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História KURODARA!! - Um Reencontro e Uma Despedida


Escrita por: Zetsubou-sensei

Notas do Autor


(A imagem não tem muito a ver com o capítulo, mas é bonitinha. Então apreciem =p)

Capítulo 13 - Um Reencontro e Uma Despedida


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - Um Reencontro e Uma Despedida

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Três meses.

Esse foi o tempo exato em que Deidara foi o guarda-costas de Kurotsuchi.

Passou voando, como sempre acontece quando se tem uma perturbação tão agradável na rotina das coisas. Se bem que no começo, foi um tormento insuportável para a jovem kunoichi.. Até então ela nunca tinha lidado com um sujeito tão indomável e atrevido. Mas conforme os dias foram se passando, ela aprendeu a se acostumar com aquele roqueiro de cabeleira loira e sorriso cretino.

Até que chegou o dia em que ele tomou um caminho diferente.

 

***

 

– O que está dizendo, velhote..? – perguntou Deidara, certa tarde. – Não entendo..

– Estou dizendo que suas aulas comigo chegaram ao fim. Você não será mais meu aluno.

– Mas.. e como fica a guarda da sua neta?

– Não se preocupe com isso. Seus serviços também não serão mais necessários. Já tenho tudo planejado.

Eu também tinha.. – pensou Deidara, atordoado.

– O senhor.. tem certeza?

Oonoki virou de costas, observando a aldeia de cima do terraço. Por um minuto ele ficou absorto naquela paisagem, fumando calmamente o seu cachimbo.

– Eu tenho te observado, Deidara. – disse ele, sem se virar. – Tenho te observado atentamente, desde o início. Pode não parecer, mas eu lhe conheço melhor do que você imagina. Sei muito bem do que você é capaz..

Deidara não conseguiu pensar em nada pra dizer. Esse era um daqueles raros momentos em que ele preferia ficar apenas em silêncio.

– Será melhor que comece a arrumar suas coisas. – disse Oonoki, se virando. – Você irá para bem longe.

O velho soprou uma baforada.

– Isso é tudo. Dispensado.

Pela primeira vez na vida, Deidara se curvou para o seu mestre. E também foi a última.

Após isso, Deidara se retirou.

 

***

 

Naquele dia, Deidara foi até a ponte principal da mansão.

Era a mesma ponte onde ele tinha empurrado Kurotsuchi, e que conectava a torre ao restante da vila. Ali ele foi mais uma vez se apoiar no parapeito, olhando a paisagem abaixo dele, e relembrou o dia em que voou com Kurotsuchi por aquele belo abismo.

Ele estava brincando distraído com uma mariposa de argila entre os dedos, quando um homem surgiu no pórtico de entrada, e veio andando na direção dele. Era imenso: devia ter uns dois metros de altura, e talvez mais um de largura. Apesar do tamanho, seu rosto redondo aparentava ser de um menino. Vestia o uniforme de Jounin da Aldeia e trazia nas costas uma grande mochila, cujas alças segurava com as mãos gorduchas.

Quando chegou até onde estava Deidara, ele parou e ficou encarando.

– Posso ajudar..? – perguntou Deidara, ainda apoiado no parapeito.

O homem não respondeu. Apenas ficou ali parado olhando torto, com raiva.

Típico. – pensou Deidara. – Sempre fazem a mesma carinha.. as pessoas podiam ser um pouco mais originais.

– Se está procurando a churrascaria, errou o caminho. A rua de restaurantes fica naquele lado.

O grandão fechou ainda mais a cara, e começou a respirar pesadamente. Parecia um hipopótamo asmático. Qualquer um em sã consciência saberia que aquilo era um sinal vermelho pra sair de mansinho, mas Deidara não era exatamente alguém de juízo perfeito.

– Nossa, sua cara é muito feia sabia? Devia dar um jeito nisso.

Então executou o selo de uma só mão e fez a mariposa voar até o rosto dele, pousando em seu nariz de batata.

– Pronto! Bem melhor.

O homem soltou a alça da mochila e cerrou o punho, mas nessa mesma hora uma voz alegre chamou:

– Akatsuchi!!!

Os dois viraram para o lado. Kurotsuchi vinha saindo da mansão, correndo e acenando animadamente pro recém-chegado.

– Kuro-chan!

A voz dele era inesperadamente cômica: era fanha e rouca ao mesmo tempo.

– Não sabia que estava de volta à aldeia! – disse ela sorrindo, assim que o alcançou – Quando foi que chegou?

– Agorinha. Mas eu enviei um falcão na frente avisando Oonoki-sama..

