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História KURODARA!! - A Ave Encurralada


Escrita por: Zetsubou-sensei

Capítulo 10 - A Ave Encurralada


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - A Ave Encurralada

.

 

Na manhã seguinte, Kurotsuchi foi chamada para o gabinete do seu avô na primeira hora do dia.

– Kuro-chan.. – começou Oonoki, o semblante muito sério – É verdade o que Deidara fez com você??

Kurotsuchi ficou pálida. Como ele soube do beijo?? Não tinha ninguém por perto naquela hora..

– Err, eu.. receio que sim..

A testa enrugada do velho subitamente ficou vermelha.

– Você está bem? Ele machucou você??

– O que? Não.. ele não fez com tanta força..

Oonoki ergueu uma sobrancelha.

– Ele empurrou você da ponte com gentileza..?

Kurotsuchi engasgou. Foi a vez dela ficar vermelha. Nas últimas horas seus pensamentos estavam tão perdidos naquele beijo que ela tinha se esquecido completamente desse pequeno detalhe.

– Ah, a ponte?? Ah sim.. ele me empurrou! Isso mesmo. Foi só isso que aconteceu..

– Aquele psicopata traiçoeiro! – rosnou ele – Vou dar a ele o que merece!

Kurotsuchi ficou um pouquinho preocupada.

– Vovô.. tá tudo bem. Não aconteceu nada. E eu meio que já dei uma lição nele..

– Ele é o meu aprendiz, Kuro-chan. – disse Oonoki, subindo no ar e ocultando os olhos no chapéu de Tsuchikage – Sou eu quem darei uma lição nele.

A visão fez Kurotsuchi se arrepiar.

– Certo.. – sorriu ela, assustada. – Então eu vou indo pra minha missão..

Kurotsuchi se retirou o mais rápido possível. Era melhor não estar por perto quando a ira do Tsuchikage estourasse.

 

Lá fora no pátio, Deidara acabava de sair de sua torrezinha e topou com Kurotsuchi no caminho.

– Bom dia! – cumprimentou ele.

– Boa sorte. – respondeu ela, passando direto.

Deidara ficou olhando pras costas dela sem entender nada. Foi então que ele ouviu um grito terrível, vindo do alto da mansão:

– DEIDARAAAAAAAAAAAAA!!!!

Fudeu. – pensou ele.

Ele sabia que estava flertando com o perigo, ao brincar com a filha de um general e a neta de um Kage. Mas ele sempre foi apaixonado pelo perigo, e era por isso que gostava de provoca-lo. Mas naquele instante, quando ele adentrou o salão principal da mansão e viu o velhote descendo as escadas em toda sua glória assassina, Deidara se perguntou seriamente se não tinha ido longe demais..

– Deidara, seu verme insolente!! – gritou ele – Eu lhe confio a guarda da minha neta, e você joga ela de um penhasco?!!

– P-peraí, velhote... Era só um treino, eu juro!

– EU VOU LHE MOSTRAR O QUE É UM TREINO..

Oonoki aproximou as mãos abertas uma da outra, e um cubo luminoso surgiu no espaço entre elas.

– FUDEU!!!

Deidara virou pro lado e começou a correr o mais desesperadamente possível. Aquele era o lendário Estilo Partícula, uma kekkei touta raríssima que desintegrava a nível subatômico tudo aquilo que tocasse. Ele tinha andado louco pra vê-la, mas não daquele jeito..

– Jinton! Jutsu Desmembramento do Mundo Primitivo!!

O cubo de luz se expandiu e voou em direção a Deidara, que saltou e se jogou no chão. Houve um clarão e um som sibilante de aço quente mergulhando em água. Quando ele olhou pra trás, o vaso de planta que estava ali há apenas um segundo tinha evaporado completamente.

Puta merda...

Oonoki começou a carregar um novo disparo, e Deidara fugiu para a sala de estar.

– Volta aqui!!!

Mas Deidara pulou na mesinha de centro e de lá mergulhou no sofá, tombando ele e usando-o como trincheira. Segundos depois o sofá estava dilacerado ao meio, e então Deidara partiu pra baixo de mesas e móveis. Quando metade da mobília tinha sido destroçada, Deidara resolveu tomar medidas drásticas.

– Avestruz, eu escolho você!!

