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História Kryptos - Seis


Escrita por: anachinnie

Notas do Autor


Oi gente, mais um capítulo!
Esse ta menor (mas há muita informação nesse, por isso não me prolonguei), mas o próximo vai explicar algumas coisas, então...
Ta meio confuso, mas com o tempo vai clarear!
espero que gostem e boa leitura.

eu acabei esquecendo de esclarecer um asterisco que pus capítulo passado na palavra hyung*. É porque a idade normal do 2pm está sendo desconsiderada, afinal o Khun é hyung do Chansung e do Wooyoung na vida real. Mas como ele nasceu depois porque é um robô, ele é o mais novo, certo?

Essa é a primeira parte da parte 2! Estamos indo pro segundo enigma... Sobre a divisão de enigmas, nesse capítulo começará a ser explicado melhor.

Até a próxima e desculpem os erros!

Capítulo 6 - Seis


Fanfic / Fanfiction Kryptos - Seis

Parte II

Será que Langley sabe disso? Eles deveriam: está enterrado em algum lugar. X Quem sabe a localização exata? Só WW”

...

 

 

Seis.

 

O clima do hotel não estava dos melhores. Também não era pra menos: Jackson e Junior estavam sentados, nem olhavam para o outro mais, esperando ao menos uma ligação. Depois que foram expulsos da faculdade, só resolveram esperar. Nada poderia ser feito, não sabiam onde Ana havia parado, apenas tinham certeza que ela estava com Nichkhun. Jackson continuava a pensar sobre certo detalhe que poderia pô-los mais à frente. Seria maluco se estivesse correto, sem dúvida, mas poderia fazer sentido. Para poder explicar melhor, tinha que esperar Ana voltar. Realmente implorava para a amiga voltar logo e estar bem. Daria uma bronca nela logo após a abraçar, e a faria prometer que nunca mais faria uma coisa dessas. Não teria próxima vez, provavelmente Jackson a acorrentaria no pé da cama e Junior sem dúvida iria ajudar. Brincadeiras a parte, Jackson faltava enfartar com Ana, mas a admirava. Quem mais seria maluca suficiente pra fazer uma besteira que, por alguma sorte, poderia resultar em resultados positivos?

Mesmo que fosse de extrema irresponsabilidade dela, Ana havia sido corajosa. Havia tomado uma atitude. Realmente queria ver aquilo como um ato heróico, mas só conseguia ver a imprudência e o perigo que rondava aquele ato. Era o pior dilema que havia passado com a amiga desde o resgate do R207.

— Hyung, eu não agüento mais. — ouviu Junior dizer, baixo, encostado na cabeceira da cama que dividia com Ana. — Já está tarde e ela ainda não voltou.

— Ela vai voltar. — queria se convencer daquilo, mas sabia que de alguma forma ela tinha dado um jeito. Ela sempre dava um jeito.

— Vai falar sobre a teoria do enigma?

— Vou. Assim que ela chegar. Yongguk hyung parou de ligar pra gente, talvez... Ana tenha entrado em contato.

— E por que não conosco?

— Vamos pensar nisso como uma forma que ela está bem.

020

Chansung esperava Ana se despedir de Nichkhun. Já havia ficado mais tempo a pedido da mesma para que conhecesse melhor o jardim e, enquanto passava um tempo com os dois, carregasse o seu celular. Ele havia descarregado por um descuido e nem mesmo pode falar para Bang o que havia acontecido pós aquela mensagem que enviou mais cedo.

— Jackson vai me matar. — já estavam no carro do moreno e ele havia dito que levaria Ana até o hotel. — Não me arrependo, mas... Ele não vai entender.

— Eu te disse que ele fez maior confusão lá no congresso. — Chansung mantinha sua atenção na estrada. — Mas você voltando as coisas vão ficar melhores. Diga a ele o que fez.

Por que Chansung estava tão calmo? Ana havia entrado em um local muito pessoal da dupla de amigos, poderia estar ocultando coisas que viu, mas... Ao ver o que Taecyeon havia feito com a garota o fez pegar leve. Ana não sabia exatamente o que se passava com aquelas pessoas, mas algo lhe dizia que Chansung já estava farto daqueles problemas. Sim, problemas. A partir de um momento que um humanóide tinha tanto poder sobre outras máquinas, aquilo havia ficado extremamente perigoso. E Nichkhun? Por que era tão diferente do outro?

— Não está bravo por eu estar dentro do lab?

