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História KURODARA!! - Algumas Esquetes


Escrita por: Zetsubou-sensei

Notas do Autor


Esse capítulo vai ser um pouco diferente. Serão só algumas cenas soltas, meio que mostrando o dia a dia dos personagens. Depois disso a história continua normalmente..

Capítulo 17 - Algumas Esquetes


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - Algumas Esquetes

.

 

– Um museu?

– Sim. – respondeu Kurotsuchi.

Ela terminou de limpar a terra de cima do fóssil usando um pincel. Então pegou o molde de gesso cinza-escuro, e o pressionou contra o fóssil no solo.

– Eu estive pensando.. a gente conseguiu juntar uma porção de relíquias nessas últimas viagens. Temos material suficiente. Devíamos compartilhar..

Ela retirou o molde, mostrando o resultado pra Deidara. Lá estava a forma espiralada de uma grande concha redonda, numa espécie de quadro em baixo relevo.

– O que acha? – perguntou, sorrindo.

Deidara torceu o nariz.

– Não é bem a minha ideia de decoração.

– Não é pra decoração! – retrucou Kurotsuchi, olhando com carinho pra moldura – Se bem que não seria um quadro ruim..

Mas ela logo sacudiu o rosto e guardou o molde na mochila.

– Não. Isso aqui iria pra exposição.

– Sei. – riu Deidara – Junto com as outras tralhas e bichos esquisitos, né?

– Isso mesmo. A sua arte.

Deidara a encarou com um olho surpreso (o outro quase sempre ficava escondido sob uma mecha de cabelo).

– Você.. quer colocar minhas esculturas num museu?

– E por que não? – sorriu ela – Eu posso expor meus fósseis, e você pode expor suas esculturas. Aposto como as pessoas pagariam pra ver isso!

Deidara virou o rosto para a planície de ossos, pensativo.

– Eu não sei. Minha arte não se encaixa em vitrines, ou museus.. ela foi feita pra ser livre, e não ficar parada num lugar.

– Assim como você..?

Deidara olhou pra ela. Kurotsuchi estava com a cabeça abaixada revirando a mochila. Ele não conseguiu ver o seu rosto, mas por alguma razão sentiu que havia algo de errado.

– Bem lembrado. – respondeu ele – Não aguento mais esse lugar.

Kurotsuchi levantou os olhos, séria.

– Acho que já tenho argila suficiente, hm. Bora voltar pra mansão, antes que escureça e isso aqui fique infestado de zumbis.

Kurotsuchi sorriu.

– Certo! – disse, pondo-se de pé e jogando a mochila no peito dele – Me passa a Nya.

Deidara riu enquanto lançava a escultura no ar. Kurotsuchi pulou em cima da coruja assim que ela aumentou.

– Não acredito que você deu um nome pra ela. – disse ele, também pulando em sua águia.

– É a minha coruja e eu chamo como eu quiser. E Nya é um nome lindo, tá?

E dizendo isto, ambos alçaram voo pro céu.

 

***

 

Numa tarde de maio, a equipe de Jounins de elite da Pedra retornava de uma missão. Estavam atravessando um bosque, quando resolveram fazer uma pausa.

– ..Só estou dizendo que eu fui um guarda-costas muito melhor do que você, hm. – tagarelava Deidara, para Akatsuchi.

– Conta outra, Deidara-nii! – dizia ele – Eu que tenho mais experiência nesse trabalho!

– Ah é?? Vamos ver então o que a nossa cliente acha! Ei, KURO!

Kurotsuchi revirou os olhos, sentada numa pedra ali perto.

– O que é?

– Diz aí, qual de nós dois foi melhor guarda-costas?

– Eu não vou tomar partido. Vocês que se entendam com meu avô!

E abriu sua caixinha pra comer seu almoço.

