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História KURODARA!! - A Batalha Final - Parte Um


Escrita por: Zetsubou-sensei

Notas do Autor


GLOSSÁRIO:

*torii = monumento típico da arquitetura japonesa, com forte significado para o xintoísmo. Com certeza vocês já viram (só dar uma olhadinha rápida no Google que vão reconhecer).

Capítulo 30 - A Batalha Final - Parte Um


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - A Batalha Final - Parte Um

.


Kurotsuchi havia lutado dezenas de vezes ao lado de Deidara, mas nunca o havia enfrentado como um inimigo.


Ela tinha motivos para estar preocupada.


Deidara sempre foi um ninja habilidoso, mesmo quando não possuía a argila explosiva. Com aquele novo poder, ele era dez vezes mais perigoso.. Bastava que fosse atingida por uma única escultura, e ela estaria morta.

Ela permaneceu na postura agachada, estudando o adversário.

A especialidade dele era o combate a longa distância, mas no corpo a corpo ela teria a vantagem. Portanto a melhor tática era partir pra cima..

– Youton! Jutsu da Calcificação!

Deidara já esperava por aquilo. Ele pulou pra cima de sua águia e se elevou no mesmo instante, e o jorro de cal cobriu o trono vazio. Kurotsuchi saltou na direção dele, empunhando a espada.

É sério isso? – pensou Deidara – Você nunca vai me alcançar..

Mas Kurotsuchi pisou em algo sólido a meia altura do salão, e se impulsionou pra cima.

– O que??

Deidara olhou pra baixo, e viu que o trono de repente tinha o triplo da altura.

Ela modelou a cal depois de cuspir..?

Por aquilo ele não esperava. Kurotsuchi voou pra cima dele numa rapidez impressionante, e Deidara mal teve tempo de recuar. A katana decapitou a cabeça de sua águia, que caiu no chão. Deidara subiu mais.

Kurotsuchi se agarrou na sacada do segundo andar, e virando o rosto, cuspiu uma rocha ardente em Deidara. Ele esquivou e a rocha atingiu o teto, abrindo um grande buraco.

Preciso ganhar mais distância.. – avaliou Deidara.

Ele saiu pelo buraco aberto no teto com sua águia sem cabeça, desaparecendo de vista.

Droga! – pensou Kurotsuchi.

Ela flexionou o braço e passou por cima da sacada. E guardando a katana nas costas, pousou no segundo andar, correndo em direção à parede. Ela protegeu o rosto com os braços e atravessou um grande vitral redondo, partindo-o em mil cacos. Mal chegando no pátio superior, contornou o castelo do lado de fora. Ao dobrar um canto, deu de cara com uma pomba de argila branca.

Katsu! – gritou Deidara.

Kurotsuchi pulou pra trás. Ela chegou a sentir o calor da explosão em seu rosto.

Essa foi por pouco..

Deidara surgiu em seu campo de visão, enviando mais cinco pombas na direção dela. Ela desviou das cinco por um triz, correndo pelo pátio. Elas foram explodindo aos seus pés, enquanto ela pulava de um local pro outro.

– Nada mal.. – comentou Deidara consigo mesmo – Mas eu só estou aquecendo.

Ele pegou mais uma porção de argila, e modelou com as duas mãos. Seis pombas saíram de cada boca, e ele mandou as doze ao mesmo tempo.

Kurotsuchi pulou numa gárgula de pedra que se projetava pra fora do castelo, e juntou as mãos:

– Youton! Jutsu Erupção de Canhão!

Uma a uma, as aves foram abatidas em pleno ar. Três pombas por segundo, explodindo assim que eram tocadas. Kurotsuchi não deixou nenhuma chegar perto.

Ela evoluiu.. – percebeu Deidara, se divertindo.

Mas ele não teve tempo de se deslumbrar. Assim que exterminou as pombas, Kurotsuchi mirou seus disparos nele.

Deidara girou no ar com sua águia, e mergulhou.

Ele voou o mais rápido possível, enquanto Kurotsuchi disparava tiros de cal petrificada da boca. Os projéteis cortavam o ar na velocidade de um raio, destroçando torres e muralhas no caminho, enquanto Deidara esquivava com manobras evasivas.

Isso está ficando perigoso..