Deidara lançou a escultura no ar e ela expandiu numa nuvem de fumaça. Ele rapidamente pulou nas costas do bicho, agarrando-o pelo pescoço.

– VAI!!!

O animal disparou pela sala e subiu as escadas. Oonoki voou atrás dele, e por incrível que pareça ele era tão rápido quanto a ave.

– Não vai escapar tão fácil!!

Mais e mais raios desintegradores eram lançados pelo Tsuchikage, arrancando quadros das paredes e mutilando estátuas dos corredores. Deidara continuava montado na avestruz, pilotando e se esquivando dos disparos com manobras alucinadas. Ele tentou enviar morcegos de argila pra despistar o velho, mas foi em vão. Oonoki lançou uma estrela ninja e fez um selo de mão:

– Shuriken Kage Bunshin no Jutsu!!

Os morcegos foram pregados contra as paredes e o teto. Os que sobraram escaparam pro pátio quebrando as janelas.

– Socorroooo!!!

Depois de dar uma volta completa na mansão, passando pelo gabinete do Tscuchikage e pelo quarto de Kurotsuchi, Deidara correu novamente para o topo da escadaria principal. Quando foi fazer a curva, porém, a avestruz escorregou e patinou no tapete, tombando de lado e lançando Deidara no andar de baixo.

– AAAAAAAAHH...!!

Deu tempo de Deidara xingar até a mãe enquanto caía. Ele deu uma cambalhota no ar e aterrissou de costas na mesinha de centro, estilhaçando-a em mil cacos.

– Agora eu te peguei, Deidara!!

Oonoki veio flutuando do alto, estendendo as mãos abertas diretamente pra ele. Não havia mais escapatória: ele era uma ave encurralada. Deidara cobriu o rosto com a mão e fechou os olhos.

– Jinton! Jutsu Desmembramento do..... urgh!

Deidara esperou, mas continuou vivo e respirando. Ele arriscou abrir um olho, e viu o velho paralisado logo acima. Fazia uma careta horrível pra ele, arregalando os olhos e mostrando os dentes.

– Masoquê..?

Oonoki não se mexia.

– Velhote..? Tá tudo bem?

– Minhas.. costas..!!

– Ãh??

– MINHAS COSTAS!!! Acho que torci elas!!

– PORRA!! Eu que caio de costas e você que quebra a sua?!!

Oonoki perdeu altitude até parar no chão como uma pena.

– Tá doendo..!! – queixou-se ele, segurando a parte dolorida com uma mão.

Deidara se levantou e sentou de frente pra ele, coçando a nuca.

– Putz.. de novo? Tem que ver isso aí.

– Já tentei de tudo, e não resolveu...

– Já tentou terapia?

– Você quer dizer, aquelas terapias orientais com pedras, cristais e (urgh!) essas coisas?

– Não, nada disso.. – riu Deidara.

Ele se aproximou do velhinho e olhou pros lados, embora estivessem sozinhos.

– Tô falando de algo que realmente funciona.. terapia de verdade.

– O que está sugerindo..?

Deidara levantou uma mão e começou a falar baixinho, como se estivesse conspirando algum crime.

– Sabe.. conheço umas massagistas ótimas lá no Distrito das Lanternas Vermelhas.

Oonoki de repente ficou muito desconfortável. Ele olhou pra baixo e começou a limpar a garganta, o punho fechado na altura da boca.

– CAHAM! Err.. hum! O.. Distrito das Lanternas Vermelhas, você diz?

– É isso aí.. – sorriu Deidara – Não tem terapia melhor. Vou te contar, aquelas mulheres tem mãos de fada.. Vão consertar suas costas num instantinho, posso garantir!

Oonoki pareceu considerar a proposta dele por um segundo. Mas imediatamente depois sacudiu a cabeça.

– Mas que audácia! Isso não é sugestão que se faça a um Kage respeitável!

E se ergueu no ar com uma disposição surpreendentemente renovada.

– Agora mesmo que vou te castigar como se deve! Chega de pegar leve!!

Merda! – pensou Deidara, preparando-se para correr de novo.

 

***

 

Horas depois, Kurotsuchi retornava de sua missão para casa. Estava apreensiva, imaginando como estariam as coisas quando chegasse.

