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História Kryptos - Cinco


Escrita por: anachinnie

Notas do Autor


Oi gente <3 Mais um capítulo e essa é a última parte da primeira parte da fic (?) Próximo já vai ser parte II e assim por diante até chegar na parte IV. Ainda não decidi quantos caps vão ter ainda, mas acredito que chega a vinte. ^^

Boa leitura e obrigada pelos comentários! :D

Vamos ver o que tanto Ana foi fazer e se ainda temos um corpo pra contar história AUHAUHAUA

Capítulo 5 - Cinco


Fanfic / Fanfiction Kryptos - Cinco

Parte I.

“Entre a sombra sutil e a ausência da luz está a nuance da ilusão”

...

 

Cinco.

 

O táxi estacionou exatamente no endereço indicado por Ana. Pagou, pegou suas coisas e terminou de digitar um pequeno texto. Nele continha uma pequena mensagem, mas decidiu não enviá-la por hora. Até porque tinha acabado de ligar o telefone novamente e antes mesmo disso sabia que Jackson iria tentar contatá-la. E, de fato, havia várias ligações dele. De Yongguk também. De Jinyoung também. Me perdoem. Franziu o cenho finalmente encarando a casa. Era enorme, sem dúvida aquilo era uma mansão.

Desculpe, Yongguk. Mas sabe? Eu aprendi a me sacrificar com você. Não vá me dizer que estou sendo extremista, você é a pior pessoa pra dizer isso. Credo, parece que estamos falando de morte ou alguma coisa assim. Eu precisava ir atrás do Nichkhun, vá por mim, devemos começar por ele. Espere eu voltar.” Tinha escrito. Iria mandar para Bang, afinal Jackson devia estar colado no telefone com ele a essa hora. Saberia de alguma notícia sua.

Apesar de ter se arrependido um pouco de ter saído correndo da universidade quando pegou o táxi, agora estava determinada em descobrir algo pra valer. Poderia falar alguma besteira e por coisas a perder, mas não como Jackson tem feito nos últimos dias. Não o culpava, ele estava ali no Japão com o mesmo propósito que o seu. E sentar e esperar algum milagre acontecer não dava. Em dois dias voltaria a Seul e seria praticamente impossível continuar.

E, apesar de ter falado com Wooyoung por mensagem, ela queria ver Nichkhun. E só podia fazer isso dessa forma. Queria arrancar coisas de Jang também, mas o humanóide seria sua primeira tentativa. Por meio dele poderia manter contato com NCK e fazer o que tinha de ser feito. Alguma coisa estava acontecendo por ali e, se prometeu a Bang que faria alguma coisa, ela faria o que fosse preciso. Havia ficado decepcionada por não vê-lo no congresso aquele dia e teria um pouco de paz se esbarrasse com NCK na mansão. Apressou-se em procurar o portão e a campainha. Tocou sem muita pressa. Desistiu de ponderar se aquilo que fazia era certo ou errado, só queria acabar com aquilo tudo. A memória que tinha com Jinyoung, o humano, lhe bateu em cheio. Os dois sem saber o que fazer, se falavam com o pai do garoto, no frio, ou se voltavam pra Seul com as mãos abanando. Dessa vez não iria hesitar. Tocou mais uma vez a campainha. Ah, Jinyoung, eu sinto sua falta.

O portão estranhamente abriu, nem mesmo uma voz havia te respondido no interfone. O estalo havia trazido Ana de seus pensamentos pra realidade. Ela ainda assegurou que entraria com o pé direito para lhe dar sorte.

O jardim era uma obra de arte. Pode ver alguns gatos andando pelo mesmo e não deixou de sorrir. A passarela de pedrinhas, em formato de onda até a porta principal, pela qual passava era mais longa do que imaginava, pensou no que Sulli e Jongup falariam daquele jardim. Era tudo muito verde, amarelo, vermelho, azul. Estava sem fôlego em uma paisagem tão bonita.

— Uau. — tentava não parar para ver de perto uma flor ou outra, mas era praticamente impossível.

A porta principal estava fechada, então Ana bateu. Porém, assim que o fez, a mesma abriu e pode ver que estava apenas encostada. Pôs a cabeça pra dentro da casa, observando a sua volta. Minha nossa senhora. Aquilo sim era uma casa enorme. Bem arrumada, decorada, parecia um sonho. Entrou um pé de cada vez, esquecendo completamente que estava na casa de possíveis responsáveis de um crime. Deu uma volta em torno de si mesma para observar melhor aquela sala e não pode deixar de se assustar quando ouviu uma risada. Tirou os olhos daquela foto de turma que havia posto os olhos assim que olhou para lareira.

— Ah! — tampou o rosto, virando-se em direção ao som. — Nossa, você quase me matou. — riu nervosa.

De longe, não era Wooyoung. Havia ficado feliz por isso. Nichkhun sorria pra si há poucos metros.

— Oi Ana. Que bom vê-la. — pode ouvir melhor pela primeira vez sua voz. Ele era extremamente adorável. Não poderia estar tão errada disso, não é?

