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História Kryptos - Prólogo


Escrita por: anachinnie

Notas do Autor


Olá! Olha eu aqui de novo! Eu ia demorar mais pra postar, mas to alterando tanto que decidi ja jogar a bomba e sair correndo... Mais uma história de humanoides. (eu não desisto, amo esse tema... Desculpa sociedade)

SE VOCÊ CHEGOU AQUI E TA PERDIDO: LEIA ÉRRE 207 E CHAVE Z. Essa é a terceira história da trilogia "Humanoides"! Essa é baseada em um enigma que fica na CIA chamado Kryptos, por isso o nome (ou não). Foi apenas uma inspiração~

Antes de desejar boa leitura e falar que primeiros capítulos são horríveis, queria agradecer a @Mohz por ter me ajudado com o nome da empresa dos capeta :D

Ninguém me pertence (infelizmente), a história é de minha autoria, qualquer semelhança é coincidência. Vamos amar o 2PM (ou nao...) agora :D Esse capítulo é mais um prólogo, pra apresentar o cenário e algumas coisas. Porém ainda ta muito nebuloso, claro.

OUTRA COISA! A história é dividia em QUATRO partes. Ainda não sei quantos capítulos vai ser cada parte, então vamos ver como anda. Sem mais delongas, fiquem com o começo de mais uma brisa minha <3 Obrigada por estar aqui! Sinal que você tem alguma paciência. Xero! Até qualquer dia!

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Kryptos - Prólogo

Parte I.

“Entre a sombra sutil e a ausência da luz está a nuance da ilusão”

...

 

 

Prólogo

 

 

 

Reza a lenda que na terra do sol nascente havia um homem tão poderoso que poderia ter tudo em suas mãos. Entretanto, o seu poder e riqueza nem sempre foram suficientes para que seus planos fossem a diante. Típico fim trágico se ele tivesse ido à diante sem reforços. Seria como um Napoleão ousado demais que perderia a Batalha de Waterloo. Adentrando a real realidade, o homem supracitado não chegava nem perto de ser uma lenda, muito menos um Napoleão, sendo bem sincero. Era apenas um cara entrando na casa dos trinta, o qual havia se tornado bem sucedido depois de anos de tentativas fracassadas. Bléh, grande coisa. Era como qualquer outro cidadão em qualquer lugar do mundo. Os amigos gostavam de dizer a ele que aquilo havia apenas sido sorte. Talvez essa fosse a melhor explicação.

A pessoa em questão, necessitada de conhecimento para caminhar rumo aos seus objetivos, havia tirado sorte grande ao começar a financiar projetos inovadores. Era jovem ainda quando começou e, mesmo que o dinheiro pertencesse praticamente todo a sua família a princípio, sabia lidar bem com sua parte. Criou um nome no Japão em consequência disso; mesmo que ainda fosse considerado sul coreano; mesmo que tivesse quase se matado de trabalhar por anos e a recompensa ter demorado demais a chegar. Não havia o papo de vamos ajudar nosso filho, vamos dar uma chance ao nosso primogênito. Estavam mais para: quer um lugar na empresa? Faça algo de útil e conquiste você mesmo. Nos dias que correm, Kim Minjun estava no auge de seus negócios. Era apenas um administrador, como o pai foi até o garoto assumir a diretoria, e até hoje recebia críticas severas de sua família sobre o que tanto o filho mais velho fazia para ganhar a vida. Ah, fala sério, não é nada ilegal. Eu acho. Não sou tão ruim, eu não sou um bandido... Não queriam que eu desse meu jeito? Pois então aceitem.

A questão era que não foi sempre como agora. A empresa de tecnologia a qual dirigia atualmente só havia ido para suas mãos graças a dois amigos, os quais não pareciam grande coisa há cinco anos. Um, cabeludo do olhar cansado, parecia sempre no próprio mundo e até hoje não conseguia compreender como ele era tão inteligente; o outro, dos olhos pequenos iguais a de um passarinho, que parecia ter dez anos a menos do que realmente tinha. Ainda se lembrava de ter se olhado no espelho para ter certeza se não parecia velho demais. Mesmo depois dos cinco anos de vivência, os dois estavam da mesma forma. Isso irritava Minjun.

