau.
— Ótimo, senhorita...
Tinha que falar algum nome falso. Não poderia falar: " Oi, sou Caroline Forbes, a agente que irá te matar".
— Senhorita Margaux.
— Claro, senhorita Margaux, por que não me acompanha até minha sala? — ofereceu o braço, e eu entrelacei os meus no mesmo.
— Ótimo!
Ele tinha mordido a isca... Perfeito!
Recebi uma mensagem de texto, de um número desconhecido.
" Estão vindo?
- Klaus"
" Sim, como conseguiu meu número?
- Caroline"
" Como acha? Sou um espião lembra! Agora vamos logo, to perdendo a paciência!
- Klaus"
" Espera! Não sou sua empregada! Paciência? Como se você tivesse alguma!
- Caroline"
Cheguei na sala rápido, golpeando Kai na cabeça, fazendo o mesmo desmaiar.
— Rápida, gosto assim — Klaus disse.
— Ande, sem gracinhas, cade a cadeira?
— Aqui. Ele é pesado?
— Sim, mas eu consigo aguentar — disse, quase morrendo! Kai era pesado, mas eu não queria a ajuda de Klaus, ele se ofereceu para me ajudar — Não, eu consigo!
— Larga de ser teimosa — ele segurou Kai pelo outro lado, e me ajudou colocá-lo na cadeira.
— Conseguimos!
— Nenhum obrigado?
— No dia em que eu te agradecer por algo Klaus, eu te beijo, sério! Prometo! Ou seja, nunca!
— Que eu te faça um grande favor então — ele sussurrou sarcástico.
— Muito engraçado. E agora o que fazemos?
— Bom — ele abriu um sorriso de pura malícia, babaca, com certeza pensando em algo erótico... — esperamos, daqui cinco minutos ele deve acordar.
Brutal e mortal silêncio permaneceu durante estes cinco minutos.
Claro, isso não me impediu de olhar para Klaus. Eu tinha que admitir, ele ficava tão atraente de smoking, o cabelo dele estava um pouco bagunçado e suado, devido o calor do local.
Seus braços ficavam tão definidos por baixo da blusa. E o jeito que ele mordia o lábio inferior e me olhava daquele jeito safado... Espere! Desde quando estava calor, e ele me encarava daquele jeito?
Finalmente eu quebrei o silêncio do local.
— Na minha época do colégio, meus amigos diziam : " Se está encarando por muito tempo, é porquê quer!" Por que está me encarando Niklaus?
— Só admirando a paisagem.
— Paisagem? — fingi olhar por todo o meu redor.
— O seu: " esta olhando, é porquê quer" é verdade. Eu quero algo que está dentro desta sala.
— É mesmo, o que? — Ah eu tinha que tirar aquela confissão.
— Os quadros de excelentes gostos, é claro!
— Oh sim, obviamente, os quadros — rolei os olhos e ri, cínico.
— Por que? Achou que era outra coisa.
— Talvez devesse mentir para mim com mais convicção e uma espécie de sinceridade falsa.
— Já disse isso e eu vou dizer de novo. Um dia Caroline você irá implorar por mim, e eu não vou dizer que quero você ou não, enquanto não admitir isto, simples.
— Então por quê estava me devorando com os olhos? — perguntei, mas neste momento Kai acordou, infelizmente, ou felizmente para Klaus.
— Ora, ora, olhe aqui Forbes quem acordou — Klaus se aproximou de Kai, que não parecia nenhum pouco intimidado, e nem amedrontado, ele estava... Sereno.
— Vamos ser diretos, Klaus, até para poupar os poucos segundos que ele tem de vida. Diga para a gente Kai, aonde está Lorenzo? Mais conhecido como Enzo.
Ele ficou calado.
— Diga para a gente! — disse em um tom mais elevado, passando a sua pistola pelo peito de Kai.
Ele continuou em silêncio.
— Muito bem então, Caroline, por que não me da sua belezinha aí? — ele apontou para minha arma, com um sorriso cruel, não iria obedece-lo mas ele estava com um sorriso tão mau e bonito que eu cedi — A loira aqui mandou você abrir a porra da boca! — ele atirou no ombro de Kai, que grunhiu de dor.
— Facas! Eu preciso de facas! Aonde posso encontrar Klaus? — perguntei e ele apontou a cabeça para uma mochila preta, peguei uma faça larga e grossa — Certo Kai, vamos lá! A cada pergunta não respondida, um dedo se vai.
— Não! - Klaus disse - Lembra do que eu te disse, a tortura é comigo.
Droga. Por que lembrei logo da tortura dos beijos dele no meu pescoço? Precisava de uma lavagem cerebral.
