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História Knocked out - Capítulo Único.


Escrita por: brainboxy

Capítulo 1 - Capítulo Único.


O impacto do punho do desconhecido contra seu rosto fez com que Kun ficasse zonzo por alguns instantes, sua visão falhou por alguns segundos e demorou a reagir caindo pateticamente no chão com seu atacante caindo sobre si. O Qian gostaria de poder dizer que sabia o que estava fazendo, mas seria uma completa mentira. Ao invés disso, ele fazia seu melhor para evitar os ataques e causar ao menos o mínimo de ataque ao outro.

Não estava dando muito certo.

Sua mão doeu quando atingiu o outro de mau jeito, já se preparando psicologicamente pela dor do próximo ataque, mas ele nunca veio. Ao invés disso, o peso encima de seu corpo desapareceu, e confuso, voltou a olhar pra cima, se deparando com uma das cenas mais bonitas que já havia visto.

Sicheng estava parado, com a respiração alta e nas mãos machucadas, um pedaço de pau. Não era difícil dizer que havia sido ele a atacar o cara encima de si, e o mais velho ficou sem reação por alguns segundos antes de, debilmente, conseguir dizer.

- Uau. – O sorriso nos lábios do outro fez com que o coração do Qian batesse ainda mais forte, e ele se sentiu um idiota por se sentir daquele modo pelo outro garoto. Ainda mais quando era culpa dele que estavam naquela situação.

- Vamos sair daqui, ge. - Era quase reconfortante como Sicheng falava em chinês para si, e até mesmo conseguiu ignorar a dor em seu corpo enquanto aceitou a ajuda do maior para se levantar e os dois começaram a se afastar do local rapidamente, sabendo que não demoraria muito para acharem os corpos no beco de onde haviam vindo e chamassem a polícia.

Claro, aquele não era o plano que Kun tinha para o que fariam aquela noite. Não mesmo. Quando convidara o outro para sair, tudo que imaginava eram os dois indo ao cinema, vendo algum filme juntos e passeando juntos após. Claro, ele não esperava que o loirinho tivesse uma briga com uma gangue, e que teriam a sorte de encontrar os membros delas justo naquela noite.

Quando Sicheng havia dito para andarem mais rápido, nunca imaginou que fosse por aquilo. E quando o primeiro cara apareceu em sua visão, não pensou que o meio de sua noite seria apanhando em um beco por um motivo que nem conhecia.

Sicheng era uma pessoa cheia de surpresas.

 

 

Kun se surpreendeu quando Sicheng o levou ao seu dormitório, já que, diferente do Qian, o menor não tinha um quarto individual. Mas logo descobriu que Yuta, seu colega, não estava no local, e se sentou em uma das camas do cômodo quando o Dong pediu que esperasse. Os dois haviam se conhecido por conta do programa de intercâmbio da escola de artes onde estudavam, Sicheng estando no curso de dança e Kun no de canto.

Tinha ficado como um filhote de cachorro indo atrás do mais novo durante semanas antes que tomasse coragem para finalmente sustentar uma conversa de verdade com ele, e podia dizer orgulhoso que havia sido sua à iniciativa do começo do relacionamento que tinham agora. E nos últimos dois meses, tudo havia corrido maravilhosamente bem.

Ao menos, até agora.

Quando seu namorado voltou do banheiro do quarto, tinha em mãos uma caixa de primeiros socorros e seu rosto estava molhado, o sangue antes presente na pele clara havia sido lavado, mas nenhum dos machucados havia recebido os cuidados necessários, mas ele não parecia ligar para aquilo enquanto sentava ao lado de Kun e abria a caixa para começar a cuidar dele.

- Eu sinto muito... – O loiro começou, sem encarar o outro diretamente e começando a separar algumas coisas. – Não queria que isso tivesse acontecido.

- Acho que você deveria me explicar o que foi aquilo. – Não questionou quando o outro pediu para que tirasse sua camisa, soltando pequenos gemidos de dores no processo. Apenas agora, que toda a adrenalina da situação havia passado que começava a sentir o impacto dos ataques em si.

- Aqueles caras... – O loiro passou a língua entre os lábios, hesitando. As mãos finas haviam pegado pedaços de algodão, para limpar os machucados do outro. Ardia, mas Kun sabia que era necessário. – Eu os conheci assim que cheguei à Coréia. Ainda não sabia falar coreano direito, e acabei me relacionando com um deles.

O moreno escutava em silêncio, seu olhar seguindo para a mão machucada que fazia seus curativos e sentindo seu peito se apertar com a visão de Sicheng daquele modo. Ele parecia tão sensível daquele modo, tão debilitado.

- Nós começamos a namorar, e eles começaram a me pedir para fazer coisas com eles. Não eram coisas legais, sabe? E ele não aceitou muito bem quando terminei com ele... – Suspirou, descartando mais um algodão e encarando o mais velho. – Sinto muito, eu deveria ter dito a verdade antes de nós começarmos a sair.

- Então... – O Qian considerou o que deveria dizer, era bem claro que ele estava com medo do que aconteceria. – Você aprendeu a lutar com eles? Porque vou dizer, fizeram um trabalho muito bom, e você fica bem sexy quando bate em alguém.

- Oh meu deus... – A tez clara do loiro ganhou um tom avermelhado, mas um sorriso se fazia presente nos lábios deles mesmo contra sua vontade.

- O quê? É verdade! Você deveria fazer isso mais vezes, eu ia adorar. – Kun se permitiu sorrir em companhia do maior, sentindo o machucado no canto de seus lábios doer, mas só ignorando a sensação.

- Eu... – O Dong respirou fundo, e deixou escapar uma risada antes de encarar o namorado. – Obrigado.

- Você não precisa agradecer. Eu já disse antes, mas eu sou louco por você. – Kun disse, levando uma das mãos para acariciar a bochecha do mais novo. – E isso é você, não é? Sou louco por isso.

A resposta de Sicheng não veio em forma de palavras, mas sim com seus lábios encontrando os do outro. O contato foi lento e cheio de carinho, um espelho do que sentiam um pelo outro e pelo que sentiam naquele momento.

- Mas você precisa me contar sobre essas coisas agora, okay? Não quero ser pego de surpresa de novo! – Kun disse, quando o ósculo de quebrou, ainda com um sorriso nos lábios.

- Oh... Então, sobre isso...

- Jesus Cristo, Sicheng.

 

 

 

- Meu deus... – Yuta exclamou, horrorizado, ao entrar em seu quarto e se deparar com o casal largado sobre a cama. Não era nada discreto o modo como as mãos de Kun estavam apertando as nádegas de namorado e como as bocas estavam unidas num contato quase, se não, obsceno. – Vocês não sabem trancar a porta?!



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