Foi a melhor época de sua vida: ainda morava na Coreia do Sul, não possuía o cargo que tinha hoje na empresa, não tinha aquela vida estressada, e foi apresentado aos dois garotos por colegas em comum de faculdade. Na época, os três recém formados e cheios de sonhos. Pareciam devotados ao que faziam, mas Minjun não levou a sério quando os conheceu. Só quando soube da fama ousada dos dois na universidade que houve o interesse de levá-los até o Japão. Na época, o Japão dava muito mais valor ao material tecnológico do que a Coreia em algumas matérias. Bem, não que fosse muito mais valorizado, porém ao citar o Japão no assunto com os dois rapazes eles logo encheram os olhos. Sabiam que seria um grande negócio, afinal os dois amigos não tinham como financiar seus protótipos e as coisas poderiam finalmente funcionar para todos. Eles precisavam de uma chance, Minjun precisava apenas da carta branca do pai. A empresa da família Kim se localizava em Tóquio, por isso a especificidade do convite. Não demorou muito para que Jang Wooyoung e Hwang Chansung mostrassem alguns de seus projetos para Kim Minjun. Ali havia nascido uma grande sociedade.

— Humanoides? — quase deixou escapar a risada. Aquilo parecia incomum demais. Se fosse julgar pela cara dos dois rapazes à sua frente, o projeto caía bem para a áurea maluca que os rondava. Não haviam muitos estudos aprofundados na área, apenas coisas muito específicas. E, bem, esses projetos específicos não eram de conhecimento de Minjun.

— É. — o cabeludo disse. — Se ajudar a gente, a gente ajuda você, hyung. — a voz semi rouca, calma até demais, juntamente com o sorriso sinistro fez Minjun ficar sério.

— Achamos que você gostaria de ver uma coisa. — Wooyoung empurrou uma pasta que quase não fechava de tanta folha que havia dentro. Gostava de ser direto, cortava as piadas e poderia falar o que queria de uma vez, sem rodeios. Minjun pegou com cuidado, abriu e ficou impressionado com as propostas dos dois. Ainda não havia lido com calma, mas o conteúdo visual era um pouco demais para alguém que não era de exatas.

— Espero não me arrepender disso.

Depois de conhecer mais a fundo e de apostar algumas fichas em Wooyoung e Chansung, Kim Minjun nunca esteve tão certo que ficaria ainda mais rico por suas próprias mãos.

A partir daí, chegamos à parte onde Minjun virou o novo diretor. As coisas na Empresa New Future estavam a todo vapor. Estava há dias do maior Congresso de Inteligência Artificial do continente asiático e Jun K, como chamavam Minjun nos dias atuais, massageava as têmporas, pois novamente Jang estava atrasado. Pediu para que ligassem novamente para ele e o apresassem, afinal havia ainda uma série de detalhes para que organizassem na exposição.

 O Congresso não só recebia projetos, teses e artigos de cientistas e pesquisadores, mas também empresas como a de Minjun faziam exposições das novidades e tendências de mercado. A New Future não lidava apenas com a Inteligência Artificial pura, mas também com outros ramos da Computação. Faziam softwares robustos e também apoiavam idéias tão malucas quanto a cabeça do diretor. A Inteligência Artificial entrou em definitivo no ramo da empresa atropelando todas as outras prioridades de tal forma que o ar que cercava o local era totalmente robótico. Não era a toa que havia dezenas de robôs funcionários ali. Não era a toa que vendia vários também. Fora assim que havia ganhado nome no mercado. Não havia sido da melhor forma possível, admitia, mas não era o único que trapaceava no mercado de robôs. Depois que trouxe Wooyoung e Chansung para aquele lugar, aprendeu muito sobre a área computacional porque via futuro naquilo. Cortar caminho era apenas mais uma tática que havia adquirido ao longo do tempo.

Talvez fosse por isso que a família apontava tanto o dedo na cara de Jun K, entretanto atualmente não ligava. Ele era o chefe. Ele dava as cartas, ele financiava a coisa toda.

Não possuía muitos programadores ali, pra falar a verdade, Wooyoung já valia por dez deles. Havia feito coisas extremamente grandes, sozinho ou com sua equipe, e sabia que o mais baixo sabia disso. Ver aquele sorriso triunfante ao finalizar um projeto mostrava que o garoto tinha sua ambição. E, bem, a maior de todas as suas ambições seria exposta em uma das mais importantes apresentações de sua vida. Minjun estaria lá para prestigiá-lo, Jang Wooyoung havia conseguido seu maior sonho. E devia isso ao amigo e inclusive a Chansung.