— E quem disse que eu obedeço você? — me virei para Kai — Parker, diz o país.
Silêncio e mais silêncio, ele pediu.
Cortei o mindinho dele e ele gritou de dor.
— Será que você só vai abrir está sua boca para gritar? Ande fala! — disse alto.
Klaus atirou de novo no ombro de Kai, ele estava sangrando por todos os lados.
— Tudo bem — ele disse ofegante — Inglaterra.
— O estado! - disse.
Ele resolveu ficar quieto de novo.
E dessa vez, cortei seu polegar.
— Caralho, está bom! Londres!
— Ele está planejando matar mais alguém? — perguntou Klaus.
— A família real — respondeu ele, sorrindo pura maldade, como se soubesse de algo, ele estava fraco pelos tiros e bem... Pelos dedos arrancados! Mas ainda tinha a postura de " sou o dono de tudo isso aqui"
— Você está de brincadeira? — perguntei e ele negou — Prossiga.
— Ele quer tomar posse da Inglaterra, e aos poucos a Europa inteira.
— Cômico! Parece que teremos que voltar para meu pais de origem - disse Klaus - Amor, se me da licença eu posso acabar com isso, fazer as honras com todo o respeito? — disse ele fingindo uma voz doce.
— Claro! — entreguei a faça a ele — Faça bom aproveito.
Ele pegou a faça e cortou todos os dedos das mãos de Kai, colocamos uma mordaça para os convidados da festa lá de cima não ouvir absolutamente nada.
— Vai pro inferno! — sussurrou Klaus para Kai — que sua vinda até lá seja dolorosa e torturante — sorriu sádico e atirou na cabeça de Kai.
— Agora espera — peguei o celular que estava entre meus peitos e tirei uma foto de Kai morto — Essa vai para o meu álbum! E para Lorenzo!
— O que fazemos com o corpo? — perguntou Klaus.
Tinha uma grande lareira na sala. Perfeito!
— Jogamos no fogo! — pegamos seu corpo e jogamos na fornalha.
Tiramos todas as armas e provas que podiam nos incriminar, e sumimos com ela.
— Eu posso passar na sua para trocar de roupa? — peguei minha mochila e entrei no carro de Klaus — É mais perto daqui, eu vim de taxi, não se procupe.
— Espera, se você nem ao menos conhecia o seu parceiro, quem te garante que ele iria te dar uma carona e você não iria precisar do seu carro?
— Simples, eu estava planejando transar com ele se o mesmo fosse bonito. Aproveitando minha vida de solteira. Enquanto posso...
— Podemos fazer isto agora se você quiser... — ele sussurrou com aquele sotaque que era tão delicioso de ouvir, passando as mãos pelas minhas pernas subindo um pouco do meu vestido, meu corpo reagiu imediatamente aquilo, droga.
Eu o empurrei rapidamente, mas confesso que era tentador.
— Eu disse bonito, o que não é seu caso.
— Claro, amor — como eu amava quando ele me chamava assim, com aquela voz, concentre- se Caroline! — Eu não sou bonito.
Quando eu ia dizer algo ele retrucou:
— Sou perfeito! — sorriu feliz.
— Urgh! Nos seus sonhos, existe algo que seja maior do que o seu ego? Idiota!
— Existe sim algo bem maior do que o meu ego, quer ver?
— Dispenso — menti, não vou negar! Eu tinha uma certa. Hum. curiosidade, mas não. Não poderia deixá-lo ganhar essa! — Quer saber? Me deixa em casa, melhor, pelo menos não terei que pagar um taxi.
— Não, agora vamos para minha — ele começou a acelerar o carro, droga.
O caminho inteiro ficamos calados, ele simplesmente me ignorou. Eu subi rápido em seu apartamento e entrei no banheiro tomando um bom banho, e colocando minha roupa, quando eu sai, olhei em meu relógio, meia noite, droga...
— Eu preciso ir — disse apresada.
— Por que? — Klaus apareceu no corredor... Só de toalha! Não creio, meu deus! Ele era perfeito sim, como ele disse, cretino, filho da puta, gostoso e... Não, eu não posso pensar assim.
— Está tarde.
— Por que não dorme aqui?
— Não posso.
— Por que? — entrou no banheiro do corredor e parece que estava se trocando lá, ele finalmente colocou uma calça, uma espécie de calça- pijama. Ele estava muito bonito assim.
POV Klaus:
Eu me troquei rápido, colocando uma cueca e uma calça, mas por incrível que pareça ela ainda continuava me secando.
— Se está encarando por muito tempo, é porque quer — disse sarcástico, citando a frase que ela havia me dito.
— Para de ser tosco, não estou olhando para você, e além disso, eu tenho mesmo que ir...