– Aquele velho! Ele nunca me conta nada!

Nesse momento a mariposa que estava no nariz de Akatsuchi voou e pousou no cabelo de Kurotsuchi. O grandalhão a agarrou e a esmagou com o punho como se fosse uma vespa venenosa.

– Kuro-chan.. quer que eu me livre desse vagabundo pra você?

– N-não, Akatsuchi.. tá tudo bem.

– Hunf. Então eu vou subindo pra fazer o meu relatório.

– Certo. A gente põe a conversa em dia mais tarde.. Bom te ver!

Akatsuchi lançou um último olhar fulminante para Deidara, e só então se retirou.

– Então esse aí que é o Akatsuchi? – disse Deidara, assim que ficaram a sós. – Agora entendi o que quis dizer com “não ser a metade do homem que ele é”.

– Engraçadinho.

Kurotsuchi notou que apesar da brincadeira, Deidara estava anormalmente sério. Apoiava-se de costas na ponte com os cotovelos no parapeito, observando o céu. Foi só então que ela notou uma bolsa jogada ao lado dele.

– Está de saída pra algum lugar?

– É o que parece..

– Pra onde vai?

– Pra casa. Sair por aí, gastar uma grana.. quem sabe.

Por um instante Kurotsuchi ficou aturdida, sem entender.

– Você tem autorização pra isso?

Deidara riu.

– Autorização? Kuro.. eu tenho bem mais do que isso.

– Bom, então trate de voltar logo! Meu avô não vai gostar nada de saber que você me deixou desprote..

Então de repente a ficha caiu. Kurotsuchi parou no meio da frase, e não conseguiu terminar.

– Céus. Você é lerda mesmo, hm?

Deidara sorria, mas Kurotsuchi estava desnorteada.

– Você.. foi dispensado da função de guarda-costas?

– O que esperava? Agora que o seu antigo capanga voltou, nada mais natural.

– Mas.. e o seu aprendizado com o Tsuchikage?

– Digamos que eu me graduei. O velhote falou que eu devia seguir em frente.

Kurotsuchi foi pega desprevenida. Aquilo era totalmente inesperado.. ela não sabia sequer o que dizer. Por um minuto ela ficou em silêncio, processando o turbilhão sentimentos dentro de si.

– Não se preocupe. Você vai sobreviver.

Mais uma vez aquele risinho cínico, arrancando Kurotsuchi de seus pensamentos.

– O que? Claro que vou sobreviver, e muito bem! O que você pensa que eu sou?!

– Ainda não descobri.. mas a resposta deve estar num daqueles seus livros de monstros.

– Ora, seu grosso.. miserável!! Quem é você pra falar de monstros?!? Aposto como vai voltar pra sua vidinha de crimes, e gastar tudo o que ganhou com jogos e.. bebida!!!

– O dinheiro é meu, e vou gastar como eu quiser! – disse Deidara, se levantando e apontando o dedão pro peito – Eu ralei muito pra ganhar ele, e vou comprar umas paradas bem maneiras pra mim!

– Então faça bom proveito!

– Ótimo!!

– ÓTIMO!!!

Deidara pegou sua bolsa e a jogou por cima do ombro. Em seguida se virou e foi embora, caminhando em direção ao pórtico. Kurotsuchi ficou assistindo ele se distanciar, até finalmente desaparecer descendo as escadas.

Então ela deu meia volta e entrou na mansão.

 

Na sala de estar, Oonoki e Akatsuchi conversavam sentados de frente pro outro.

– Ah, Kuro-chan! – disse seu avô – O jantar será servido em breve. Quer esperar conosco enquanto tomamos chá?

– Não, obrigada. Estou sem fome.

Kurotsuchi passou direto de cabeça baixa, sem olhar pra ninguém.

– Eu vou pro meu quarto.

E subiu as escadas em silêncio, fechando-se em se aposento.

Lá embaixo, os dois ficaram olhando para a porta dela sem entender.

 

Uma vez sozinha em seu quarto, Kurotsuchi não soube o que fazer.

Ela caminhou lentamente em direção à cama, e ali sentou e enterrou o rosto nas mãos.

Por que raios ela estava se importando tanto..? Há pouco tempo atrás, ela tinha dito com todas as letras que ele não fazia a menor falta. Tinha dito com plena e inabalável certeza.

 

E agora que ele tinha ido, era ridículo perceber como nada mais parecia certo..

 

***

 

Na manhã seguinte, Kurotsuchi acordou e ficou deitada na cama.