— Oi. — sorriu de volta. Depois de Jinyoung, aprendeu a amar máquinas de formas interessantes. As máquinas que ela ajudou a criar, e isso incluía Jongup o amante das flores; as de seus colegas, até mesmo Daehyun, o qual viu morrer e renascer como seu protetor em um relógio. Suspirou. Temia estar aprendendo a amar máquinas desconhecidas e que poderiam ser perigosas. — Wooyoung está aí? Ele me mandou uma mensagem... — disse incerta, talvez Nichkhun nem estivesse a par da situação. Ele, pelo o que percebeu, parecia mais isolado e, por estar sendo testado ainda, não estava envolvido com as atividades do congresso diretamente.

Mas o sorriso de Nichkhun se desfez. Ana olhou em volta, procurando algum motivo para que isso tivesse acontecido. Eram somente vocês dois na sala de estar da mansão.

— O que houve? — aproximou-se mais. Não conseguia ter medo dele. Queria, confessava, mas não conseguia.

— Wooyoung-shi não está aqui, Ana. — não soube interpretar aquele tom de voz. Ana uniu suas mãos, preocupadas. Como assim não estava? Ele havia fornecido esse endereço a ela.

— Mas como? Eu falei com ele no telefone e ele me passou esse endereço. É a casa de vocês, não é?

— Sim, é a nossa casa. Mas ele já foi pra universidade.

Ana ficou frustrada, que tipo de jogo aquele cara fazia consigo? Odiava isso. Correu feito uma desvairada, deixou as pessoas preocupadas pra nada. Sentou-se no sofá, cansada.

— O que passa com aquele cara? Fala sério, acha que é dono do mundo? Não sabe o que eu fiz pra estar aqui.

Nichkhun, silenciosamente, sentou-se ao seu lado. Ana estava emburrada e, se não soubesse que tudo naquela mesa de centro em frente ao sofá fosse extremamente caro, teria chutado a mesma.

— Ana, você não podia ter vindo aqui sozinha.

Estranhou aquilo. Olhou para a máquina, que lhe olhava sério.

— Nah, você fala como se aqui fosse um local proibido. Ou por um acaso vocês são bandidos disfarçados que iriam me matar? — disse em tom de brincadeira. Nichkhun até sorriu, Ana ficou preocupada com o que disse. Poderia ser uma verdade, mas o humanóide não se irritou com aquilo, pelo contrário, até riu. Meu deus, o que eu to fazendo aqui? — Por que eu tinha que estar aqui então? Por que me chamaram e não estão aqui? Eu odeio isso, eu só queria dar um jeito nos problemas. Eu odeio esse descaso. — falava sem parar, aquilo lhe frustrava.

Nichkhun ficou alerta.

— Não o leve a mal, ele não fez nada. — as batidinhas nas costas da garota a fez rir cansada.

— Como não fez? Ele não pediu pra que eu viesse? Ah, eu não me conformo! Odeio pessoas sem palavras.

— Ana, é sério. Não foi ele que te mandou aquela mensagem. — Nichkhun tentava te cortar. Ana estava possessa com aquela perda de tempo, sem contar que estava muito longe da universidade. Custou-lhe uma vida ter chegado aqui. Esperava que não literalmente.

Ana engoliu em seco. Não era possível, aquele era o número de Jang, certeza.

— Não brinque com essas coisas, Nichkhun. Eu sei que ele é seu dono, mas também não precisa defendê-lo dessa forma. É inútil, aquele cara é um babaca.

Nichkhun sorriu um pouco, mas logo voltou a se concentrar.

— Eu estava do lado do dono da mensagem. Taecyeon que te chamou aqui.

Ana virou-se assustada e achava que aquela fosse a melhor hora para mandar a mensagem que digitou assim que chegou na mansão para Bang Yongguk.

— O quê?

010

A corrida da vida de Jackson estava acontecendo. Ele tentou seguir Wooyoung pelo mar de gente que andava pelos stands, mas acabava sempre ficando pra trás. Daehyun e Bang haviam ficado calados. Na verdade, Bang até mesmo desligou a chamada e decidiu esperar notícias pelo loiro, mas tentou novamente se comunicar com Ana. Jackson estava praticamente sem ar, concentrado apenas em seguir Wooyoung e pará-lo assim que pudesse. Jinyoung puxou seu hyung para andar mais devagar.

— Hyung, a gente não pode pará-lo assim. Não vê? — estavam parados na frente do stand e até mesmo as recepcionistas humanóides acenavam para Jinyoung.

— Quer me parar logo agora? Junior, Ana está em real perigo. Tem noção não tem? Você estava lamentando caso acontecesse algo com ela, não estava? Então me deixe fazer as coisas agora. — disse a última frase sério, a voz havia sido entoada para que Junior se calasse.

Mas ele não iria, Jackson poria tudo a perder.

— Hyung, eu sei. Mas ele está aqui.

— Então vamos atrás desse assassino!

— Hyung, ele não matou ninguém! — Jinyoung o lembrou que nada havia acontecido ainda. — Ele não vai matar a Ana, ele precisa dela.

— Junior, por favor, me deixe ir. Me desculpe. — começou a andar, mas o humanóide o segurou novamente.

— Hyung, como ele vai terminar o Nichkhun sem ela? Ele precisa da Ana para terminar o Kryptos.

Nichkhun ultimamente tem sido uma palavra que despertava a atenção das pessoas. E, claro, principalmente da pessoa que mais o adorava: Hwang Chansung. O moreno estava um pouco mais atrás, ainda com seus óculos de sol, pois só agora pode sair da New Future para ir ao stand no Congresso. Estava a caminho de sua mesa, mas parou ao ver Jackson e Junior ali perto conversando calorosamente.

