1. Spirit Fanfics >
  2. Kled o Cavaleiro intratavel >
  3. Introdução

História Kled o Cavaleiro intratavel - Introdução


Escrita por: thiagolopes600 e ANNE

Notas do Autor


ola estou começando a escrever eu gostaria que vocês me deixem o que acharam

Capítulo 1 - Introdução


 

As primeiras histórias sobre Kled de que se tem conhecimento remontam ao nascimento do império e à Batalha de Drugne. Nas colinas arenosas daquelas terras inóspitas, a Primeira Legião fugia de uma horda de bárbaros. Após terem perdido as duas primeiras batalhas, os soldados estavam com o moral baixo, o exército tinha sido forçado a abandonar o trem de suprimentos pelo caminho e eles estavam a uma semana de caminhada do posto avançado mais próximo.

 

No comando da Legião estava um grupo de nobres abastados trajando impecáveis armaduras douradas. Eles estavam mais preocupados com suas aparências e com as intrigas de sua classe do que com os homens sob seu comando. Pior que isso, esses comandantes — embora treinados em lutas de torneios e assassinatos — se mostraram inúteis no campo de batalha. Com o que restava do exército cercado por forças inimigas, os nobres organizaram a Legião em um círculo defensivo na esperança de negociar resgates para si mesmos.

 

Assim, quando o sol nasceu, a misteriosa figura de Kled apareceu no topo da colina que vislumbrava o campo de batalha. Ele estava montado em Skaarl, uma imortal dragalope do deserto. A montaria se erguia sobre duas pernas apenas; seus membros anteriores em formato de orelhas abanavam nas laterais da cabeça, pendendo em um gesto de desculpas, como uma criança que acabou de quebrar algo.

 

O cavaleiro solitário se ergueu na sela de sua montaria. Sua arma estava enferrujada, sua armadura gasta e suas roupas esfarrapadas. Entretanto, uma raiva persistente emanava de seu único olho saudável.

 

'Eu vou dar UMA chance pra vocês saírem da minha terra!' Kled anunciou para a horda de bárbaros, porém sem esperar pela resposta. Ele afincou as esporas em seu corcel e bradou seu grito de guerra.

 

Desesperados, famintos e furiosos com os nobres, a raiva da Legião se inflamou como uma tocha diante do insano ato de bravura do yordle. Os homens alistados seguiram os passos de Kled e Skaarl para invadir a formação inimiga.

 

O que se seguiu foi o combate corpo a corpo mais sangrento que a Legião já havia travado. O sucesso inicial do ataque surpresa foi por água abaixo quando os reforços dos bárbaros atacaram os flancos da Legião. Com os noxianos agora em desvantagem na batalha, e inimigos atacando por todos os lados, Skaarl entrou em pânico, derrubou Kled no chão e abandonou a luta. Assim como a covarde réptil, os soldados noxianos fraquejaram. Mas no centro da batalha, Kled continuou a lutar, abatendo inimigos, fazendo dentes voarem e mordendo suas faces.

 

Os corpos dos inimigos se amontoavam ao redor de Kled e suas roupas estavam ensopadas de sangue. Apesar das baixas causadas pelos golpes de seu comprido machado, ele ainda precisou recuar diante da intensa pressão dos bárbaros. Ele bradou provocações mais sonoras e insultos mais cruéis. Era óbvio que o yordle preferia morrer a desistir da luta.

 

Acontece que coragem e covardia são tão contagiosos quanto a peste, e vendo a determinação do yordle, os legionários voltaram a pressionar. Até Skaarl parou de correr e voltou para olhar a última investida da Legião.

 

Em seguida, enquanto a frente noxiana desmoronava e os inimigos, em número superior, derrubavam Kled ao chão, a dragalope retornou triunfantemente e destruiu a retaguarda dos bárbaros. Com rosnadas e arranhões, ela invadiu o confronto até salvar seu mestre. Novamente em sua montaria, o revigorado Kled se tornou um tornado da morte e então foi a vez dos bárbaros fugirem correndo.

 

Embora poucos soldados noxianos tenham sobrevivido, a batalha foi vencida. As tribos de Drugne foram derrotadas e suas terras foram anexadas ao império. Os corpos dos nobres e suas elegantes armaduras douradas nunca foram encontrados.

 

Com o passar do tempo, a maioria das outras legiões do império passaram a colecionar histórias similares sobre Kled, provando que nenhuma derrota é certa diante de uma coragem insana. Dizem que ele percorre os mesmos caminhos que as legiões, reivindicando os despojos de guerra para si mesmo e para Skaarl.