E antes que pudesse pegar mais argila para contra-atacar, sua águia foi atingida. Ela sumiu abaixo dele num piscar de olhos, jogada pra longe, e Deidara caiu. Ele aterrissou com suavidade no pátio superior do castelo, e Kurotsuchi correu na direção dele.

Deidara afundou a mão na bolsa.

– Eu não vou deixar! – disse Kurotsuchi, sacando uma kunai.

Ela arremessou a arma, que cruzou o pátio com rapidez tremenda. Deidara precisou retirar no mesmo segundo a sua mão da bolsa, e seu pulso quase foi perfurado.

– Merda!

Kurotsuchi sacou outra kunai, ainda correndo, e Deidara recuou pra dentro de uma galeria.

Ela pretende me atacar antes que eu consiga fazer uma escultura.. – pensou Deidara, enquanto pulava de ré – Muito esperto..

Kurotsuchi avançou ainda mais rápido, se aproximando de Deidara. O que ela não sabia é que ele tinha conseguido engolir bastante argila com a mão naquela hora, e agora estava mastigando.

Vou precisar me virar com o que tenho no momento. – pensou ele, se concentrando.

Como só tinha aquele tanto de argila na mão, Deidara decidiu usá-lo da melhor forma. Ele começou a moldar uma de suas esculturas mais brilhantes. Uma tão complexa que levaria pelo menos três minutos para ficar pronta.

Até lá, ele precisava sobreviver..

Ao final da galeria, Deidara viu a kunai de Kurotsuchi cravada num pilar, e a recolheu ao sair. Kurotsuchi saltou pra cima dele. Deidara se lançou de costas na defensiva, e as kunais dos dois se chocaram produzindo faíscas. Eles caíram do pátio superior naquela posição, e aterrissando lá embaixo Kurotsuchi o empurrou com violência para longe. Depois lançou sua kunai, e Deidara se protegeu com a dele.

Chega de brincadeira. – pensou Kurotsuchi.

Ela levou as mãos à nuca, e desembainhou as duas katanas ao mesmo tempo.

Agora ela o atacava com ambas as espadas, e Deidara se defendia com a kunai enquanto recuava. Eles foram atravessando assim uma ponte entre duas montanhas, uma tormenta de faíscas e tinidos metálicos sobre um abismo negro.

Kurotsuchi cuspiu um jorro de cal, e Deidara se esquivou. Ele continuou recuando e se protegendo das katanas com uma única mão, enquanto com a outra mastigava e modelava a argila. Kurotsuchi era extremamente ágil: ele não podia sequer piscar. Por isso nem notou que enquanto cruzavam a ponte, a poça de cal no outro lado se ajuntava e solidificava na forma de um túmulo vertical.

Deidara soltava e apanhava a kunai no ar, executando malabarismos com a mão livre. Em dado momento ele bloqueou uma das katanas, e com um giro aberto a lançou para cima.

Kurotsuchi aproveitou a guarda baixa de Deidara e chutou seu estômago.

Ele voou até se chocar de costas no túmulo de pedra, e no impacto deixou cair a kunai. Kurotsuchi arremessou a katana com toda energia. Ela atravessou os metros finais da ponte num átimo, e Deidara mal teve tempo de mover o rosto. A espada perfurou o túmulo de pedra até sua ponta sair do outro lado, deixando Deidara preso pela capa.

A outra katana voltou de sua trajetória no alto.

Kurotsuchi avançou mais alguns passos, e a apanhou no ar com ambas as mãos. E num único golpe de fúria, desceu a lâmina contra o rosto espantado de Deidara.

– Fudeu!!

Ele rolou pro lado, escapando do golpe.

A katana atingiu a lápide de pedra, e sua lâmina se estilhaçou como vidro em mil fragmentos. Deidara se levantou, um grande rasgado em sua roupa indo do ombro à cintura.

– Você estragou minha capa!!

Mas Deidara tinha mais coisas com que se preocupar do que seu manto da Akatsuki.

Kurotsuchi já tinha arrancado a outra katana da lápide, e agora avançava contra ele desarmado. Só lhe restava continuar escapando, enquanto percorriam o pátio do segundo castelo.

Está quase.. – pensava ele, esquivando dos ataques – Só preciso aguentar mais um pouco..

Kurotsuchi investiu contra ele num corte vertical. Deidara parou a lâmina juntando as palmas das mãos, a centímetros de seu rosto. Nesse momento Kurotsuchi soltou uma das mãos da katana e com ela executou alguns selos.

