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História KURODARA!! - O Santuário Kirin


Escrita por: Zetsubou-sensei

Capítulo 27 - O Santuário Kirin


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - O Santuário Kirin

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Fazia um frio de rachar. 

A nevasca soprava impiedosa na encosta da montanha mais alta do mundo. Ninguém jamais sonharia em se aventurar naquela cordilheira em condições tão adversas, mas uma pessoa estava lá. 

Veio caminhando lentamente pela trilha rochosa, e parou ao chegar numa ponte. 

Então este é o Santuário Kirin? – pensou o homem, olhando adiante. 

À sua frente, estendida sobre um abismo, estava uma passarela. Era bem arquitetada, e tinha uma fileira de tochas acesas de cada lado. Ao fundo, na encosta montanhosa, assomava uma grande porta vermelha. E diante dela, um shinobi armado com uma lança. 

Naquele momento ele estava de vigia, protegendo a porta. Foi quando enxergou, em meio à nevasca, alguém se aproximando pela ponte. 

– Alto! – gritou – Quem vem lá? 

Não houve resposta.  

A estranha figura continuou se aproximando. Não dava pra ver seu rosto, pois o ocultava sob um grande chapéu de palha. Parecia um ancião corcunda, e seu passo era lento e silencioso. Era quase como se ele se arrastasse

Ele avançou até parar de frente pro guarda, que apontou com firmeza a lança pra ele. 

– Pare aí mesmo! Quem é você, e o que quer aqui?! 

Silêncio. Apenas o uivo do vento no abismo se ouvia.  

Só então o guarda percebeu as nuvens vermelhas no manto negro do estranho. E antes que pudesse reagir, uma enorme cauda metálica de escorpião se ergueu atrás dele.. 

 

*** 

 

Dentro do santuário, o jinchuuriki Han permanecia sentado no piso. 

Estava no meio da câmara mais profunda, onde um belíssimo mosaico de pedras ocupava uma parede inteira com a imagem de um cavalo de pé sobre as patas traseiras. Han estava de costas para o mosaico. Sua postura aparentava tédio, mas os olhos fechados eram um sinal de que estava concentrado e atento a cada ruído à sua volta. 

De repente seus olhos se abriram, duros e ferozes. 

– Eles estão aqui.. 

Han foi o primeiro a ouvir, mas logo os ninjas em volta dele também escutaram. 

Primeiro algumas batidas, e em seguida gritos. De repente o caos havia se instalado do outro lado da porta, nos salão de entrada. O pandemônio foi ficando cada vez mais forte, como se uma guerra inteira tivesse eclodido dentro do santuário. 

De repente a porta da câmara se escancarou, e um guarda apareceu com rosto aterrorizado. 

– São eles! A Akatsuki!! Eles têm um exército de.. 

Antes que terminasse, suas costas foram perfuradas por sessenta agulhas de ferro. Seu corpo tombou pra frente, e os demais ninjas imediatamente correram pra fechar as portas. Ainda se ouvia as agulhas de ferro metralhando o outro lado enquanto eles passavam a tora na tranca. 

– Parece que chegou a hora.. – disse Han, colocando-se de pé. 

Quando terminou de se levantar, seus mais de dois metros deixaram bem claro a sua imponência. Han segurou a aba do chapéu vermelho, feita do mesmo material que o resto da sua armadura blindada. Os demais ninjas se posicionaram em volta dele, mas nenhum deles parecia um guerreiro tão terrível quanto Han. 

–  Será melhor que vocês não interfiram. – disse ele – Essa luta é minha.. 

A caldeira em suas costas emitiu um jato de vapor fervente, provocando um chiado ensurdecedor. 

Na mesma hora, uma cauda metálica de escorpião enfiou o ferrão pela fenda entre as portas. Em seguida subiu pela fenda, retirando a tora da tranca.  

Então as portas foram escancaradas, e o Mestre das Marionetes entrou.. 

 

No salão de entrada, um jovem shinobi se arrastava em meio a um mar de corpos. Seu braço sangrava e o veneno estava começando a fazer efeito. Ele sabia que tinha pouco tempo. 

Assim que alcançou um pergaminho no altar, começou a escrever com o próprio sangue. E ainda caído no chão, estendeu o braço ensanguentado pela janela.  

Lá fora, um falcão se lançou da torre e cruzou a nevasca em sua direção. 

 

*** 

 

Longe dali, na Aldeia da Pedra, Kurotsuchi apresentava mais um relatório de rotina. 