 

A maioria dos noxianos acredita na veracidade dessas histórias fantásticas que são, no mínimo, duvidosas. Mas na esteira da legião, é possível encontrar dizeres declarando que cada novo território é 'Propriedade de Kled'.

As Estepes Boreais não são lugar para cuecas extravagantes e pinicos dourados. É um território inóspito. Não há nada por aqui além de corsários bárbaros, ervas venenosas e ventos impiedosos. Para sobreviver, você precisa comer pedra e defecar lava. E eu sou o desgraçado mais durão, mais cruel e mais assassino que há por essas bandas. Por isso cheguei a conclusão de que essas terras são minhas.

 

'Mas como é que eu vim parar aqui? E por que estou aqui sozinho com esse bicho medroso e burro?', digo eu em alto e bom som para provocar.

 

Skaarl resmunga sua resposta muito bem deitada enquanto se bronzeia em uma rocha. As escamas dela são metálicas e escuras com um toque dourado. Nada consegue rasgar a pele desta dragalope. Eu já vi uma espada de aço se partir em pedaços na perna dela.

 

Infelizmente, isso não deixa seus peidos mais cheirosos.

 

'Eu estou chamando você de covarde. Você não vai se defender?'

 

'Greefrglarg', diz ela olhando para cima e bocejando.

 

'Era um galo silvestre! Menor do que a minha mão. E você fugiu... Criaturinha danada de burra e medrosa!'

 

'Greef…rglarg?' Pergunta Skaarl enquanto afasta uma mosca de seus olhos entreabertos.

 

'Ah, ótima resposta! Muito engraçado mesmo, não acha? Ha ha ha! Tô é farto das suas pontificações heréticas. Eu devia te deixar aqui para morrer. É isso que eu devia fazer. Você morreria na solidão. Diabos, você não sobreviveria um dia sem mim.'

 

Skaarl volta a repousar a cabeça sobre a rocha.

 

Não adianta tentar se comunicar com ela. Eu devia perdoá-la. Acontece que, com certeza para me irritar, seu esfíncter resolve se contrair ritmicamente para soltar gases. O cheiro é como uma paulada na cabeça.

 

'Já chega, sua desgraçada!'. Eu jogo meu chapéu surrado no chão e me afasto do acampamento, jurando que nunca mais vou querer ver aquela dragalope nojenta de novo. Só que aquele era meu melhor chapéu, então eu tenho que voltar para apanhá-lo do chão.

 

'É isso mesmo, continue dormindo... Sua ratazana preguiçosa', digo eu enquanto me afasto. 'Eu faço a ronda!'

 

Estar há dez luas de distância de qualquer rancho não implica em não fazer a ronda. São as minhas terras. E eu pretendo que continue assim. Com ou sem a ajuda daquela lagartixa traiçoeira.

 

Quando chego às montanhas, o sol já se esconde no horizonte. A essa hora do dia, a luz prega peças em você. Encontrei uma cobra que queria falar sobre tortas. Acontece que não era uma cobra, era a sombra de uma rocha.

 

Que pena. Eu tenho umas opiniões bem interessantes sobre tortas. Pelo menos quando consigo me lembrar de como elas são. Já faz anos que não tenho uma conversa decente com ninguém sobre esse assunto.

 

Eu estava prestes a tomar um gole do meu suco de cogumelos e explicar meu ponto de vista para a cobra, quando escuto alguma coisa.

 

Escuto um cão-dragão uivar e latir. Este é o som que essas feras fazem quando estão pastorando elmarks. E onde há elmarks, há humanos. E esses humanos são intrusos.

 

Eu escalo uma pedra próxima e olho primeiro na direção norte.

 

As colinas contínuas da minha terra verdejante estão vazias, exceto pelos montinhos de ferro espalhados pelo horizonte. Os uivos podem ser apenas o efeito do suco de cogumelos na minha cabeça… Mas aí eu me virei para o sul.

 

Eles estão há meio dia de caminhada desta colina. Trezentos elmarks pastando. Pastando nas minhas terras.

 

Os cães-dragão andam em círculos em volta da horda, mas não há cavalos. Alguns humanos andam em volta deles a pé. Humanos não gostam de andar. Então não é preciso ser nenhum gênio para saber que eles devem fazer parte de um comboio maior. Mas obviamente, eu sou um gênio. Então essa foi fácil.

 

Meu sangue começa a ferver. Isso significa mais intrusos perturbando minha paz. Logo agora que eu estava prestes a ter uma agradável conversa sobre tortas com aquela cobra.