Pelos dois estarem discutindo pouco mais a frente do moreno, Chansung havia conseguido ouvir de modo discreto toda e cada palavra dita pelo loiro e o humanóide. A frente do stand não tinha muitas pessoas conversando e o fato da discussão estar sendo um pouco alta demais facilitaram as coisas.

O que a Ana fez? Suspirou e franziu o cenho. Não é da minha conta, certo? Nichkhun era mesmo adorável. Ele era orgulhoso de sua máquina.

— Hyung... — antes mesmo de continuar, Jackson o cortou. Havia chegado uma mensagem de Bang Yongguk.

Ana acabou de me mandar uma mensagem. Ela foi atrás do Nichkhun.”

— Ela deve ter ido pra casa deles. Ou pra empresa. Não sei se isso é um bom sinal, ela provavelmente está com o Nichkhun.

010

Ana ainda estava sentada no sofá, sem saber o que fazer. Nichkhun ainda fazia companhia a ela enquanto a mesma encarava ora o teto, ora a foto da turma de Wooyoung. Bang também estava na foto, até mesmo seu orientador estava. Eram os alunos e dois professores: Lee e Jung-Su. Queria desabafar, mas sabia que sem dúvida seria pra pessoa errada. Estava em um dilema: Nichkhun era confiável ou não?

— Eu acho melhor eu voltar. — já ia se levantar, mas Nichkhun a impediu. — O que foi?

— Já que está aqui, não gostaria de ver algumas coisas? — o sorriso da máquina encantava Ana. Ele parecia esperar a garota fazer alguma coisa para fazer tal convite. Se estava caindo em uma armadilha ou não, a essa altura do campeonato não estava tão interessada em saber.

Ana esperou ele continuar a falar.

— Sei que gosta das máquinas, Ana, não quer vê-las mais de perto? — ele se levantou, puxando-a.

— Aonde vai me levar? — Nichkhun a arrastava e Ana estava preocupada.

— Em um lugar onde eu não deveria. — a seriedade a preocupou. Tinha pra ela que alguma coisa acontecia a Nichkhun naquela casa, porém provavelmente Nichkhun não abriria seu coração tão facilmente.

— Então por que faz isso? — estava curiosa, ainda mais por Nichkhun parecer ser clandestino naquele lugar. Nichkhun não se encaixava aqui? Será se Jang estava mesmo falando a verdade quando disse que ele não era Taec? — Por que quer me levar pra onde eu não posso estar?

— Eu não sei. — mas não sentiu firmeza.

— Vai ficar em problemas se fizer isso, não quero que aconteça algo por minha causa. — aquilo era verdade. Não pensaria duas vezes se fosse Taecyeon, não tinha sentimentos por aquela máquina. Mas Nichkhun realmente havia mexido consigo. Era um dos motivos por não ter ido embora pra universidade novamente. Sem contar que estava disposto a mostrar coisas que jamais, nem em seu mais profundo sonho, teria acesso. Estava ali em busca de uma nova oportunidade, não estava?

— Ninguém está aqui. Não vão saber. — o humanóide piscou, e Ana começou a rir.

— Você é um ramo do Kryptos mesmo, sabe. Olhe só pra você querendo fazer coisas proibidas.

— Não é uma coisa ruim. Eu estou te ajudando. — sorriu. Mas só então ele se deparou com a frase de Ana. — Acha que o Kryptos é mau? — continuaram andando até o laboratório.

— Seu irmão invadiu minha máquina, isso não é um sistema bonzinho. Nada me convence. Agora por que você é tão doce assim? Por que quer me ajudar? — Ana não queria confiar tão facilmente nele, mas ele fazia de tudo para transparecer confiança. Ele estava me conquistando. Era assim que Nichkhun agia? Nem precisava dizer sobre as suas características, Chansung estava certo. Ele não era um humanóide comum, assim como Taecyeon. Nem se quer parecia um. Ele era um mar de conhecimento em um micro chip, com uma placa de arsênio completamente poderosa, em meio a silicones e uma estrutura de um homem alto, entretanto fofo. Como se em suas veias corresse o mais puro mel. Essa seria sua melhor observação sobre ele.

Ele riu rapidamente.

— Se estiver me enganando, vou ficar triste pra sempre. — Ana disse baixo, enquanto andavam pelo corredor.

— Eu sou incapaz disso.

Aquilo lhe ecoou na mente. Incapaz? Sabia que Nichkhun estava incompleto, até porque estava quase sendo recrutada para continuá-lo. Mas não sabia até onde Nichkhun poderia ir. Devia ter cuidado, embora ele estivesse tentando conquistar sua confiança de um modo interessante. Nem deveria estar dentro da mansão pra começo de conversa, muito menos indo para onde Nichkhun morava. Mas era impossível não estar curioso. Era impossível não se envolver e dar uma chance a ele.

O laboratório era muito gelado devido a quantidade de máquinas. Sem contar os robôs de todas as formas. Ana estava boquiaberta. Estava tudo bem estar ali? Nichkhun seria penalizado caso descobrissem? Ana realmente estava com aquilo na cabeça, não queria que ele ficasse em maus lençóis.