Ela demorou mais tempo do que o normal pra se levantar. Finalmente se pôs de pé, lavou o rosto e vestiu o uniforme. Então desceu as escadas e atravessou a sala, pronta para mais um dia de missão.

Quando chegou ao gabinete do Tsuchikage, estava ligeiramente atrasada para a apresentação. Akatsuchi já estava lá, aguardando de pé.

– Bom dia, Kurotsuchi. – cumprimentou Oonoki de sua escrivaninha – Está um pouco atrasada hoje.. isso não é do seu feitio.

– Lamento muito, Tsuchikage-sama. Não vai se repetir.

– Você está bem..?

Kurotsuchi estranhou a pergunta. Alguma coisa nela devia estar denunciando seu estado de ânimo (talvez fossem as olheiras).

– Sim, senhor! Pronta para a missão.

– Muito bem. Mas antes de informar os detalhes, quero te apresentar o seu novo colega de equipe.

Oonoki indicou um canto do gabinete com a mão. Kurotsuchi se virou, e o seu queixo caiu.

– Kuro-chan, diga oi para Deidara..

Kurotsuchi ficou petrificada.

Lá estava ele, inconfundivelmente alto e loiro, sorrindo estupidamente pra ela enquanto fazia um “V” de vitória.

– O que.. mas.. o que??

Kurotsuchi piscava freneticamente, e Deidara dava risada.

– Alguém pode me explicar o que está acontecendo??

– Não está vendo? – perguntou Deidara, baixando os braços e exibindo a roupa – Fui promovido!

De fato, Kurotsuchi notou que ele estava usando o uniforme padrão da Aldeia da Pedra: colete pardo e conjunto vermelho escuro, o lado direito sem a manga do braço e com meia túnica em volta do quadril.

– O que acha que fui comprar ontem na aldeia? Queria escolher o modelo mais ideal e sexy possível. Se é pra ser ninja, que seja com estilo, hum!

– Eu não acredito! – disse Kurotsuchi, incapaz de conter o riso – Achei.. que tinha sido mandado embora!

– Eu nunca disse isso. – sorriu Deidara. – Disse apenas que não seria mais seu guarda-costas, e que tinha terminado as aulas com o velhote pra seguir em frente.. e é isso que estou fazendo.

Deidara apontou o dedão orgulhoso para a bandana na sua testa. Lá estava o símbolo da Pedra talhado, luzindo no brilho impecável do protetor de metal.

– Agora eu sou oficialmente um ninja da aldeia!

Kurotsuchi sorriu maravilhada. Seu sorriso era tão grande naquele momento que ela sentiu que não caberia no rosto, e levou as duas mãos à boca.

– Você está... muito bizarro nesse uniforme! – riu ela.

– Ei! Levei um tempão pra escolher tá!!

– Espere.. – disse ela, parando de repente – Qual é a sua patente?

Jounin Especial. – respondeu Oonoki. – Ele ainda não faz parte das forças regulares, mas já pode executar operações específicas de caráter excepcional, sob minhas ordens.

– O que um curso intensivo com o Tsuchikage não faz, hein? – sorriu ela.

– Curso uma ova.. o velhote aí se tocou do meu talento natural! Hum!

Oonoki tossiu alto.

– Caham! Muito bem, já chega. – interveio ele – Vamos ao trabalho! E se eu ouvir mais um pio seu, Perua Rebelde, eu vou te rebaixar a menos que um Genin - nem que eu tenha que inventar um novo posto pra isso!

O velho Tsuchikage se ergueu no ar, e todos fizeram posição de sentido com as mãos nas costas.

– Akatsuchi! Kurotsuchi! Deidara! A partir de hoje, vocês três realizarão missões juntos. Como companheiros, quero que deem o melhor de si para lutar e proteger uns aos outros!

– Sim, Tsuchikage-sama! – responderam todos em coro.

– De hoje em diante, vocês serão conhecidos como A Fortaleza..

Oonoki sorriu, e seu sorriso se espalhou no rosto de cada um deles.

– ...A Equipe Jounin de Elite da Pedra!

 

.


Notas Finais


Certo.. acho que com esse capítulo, eu cheguei mais ou menos na metade da minha fic. =)

O que estão achando até aqui? Por favor me digam, comentem, façam sugestões ou até críticas.. estou aberto a tudo. Uma coisa que estava pensando em mudar, por exemplo, era o apelido de Deidara - de "Ave Rebelde" pra "Ave Indomável". O que vocês acham? Se ninguém responder vou supor que concordaram rs.

Até a próxima então! ;)


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