– Youton! Jutsu da Calcificação!!

O que?? Ela sabe fazer selos com uma só mão??

Os pés de Deidara foram arrancados do piso quando o jorro atingiu em cheio o seu peito. Ele voou vários metros no ar até ser prensado contra a parede do castelo. A mistura pastosa secou na hora, deixando-o totalmente imobilizado. Apenas a cabeça e as extremidades do corpo não foram cobertas.

Kurotsuchi guardou sua espada.

– Te peguei. – disse, se aproximando.

Deidara sorriu.


– Não.. eu te peguei.


A mão dele se abriu, botando a língua pra fora. Houve um estouro de fumaça. Kurotsuchi arregalou os olhos.

Um enorme leão branco emergiu na sua frente.

– Puta m...

Foi a vez de Kurotsuchi pular pra trás.

O monstro quase a abocanhou, o que foi bastante perigoso considerando que sua cabeça era quase do tamanho dela. Kurotsuchi pousou em cima de um torii*, e de lá pôde ver melhor a besta.

– Mas que diabos..??

A cabeça era de um leão, mas o restante do corpo era comprido e esguio como de uma gigantesca serpente. Dividia-se em vários segmentos, cada um deles com um par de patas de leão, que corriam pelo pátio descrevendo curvas intermináveis.

Kurotsuchi estava tão distraída procurando a cauda que nem viu a cabeça se elevar na frente dela.

– Katsu!! – gritou Deidara.

Kurotsuchi pulou pra trás. Uma explosão de fogo maior do que ela jamais viu detonou diante de seus olhos, e o torii foi pelos ares. Ao aterrissar em outra ponte, ela viu que a criatura ainda se movia, agora sem a cabeça.

O que achou, Kuro..? – pensou Deidara, imobilizado na parede – Essa escultura é feita com meu explosivo nível C-2. Mas essa não é a melhor parte..

A argila na extremidade da serpente se remodelou. Uma nova cabeça de leão surgiu no lugar, avançando na direção de Kurotsuchi.

Essa não..

Entendendo a dimensão do perigo, Kurotsuchi retrocedeu mais depressa.

– Youton! Jutsu da Calcificação!

A ponte inteira foi pavimentada de cal líquida, mas a criatura não caiu na armadilha. Ela deslizou para baixo da ponte, e foi avançando pela parte inferior como uma lagartixa.

Kurotsuchi correu até o próximo castelo, procurando subir o mais alto. A serpente-leão foi atrás dela, escalando paredes e torres. A cada nova aproximação, a cabeça dela explodia, nascendo outra no restante do corpo deixado pra trás.


Enquanto isso, Deidara lutava pra se desprender da massa petrificada em cima dele. Aquilo exigiria uma boa dose de esforço.


Pelo cumprimento dessa coisa, ainda podem nascer mais umas trinta cabeças.. – estimou Kurotsuchi, chegando ao telhado.

Metade daquele castelo já havia sido destruído, e a serpente só tinha detonado quatro vezes. Naquele ritmo, logo não sobraria mais nada..

Ela olhou do alto para as outras duas montanhas flutuantes, tentando decidir pra qual delas fugiria, quando a besta de argila surgiu na sua frente. Kurotsuchi se virou para fugir, mas viu que seu caminho estava bloqueado pelo cumprido corpo da escultura. A serpente estava circulando em volta dela.

Kurotsuchi estava cercada.

E antes que percebesse, a enorme cabeça de leão veio por trás dela, cravando os dentes em seu ombro. O peso da criatura a fez cair de joelhos.

– Se acabou, Kurotsuchi.. – disse Deidara, emergindo da linha do telhado numa coruja branca.

Ela gemeu de dor, enquanto os dentes afiados afundavam mais em seu ombro. Deidara preparou o selo do confronto.

– Suas últimas palavras?

– Sua arte é horrível.

– KATSU!!

A cabeça leonina explodiu, e os pedaços de Kurotsuchi voaram pra todo lado.

Quando Deidara viu aquilo, soltou um longo suspiro de lamento.

– Sério, Kuro.. um clone de pedra? Que truque mais velho..


– O que acha deste?


Deidara se virou. A verdadeira Kurotsuchi enterrou as mãos no corpo da escultura:

– Douton! Jutsu Maldição da Medusa!!