Mas, agora, o mais importante: onde estava Taecyeon?

— Onde ta seu amigo que mal lhe pergunte?

Nichkhun havia percebido a preocupação de Ana e considerou rir.

— Olhe bem em volta.

Ana fez o que ele lhe pediu, mas não notou nada de diferente.

— Como assim? Não estou vendo ele.

— Ele está recolhido, porém... — Nichkhun fez Ana rodar junto com ele. — Isso tudo é TCY.

Ana virou em direção ao Nichkhun. Ficou preocupada. Ele era tipo a central do Kryptos? Como ele poderia estar em toda a sua volta? Onde estava a segurança da sala por ter deixado passá-la tão fácil? Poderia confiar em Nichkhun, mas em Taecyeon jamais.

— Acho melhor eu ir embora. — já ia em direção a porta, mas Nichkhun a impediu.

— Por que tem tanto medo? — segurou o rosto de Ana pelas bochechas, a mesma prendeu a respiração.

— Já te disse. — tentou disfarçar. Voltou a respirar. — Ele tentou invadir o Junior. Eu nunca vou perdoar ele.

— E se fosse eu?

— Você o que? Invadir o Junior? — riu. — Eu não consigo imaginar tal coisa. — foi sincera. — Seu amado dono me garantiu que você não é como ele. Então o que faz aqui?

— Sou um robô como qualquer outro.

— Mas é um Kryptos. Você nunca me falaria a verdade, não é? É inútil. Deve ter sido trancado completamente pra não fornecer informações.

— Então por que eu te trouxe aqui? Sabe explicar? — aquele sorriso te desconcertava.

— Não me faça perguntas difíceis. Eu ainda não sei nada sobre você. Nem sobre seu amigo dos olhos rubros.

 

Vocês riam enquanto Nichkhun mostrava as máquinas e falava sobre o que ele fazia durante o tempo livre. Ana se esquecia onde estava, pode relaxar naquele momento. Não era mais a Ana intrigada com os últimos acontecimentos, estava apenas desfrutando a companhia de Nichkhun naquela hora. Ali era o local de trabalho não só da dupla de amigos, mas também das máquinas. Escutou um barulho vindo do fundo do laboratório, mas não parecia ser nada. Voltou a prestar atenção no que Nichkhun falava.

— Que bom que veio. — Ana sentiu um frio na espinha ouvindo aquela nova voz. Não a conhecia, portanto virou até o seu dono. Era Taecyeon, lógico que seria. Nunca tinha escutado o mesmo falar, e era incrível como a áurea era completamente oposta a de Nichkhun. Se aquilo fosse uma animação, teria alguma fumaça negra em volta mostrando que não possuía uma energia positiva. Pegou o celular discretamente em seu bolso, a bateria estava fraca. Engoliu em seco e se aproximou de Nichkhun.

— Pelo visto foi você que quis que eu viesse. Por quê? — Ana, mesmo que decidida, ainda permaneceria perto de Nichkhun. Nas atuais circunstâncias, ele parecia mais protetor.

Taecyeon tinha um sorriso bonito, pena que não era nada confiável.

— Me diga você. — o sorriso triunfante desarmava Ana. Estava tudo tão bem, foi só ele aparecer que tudo de ruim que havia acontecido lhe veio à tona. Havia ficado novamente desconfiada, voltou a ter medo. Como um mesmo sistema poderia ter duas vertentes assim? Seria esse o maníaco? Seria Jang? Seria Hwang? Quem era?! — Nichkhun gostou muito de você. Ouvi muito ao seu respeito noite passada.

O que havia com esse povo interessado em Ana do nada?

— E você, o Jinyoung. — Ana chutou. — Eu sei o que tentou fazer dois dias atrás.

Taecyeon se aproximou a menos de um metro da garota. O tamanho era gigante, Ana tentava não tremer. Foi cada vez mais para trás, até bater contra a parede. Nichkhun observava alerta. Taecyeon tinha sua íris castanha, nada iria acontecer.

— Sabe? Ficou com medo? — a íris. A íris queria mudar, ela sabia. — Eu sei o quanto gosta dele. Eu sei o quanto gosta de todos. Gosta dele? — apontou pra outra máquina. — Ele é como eu. Acha que ele é diferente? Acha mesmo?

Nunca ouviu Taecyeon falar, mas não imaginava que ele era pior. Sentia-se angustiada. Quem era capaz de fazer uma máquina assim?

— Taec, você não devia estar na caixa?

Taecyeon virou-se para Nichkhun. Os dois se encaravam e Ana saiu da parede e foi para o outro lado do laboratório de forma rápida. Tomou cuidado para não pisar em pequenos robôs que limpavam o chão.

— Caixa? — Taecyeon segurava pra não rir. — Depois de tanto tempo acha mesmo que aquela caixa me controla? — chegava perto do mais alto, o rodeando. — Achei que fosse mais esperto, irmão. Trouxe a garota aqui pra dentro, os gurus não sabem disso.

Gurus. Ana havia ficado pálida. Tentou não transparecer seu desespero.

— Não fui eu que a chamou pra cá.

