1. Spirit Fanfics >
  2. KURODARA!! >
  3. A Menina que Caiu do Céu

História KURODARA!! - A Menina que Caiu do Céu


Escrita por: Zetsubou-sensei

Capítulo 1 - A Menina que Caiu do Céu


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - A Menina que Caiu do Céu

.

 

Aconteceu de forma inesperada.

Deidara ia andando despreocupado pelas ruas da Aldeia, quando de repente ele ouviu um grito e do nada uma garotinha simplesmente caiu em cima de sua cabeça.

– Auch! – gritou ele, estatelado no chão.

Ele empurrou a menina de cima de suas costas, esfregando o pescoço dolorido.

– Mas o que..!?

Ele abriu os olhos e viu uma pirralha pequena e franzina jogada ao seu lado, parecendo muito envergonhada. Os dois ficaram se encarando ao mesmo tempo.

 

Ele tinha oito anos essa vez.

Ela tinha cinco.

 

– Você quase quebrou o meu pescoço, sabia!?

A menina fez uma carinha de cortar o coração.

– Desculpa..

– De onde foi que você veio??

Mas ela não deu nenhuma resposta. Deidara olhou pra ela totalmente confuso, e em seguida bufou com irritação.

– Ah, deixa pra lá.

E ajeitando seu boné preto ao contrário, levantou-se e se afastou. Ele já tinha cruzado por duas ruas e três becos, quando se virou e percebeu que a menina estava bem atrás dele.

– Por que tá me seguindo??

A menina abaixou o rosto.

– Eu.. to perdida..

– Isso não é problema meu. Pára de me seguir.

Deidara retomou seu caminho despreocupado e com as mãos no bolso, mas ele continuou ouvindo os passos da garotinha atrás dele. Só que dessa vez ela tinha tomado o cuidado de manter três metros de distância, que era pra não correr nenhum risco de ser descoberta. De vez em quando Deidara virava o rosto pra trás, e via a menina ali perto. Nessas horas ela ficava paralisada por um segundo antes de reagir com um gritinho, e então corria pra se esconder atrás de uma caixa ou lixeira.

Puta merda, essa aí nunca vai poder ser uma ninja.. – pensou Deidara.

Ele ignorou a pirralha e continuou caminhando até chegar num beco calçado de pedras. Lá havia uma pilha de tábuas amontoadas num canto, de onde ele tirou uma lata de tinta e um pincel escondidos. Então ele mergulhou o pincel na lata, subiu numa caixa e começou a escrever no muro.

A pequena intrometida se aproximou devagar, muito curiosa, e leu os kanjis pintados em tinta preta:

– DE-I-DA-RA.. – soletrou em voz alta, esquecendo-se de que devia ser invisível. – Esse é o seu nome, onii-chan?

Deidara revirou os olhos, impaciente.

– É..

– Que nome legal!

– To sabendo.

– O meu é Kurotsuchi. Eu sou a neta do..

– Ninguém te perguntou. – interrompeu ele, com rispidez. Ele não tinha família e não estava nem um pouco interessado em conhecer a dos outros.

Deidara continuou pintando até formar as palavras “DEIDARA DETONA” bem grandes no muro. Em seguida pulou da caixa e se dirigiu para outra rua, com sua lata e pincel. Kurotsuchi foi atrás.

– Deidara onii-chan.. o que você tá fazendo?

– Não é da sua conta. E pára de me chamar assim, eu não sou seu irmão.

– Tá bom, Deidara onii-chan.

Deidara estalou a língua com irritação.

Eles continuaram até chegar num pátio deserto, onde tinha uma estátua bem alta no centro. Lá ele pintou outra parede com as palavras “DEIDARA COMANDA”. Kurotsuchi continuava observando-o de perto. Aquela menininha era bastante chata, e não parecia disposta a ir embora tão cedo. Mas já que ela estava ali, ele achou que talvez ela pudesse servir pra alguma coisa.

– Faz o seguinte.. – disse, se agachando – Sobe nas minhas costas.

A garotinha logo pulou em cima dele, abraçando o seu pescoço. Deidara se levantou e foi até a estátua, carregando Kurotsuchi nas costas. Quando ficou de frente pra estátua, mergulhou o pincel na lata e o entregou na mão da menina.

– Agora tenta ficar de pé no meu ombro.

– Assim..?

– Cuidado!

Eles balançaram tentando executar a manobra, na qual várias gotas de tinta caíram. Com algum esforço conseguiram achar o equilíbrio, e então Deidara deu as instruções para Kurotsuchi escrever enquanto segurava os pés dela.