Desde o retorno de Akatsuchi, a vaga de guarda-costas de Kurotsuchi tinha sido deixada em aberto. Eles nem mesmo sabiam se algum dia ela voltaria a ser ocupada. Mas enquanto nada era decidido, Deidara e Akatsuchi constantemente entravam em brigas pra demonstrar quem era o mais qualificado.

– Ninguém protege a Kuro-chan melhor do que eu!

– Vou provar pra você! – disse Deidara – Ela fica mais segura comigo!

Então os dois foram na direção dela.

– Ei, Kuro.. você está confortável? Posso fazer uma escultura de poltrona pra você!

– Kuro-chan, o sol tá batendo em você! Vou pegar uma árvore pra colocar do seu lado.

– Você parece meio tensa.. quer uma massagem?

– Esses pedaços de cenoura estão muito grandes, Kuro-chan.. você pode engasgar! Deixa eu cortar pra você.

– Cuidado, Kuro! Tem uma formiga ali!!

– CHEGA!!! – berrou Kurotsuchi.

Ela se levantou cuspindo fogo.

– Eu NÃO SOU uma princesinha indefesa!!! Parem com isso AGORA, ou os próximos a precisarem de proteção serão vocês!!

Os dois saíram de perto correndo, olhando-a de longe assustados.

 

Mais tarde, já de volta à aldeia, os dois seguiam Kurotsuchi a uma distância segura.

– Mesmo com a ameaça de Kuro-chan, precisamos continuar protegendo-a! – disse Akatsuchi.

– Hum! – concordou Deidara, sério – Essa é a obrigação de um guarda-costas!

E enquanto a cliente fazia as compras pro jantar, os dois escaneavam todo o ambiente à volta. O mercado da aldeia normalmente não era um local perigoso, mas precisavam estar alertas.

– Ali! À sua direita! – sussurrou Deidara – Aquele sujeito parece suspeito..

– Ele não pára de olhar pra Kuro-chan..

– Precisamos descobrir suas intenções!

Então os dois se aproximaram do suspeito, cercando-o contra um muro.

– Ei, você.. perdeu alguma coisa ali?

– Ah.. hein?

– Tá olhando um bocado pra neta do Terceiro.

– Você estabeleceu um contato visual superior a três segundos. Pode nos dizer por que?

– E-eu só..

– O que? Pretendia assalta-la?

– Ou sequestra-la?

– Pra quem você trabalha??

– Mamãaaaae....!!

O pirralhinho de quatro anos largou o pirulito e correu chorando. Kurotsuchi viu a cena e somou dois mais dois, e então sua testa ficou mais vermelha que o tomate que segurava.

 

Deidara e Akatsuchi botaram as mãos no bolso e saíram de fininho.

 

***

 

Certa noite, por meados de julho, a equipe decidiu ir à Casa de Banhos da Hisako-Onsen.

– Nossa! – disse Akatsuchi, animado – Fazia tempo que não vinha aqui!

– Acho que você não é o único. Né, Kuro??

Kurotsuchi fuzilou Deidara com o olhar, enquanto ingressavam no salão de entrada. Sabia perfeitamente a que ele estava se referindo. Desde aquela vez que ela se confundiu e entrou na ala errada, ela não teve mais coragem de voltar lá.

– Aqui, Kuro. Isso pode te ajudar.

Deidara tirou duas esculturas de passarinhos da bolsa, e enviou um pra cada canto do salão. Os passarinhos pousaram no batente em cima das portas. O da esquerda tinha a forma de um pinto, e o da direita de uma periquita.

– Ora, seu..!!

Deidara fugiu para o seu vestiário antes que Kurotsuchi o alcançasse.

 

Minutos depois, os meninos estavam relaxando na fonte termal. Naquele momento só havia os dois ali, mas a ala feminina parecia cheia.

– Caramba. – comentou Deidara, ouvindo os risos e gritinhos – O negócio tá bom ali..

Mas infelizmente para Deidara, uma grande parede de bambus bloqueava qualquer visão.