Como qualquer pesquisador, Jang Wooyoung havia enviado um artigo expondo seu trabalho. Demorou um tempo para montar tudo, praticamente a ideia havia ficado escondida no escuro da empresa desde o começo de sua concepção. Aparentemente não parecia grande coisa, porém o projeto fora do papel era incrível. Não era de hoje que tinha o robô em questão, melhorava o mesmo por dois anos. O projeto havia dado tão certo que havia feito um segundo. Os seus dois maiores tesouros. O mundo conheceria o Kryptos. E o Kryptos não teria dó do mundo.

010

 

— Jackson, a gente ta andando tem meia hora. Tem certeza que sabe ler japonês? — Ana estava cansada apoiada em Junior. Tinha desembarcado há pouco tempo no aeroporto internacional de Tóquio e estava exausta. Só ela, afinal Jackson estava louco de elétrico. Era até uma viagem rápida comparando ao tempo que levou para chegar a Seul pela primeira vez. Mas estava tão nervosa que não poderia deixar de se sentir extremamente cansada. O fato de apresentar sua tese em outro país pelos próximos dias e não ter pregado o olho pensando no maníaco fazia tudo piorar. Junior tentava ajudar, mas Ana estava realmente preocupada. — O rapaz do táxi disse a rua que a gente tinha que ir. Por que não falou pra ele deixar a gente na porta?

O táxi havia os deixado perto do hotel, afinal Jackson havia alegado que poderia chegar facilmente até ele. Você tem que andar Ana, olhe só pro tamanho dos seus tornozelos.

— Estamos perto. — sabia que aquilo não soava firme na voz de Jackson, mas não queria discutir. Só queria chegar ao hotel e descansar.

Quando finalmente conseguiram achar o local, bem escondido por sinal, outra discussão havia começado.

— Jackson, o Junior não precisa ficar com você. Ele pode ficar no meu quarto.

— Onde já se viu? — Jackson parecia indignado. A moça da recepção esperava pacientemente. — Ele vai ficar comigo, você precisa descansar.

— Você falando assim parece que ele é uma pessoa que vai me atazanar a noite toda.

Junior olhou sério para Ana. A garota deu um leve empurrão no humanóide. Não vamos começar, pessoa de aço.

— Ele fica comigo e ponto final.

— Vamos ver se ele vai agüentar ficar longe de mim. Só confirma a reserva, a moça ta olhando pra gente. — indicou discretamente com os olhos a cara de tédio da garota.

Subiram até o andar dos quartos e foram se instalar. Acabou que Junior entrou no quarto de Ana. No fim das contas, só queriam dormir e esticar as pernas, porém tinham um pequeno trabalho a fazer. Ainda era tarde daquele dia, então sairiam pra comer alguma coisa e discutir as primeiras coisas que fariam em Tóquio. Além de apresentar o artigo, Ana estava mais decidida em procurar pelo maníaco que havia bagunçado as coisas no laboratório cinco. Porém, sabia que seria algo difícil. Cansativo. Entretanto tinha o apoio de pessoas importantes para o caso. Isso incluía Daehyun, Jackson, Bang e até Junior. O humanoide te olhava, sentado na cama, enquanto você pegava as pastas que Jung-Su havia te entregado. Tudo que tinha a respeito dos projetos de supercomputadores e outras coisas dos suspeitos: seus alunos que não batiam bem da cabeça, pelo que Ana já havia percebido. Bang Yongguk fora um deles. Ainda não sabia se todo aquele plano havia ido pra frente, porém tinham fortes pistas que poderia sim e talvez já estivesse funcionando.

Jang Wooyoung. Hwang Chansung.

Era a dupla quem Yongguk e Ana achava que fossem os responsáveis desde que Ana havia aberto o jogo com Jung-Su. Leu novamente para ter certeza da pronúncia daqueles nomes. Esperaria Jackson bater na sua porta para recebê-lo e começarem a rememorar tudo o que tinham passado no avião. Não teriam um momento relaxante tão cedo.

— Ana-shi?

— Sim?

— Você devia descansar. Amanhã o Congresso começa.

Agradecia aquela preocupação sempre presente de Junior, porém tinha que fazer aquilo. Principalmente pelas coisas começarem amanhã.

— Eu sei, mas não posso agora. Juro que vou dormir na hora certa! — foi até a máquina e lhe deu um beijo na bochecha e um abraço rápido. — Obrigada por se preocupar comigo.