Ouviu a risada baixa do moreno.

— Nichkhun não a deixaria penetrar tanto na nossa base. Ele ainda sabe ter limites. E, falando sério... Não tem nada que eu esteja com medo que você descubra. — a voz séria fez Ana ficar pensativa.

— Por que TCY é uma central? Chansung, não é perigoso?

Mesmo Ana o encarando, Chansung não olhava diretamente pra ela. Claro que estava dirigindo, mas não podia passar tanta veracidade pelo olhar.

— Ana, o que houve? — Chansung parou no acostamento. — Escute bem, não sei porque se preocupa tanto com o Kryptos, e também sei que o hyung se interessa pelo seu trabalho, mas... É seguro, ta bem? Se ele está ali é porque ele pode estar. Não somos irresponsáveis, tenho quase certeza que você acha algo assim. Nichkhun gosta de você e te levou pra conhecer, e é isso. Não posso te dar informações de trabalho, Ana. É o mesmo que eu pedir detalhes do Jinyoung. Você me daria os códigos? As memórias dele?

Ana assentiu, derrotada.

— Tudo bem. Desculpe, eu entendi. É só que...

 Não podiam confiar um no outro ainda. Ana estava no escuro com aquelas pessoas, mesmo que Nichkhun tivesse se mostrado uma boa máquina. Queria acabar com aquilo logo, mas não podia agir de forma estúpida.

— Eu queria muito te perguntar umas coisas, mas talvez soe estranho.

O moreno, ainda parado no acostamento, encarou Ana com mais cuidado.

— Vá em frente. — Ana ficou feliz em ouvir tais palavras.

— Depois que o Wooyoung se interessou e leu sobre meu mestrado, me perguntei desde quando vocês fazem essas máquinas. Quer dizer, há muito tempo que vocês trabalham juntos? — ouviu a risada desconfiada de Hwang. Ana não iria parar tão cedo com sua curiosidade, seja lá o que estivesse pesquisando, ela não cansaria.

— Quer tanto saber disso?

— Sim, eu gostei do sistema. — confessou, mas se atrapalhava nas palavras. — Quer dizer, o Nichkhun... Ele é admirável. — queria tirar alguma coisa do moreno, sabia que aquilo tinha a ver com Bang e teria bons anos de existência, mas não sabia exatamente onde o Kryptos havia nascido. Não queria se aproveitar, obviamente, mas queria aquelas informações. Mas não tinha más impressões do moreno e gostaria de aproveitar oportunidades.

— Nichkhun não tem a mesma idade que Taecyeon. É um sistema antigo, um projeto maluco de faculdade. Desde lá trabalhamos juntos. Seja com o Jun K ou no nosso laboratório pessoal. — viu o moreno relaxar no banco do motorista. — Há três anos aproximadamente executamos o primeiro teste. Desde então trabalhamos pra por ele no mercado. Alguns meses depois Nichkhun nasceu. Obviamente o primeiro protótipo havia sido o Taecyeon. — riu da forma que colocava aquele marco. — Não são humanóides comuns, como já te disse e acho que tem plena consciência disso. Sinceramente, eu ficaria muito feliz em tê-la em nossa equipe. — Chansung não tinha certeza sobre ter Ana no meio deles, mas não tinha nada a ver com problemas pessoais com a garota. Era muito complicado e isso incluía nas coisas que ele gostaria de dizer. — Ainda mais agora, Nichkhun foi nobre com você. É um bom sinal que é confiável, que seria uma boa colega de trabalho.

Ana sorriu agradecida.

— Eu pensei que tinha, sei lá, uns dez anos desse sistema. É tão complexo e incrível... Vocês são bons.

— Quase teria, se o projeto não tivesse sido arquivado por um tempo. — o garoto se limitou em dizer aquilo e Ana estava aliviada por tirar alguma informação segura. Claramente o trio maluco da faculdade, os alunos de Jung Su. E isso incluía Bang Yongguk.

— É verdade?

— O que?

— O que me disse agora?

— Por que eu mentiria sobre algo assim? Ana, o Kryptos é muito mais que aquilo. Quando você pensa que chegou em sua essência, ele vai além. — a voz misteriosa fez Ana pensar bem sobre aquela frase. Ouviu a risada de Chansung ao ver sua cara de espanto. — Vamos, vou te levar pra casa. E, por favor, não faça essas coisas. Máquinas podem ser instáveis, ele poderia ter te machucado com seriedade. Ele é nosso, mas aposto que o Jinyoung não é cem por cento controlável também.