 

Eu tomo mais um gole do meu suco de cogumelos e volto para o acampamento.

 

'Acorda, lagartixa!' - Digo eu enquanto pego minha sela.

 

Ela levanta a cabeça, resmunga uma resposta e volta a se deitar na grama refrescante.

 

'Levanta! Levanta! DE PÉ!', Grito eu. 'Intrusos à vista, invadindo a calma e a serenidade das redondezas.'

 

Ela me olha sem expressão alguma. Às vezes eu me esqueço que ela não entende o que eu falo.

 

Coloco a sela em suas costas. 'Há humanos em nossas terras!'

 

Ela se levanta e revira as orelhas nervosamente. Humanos. Essa palavra ela conhece. Eu salto na sela.

 

'Vamos pegar aqueles humanos!' - Solto um rugido e indico a direção sul como destino. Mas a estúpida criatura imediatamente começa a rumar para o norte.

 

'Não, não, NÃO! Eles estão na outra direção! Aquela direção!', Digo eu, usando minhas rédeas para puxar a medrosa criatura na direção certa.

 

'Greefrglaaarg!', grita a dragalope ao dar sua arrancada. Em um instante, ela está em disparada. Sua incrível velocidade faz meus olhos se fecharem. Os arbustos de grama açoitam dolorosamente minhas pernas. Uma nuvem de poeira se levanta com a nossa passagem. O caminho que eu demoraria metade do dia para percorrer ficou para trás antes que eu tivesse a chance de amarrar meu chapéu.

 

'Greefrglorg!', berra a dragalope.

 

'Nem comece! Ontem à noite você não disse que queria companhia?'

 

O sol começa a sumir no horizonte quando alcançamos a horda. Eu reduzo a velocidade de Skaarl a um trote para nos aproximarmos do acampamento dos humanos. Eles já fizeram uma fogueira e estão cozinhando uma sopa.

 

'Alto lá, forasteiro. Mãos à vista antes de se aproximar', diz um humano com uma chapéu vermelho. Pelo jeito é o líder deles.

 

Solto lentamente as rédeas. Mas em vez de levantar as mãos, eu puxo meu longo machado do gancho da sela.

 

'Acho que você não me entendeu, velhote', diz o mesmo humano com o chapéu vermelho. Seus companheiros preparam as armas: espadas, laços e uma dúzia de balestras.

 

'Greefrglooorg', rosna Skaarl, pronta para dar no pé.

 

'Está tudo sob controle', digo eu ao meu lagarto antes de voltar minha atenção para os humanos. 'Essas armas insignificantes da cidade não me impressionam. Mas darei um aviso. Saiam das minhas terras. Senão…'

 

'Senão o quê?', pergunta um jovem humano.

 

Então eu digo, 'É melhor que vocês saibam com quem estão lidando, rapazes'. 'Esta é Skaarl. Ela é um dragalope. E eu sou Kled, Major Almirante da Segunda Legião de multiplicação da cavalaria e da artilharia de frente.'

 

Vários humanos começam a rir em tom de deboche. Eu vou dar uma lição neles daqui a pouco. Assim que eu acabar de falar.

 

'E o que o faz pensar que essas terras são suas?', pergunta o humano de chapéu vermelho com um sorrisinho.

 

'São minhas. Eu as tomei dos bárbaros.'

 

'Elas pertencem ao Lord Vakhul. Elas lhe foram dadas pelo Alto Comando. São dele por legítima dispensarão.'

 

'Olha só, Alto Comando! 'Por que você não disse antes?!' Digo eu dando uma cusparada no chão. 'A única lei que um verdadeiro noxiano respeita é a força. Ele pode ficar com as terras. Se conseguir tirá-las de mim.'

 

'É melhor você e seu pôneizinho começarem a correr enquanto podem.'

 

Às vezes, eu me esqueço que os humanos não nos veem como nós os vemos. Mas esta foi a gota d’água.

 

'AVANÇAR!!!!' - Eu grito e açoito as rédeas. A dragalope dispara e nós os afugentamos. Eu queria ter falado algo inteligente antes, mas me precipitei.

 

Os humanos desferem seu primeiro ataque, mas Skaarl levanta as orelhas. Como gigantes pás de bronze, elas nos protegem das flechas, que ricocheteiam de sua pele impenetrável.