Estava no gabinete do Tsuchikage, acompanhada de Akatsuchi, quando escutaram o ecoar de um sino. Minutos depois, um mensageiro atravessava correndo o pátio da Mansão. Quando chegou no gabinete, nem se deu ao trabalho de bater: foi logo escancarando a porta: 

– Tsuchikage-sama! Acaba de chegar um falcão urgente! 

Todos olharam apreensivos pro mensageiro. 

– O Santuário Kirin.. está sendo atacado pela Akatsuki! 

A mesma expressão de espanto se espalhou pelo rosto de todos. Oonoki se levantou da cadeira.  

– Quantos, e quem?? 

– Ao que tudo indica, apenas um: Sasori da Areia Vermelha.. 

Kurotsuchi se virou pro seu avô. 

– É ele! O companheiro de Deidara.. se ele está aqui, Deidara também deve estar por perto! 

– Kuro-chan, vá buscar o seu pai. – ordenou Oonoki com firmeza – E Akatsuchi, traga Yamashiro. Quero todos nesta sala em vinte minutos! 

– Sim! – gritaram ambos, partindo no mesmo segundo. 

 

Menos de vinte minutos depois, a formação estava reunida a postos e aguardando instruções. 

– Conforme temíamos, a Akatsuki invadiu nosso país. – disse Oonoki, para um grupo atordoado. – Os informes falam num massacre no Santuário Kirin. Não sabemos a situação atual do jinchuuriki.. 

O Tsuchikage olhou para o homem de longos cabelos brancos parado na sua frente. 

– A missão de vocês é ir ao encontro deles. Yamashiro, é para isso que você está aqui.. Você deve detectar rastrear a posição de Han. 

– Sim, Tsuchikage-sama! – afirmou o jovem de franja e cabelos lisos. 

Oonoki olhou diretamente para seu filho, o general-comandante. 

– Kitsuchi, você vai liderar esse esquadrão. A prioridade é resgatar Han, mas se possível devem eliminar a Akatsuki. Procedam com máxima cautela.. essa é uma missão de rank “S”! 

– Entendido! – entoaram em coro. 

– Boa sorte a todos! 

 

*** 

 

Minutos depois, Kurotsuchi estava em seu quarto fazendo às pressas os últimos preparativos para a viagem. Oonoki apareceu flutuando à porta, e observou em silêncio sua neta. 

Naquele momento, ela estava diante de um pequeno arsenal de armas estendido na mesa, e ia guardando tudo nos compartimentos do uniforme. Quando terminou de embainhar as duas espadas katanas nas costas, se virou e viu seu avô parado na porta. 

– Eu sabia que esse dia ia chegar. – disse ele, em voz baixa – Mas não imaginei que, ao chegar a hora, doeria como se não soubesse.. 

Kurotsuchi olhou pra ele com tristeza. 

– Vovô.. 

– Queria poder ir com vocês. Mas não posso deixar a Aldeia.. 

– Tá tudo bem, vovô. Eu treinei dias e noites pra isso. Estou preparada. 

Oonoki suspirou. 

– Certas coisas não há como se preparar. Nem mesmo com uma vida inteira de treino.. 

Ele levou a mão ao bolso interno, e retirou de lá um pergaminho vermelho-escuro. 

– Pegue. Leve isto. 

Kurotsuchi pegou o objeto. 

– Lembre-se: você só pode usar uma vez. Use com sabedoria. 

Ela olhou por um segundo para seu avô. E então o abraçou. 

Oonoki podia ter o tamanho de um anãozinho. Mas uma das coisas boas dele é que ele podia levitar na altura perfeita para ser abraçado por sua neta, em momentos como aquele. 

– Tenha cuidado, Kuro-chan. 

– Terei.. 

E sem dizer mais nada, partiu para se encontrar com sua equipe. 

 

*** 

 

Enquanto isso, a muitas milhas de distância dali, um jovem loiro ocupava sozinho um castelo abandonado. Estava sentado no pátio de fora, na beira de um precipício, e observava o horizonte em silêncio. 

Estava à espera de alguém. 

 

Mas em breve, o destino lhe traria mais de um encontro.. 

 

.


Notas Finais


Juro que nem eu esperava que esse "breve" se estenderia tanto kkk

Eu tenho o péssimo hábito de escrever mais do que o planejado. Mas de qualquer forma, espero que estejam gostando.. O próximo capítulo já está quase saindo do forno. Até a próxima então!


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