Uma mancha cinzenta apareceu no ponto em que ela havia tocado, e começou a se espalhar por toda parte. Kurotsuchi retirou os braços.

Um jutsu de petrificação??

Deidara foi pego de surpresa. Ele assistiu sua bela obra se transformar numa enorme estátua, da metade do corpo pras extremidades. A cabeça de leão já havia sido transformada, mas antes que a maldição chegasse na cauda ele tratou de salvar o que pôde:

– Katsu!

Um segmento no meio do corpo explodiu, e a última parte foi separada do resto, que se transformou completamente em pedra. Uma nova cabeça surgiu no pouco que sobrou, deixando um simples leão comum de quatro patas.

– Você me paga.. – rosnou Deidara com raiva.

O leão deu um grande salto em direção a Kurotsuchi, que recuou novamente.

Ela saltou do telhado para as torres circundantes, e a fera a perseguiu. Como era menor agora, o leão saltava e corria com muito mais agilidade. Alcançá-la era apenas uma questão de segundos.

Kurotsuchi correu ao longo de um telhado negro, e viu que logo adiante ele terminava num precipício.

Droga..

Ela se virou e viu o leão branco vindo selvagemente. Sem perder tempo, cuspiu uma longa lança de pedra da sua boca, e a segurou firmemente com ambas as mãos. Quando o leão saltou, ela mirou a lança em sua barriga.

A colisão foi terrível.

A lança perfurou a escultura e atravessou o seu corpo. Kurotsuchi foi empurrada pra trás, seus pés deixando uma trilha de telhas quebradas enquanto ela tentava se firmar. Eles pararam a um metro do precipício, mas o leão ainda se debatia. Kurotsuchi segurou a lança com força, suas mãos suadas escorregando, tentando manter o leão a uma distância segura. A qualquer segundo ele podia explodir..

– Mais um pouco.. – incitou Deidara, se concentrando.

O leão empurrou Kurotsuchi mais alguns centímetros contra o precipício. Sua força era tremenda. Ainda por cima, seu corpo de argila atravessava o cabo da lança, chegando cada vez mais perto..

Vendo que Deidara estava prestes a detonar, Kurotsuchi deu um grito.

E reunindo cada gota de sua força, ergueu o leão com a lança e o jogou para o precipício atrás. Nesse momento ela se desequilibrou, e também caiu.

Uma grande explosão ecoou no vazio abaixo, tingindo a névoa de laranja.


E então o silêncio.


Deidara estreitou os olhos.

Uma mão surgiu no telhado, agarrando-se com força. Em seguida uma cabeça, e o outro braço. Logo o corpo inteiro de Kurotsuchi estava deitado no telhado, sujo e ofegante.

Ela se apoiou com as mãos, e olhou pra cima.

Deidara a observava calado, de cima de sua coruja. Tinha uma estranha expressão em seu rosto. Era um misto de ira e admiração.

– Por que você não desiste..?

Kurotsuchi se colocou lentamente de pé.

– Eu não sou como você.

Um olhar frio de gelo endureceu o rosto de Deidara.

– O que quer dizer..?

– Você desistiu de tudo, aniki. Não entendo por que, mas desistiu! Você tinha tudo pra ser um grande ninja..

– Eu sou mais do que isso agora!

– Não! – gritou Kurotsuchi – Seja lá o que você é agora, é muito mais baixo que um ninja! Você é um monstro, aniki!! Traiu a todos nós, e deu as costas para o nosso povo..

– SEU povo, Kurotsuchi!!! SEU!! E eu ODEIO o seu povo!!

– Por que?! Só porque cometeram algumas falhas??

– Eles são um bando de esnobes cruéis e hipócritas, e você vai ser a líder deles!!

– Eles estão cegos, aniki!! É justamente por isso que precisam de um líder..

– JÁ CHEGA!!!

Deidara abriu os braços, e múltiplos estouros de fumaça pipocaram em volta dele. Cinquenta pássaros de argila surgiram no ar, todos com dois pares de asas.

Sentindo o suor frio escorrendo, Kurotsuchi concentrou o máximo possível de chakra na sola dos pés.


Era hora de correr, e correr muito.


As aves se dispersaram por todas as direções, fechando o cerco em volta dela. Kurotsuchi encontrou uma brecha e rapidamente fugiu por ela, e então correu o mais rápido que suas pernas podiam.