– Deidara onii-chan? – perguntou a menina, enquanto trabalhava.

– Que é?

– O que quer dizer “pau no cu” do Tsuchikage?

– É o meu grito de guerra.

– Grito de guerra?

– Só escreve!

– Tá bom..

E continuou pintando. Ela já estava terminando o último kanji, quando de repente um homem chegou no local. Veio pulando do alto de um prédio, e aterrissou no pátio com uma agilidade impressionante para o seu tamanho. Deirara virou o rosto, e sentiu a espinha gelar.

Kitsuchi, A Montanha Ninja.. o que ele tá fazendo aqui??

– Mas o que está acontecendo aqui?! – gritou o enorme homem.

A menina também se virou com o susto, fazendo os dois perderem o equilíbrio e caírem no chão com o pincel e a lata.

– Kurotsuchi, o que você está fazendo??

A menina sorriu com o rosto sujo de tinta. Então ergueu o punho com o pincel e gritou:

– Pau no cu do Tsuchikage!!!

– COMO É QUE É??!

E então ele viu a pichação na estátua, olhou para Deidara caído ao lado, e seu rosto barbado se contorceu em fúria.

– O QUE VOCÊ ESTÁ ENSINANDO PRA MINHA FILHA??

– Sua filha??

Peraí.. – pensou Deidara, fazendo as contas – Se ela é filha do Kitsuchi, então quer dizer que também é...

Ele voltou o rosto horrorizado para a garotinha ao lado.

– POR QUE VOCÊ NÃO ME DISSE QUE ERA NETA DO TSUCHIKAGE?!?

– Você não deixou..

Kitsuchi socou a palma da mão.

– Aaaaaaah moleque!!! – urrou.

– FUDEU!!

Deidara se levantou e saiu correndo. Mas não conseguiu ir muito longe: Kitsuchi o alcançou ao dobrar uma esquina, e então lhe desceu a porrada. Quando voltou, apanhou sua filha e a colocou em seus ombros.

– Nunca mais fuja da mansão, Kurotsuchi! – disse, enquanto voltavam pra casa – Te procurei como um louco por toda parte! E pensar que você estaria num distrito tão perigoso..

Kurotsuchi olhou para trás enquanto era carregada, e viu Deidara caído com o rosto no chão.

 

O sol já começava a se pôr quando eles subiram a escadaria em espiral que dava para a Mansão Tsuchikage, no alto de uma grande torre.

– Eu não quero você perto daquele garoto, Kurotsuchi. – disse Kitsuchi – Ele é uma péssima influência.

– Eu achei ele legal..

– Ele é um marginal, isso sim! E você nunca poderá ser Tsuchikage, se se misturar com marginais.

– Mas pai.. – gemeu a garotinha, quando chegaram na mansão – Eu não quero ser Tsuchikage...

Kitsuchi a colocou em cima de um balcão.

– Filha.. nós já conversamos sobre isso.

– Você que deveria ser Tsuchikage..

– E depois de mim, será você.

Kitsuchi tirou um lenço do bolso e começou a limpar o rosto da filha.

– E eu acredito, Kurotsuchi.. que um dia você será mais poderosa do que eu. Talvez até mais do que o seu avô.

Kurotsuchi cruzou os braços e fez beicinho.

– Eu nunca vou querer ser Tsuchikage!

Kitsuchi riu.

– Um dia, filha.. você vai pensar diferente.

E continuou limpando delicadamente a tinta do rosto dela.

Ao mesmo tempo no outro lado da Aldeia, sentado num beco escuro, Deidara limpava sozinho o seu sangue.

 

.


Notas Finais


Certo.. esse foi o primeiro capítulo. O que acharam? Espero que tenham gostado! Eu tenho muitos planos pra esses dois..

Quero dizer também que farei o possível pra manter a fanfic canônica (isso é, não vou inventar "realidades alternativas" nem escrever nada que contrarie o anime). Só vou mudar alguns detalhes menores. Felizmente o anime revela pouca coisa sobre o passado deles (e quase nada sobre a Kurotsuchi), o que me dá uma boa margem para criar. Eu sempre shipei muito esses dois, mas quase ninguém sequer lembra quem é a Kurotsuchi (tanto que nem existe o nome dela na lista de personagens do site, algo que estou tentando consertar). Enfim.

Se tiver curiosidade de saber como seria esse romance improvável, ou simplesmente de saber como seria a Aldeia Oculta da Pedra, favorite e acompanhe a minha fic!

Obrigado!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...