Riram.

020

Quando Chansung estacionou, Ana sabia que teria problemas. Estavam há alguns metros do hotel no outro lado da rua e a garota se apressou em abrir a porta e ignorar o pedido de ajuda do moreno.

— Mas você ta machucada, Ana. — viu a garota sair rapidamente do carro, então o moreno desceu também e a parou na calçada. — O que houve? — riu sem entender. — Eu te ajudo a subir, você ainda ta mancando. E, sinceramente, mesmo que eu não seja o responsável pelo Taec, me sinto na obrigação de... Ei, espera! — Ana não esperou ele terminar de falar e começou a atravessar a rua. A rua não era muito movimentada, então poderia ser cruzada de forma devagar. — Ana, não seja teimosa! — a parou. — Já disse que vou te ajudar.

— Você ta doido? Pode ir pra sua casa, eu assumo daqui. Não to pronta pro Jackson te ver aqui e fazer outra maluquice.

Já estavam na frente do hotel e Chansung estava pronto pra continuar convencê-la. Entretanto, a rapidez dos movimentos do loiro fez com que Chansung fosse ao chão em questão de segundos. Ana olhou apavorada para Jackson, que esperava Ana voltar na recepção, quando viu a mesma chegar com um dos caras perigosos.

— O que fez com ela?! — o grito fez Ana tentar acalmá-lo. Jackson já estava novamente nervoso e Chansung massageava a bochecha caído no chão.  O loiro mal acreditou quando ela se abaixou para ajudar o maior. — Ana! — tentava tirar a amiga de perto de Chansung, mas Ana empurrou Jackson.

— Ficou maluco? Por que bateu no Chansung? Jackson, me solta! — Jackson tentava mante-la longe. — Minha perna ta machucada, você vai terminar de rasgar minha pele! — e finalmente se soltou.

Jackson estava perplexo.

— Ana... O que aconteceu...

— Sobe, a gente vai conversar, mas isso não justifica você sair batendo nas pessoas. Acha que eu não sei? Pelo amor de deus, me espera lá em cima. — implorou a última frase e Jackson ainda olhou bem para Chansung, que já estava de pé.

— Melhor você ir. — Chansung mexia em sua bochecha. Era impressionante que mesmo machucado ele ria de tudo. — Se tudo der certo, amanhã a tarde eu tenho algo a te propor. Mas... Não posso te falar agora.

— Algo? Mas, Chansung? — viu o moreno voltar a atravessar a rua. — Tudo bem?

— Não se preocupe, amanhã a gente conversa.

Ana estava na beira da calçada observando o carro de Chansung ir embora.

 

— Eu não acredito. Ana! — Jackson estava aos berros e Ana estava sentada na cama. Iria escutar tudo que fosse preciso e depois iria falar também. Junior estava grudado em sua perna para ver seu ferimento e Ana o fazia se sentar ao seu lado por hora. Ta tudo bem, sussurrou. — Você ficou maluca? Sabe que horas são? Já é de noite! Você some, correu do congresso, foi atrás dessa gente, essa gente te trouxe de volta e você volta machucada.

Permaneceria calada até Jackson se acalmar, não valeria a pena brigar naquela hora. Já não basta o loiro ter batido em um dos caras que havia te ajudado.

— Quase mata o Bang hyung do coração, tem noção de como ele está? Junior ficou falando maluquices, que podiam realmente acontecer, e você simplesmente não se importa! Vamos ter que ligar pro hyung, ele não parava de tentar ligar. Ana, não faça isso, por favor, olhe só pra você. Se estivesse morrido, se estivesse se ferido gravemente... O que o Chansung fez? — a matraca Wang não se controlava. Ana permanecia serena.

— Ele não fez nada. — disse calma. Ana tinha consciência do que havia feito e sim, havia sido precipitado, mas estavam em círculos. Não teria tido um contato maior com Nichkhun se não tivesse ido, não ouviria de Taec aquelas coisas e não confiaria em Chansung da mesma forma que confiava agora. — Pelo contrário. Ele foi maravilhoso.

Jackson estava embasbacado.

— O que ta havendo aqui? — Jackson olhou para Junior que se mantinha calado e grudado na dona como se não a visse por meses. — Junior, você ouviu isso? O cara que invadiu o laboratório cinco está conquistando nossa Ana...