Os pássaros apareciam por todos os lados, explodindo em chamas ensurdecedoras. Era quase impossível evitar o contato.

Kurotsuchi continuou galgando por muros e torres, e tudo era destroçado atrás dela tão logo seus pés passavam. Uma das pontes tombou com ela ainda no meio, e ela saltou no vazio. Por pouco não caiu no abismo, mas precisou se agarrar com as unhas no paredão da montanha. Quando olhou em volta viu centenas de aranhas brancas rastejando na sua direção. Ela firmou os pés na rocha e foi correndo na vertical. Do topo da montanha passou direto para a parede do castelo, uma onda de aranhas brancas escalando atrás dela, e mais pássaros se aproximando do céu.

Droga..

Ela encontrou uma janela estreita e entrou por ela.

Ela caiu no salão do outro lado ao mesmo tempo que a parede inteira explodia, provocando rachaduras no teto. Ela rolou pra desviar dos escombros que desmoronaram de cima. Então se recuperou, e colocando-se de pé, foi se refugiar dos cômodos mais profundos.


***


Deidara procurou Kurotsuchi do alto de sua coruja, esquadrinhando o castelo. Em vão. Ele a havia perdido de vista.

Foi então que a paciência dele se esgotou.

– Eu vou acabar com isso de uma vez por todas..

E batendo as asas, elevou sua coruja para o alto.


***


De um quarto no segundo andar, Kurotsuchi esticou o pescoço e espiou cuidadosamente por uma janela.

Ela viu Deidara ao longe subir cada vez mais rumo ao céu acinzentado.

Por que ele está se afastando..?


***


Quando alcançou uma altitude segura, Deidara colocou a mão no bolso, e retirou de lá sua escultura mais poderosa.

Sua obra-prima.

Uma réplica de argila da mesma estátua destruída no museu..

Essa aqui é feita com meu explosivo C-3, Kuro.. – pensou Deidara – Vai ser impossível escapar.

E soltando a escultura, deixou-a cair no vazio. Seu tamanho aumentou no ar com um estouro de fumaça.

Adeus..


***


De seu esconderijo, Kurotsuchi assistiu aquela estranha escultura despencar do céu.

O que é aquilo..?

Ela apertou os olhos, e então reconheceu. Uma onda fria de medo a inundou por dentro.

– Isso não é bom.. – sussurrou ela.

Não havia dúvidas. Aquele era o “Renascimento de Fogo”: a obra máxima da exposição de Deidara, dois anos atrás. De repente Kurotsuchi entendeu por que ele estava tão longe..

Com um salto brusco, Kurotsuchi subiu no parapeito da janela. Ela olhou para o alto calculando a trajetória da bomba.

E então começou a correr.


***


– O que está fazendo?? – disse Deidara, observando do alto com sua lente mecânica. – Você deveria correr para longe da bomba, e não em direção a ela..!

Deidara acompanhou a corrida dela, estupefato.

Será que ela pensava que podia conter a bomba, ou algo? Impossível. Aquele era o seu explosivo mais poderoso. Nenhum escudo ou defesa podia suportá-lo. No momento em que tocasse o solo, aquelas três montanhas seriam pulverizadas de uma só vez.

Ela só pode estar louca..


***


Lá embaixo, Kurotsuchi corria pelos pátios desesperadamente.

Preciso chegar a tempo..

Esse era o único pensamento em sua mente, enquanto corria até sua respiração arder. Ela disparou por pontes e pulou vários lances de escada pelo caminho, descendo pro outro castelo.

A escultura já estava na altura da torre.

Droga! Não vou conseguir!!

Kurotsuchi acelerou mais ainda, ingressando no pátio. Estava quase chegando ao ponto. Ela se preparou para o que ia fazer, quando de repente tropeçou e caiu.


Tarde demais... – pensou Deidara.


Kurotsuchi ergueu o rosto do chão.

Dois metros à frente, a horrível escultura tocou o piso.


E então um clarão cegou ela, inundando o pátio com uma luz ofuscante...


.


Notas Finais


Mais uma vez, desculpem pela demora.
. Vou tentar não atrasar demais a sequência, que prometo ser bem especial!

Só por curiosidade, pra quem vocês estão torcendo? =D


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