– Você acha que a Kuro tá bem? – perguntou ele – Talvez a gente devesse verificar..

Akatsuchi olhou para Deidara do alto de sua grandeza, e uma sombra sinistra ocultava seu olhar.

– Deidara-nii.. você não está pensando em espiar, está?

– Lógico que não! – riu ele, nervoso – To falando como guarda-costas profissional, é claro..

– Ela tá muito bem!

O tom dele deixou bem claro que não haveria discussão.

Droga.. – pensou Deidara – Eu quero espiar, mas esse gorducho não deixa.. se eu tentar algo, ele me esmaga.

Mas de repente ele sorriu.

A menos que...

Então Deidara nadou até sua bolsa e pegou um punhado de argila. Depois começou a fazer discretamente uma escultura debaixo d’água.

 

Pouco depois, uma enguia branca se esgueirava por um buraco na parede de bambus. Ela foi nadando no outro lado, deslizando entre pés e pernas. Não demorou muito pra que as meninas percebessem o intruso, e então o pânico e a gritaria foi geral.

– O que está acontecendo?? – gritou Akatsuchi do outro lado, assustado.

– Tem alguma coisa errada! – disse Deidara – Rápido, derrube essa parede!!

Akatsuchi não pensou duas vezes. Ele foi lá e abriu uma fenda entre os bambus como se fosse uma cortina.

– Kuro-chan!! Você está bem??

Kurotsuchi já tinha saído da água, e estava enrolada numa toalha. A maioria das outras garotas estava saindo e fazendo a mesma coisa.

– E-estou sim, Akatsuchi.. não sei o que houve. De repente todas começaram a gritar e correr..

Ela olhou em volta, e então viu Deidara. Estava peladão na água, conversando com uma loira nua sentada na beira.

– Não se preocupe.. – dizia, mostrando a enguia “morta” – Essa espécie costuma procurar águas quentes, mas ela não enxerga direito. Foi só apertar aqui, e já era..

– Uau.. – sorria a loira – Ainda bem que você estava por perto..

Kurotsuchi ficou novamente vermelha. Seu sangue borbulhava nas veias mais do que a fonte térmica.

– DeidaraaAAAA......!!

Deidara olhou pro lado e viu Kurotsuchi vindo na direção dele, pisando firme em cima da água.

– Oh-ow.. toma, fica com isso!

Ele jogou a enguia no colo da loira, e imediatamente saiu da fonte. Então correu em círculos pelo pátio, fugindo de Kurotsuchi totalmente nu enquanto fazia as garotas se espalharem pra todos os lados em meio a gritos e correria. Kurotsuchi o perseguiu até ele finalmente escalar o muro externo e pular desesperado do outro lado.

– Vou indicar seu nome pro Bingo Book da Casa, seu canalha safado!!!

Lá fora, Deidara estava peladão e exposto pra toda a aldeia. Ele se ocultou numa moita antes que alguém o visse, e começou a pensar num jeito de escapar dali. Foi quando pouco depois, Akatsuchi surgiu na saída e foi até onde ele estava.

Ótimo.. – pensou ele – Lá vem mais esporro.

Mas em vez disso, Akatsuchi largou um tecido suave em cima dele.

– Pegue.

– O.. o que?

Deidara pegou o tecido. Era o cachecol amarelo dele.

– Você precisa mais do que eu, Deidara-nii.

E se foi com um sorriso gentil no rosto balofo..

 

***

 

Numa tarde de agosto, Deidara e Kurotsuchi estavam sozinhos no campo de treinamento.

Era uma pequena área circular do lado de fora da aldeia, rodeada de paredões rochosos. Os dois haviam passado as últimas quatro horas treinando, e estavam exaustos. Principalmente Kurotsuchi, que era quem mais se esforçava. Mesmo assim, ela não queria parar.

– Tem certeza que quer continuar com isso, Kuro?

– Absoluta.

– Você já está quase sem chakra.