— Cadê as provas? — Ana interrompeu. Não iria se exaltar, mas havia falado firme. — Anda, Jackson, me mostre as provas que o Chansung invadiu o laboratório cinco! Anda! — disse séria e firme. O loiro revirou os olhos.

— Ana... Sabe muito bem.

— Você não viu o que eu vi lá. E seria mais inteligente se me escutasse. Estamos certos de alguma forma, mas não tem nada a ver com Hwang Chansung.

Jackson se sentou do outro lado de Ana.

— Lembra do guru? Jang Wooyoung é o guru. — Ana disse firme e mais alto.

— Como tem tanta certeza?

Ana pôs-se a contar todo o dia com muitos detalhes. Das mensagens que recebeu no telefone até a hora que Chansung havia destrancado o lab e tirado ela e Nichkhun dali.

— Taecyeon no meio da confusão mencionou aquilo, e o dono dele é o Jang. Chansung é responsável apenas pelo Nichkhun. E não sei se você entendeu, mas ele me salvou. Ambos me salvaram. Me protegeram, me contaram coisas.

Junior encarava aquilo com dúvida.

— Ana-shi, mas... 

— Junior, eu vi. Ninguém me contou, ninguém. Eu vi tudo aquilo. Taec disse aquelas coisas, você tinha que ver como ele mandava naqueles robôs. Ele era a central deles. Entregaram uma responsabilidade enorme pra aquela máquina. Mesmo que Chansung me assegure que, apesar dos pesares, ele é controlável, ele não é! Eles não o conhecem. É ridículo, uma máquina feita pelo seu dono e o dono não a conhece. É óbvio que Jang Wooyoung é o maníaco!

— Mas um robô que pega um celular pra enganar uma pessoa poderia facilmente criar uma história. Veja só caso do Jongup: claro que havia feito por um sentimento puro, mas ele o fez. E se tudo foi armado? E se Chansung quis que você estivesse lá para se confundir? Pra tirar seu foco do real maníaco? — Jackson dizia intrigado. — Não podemos confiar.

— E vamos ficar reféns de teorias até quando? Quando a gente vai andar pra frente, Jackson? — Ana não entendia porque Jackson estava tão receoso.

— A única teoria que temos que ser refém é a do enigma da CIA. — Jackson dizia com tanta certeza que Ana havia ficado impressionada. — Hyung ouviu sobre ela mais cedo quando esperávamos que você voltasse. Ana, há algumas coisas que você precisa saber.

020

— Como é que é? Quem disse isso pro Jung-Su?

Ana estava completamente perplexa.

— Não sabemos, mas essa pessoa deve saber com detalhes sobre o primeiro grande ataque. Não sabemos nada além da fonte ser segura.

— Isso é loucura... Então, Wooyoung fez os primeiros ataques.

— É por isso que estávamos preocupados com você, Ana-shi. — o humanóide foi para seu lado, agora estava em uma poltrona do outro lado do quarto. Mesmo que seus movimentos estivessem reduzidos, Ana já havia mudado de lugar várias vezes.

— Meu deus... — o coração agitado quase saía pela boca. — Jackson, por que nunca soubemos desse primeiro ataque? Isso faz quanto tempo?

— Segundo o Bang hyung, ele havia entendido que pouco mais de dois anos atrás.

— O Kryptos tem quase três anos. Chansung me disse. — viu Jackson se levantar e ir pra lá e pra cá.

— Tudo bem, temos uma pequena coincidência aí. E não é só isso, Ana, mas e o Chansung hyung? Disse que ele te forneceu essa informação, mas... — Jackson queria alertá-la, não sabia até onde ele estava envolvido nisso.

— Achei que Bang havia mencionado o Wooyoung e o Jun K. Para de implicar com o cara que ta sendo a melhor fonte que estamos tendo. Eu passei a tarde toda conversando com ele, há algo de muito estranho no Taecyeon.

— Mas o Chansung trabalha com eles há anos, eu sei que sabe disso. Ele pode estar afundado nisso tanto quanto os outros dois.

— Eu sei que ele trabalha desde sempre com o Wooyoung, tanto que ele havia ajudado nos projetos. Mas... Ele é o responsável pelo Nichkhun, não tem nada a ver com isso. E ele me ajudou, ele... Ele me viu lá dentro e estava completamente calmo. Conversamos por horas, ele comentou do Kryptos comigo, sem contar que o NCK me salvou do Taecyeon. É completamente impossível.