— Mas — frisou — Eu imaginava que você seria um ótimo anfitrião e a trouxesse aqui para dentro. E olhe só pra vocês dois. — Taecyeon foi rumo a porta, Ana observou aquilo. Sua cabeça estava dando nós. Gurus, não era possível. Taecyeon parecia uma pessoa qualquer. Não parecia robotizado, muito menos tinha uma voz robotizada. Em Nichkhun, que era mais novo, já dava pra ter noção do poder daquele sistema.

Ana encarou Nichkhun. Me ajuda. Viu Taecyeon trancar a porta, Nichkhun instantaneamente foi para o lado da garota.

— Saia, eu preciso falar com ela. — Taecyeon foi até eles, e empurrou o outro humanóide. Nichkhun tentou resistir. — Eu não vou fazer nada! — bradou. Nichkhun franzia o cenho com detalhes claramente humanos. Ana não conseguia nem admirar a realidade daquelas máquinas, não sabia o que lhe ia acontecer. Um leve tremor em suas mãos havia começado.

— Fala o que você quer. Fala de uma vez.

Taecyeon encarava a garota agora. Sorriu vitorioso por saber que, de alguma forma mesmo resistindo, Ana estava morrendo de medo. Embora o terror estivesse presente, ela ainda queria prosseguir. Nada mal.

— Eu não vou ter mais medo de você.

Taecyeon considerou em rir.

— Medo por quê? Eu não fiz nada. — se aproximou mais. Ana sentiu Nichkhun ficar ao lado dela. Viu sua mão ser segurada pelo robô mais novo e não pode deixar de olhá-lo pelo canto do olho. — Ele é igual, não é? É por isso que gosta tanto.

— Do que você ta falando? — a voz saiu brava.

— Ele é igual ao seu Junior.

Ana não estava entendendo nada.

— Eu sei de tudo, Ana. Tudo. — Taecyeon levantou o braço, queria tocar em seu rosto e as íris rubras haviam finalmente aparecido. O verdadeiro Taecyeon. — Meu irmão está certo, tudo aqui sou eu.

— Nem tudo. — Nichkhun o enfrentou, entrando em sua frente. Temia que uma briga começasse.

Ana havia apenas fechado os olhos e encolhido o corpo, tampando os ouvidos, para não sentir dor. Esperava a pancada, mas ela não veio. Abriu devagar um olho por vez, e Taecyeon estava no chão. Nichkhun havia segurado o punho do robô e o jogou contra a outra parede. Agora estavam há alguns metros longe de você. Taecyeon ria, revidando na mesma altura. Ana ficou apavorada, tentou buscar um canto seguro naquele cômodo, mas não tinha.

Nichkhun estava me protegendo?

— Cuidado. — tentou dizer, completamente incerta. Os dois estavam brigando fisicamente? Como dois robôs poderiam agir assim? Eles não pareciam muito amigos. Sem contar que Nichkhun estava do... seu lado?

NCK claramente estava perdendo o enfrentamento. Estava encostado na parede, Taecyeon pressionando seu pescoço com seu braço como se aquilo fosse uma parte vital. Talvez o lugar de alguns circuitos, provavelmente. Tentou jogar alguma coisa na direção de Taecyeon para que ele o soltasse, mas não estava dando certo. Não seria louca de apartar uma briga daquelas, então ia e voltava pensando em alguma coisa.

— Ana, fique... longe! — até mesmo a voz era prejudicada pelo pressionamento. Ana não conseguia se mexer agora. Taecyeon olhou para a garota e alguns robôs limpantes tentavam subir nas pernas da garota.

— Ah! — chutava os mesmos. Estavam te dando choques? O que era aquilo? Subiu na bancada mais próxima e encolheu as pernas. Os robôs tentavam subir pela parede da mesma, Ana ficou impressionada. Chegou a chutar alguns, pois eram rápidos. Sentiu o tornozelo quente, sua calça havia ficado mais escura na região. Eles havia te cortado? Levantou a calça e pode ver o corte não tão raso.

— Ele...é... tudo... aqui... — o empurrou, livrando seu pescoço, e o chutou até que Taecyeon caiu no chão. Nichkhun passou a mão em seu pescoço para ver se tudo estava bem. — Eu te disse. Ele manda em todos. Você está bem?

Ana apontou pro seu tornozelo. Não era nada grave, claro, mas havia ficado chocada como Taecyeon poderia ser ridículo. O mesmo estava no chão meio tonto, afinal bateu a cabeça contra o piso. O chip deveria ter semi se deslocado. Gostaria de terminar de chutar sua cabeça para ele ficar inconsciente. Mas poderia estragá-lo e teria que pagar uma fortuna para Jang. Aliás, Jang nem sonhava que você estava num lugar como aquele. Sem contar que perderia sua fonte de informação no mesmo instante. Os mini robôs redondos que havia te cortado voltaram a ter sua programação de limpeza normal. Conexão Bluetooth, só podia. Ana saiu da bancada, pegando um deles. Virou-o de cabeça pra baixo e viu que tinha algumas peças cortantes. Provavelmente não intencionais, mas que havia te machucado. Mostrou pra Nichkhun e pôs o robozinho de volta no chão.

— E em você? Ele manda? — falou agoniada, com medo, mais alto por estar no fundo do laboratório.

Apenas ficou calado.

010

Jackson havia deixado Junior falando sozinho para poder entrar no stand. Uma das recepcionistas o abordou, Jackson estava tentando não ser grosso.

— O que deseja? — a voz robotizada fez Jackson pensar duas vezes. — Posso ajudar?