– Só mais uma.. – pediu ela, recuperando o fôlego – Se eu não conseguir, você venceu a aposta.

– Tudo bem.. – sorriu Deidara.

Ele fez o Selo do Confronto, preparando a escultura. Kurotsuchi se posicionou no fim do campo, assumindo postura defensiva. Então Deidara deu o comando, e a besta de argila disparou. Era uma espécie de cavalo com chifres, imitando a forma da Bijuu de Cinco Caudas (embora em escala muito menor).

A besta percorreu o perímetro do campo, ganhando velocidade. Seus cascos pisoteavam o chão com tanta força que uma nuvem de poeira e pedrinhas se levantava por onde passava. Ela se alinhou com Kurotsuchi, e avançou na direção dela.

Kurotsuchi executou os selos de mão.

– Youton! Jutsu da Calcificação!

Mas então algo deu errado. O jutsu não funcionou, e nada saiu da boca dela. Antes que ela percebesse, foi brutalmente atropelada pela besta de argila, que passou por cima dela.

O susto fez Deidara perder o controle da escultura, e ela correu até se chocar no paredão. O impacto fez uma enorme pedra que estava no topo se desprender, e cair em cima do corpo estirado de Kurotsuchi embaixo.

– KUROTSUCHI!!!

Deidara correu para a nuvem de poeira que se ergueu. Ele tentou afastar a névoa com a mão e encontrar a garota, mas não havia nada além de rochas partidas onde antes ela estava. Mas então ele notou uma grande rocha que não era natural. Tinha textura lisa e a forma perfeitamente redonda.

Ele deu a volta e encontrou Kurotsuchi debaixo da cúpula. Ainda estava ajoelhada, e com as duas mãos unidas e fechadas. Ela tinha invocado a Cúpula de Terra no último segundo pra se proteger.

Então ela ainda tinha uma reserva de chakra.. – pensou Deidara, respirando aliviado.

– Você está bem?

– Acho que torci o tornozelo..

Ela disso aquilo com um sorriso, mas era evidente que tentava disfarçar a dor.

– Parece que você venceu a aposta, não é.. Pode me dar o castigo.

Deidara olhou para ela em silêncio por um minuto.

– Hoje eu não quero.

E dizendo isto, ele se agachou ao lado dela, oferecendo as costas.

– Anda, sobe.

Kurotsuchi corou de leve. Por que estava hesitando.. era um gesto perfeitamente normal, não era? Deidara aguardou, e então Kurotsuchi subiu com cuidado nas costas dele. Ele se levantou segurando as coxas dela, e ela envolveu seus braços no pescoço dele. E assim foram caminhando de volta pra aldeia.

Caminhavam devagar e em silêncio, à medida que o sol ia se pondo.

Aos poucos, Kurotsuchi foi estreitando o abraço, e descansou o queixo no ombro dele. Era morno.

Durante um bom tempo nenhum dos dois se falou, mas ambos estavam pensando a mesma coisa. Estavam lembrando da vez em que se conheceram, há muitos anos atrás. Quando eram pequenos, e Kurotsuchi tinha escalado Deidara naquela mesma posição pra pixarem os muros da aldeia..

– Ei, Kuro.. lembrei de uma coisa. – disse Deidara por fim.

– O que?

– Sabe aquela mochila de ferramentas, que eu costumava carregar?

– Que é que tem..?

– De repente ela parece tão leve..

Kurotsuchi deu uma cotovelada na cabeça dele.

– Ai!

 

.


Notas Finais


Bem, é isso rs. Amanhã já posto o próximo capítulo.

Escrevendo a parte da fonte, eu percebi uma coisa.. não existe nenhuma outra mulher da Aldeia da Pedra no anime. =/
Todas as outras aldeias tem pelo menos duas kunoichi conhecidas (com nome e tudo). Mas o poder feminino da Pedra é totalmente representado só pela Kurotsuchi! Que dureza hein? kkk


Até a próxima então! o/


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