Junior sorriu, mas não disse mais nada sobre aquilo.

— Seus tornozelos ainda doem? — Junior não podia falar sempre o que pensava, mas sempre estava observando e escutando tudo.

— Doem. Mas a gente vai andar, comer uma coisa, eles vão melhorar. Jackson foi pegar o tablet e eu preciso verificar se ta tudo bem com o Daehyun.

Teve que desligar o relógio por causa do vôo, o dispositivo fazia conexões que atrapalham o avião de alguma forma. Sem contar que o relógio estava muito tagarela, Junior não estava ajudando em deixá-lo calado. Entre essas e outras coisas, foi requisitada a desligá-lo. Logo, tirou-o do pulso. Ouviu a porta bater e prontamente Jackson entrou pela porta com um tablet. Aparelho esse que o loiro não soltava nem se houvesse uma chuva de meteoros. Provavelmente havia virado parte de seu corpo.

— E então? Onde está o Daehyun? — seria esquisito se acostumar com ele daquela forma. Daehyun havia se tornado uma J.A.R.V.I.S sem querer, até mesmo brincou com Yongguk sobre isso da última vez que o viu. — Já avisei o pessoal que chegamos.

— Ótimo. Sobre o Daehyun, está na minha bolsa, irei ligá-lo. E, indo direto ao assunto, enquanto você dormia no vôo, eu dei outra lida na pasta do Jung-Su. — pegou o material e voltaram a se sentar na cama. Junior estava encostado na cabeceira e ouvia atentamente. Ana já havia lido quase todo o material e havia destacado as partes importantes nos papeis impressos. — Segundo ele, Yongguk e um grupo de alunos estavam planejando um supercomputador, certo?

Jackson concordou com a cabeça.

— E bem, ele disse também que na época eles não foram financiados. Óbvio, seria algo muito caro e a faculdade não poderia ajudar numa coisa dessas. Sem contar o fato de que patrocínios eram bem raros àquela época. Pra vários tipos de projetos, principalmente quando não tinham nenhuma certeza que daria certo. 

— Por que quereriam logo um supercomputador? Pra quê? — Jackson estava ciente do que estava acontecendo ali, finalmente, porém ainda não entendia o propósito daquele projeto. Não entendia porque Yongguk e companhia apostariam em uma ideia tão absurda.

— Aqui diz que não é um simples supercomputador. Tem um quê de IA no projeto.

— Um super robô? — Jackson chutou.

— Talvez. A questão é que, como o projeto fracassou, aparentemente eles pararam com ele. E o Bang continuou com os pessoais. Foi na mesma época que ele ajudou a fundar aquela loja de robótica. E não tem nomes ligados à loja que ficaram por último na nossa lista, aquela que eu fiz com o Junior quando fizemos o mapa mental aquele dia. Bang cortou muitos nomes, e alguns ficaram por último. Cerca de oito nomes. Mas dois me chamaram mais atenção. E Bang acha que tais nomes podem ter ligação com o maníaco de alguma forma. Essas duas pessoas dessas oito estiveram no projeto do supercomputador e não estão dentre os sócios e nem dentre pessoas muito próximas atualmente de Bang Yongguk. Palavras dele.

— Tem certeza se não há alguma pessoa em sociedade com o Yongguk que esteja na lista?

— Bom, já teve duas pessoas, mas descartamos. São amigos dele, nem estavam envolvidos sequer indiretamente no caso do vírus. Eles trabalham na parte administrativa da loja, nem com o Daehyun tem contato.

— E quais seriam essas duas pessoas que chamaram atenção?

— Jang Wooyoung e Hwang Chansung. Eles eram as cabeças do projeto junto com o Bang, e pelo que o Jung-Su contou, foram alunos difíceis.

— Bagunceiros?

— Não exatamente. Desequilibrados, digamos. Olha só pra esse projeto! — entregou as folhas, impressionada. — Um super robô. O que a IA junto com super processamento faria? Um estrago enorme. Jackson, isso pode ser muito perigoso. Lembra quando ligamos o Jinyoung e falamos sobre terrorismo?

Jackson assentiu.

— Não estou dizendo que há possibilidade de terrorismo envolvido com isso, mas... Mesmo assim é algo grande demais que estamos nos metendo.

— Mas aqui diz que não foi pra frente. Por que esse medo? — apontou para o fim de todo o relatório que dizia: projeto incompleto, arquivado.