— E se tiver? E se Nichkhun ajudou no primeiro ataque?

— Por que razão seriam eles de novo se foi feito um acordo?

— Ana, essa gente tem dinheiro, tem influência. Não podemos ter certeza disso. Olha a maluquice desse projeto, acha mesmo que eles iam cair fora e perder toda a grana que investiram e que iriam ganhar caso continuassem? Eles são poderosos. — suspirou. — E tem mais... Há algo interessante na teoria do enigma. Conhece o enigma de Kryptos, Ana? A escultura da CIA que tem quatro grandes enigmas e que até hoje, apenas três foram solucionados.

— Sim, mais ou menos acho.

— Eu andei pesquisando sobre ele, sabe... Escuta só. — Jackson pegou seu tablet e pôs-se a ler. — “Entre a sombra sutil e a ausência da luz está a nuance da ilusão”. — falou em voz alta. — Esse é o primeiro enigma da escultura do Jim Sanborn, Ana. Vamos lá, vamos entender.

— E acha que isso tem alguma coisa a ver com o sistema? — Ana estava confusa. — Se bem que... Chansung me disse uma coisa estranha no carro. Quando você pensa que chegou a sua essência, ele vai além.

Jackson bateu no colchão.

— Pense só comigo. — levantou um dedo. — Temos duas partes distintas do enigma solucionado. Temos a sombra e a ausência da luz.

Ana torceu os lábios, Jackson estava enlouquecendo? O que aquilo teria a ver com Nichkhun e Taecyeon? Ana molhou os lábios, preocupada.

— Espera aí. Sombra e ausência da luz. — Ana se levantou com dificuldade e Junior a ajudou. — Temos dois pontos. E o enigma diz que entre eles há uma leve diferença, certo? Afinal nuance significa uma diferença sutil. — Ana continuava e Jackson confirmava. — Nichkhun e Taecyeon são duas ramificações do sistema Kryptos e... Tem uma pequena diferença entre eles. Pensa só, tem um mesmo cérebro, mas há algo no Nichkhun que o impede de ser assim. Chansung me disse que não foram feitos pro mesmo propósito, Nichkhun havia sido uma outra opção. Ele nasceu meses depois, e pro Wooyoung não ser o responsável por ele, ele pode ter sido alterado pelo Chansung.

— E se a nuance da ilusão fosse o Chansung? — Jackson chutou. Ana voltou a se sentar. — Olha só, vamos reescrever a frase. Disse que cada um da dupla é responsável pelas máquinas, e temos uma diversificação na personalidade das duas, o que é notável nos dois amigos também.  Entre Nichkhun e Taecyeon está o Chansung. — Jackson parecia aéreo fazendo a substituição.

— Ta, mas isso fica estranho, não é? — Ana riu. — Ah não ser que... Chansung é o dono do Nichkhun, será se ele fez uma grande alteração no código do Kryptos? Porque não tem lógica o que eu vi. Será se foi aí que o Nichkhun ficou tão diferente?

— Isso pode explicar a frase misteriosa. Veja só, ele disse que mesmo que achemos que estamos na essência, a coisa vai além. E se a primeira ponta da essência for o primeiro enigma? Afinal, por qual razão existem apenas dois Kryptos? Pensa só, Nichkhun nasceu apenas pouco tempo depois, segundo o que me disse. Por que fizeram um sistema tão rápido e não existem outros mesmo com três anos disso tudo rodando?

Jackson tinha razão, aquilo não fazia sentido. A essa altura, deveria ter dezenas de ramificações do Kryptos.

— Eles só precisam de dois, Ana.

— Eu acho que eles só precisam de um. Há algo diferente no Nichkhun.

020

Chansung havia chegado em casa e corrido para o computador. Decidiu não usar o lab naquele dia, não queria que Taecyeon tivesse um mínimo acesso ao que faria. Pegou o que precisava no laboratório, vendo Taecyeon na caixa protegido. Nichkhun mexia na gama de filmes que tinha a sua disposição e viu que Chansung parecia apressado.

— Ah, olá hyung. — girou a cadeira na direção do moreno. — Ana chegou bem em casa?

— Chegou. — Chansung não queria muita conversa, tinha algo urgente para fazer. Mas parou exatamente na porta e se virou para Nichkhun. — Preciso que olhe algo, anda, vem. — seguiu rumo a escada e Nichkhun o seguiu.

Após entrarem no quarto, Chansung trancou a porta e desligou o sinal de wifi.