— Eu queria falar com Jang Wooyoung. — disse firme e a recepcionista provavelmente estava se fazendo de desentendida. — Fale que Jackson quer o ver, ele vai vir.

— Ele não está, senhor. Mas temos algumas...

— Eu sei que ele está aí. Por favor, me deixe entrar.

Jackson sabia onde encontrá-lo, o caminho para onde ficava sua mesa ainda era familiar pelo outro dia. Junior foi até ele, correndo.

— Hyung, não. Não assim. — tentava puxar Jackson dali.

— Junior! — gritou e algumas das pessoas que estavam no stand olharam pra eles. Jackson se recompôs.

Jackson estava discutindo com um robô. Não, não era o Junior. As recepcionistas estavam tentando acalmá-lo. Ainda fez muita confusão, até chamar atenção da pessoa que precisavam conversar. Algumas pessoas seguraram o loiro, que havia ido instintivamente até Jang. O rapaz chegou sem entender até a frente do stand.

— O que ta acontecendo aqui?

— Assassino! Assassino! — Jackson berrava e Junior tentava tampar a boca do loiro em meio às pessoas que seguravam o Jackson. O loiro estava possesso, mas não era pra menos.

Jang Wooyoung não estava entendendo nada.

— Cadê seus humanóides? Cadê? Onde estão aquelas muralhas?! Você os pediu para fazer o serviço sujo não é?! Onde está Ana?! — berrou a última pergunta. Wooyoung franzia o cenho confuso. Jackson estava completamente desesperado e pensava que Ana estava em situação pior do que imaginava.

— Do que está falando Jackson? Bebeu? — Jackson tentava se controlar. Daehyun havia começado a apitar, provavelmente era Bang ligando novamente. — Perde a Ana e a culpa é minha... Que patético.

— Não se faça de cínico! — gritava com todas as suas forças.

— Hyung! — Junior segurou o braço de Jackson. — Não vamos resolver assim.

— Tem razão. — Jackson se soltou. — Não é assim que se resolve. É dessa forma! — aproveitou que estava livre dos braços das pessoas para praticamente voar na cara de Jang. Ainda conseguiu acertar alguns socos antes de ter sido tirado a força do stand e do Congresso.

Jackson e Junior estavam do lado de fora da Universidade, tensos. Bang ligava, mas nem mesmo Daehyun ousava falar alguma coisa. Jackson estava quieto pelo que havia feito, Junior estava calado também. Ana-shi, espero que esteja bem.

No stand da New Future, Wooyoung massageava a mandíbula. O que houve com aquele cara? Alguma coisa definitivamente aconteceu, mas o que ele tinha feito? Andou, negando ajuda para cuidar do pequeno corte em sua boca, para a sua mesa. Chansung parecia absorto em pensamentos, tanto que demorou a perceber que Jang havia voltado.

— O que houve? — Jang tinha uma cara péssima, provavelmente ficaria todo inchado. Viu Wooyoung bater na mesa, com raiva.

— Aquele Jackson. Acredita que aquela barulheira toda era ele querendo falar comigo? Quando apareci lá, porque nossa, devia ser bastante urgente, ele avançou na minha direção. Olha isso! — apontou pra própria boca. — O que eu fiz pra esse cara?

Chansung quis rir, mas se conteve. Voltou a digitar em seu computador, porém se lembrou do que tinha escutado do loiro e do humanóide mais cedo. Pensou novamente no relógio também que havia arrumado no dia anterior.

Ana tinha sumido, ele sabia, mas não quis comentar com o colega de trabalho. Provavelmente Jackson teria achado que ele tinha feito algo com ela. Mas como? Deparou-se com outro detalhe. Pra onde Ana iria para Jackson achar que havia sido o hyung?

— Taecyeon está na empresa? Não o vi hoje. — mais cedo estava por lá e realmente não o viu.

— Não. Nem o trouxe pra cá. Noite passada ele deu outro pico e Nichkhun ficou o vigiando lá em casa. Até acho que talvez tenha sido eles que pegaram meu celular pra ver alguma coisa, quase que o perdi hoje de manhã. Essas máquinas ainda vão me deixar louco.

Perdeu o celular? Chansung arregalou os olhos. Levantou-se da mesa, pegou o que precisava para ir até sua casa.

— Aonde vai? — viu o moreno apressado.

— Esqueci que tinha um compromisso marcado. Preciso correr.

Wooyoung revirou os olhos, Chansung vivia no mundo da lua.

010

Ana voltou a se sentar na bancada. Taecyeon estava de volta na caixa. Nichkhun o havia levado de volta pra lá. A pancada que TCK havia levado a cabeça contra o chão realmente o deixou desconcertado.

— Ele vai ficar bem? — Ana estava de frente com a caixa. Taecyeon parecia sereno, não parecia o mesmo de antes. Talvez por estar ainda tonto.

— Infelizmente sim. — ouviu a risada de Nichkhun. Ana não deixou de rir. — Desculpe pelo seu pé. — Nichkhun estava agachado à sua frente. Tentava limpar o ferimento que ainda sangrava.