— E se por acaso conseguiram? Esses são dados da época que cursavam a graduação. Tem mais de cinco anos essas folhas.

— Eles não tinham apoio nem na faculdade, imagina fora. Precisariam de muito dinheiro.

— Tem louco pra tudo, Jackson. E se eles conseguiram? Vamos pensar nessa possibilidade. Eles podem fazer qualquer coisa. Se um humanóide comum, igual o Junior, já faz coisas absurdas como montar outros humanóides, o que dirá um que tem um super processamento? Imagina um assim em uma guerra. Sendo feito em massa e vendido para outros países? Podem entrar em sistemas e roubar dados sigilosos. Não era isso que o vírus estava tentando fazer?

— Ou, ou, ou. — Jackson interrompeu. — Ficou maluca? Ana, você ta viajando agora. São os colegas do Yongguk hyung. Eu brinco que ele um dia explodiria a faculdade, mas é apenas uma piada.

— A gente conhece o Bang, esses dois ainda não.

010

Depois daquela troca de idéias confusas e preocupantes, o clima pesou um pouco. Ana havia começado a pensar coisas mirabolantes demais e Jackson apenas pedia para que ela se acalmasse. Iriam atrás seja lá quem fossem Jang Wooyoung e Hwang Chansung e, bem, ainda tinham Daehyun. Seja quem fosse o maníaco, ele não tinha ideia que eles ainda tinham Jung Daehyun.

Foram procurar algo para comer e andar no bairro para que as pernas de Ana melhorassem. Jackson estava impossível aquele dia e Junior não estava atrás.

— Acho que teria sido melhor se o Bang tivesse vindo com a gente. — Ana comentou. Estavam em um restaurante, finalmente jantando, e resolveu enfim ligar Daehyun. O sistema logo inicializou e puderam ouvir a voz alta de Daehyun dizendo um olá. Tampou o relógio no impulso e riu se lembrando do sorriso da máquina e dos seus últimos momentos com ela. Podia sentir um alívio toda vez que se lembrava que Daehyun estava literalmente consigo, em seu pulso. Ele te ajudaria a solucionar aquele caso e ainda manteriam a relação que Ana havia construído com a máquina. O barulho repentino chamou atenção de algumas pessoas à volta, mas logo voltaram o que faziam.

— Vamos ficar bem sem o hyung. Vamos dar conta do recado. — Jackson disse praticamente com a boca cheia. — Daehyun amanhã vai tentar se conectar com as máquinas e vai achar o IP que queremos. E vamos finalmente achar os engraçadinhos.

— É, espero que ache mesmo. Terão muitas amanhã. Vai ser um longo processo.

— Temos a semana toda de Congresso. Uma hora ele vai achar.

Estavam realmente contando com o fato de aquelas pessoas suspeitas estarem no Congresso. Ana não teve acesso a todos os autores de artigos, seria mais fácil caso já soubesse. Mas assim que chegasse amanhã no local, procuraria a lista de apresentações que todos os participantes tinham acesso e tentaria achar o nome.

— E se descobrirem que é o Daehyun? — Junior falou, até então ele apenas observava a conversa. Ana engoliu o que comia e olhou pro robô. — Tecnicamente Daehyun vai fazer uma invasão e verificar IP por IP. Não vai ficar muito na cara? Quando alguém tenta invadir Junior, Junior sabe.

— Não vão. Quer dizer, há essa possibilidade? Se acharem que o Daehyun ainda ta por aí e com o endereço certinho do IP, vão acabar mascarando de novo. — Ana se preocupou novamente. Ainda mais por Junior falar aquilo.

— Vamos ser positivos. Daehyun vai ser discreto, ele é o hyung de aço. Yongguk hyung deve ter pensado na discrição que ele deve ter agora. — Jackson a lembrou desse detalhe. Daehyun era um filho de Bang Yongguk, as coisas dariam certo. Esperava. — E Junior vai proteger você quando eu não estiver por perto.

— Não estou falando disso. Não estou com medo de tentarem fazer algo, fala sério, são programadores. Eles vão fazer o que? Pedir pra máquina deles puxar os circuitos do Junior? Me bater?

— Se tem supercomputadores, tem dinheiro. Se tem dinheiro, tem como dar um sumiço na gente.

Ana havia engasgado e Junior repreendeu seu hyung.