Espero que o vovô não esteja sendo muito severo com ele.. – pensava. – Afinal de contas, ele não fez por mal..

Quando abriu a porta da frente, porém, deparou-se com o retrato de uma verdadeira zona.

Por toda parte havia caos e destruição. Móveis virados, cortinas rasgadas, a decoração inteira no piso. Morcegos se penduravam no teto e uma avestruz ciscava o tapete da sala. E bem no centro, sentados lado a lado e se abraçando, estavam seu avô e seu guarda-costas. Ambos riam e gargalhavam (Oonoki com os cabelos soltos, e Deidara usando o chapéu marrom de Tsuchikage), enquanto erguiam no alto seus pires de saquê com um monte de vadia em volta.

– Mas que PORRA TÁ ACONTECENDO AQUI?!?!

Todos se assustaram na mesma hora, derramando o saquê dos pires.

– Kuro-chan??

– O que significa ISTO???

Kurotsuchi avançou para o centro da sala com determinação de fogo. As mulheres de biquíni se levantaram e recuaram, e Oonoki e Deidara se encolheram.

– FORA DAQUI, suas PIRANHAS!!!!!!

Houve gritos e correria, e as prostitutas se dispersaram por todos os cantos como baratas em fuga. Kurotsuchi expulsou todas a pontapés, e elas saíram por todas as portas e janelas da sala. Quem visse a cena do lado de fora teria uma visão no mínimo curiosa – um bando de mulheres de biquíni saindo desesperadas pro pátio por todos os lados da mansão.

– VOCÊ!! – ela se voltou para Deidara, quando terminou com as mulheres.

Deidara correu pra trás de uma mesa.

– Isso foi ideia SUA, não foi?!

– Peraí.. – suplicou ele, contornando a mesa de um lado pro outro pra fugir dela –  Eu tinha um bom motivo...

Kurotsuchi virou a mesa inteira em cima dele.

– E quanto ao SENHOR, vovô!!!

Foi a vez do velhinho tremer na base.

– Eu esperaria isso dele... mas VOCÊ?? QUEM FOI MESMO que me ensinou sobre as Três Proibições Ninja??!

– Calma, Kuro-chan.. e-eu posso explicar!

– Então explique!

Ele gaguejou.

– É que.. a-as minhas costas começaram a doer de repente, e..

– Quer que eu dê um jeito nelas pra você..??

Kurotsuchi uniu as mãos fechadas e estalou as juntas em alto e bom som.

– CORRE!! – gritou Deidara.

Oonoki se virou e começou a correr pela sala. Ali estava o shinobi mais poderoso da Aldeia (talvez um dos mais poderosos do mundo), mas naquele momento ele simplesmente fugiu como um gatinho assustado da fúria de Kurotsuchi.

Por fim a garota desistiu e foi subir as escadas para o seu quarto.

Homens.. Francamente!!

E desapareceu batendo a porta.

Oonoki e Deidara saíram de seus esconderijos aos poucos, pisando macio pra não fazer ruído. Eles trocaram olhares de medo, e talvez gratidão por estarem vivos.

– Bem, err.. – começou o velho, após um tempo – Onde nós estávamos?

– Você ia me matar.

– Ah, sim. Tem razão. Hum.. é. Fica pra próxima.

E se virou e começou a se afastar. Deidara mal estava acreditando.

– O senhor não vai.. me castigar?

Oonoki parou no meio da sala, levitando a poucos centímetros do chão.

– Castigar? Bem, já que insiste.. - ele olhou em volta, pensando – Limpe esta bagunça.

E se retirou para seu gabinete.

Eu e minha maldita boca.. – pensou Deidara, indo atrás da vassoura.

Talvez devesse ter ficado quieto e deixado o velho desintegrar ele. No fim das contas, seu plano de embebedar o Tsuchikage para arrancar informações não tinha dado certo. Teria que continuar procurando aquilo por outros meios.. mas com certeza estava em algum lugar daquela mansão. Deidara continuaria procurando, até encontrar.

Precisava colocar as mãos naquele objeto.

 

Afinal de contas, foi só por isso que ele tinha aceitado aquela missão..

 

.


Notas Finais


E aqui estamos, mais um capítulo entregue. Comentem o que acharam! ^^

Abraços, e até a próxima. \o


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