— Não foi sua culpa. Pelo contrário, você me ajudou. Obrigada. — Ana estava definitivamente muito agradecida pelo que Nichkhun havia feito por ela aquele dia. Ana havia visto muito, e também fora protegida. Mesmo que não fosse sua mestre, mesmo Nichkhun não sabendo nada de si. Uma máquina complexa daquelas simplesmente não faria aquilo a um desconhecido. Lembrou-se de seu Junior, indo ajudar Bambam caído na biblioteca da primeira vez. Não queria compará-lo, mas Taecyeon estava parcialmente certo. Gostava de Nichkhun porque ele a fazia lembrar de Junior. Porém, sobre Bambam, havia descoberto que Jinyoung possuía memórias dele e por isso havia o ajudado. Mas como poderia estar na mente do mais alto? Não poderia levar em total consideração aquela analogia, afinal Nichkhun não era um humanóide qualquer. Não poderia comparar tecnologias diferentes.

— Por nada. — levantou-se. — Vai demorar, mas seu pé vai ficar novo em folha. Estou envergonhado. — disse a última frase sem olhar na cara da garota. — Não sei o que deu nele. — mesmo que não tenha soado firme aquela frase, Ana quis acreditar.

— Tudo bem, acho que eu também nem devia estar aqui. Jackson vai me matar quando eu voltar.

— Tem um problema ainda a ser resolvido.

— Qual?

— A porta está trancada ainda.

Ana encarou a mesma, que estava um pouco longe.

— Só abre por fora agora. É um dos mecanismos de segurança do Chansung hyung*.

— Mas ela não foi trancada por dentro?

— Trancada por dentro ou por fora, só pode ser destrancada novamente por fora. A não ser que tenhamos a senha do hyung. — Nichkhun explicou.

— Então é melhor a gente esperar. Uma hora ele vai chegar. E não sei o que eu vou dizer quando isso acontecer. — ainda estava clandestinamente ali.

— Melhor ir pensando, escutou? — Nichkhun ficou em alerta. — A porta está sendo destrancada.

Ana havia ficado tensa.

A porta abriu abruptamente e quem o fez entrou em dois pulos. Parecia ter corrido aos montes. Ana encarou o moreno, suado pela corrida, e quase sem ar. Talvez ele tenha te visto, afinal estava em cima do balcão sentada e Nichkhun ao seu lado, mas Chansung limpava a testa e recuperava o fôlego apoiado em seus joelhos.

— Ele vai brigar com você? A gente ta aqui dentro. Meu deus, talvez até chame a polícia. — Ana cochichou para Nichkhun enquanto Chansung se recuperava da corrida. Nichkhun negou com a cabeça.

— Céus. — foi tudo o que disse. Endireitou-se novamente. — Você é maluca?

Era a última coisa que esperava ouvir naquela hora de Hwang Chansung. Deu pra encarnar o Jackson?

— O que faz aqui? — riu desacreditado. — Ana, você está na minha casa. Como conseguiu entrar e o que diabos está sentada no balcão junto com o Nichkhun? — olhou pra caixa e viu Taecyeon. Suspirou de alívio.

Ana ficou calada.

— Hyung, é uma longa história.

— Acho bom começar a falar, seus amigos estão do lado de fora da Universidade, sabia? Eles quase arrancaram o cabelo do Wooyoung hyung.

— Como é que é? — tampou o rosto em sinal de vergonha. Mesmo que o cara merecesse, Jackson havia ficado maluco? E seu Junior havia ajudado? — Me diga por favor que o Jinyoung não fez nada. — podia esperar coisas malucas de Jackson, mas do seu humanóide não.

— Eu não estava lá pra ver. Mas os seguranças expulsaram os dois de lá pelo comportamento agressivo. Estão loucos atrás de você. Quando Wooyoung foi lá pra dentro dizendo que Jackson havia ficado louco, imaginava que você teria feito alguma coisa precipitada. Eu não sei o que ta acontecendo aqui, mas...

— Desculpa, eu nem deveria estar aqui. Eu recebi uma mensagem, ta legal? Do Taecyeon, pelo telefone do Wooyoung. Por isso eu vim.

— Eu notei que tinha algo de errado quando ele me disse que tinha perdido o aparelho e o Jackson estava louco atrás de você. Por isso vim correndo, pensei que ia encontrar você morta. — falou cada vez mais baixo. Apoiou-se no balcão à frente. Ana estava envergonhada e pensou na gravidade da coisa. — Ana, não faça essas coisas. Seja lá o que tanto queira dos nossos humanóides, não faça esse tipo de coisa! Você não os conhece o suficiente.

Então Taecyeon também era um assassino? Estava tranquilissima.

— Acho que o correto é falar o que o Taecyeon queria de mim. Ele quis que eu viesse aqui, eu só vim porque achei que era o Jang querendo conversar.

— Ele falou sobre o Nichkhun com você, não foi? — Chansung se aproximou e se sentou no balcão. Ana confirmou com a cabeça. Só então viu o machucado enrolado num pano improvisado no tornozelo da garota. — O que houve com sua perna?

— Isso faz parte da pequena aventura. — disse cansada.

— Ana, eu não sei o que se passa na cabeça do Jackson, nem na sua. Mas infelizmente nem todas as máquinas são como o seu Junior. Mesmo que eu seja um dos responsáveis, máquinas possuem erros. Possuem donos ambiciosos também. Fogem do controle às vezes. Eu tenho plena convicção que Junior faz coisas incontroláveis.