— Jackson, você me deixa muito tranqüila, sabia? Eu me sinto tão segura agora. — só queria dar uma surra no amigo. — Eu confio em vocês dois, fala sério, confio demais. Vamos tomar cuidado, e Daehyun vai ser discreto. Seremos discretos. E vamos parar de pensar que vão dar sumiços na gente. Estaremos no meio de centenas de pessoas.

010

Quando voltaram pro hotel, ainda não estavam satisfeitos. Jackson invadiu o quarto de Ana e começou a pesquisar sobre os dois caras do topo da lista.

— Já parou pra pensar que isso pode ser inveja?

Essa justificativa parecia infantil demais, mas Jackson poderia estar certo.

— Jackson, é bem capaz que seja. De qualquer forma, fizeram uma coisa erradíssima. Se tivermos provas, podemos processar esses caras. Olhe bem pra eles, não são hackers, são crackers. Desestabilizaram um sistema inteiro. Eles usaram esse mecanismo de forma ilegal, aliás, talvez eles vivam na ilegalidade. Onde já se viu invadir máquinas? Roubaram o código do Junior. — Ana estava deitada, olhando pro teto, já remoendo tudo que havia acontecido de novo. Tinha que dormir, amanhã o dia seria de matar. Mas cada vez que tentava pensar no maníaco e na forma de abordá-lo, a angústia subia à mente.

Junior via você sofrer pensando naquilo, Ana fechou os olhos por alguns instantes e a máquina decidiu que já era muito pra aquele dia.

— Hyung, Ana precisa dormir. Amanhã ela tem algo importante pra fazer. — Junior praticamente expulsava Jackson e Ana ria daquilo. Sentou-se, vendo Junior tentar empurrar Jackson que tinha o tablet na mão e o balançava em sinal que precisava dizer algo.

— Espera, espera. Tem mais uma coisa que precisamos fazer. — Jackson rolava pro outro lado da cama para fugir de Junior. — Vamos jogar esses nomes no Google pra ver o que aparece.

Ana e Junior se entreolharam. Não era uma má ideia. Logo os nomes foram pesquisados e tudo que descobriram era que ainda estavam na área. Nada de mais relevante fora encontrado, portanto logo fecharam a página que informava que os dois nomes mais suspeitos ainda estavam na área de TI.

— Estão na ativa. São membros ativos de fóruns japoneses de IA. Portanto, permanecem sendo fortes candidatos.

010

 

O lugar onde moravam era gigante. Graças a Minjun, a vida dos dois amigos era muito boa. Sem comparação a que tinham na Coreia do Sul. Tudo muito bem decorado e espaçoso. Tudo bem, talvez não fosse maior que a casa de Jun K, mas a Mansão ainda era fantástica. Tinha em torno de seis suítes luxuosas, a cozinha era absurda de grande, a sala era deslumbrante e bem iluminada. Havia outros cômodos, como o laboratório especial que mantinha dentro de casa. Nem sempre os garotos trabalhavam na New Future.

Do lado externo, o jardim era tão bem cuidado que parecia mais um pequeno bosque, especialmente organizado por Chansung. Criava gatos que sempre apareciam para beber água nas duas fontes espalhadas pelo jardim, logo providenciou para que os alimentassem. Depois do prazer de passar o dia trancafiado em seu laboratório, cuidar dos felinos desabrigados se tornou sua segunda tarefa favorita.

Quando havia terminado de fazê-lo, entrou novamente na Mansão, olhou novamente a imensidão iluminada por abajures e foi para o quarto. Já era tarde e tinha que acordar cedo. Wooyoung provavelmente estava em seu quarto com seu violão, não dormiria tão cedo. Verificou se havia trancado devidamente o laboratório e subiu as escadas rumo ao seu cômodo.

Enquanto os passos pesados do rapaz mais alto daquela casa, humano ao menos, passavam pelo teto do laboratório gelado e mal iluminado, alguém teclava incessantemente. Os computadores foram desligados por Chansung quando o mesmo fechou a porta, porém alguém o religou.

Não havia nada de preocupante naquilo, era apenas um dos robôs que mantinham na Mansão acessando algum site diário para ver um filme.

Nem tudo que era produzido naquele lugar emanava uma áurea sinistra.

Não quando se tinha duas extremidades de um sistema robusto.

 

 

 

 

 


Notas Finais


e então? mereço alguma coisa? uahauh
me conta o que achou, eu amaria saber <3 preciso muito saber, ainda mais nesse comecinho T_T
xero, ate qualquer dia!


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