— Não — segurei seu braço — Tem algo errado com você, olhei em seus olhos inchados e vermelhos, ela estava chorando — Me conta! Por que está chorando Caroline?
— É bobeira minha.
— Não, sente- se! — joguei todo ato cavalheiro de lado e a joguei no sofá, sentando ao seu lado — Só vai embora quando me contar por quê está chorando.
— Aniversário de morte dos meus pais. E o bandido saiu impune.
— Quer falar sobre isso? Olha eu sei que não sou a melhor pessoa para você desabafar, mas, estou aqui...
— Você realmente já amou alguém Klaus? Eu os amava! Dói quando perdemos quem nós amamos.
— Eu amava meus pais, eles também morreram, mas temos que seguir em frente.
— Todo ano, eu sempre ia no cemitério em que eles estavam enterrados, e depois, eu matava por diversão, isto acontecia até ano retrasado, Lydia me impediu de fazer isto. Eu sei que ela me impediu de matar pessoas inocentes, mas me impediu de visita- los!
Eu fiz algo que nem eu imaginava, eu a abracei. A abracei forte, como se o meu abraço cura-se toda a dor que ela estava sentindo. Eu fiquei triste por ela. Mesmo sabendo que não deveria resplandecer nenhum sentimento, eu não era tão insensível a este ponto.
— Pensa que é menos uma família que irá visitar parentes no cemitério assim como você fazia, Care... — sussurrei seu apelido em forma doce.
Ela finalmente retribuiu meu abraço.
Eu pude respirar o seu perfume suave mas ao mesmo tempo com um cheiro forte. E acariciei os seus cabelos, depois a afastei e enxuguei suas lágrimas.
— Agora se quiser, já pode ir — sussurrei.
( Colocar a música)
Ela se levantou, e eu me levantei logo em seguida. Quando eu ia abrir a porta para ela sair, Caroline segurou em meu pulso.
I will never.
(Eu nunca vou.)
Give up.
(Desistir)
On you.
( De você)
I see the real you.
( Eu vejo o verdadeiro você)
Even if you don't, I do.
( Mesmo se você não vê, eu vejo)
I do
( eu vejo)
POV Caroline:
Eu prometi, não prometi? Eu não podia ser uma vadia ingrata...
— Klaus — disse em um tom de voz envergonhado e absurdamente baixo, mordendo o lábio inferior por puro nervosismo.
— Sim? — ele me olhou intensamente, porém confuso.
— Obrigada — disse, e ele finalmente pareceu entender, pois ele sorriu.
Eu estava com vontade de fazer isto. Estava me sentindo verdadeiramente grata, por que não? Talvez se eu o beijasse, acabaria com isto.
Ele segurou minha cintura e me olhou, com um desejo imenso.
— Você prometeu — sussurrou no meu ouvido — Achei que ia demorar mais — mordeu o módulo da mesma.
Eu puxei sua nuca e o beijei.
Os lábios de Klaus eram ainda mais macios colados no meu. Esse sem dúvida está sendo um dos melhores beijos da minha vida. O melhor para falar a verdade.
And I’ll show you the road to follow
(Lhe mostrar o caminho a seguir)
I’ll keep you safe till tomorrow
(Irei lhe manter a salvo até amanhã)
I’ll pull you away from sorrow
(Eu vou lhe colocar longe da tristeza)
I see the real you
( Eu vejo o verdadeiro você)
Even if you don’t I do
(Mesmo se você não vê eu vejo)
Eu não podia negar a atração que existia entre a gente. Era algo... Surreal e inexplicável.
Ele me prensou na porta, aprofundando o beijo, suspiramos, finalmente nossas línguas se encontraram.
If your the one to run to run
( Mesmo se você for aquele a correr, a correr)
I’ll be the one the one you run too
(Eu serei aquele a correr também)
Um tremor percorreu por todo meu corpo.
Nos travávamos uma batalha que nunca iria ter um vencedor. Por pura vontade de lutar contra o outro.
Eu enlacei minhas pernas em sua cintura e gemi ao sentir sua ereção. Pelo visto não era só eu que estava excitada com tudo aquilo.
— Klaus — disse ofegante, ainda entre nossos beijos — eu prometi somente um beijo! — mordi seu lábio inferior para romper o beijo, empurrei e desci do seu colo. Não podia prolongar aquilo.
Meu corpo sentiu um vazio,mas eu ignorei aquela minha parte traidora.
— Não vai acontecer de novo — disse, eu teria que tentar muito, mais muito para não repetir isto — Tchau.
Sai de seu apartamento o mais rápido que pude. Eu teria que fazer uma lavagem cerebral, literalmente! Preciso esquecer que isto aconteceu.
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