— Eu percebi. E sim, Junior às vezes é terrível. Mas ele não agride ninguém. — riu sem graça. — E o Nichkhun me ajudou. Ele me protegeu. — disse aquilo de forma impressionada. Ainda tentava digerir tudo o que tinha acontecido aquele dia.

Chansung encarou Nichkhun. A máquina estava quieta ao lado de Ana.

— Talvez ele goste de você. — falou ao meio de risos. Talvez seja por um leve detalhe, mas isso fica pra outro dia, Ana. Desculpe. — Hyung leu sobre você, eu também li Ana. Eu vi o seu relógio também. Anda, vamos dar uma volta.

Ele sabia de Daehyun? Provavelmente sim. Era o fim. Estava totalmente certo que aquilo era o fim. É claro que ele não iria apenas liberar a passagem do relógio, ele iria investigar porque ele estava na armadilha da rede.

Ana tentou sair do balcão. Nichkhun a ajudou e Ana ainda olhou bem pra Chansung antes de segui-lo.

— Se confiou nele, pode confiar em mim. — o moreno disse.

— Por quê? — Ana havia ficado curiosa. Havia o achado simpático e mais dócil do que Wooyoung sem dúvida, mas tudo que queria naquela hora era ir pra casa. Não queria tomar novas decisões e passar por novos dilemas.

— Eu sou responsável por ele. — deu a mão para Ana. — Pode achar que o dono é o Wooyoung, mas acredite, ele não é. Eles — apontou pra cada humanóide. — São bem diferentes. — voltou a estender a mão. — É tudo que eu posso te dizer por hora. — não entendia o que aquilo significava, mas começou a ter esperanças naquela história.

Ana não conseguia andar muito bem devido ao corte, então pegou na mão de Chansung e o moreno lhe ajudou a andar. Nichkhun foi atrás dos dois. Ana contou o que havia acontecido desde o recebimento da mensagem. Disse que havia corrido de Jackson para ir até aqui, sabia que o loiro não a deixaria fazer essa maluquice. Disse o que Taecyeon havia feito, porém sem os detalhes do guru e sem falar sobre o que ela achava que ele era. Claro, nem mesmo pra Nichkhun havia dito nada. Ainda era um relacionamento confuso com os dois. Por hora guardaria certas informações, só o tempo dirá se seu coração irá confiar cem por cento naquelas pessoas.

— É melhor eu voltar pro hotel, eles devem estar lá. — andavam pelo jardim, ainda apoiada no moreno. Antes de ir, ele queria que você visse o jardim mais de perto. Algo como pedido de desculpas pela sua perna e o ataque repentino de Taecyeon. Claro que Ana não tinha deixado de compartilhar com o cultivador das flores o quão bonito tudo era. Viu os gatos mais de perto e Chansung havia dito que os alimentava também. — Obrigada por destrancar a porta. — disse envergonhada. — Eu juro que não queria mexer nas coisas.

Chansung a olhou de canto de olho, desconfiado, porém ainda ria. Ana estava disposta a tudo para buscar respostas, para quaisquer sejam as malditas exatas perguntas, e ele a admirava por isso. Queria lhe contar muitas coisas, mas ainda não podia. Devia pensar melhor sobre o assunto, ainda mais depois de ter visto aquele relógio. Sentaram-se em um banco pelas flores.

— Eu te levo de volta, não se preocupe. — o moreno arrancou uma rosa amarela que estava praticamente ao seu lado do banco. Ainda mexeu na mesma e sentiu seu perfume antes de estender para ela. — Tome.

Ana se surpreendeu com aquilo. Estava entre Nichkhun e Chansung e nunca imaginaria que isso poderia acontecer. Aliás, que dia maluco era aquele? Nunca imaginaria. Pegou a flor com cuidado, agradecendo em voz baixa.

— Eu não vou te fazer mal. — riu desacreditado. — Não há veneno nos espinhos.

Considerou rir.

— Em dois dias eu volto pra Seul. — disse de repente. — Vou sentir falta daqui.

— Do laboratório e das máquinas subindo pela sua perna? — Chansung disse admirado. Ana o olhou feio. O moreno riu mais uma vez e Ana não deixou de rir junto.

— Eu vivi momentos bons aqui, apesar de tudo. — frisou a última parte. — E você, Nichkhun, poderia me mandar emails pra gente conversar. Eu realmente estou admirada. Você me ajudou e... — olhou pra Chansung de novo. — Não o puna. Você é o dono dele, ele não fez por mal.

Chansung não olhou pra garota.

— Por favor, Chansung. Não faça nada com o Nichkhun. Não deu tempo de ver nada de confidencial. — riram. — Taecyeon apareceu antes disso.

— Vai ficar entre a gente. — estendeu o dedo mindinho. Ana acatou a promessa.

Um pouco longe dali havia um Jackson nervoso e preocupado. Junior havia apenas deitado no colchão e esperado por notícias ou pelo pior. Daehyun havia feito contato com Bang e o mesmo caiu em cima de Jackson por ter sido novamente imprudente. Porém, havia dito detalhes sobre sua teoria dos enigmas. Queria que Ana voltasse logo para que ela pudesse confirmar pontos importantes.

Alguém aqui era muito fã da escultura da CIA.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E aí? o que acharam? amaria saber~
digo é nada pra esse povo doido!


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