— Por que desligou a rede, hyung?

— Você sabe. — suspirou. — Eu sei que sabe. Pode se sentar, ainda tenho que conectar o projetor.

Chansung tinha uma bancada onde trabalhava. Era fato que tinham o laboratório, porém só o usava quando Wooyoung trabalhava com ele. O amigo não estava em casa ainda, provavelmente estava bebendo novamente pensando em como recrutar Ana. E também, desde que Taecyeon havia se tornado uma central, as coisas ficaram difíceis por lá. Não poderia simplesmente desligar a rede como fizera agora, precisavam da internet para trabalhar, mas dessa vez não. Certificou que estava seguro com Nichkhun para poder falar abertamente sobre Daehyun e Ana. Enquanto o laptop ligava, viu que Nichkhun ainda estava em pé.

— Francamente, não vai se sentar? — puxou a cadeira do lado da sua. Era uma grande e confortável. Aquela parte do quarto era iluminada por abajures, afinal precisava da luz principal apagada para usar o projetor. O computador foi conectado enquanto NCK se sentou na cadeira ao lado. — Nichkhun, tire suas meias. — falou baixo.

A verdade era que Chansung possuía alguns segredos. Principalmente sobre o Kryptos. Era certo que não programava da mesma forma que o amigo, mas era um bom especialista em redes. Nichkhun poderia ter o sistema padrão, mas nunca executaria o mesmo que Taecyeon. Isso era algo que ele mantinha pra si. Havia assegurado para o amigo que NCK seria um TCY quando havia sido criado, mas na verdade nunca teve coragem de transformá-lo. Era um Kryptos completamente deslocado do real propósito, era um esforço dos amigos, mas com a essência de Chansung.

Nichkhun rapidamente tirou as meias e Chansung se sentou no chão para averiguar os pés. A digital do seu polegar direito haveria de ativar a barreira mais incrível que já havia criado para um sistema na vida. Com isso, Nichkhun ficaria seguro de invasões por TCY enquanto conversassem. Tudo que seria falado ali ficaria ali. Chansung tirou o dedo da palma do pé de Nichkhun e voltou a se levantar. Aproveitou que Nichkhun vestia as meias para assegurar que tinha fechado as cortinas.

— Escute, Nichkhun, é importante. — apontava para o humanóide que mantinha seu olhar fixo no dono. — Tem que me ajudar a fazer Ana voltar pra Seul. Ela vai voltar em dois dias, preciso que ela realmente volte.

— Por que hyung? Eu achei que...

— Eu sei. Que talvez eu a ajudasse? É perigoso, eu não posso deixar o Wooyoung recrutar ela. Mesmo que fosse pra te melhorar, não posso envolver a Ana nisso. — falavam em sussurros. Impulsionou a cadeira até a mesa e tentou achar o arquivo. — No dia que eu a conheci, ela tinha um relógio no pulso. Quando ele ficou preso na armadilha que sempre faço quando temos uma rede aberta, eu tive que o soltar. E isso foi completamente... Esquisito. Eu não queria fazer aquilo, mas algo estava errado. Pessoas de Seul e um relógio que invadia redes. Tudo que eu consegui escanear dele está aqui. — apontou pro projetor. — Isso te lembra alguma coisa?

— Não, hyung. Talvez...

— Não, eu sei que você se lembra de algo. Nichkhun, por favor. Eu sei que falei que preciso de você pra tirar a Ana daqui, mas... Antes disso, eu queria contar a verdade. Mas sem você é impossível. Depois daquela maluquice que o Jun K fez em Seul, eu fui completamente jogado fora da equipe. Eu perdi o contato com os ataques.

— Não tenho memórias dessa época.

— Como não? Você estava lá.

— Há muitas coisas que Taecyeon não quer que eu saiba, hyung. Sabe disso. Acho melhor não voltar a ligar minha rede enquanto Ana não for embora.

Isso queria dizer que Nichkhun vez ou outra havia sido invadido e algumas memórias haviam sido apagadas.

— Isso é uma delas? — apontou para as informações do relógio no projetor. — Ana tem a ver com o ataque?

— Tem. Mas não exatamente sobre o primeiro.

Chansung havia ficado preocupado. Estava prestes a tomar uma das decisões mais difíceis desde que decidiu proteger Nichkhun do verdadeiro alvo do Kryptos.

 

 

 

 

 


Notas Finais


E aí? o que acharam? amaria saber~


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