 

Ela ruge alegremente enquanto partimos para cima do líder de chapéu vermelho. As espadas ressoam em contato com o couro de Skaarl, enquanto meu machado voa pelo ar. Faço pedacinhos de dois dos humanos. O desgraçado de chapéu vermelho é ágil. Ele se esquivou da minha lâmina quando passamos por ele. Outra saraivada de flechas nos atinge.

 

Skaarl grita de medo. Esta droga de criatura é imortal e indestrutível, mas se assusta facilmente. Este é o problema das feras mágicas. Elas não fazem sentido.

 

Eu puxo as rédeas e nós cavalgamos de volta ao encontro dos humanos. Eu facilmente mato os restante de seus homens, mas o desgraçado de chapéu vermelho é duro de matar. Minha lâmina o atinge—mas o golpe parece fraco diante de sua pesada armadura. De qualquer forma, isso vai atordoá-lo um pouco.

 

E é então que a catapulta é acionada. A flecha é quase do tamanho de um vagão. Ela atinge a dragalope, retira o machado da minha mão e nos derruba ao chão. Skaarl não está ferida, mas me arremessa da sela e corre para as montanhas.

 

'Sua ingrata! Nós estávamos com os canalhas bem na mira!' Minha vontade é de gritar mais insultos, mas começo a me atrapalhar com as palavras.

 

Me deito no chão. Poeira e grama escondem meu rosto. Eu jogo meu chapéu na direção do réptil medroso e depois me viro para matar o homem de chapéu vermelho.

 

Só que atrás dele, ao pé da montanha, há mais cem desses humanos. Guerreiros de ferro, matadores e uma catapulta montada em um vagão. O pastorzinho de meia tigela de chapéu vermelho trouxe praticamente uma legião junto com ele.

 

'Você não passa de um canalha inútil!', Eu grito.

 

'Não dou muito por você', diz ele, 'mas acho que é você quem vem dando tanto trabalho aos rancheiros do Lord Vakhul'.

 

'Vakhul não é um noxiano de verdade. E eu tô pouco me lixando para o que o seu senhorio acha!'

'Talvez eu deixe você terminar seu dias lutando nas rinhas do Lord Vakhul. Se você conseguir manter a boca fechada.'

 

'Eu vou arrancar seus lábios e usá-los para limpar meu traseiro!', Eu brado.

 

Acho que ele não gostou porque ele e seus cem amigos começam a correr atrás de mim com armas em punho. Eu poderia correr, mas não corro. Eles terão que pagar caro para me matar.

 

O Chapéu Vermelho é rápido. Ele quase consegue me alcançar antes de eu recuperar minha arma. Sua lâmina está armada. Ele está com o golpe pronto. Mas eu tenho uma escopeta escondida.

 

O disparo o derruba ao chão. E também me empurra para trás. Eu me desequilibro. Este único tiro me dá um pouco de tempo, mas não muito.

 

Os matadores estão se aproximando rapidamente. Com suas lâminas preparadas. Vou morrer aqui nessa fossa fedorenta. Bom, esta é minha última chance, então é melhor eu dar tudo de mim.

 

Levanto e sacudo a poeira para enfrentara primeira leva de matadores. Estou destruindo esses canalhas mágicos, mas eles estão fazendo picadinho de mim. Estou começando a ficar cansado por causa do esforço e da perda de sangue.

 

Em seguida, os guerreiros de ferro bradam seus gritos de guerra vestidos em suas pesadas armaduras negras. Eles se dividiram em dois grupos, fazendo uma daquelas manobras de pinça. Eles querem usar essas duas paredes de metal para me esmagar como uma moeda noxiana.

 

Maldição.

 

Se eu tinha alguma esperança de sobreviver, agora já era.

 

E neste momento eu a vejo. A amiga mais fiel, confiável e honrada que um ingrato desgraçado como eu poderia ter.

 

Skaarl.

 

Vindo em disparada na minha direção. Mais rápido do que nunca. Um rastro de poeira se formando atrás dela. A danada até apanhou meu chapéu no caminho. Eu corro em sua direção no momento em que os guerreiros estão prestes a me trucidar.

 

Salto na sela e nós andamos em volta dos guerreiros. Teremos tempo para matá-los depois de nos livrarmos da catapulta.

 

Então eu digo, 'Já faz um tempo que não enfrentamos um exército inteiro juntos'.

 

'Greefrglarg', Skaarl guincha alegremente.

 

'Pra você também, amiguinha', digo eu com um sorriso de orelha a orelha.

 

Porque não há nada que eu ame mais do que esta maldita lagartixa.


Notas Finais


deixem seus comentarios falando oq acharam do meu primeiro capitulo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...