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História KURODARA!! - A Primeira Missão


Escrita por: Zetsubou-sensei

Capítulo 4 - A Primeira Missão


Fanfic / Fanfiction KURODARA!! - A Primeira Missão

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Kurotsuchi se levantou na manhã seguinte às cinco e ponto.

Ela se espreguiçou na cama e viu o calendário ao lado. Era sábado: o melhor dia da semana. Ela rapidamente pulou da cama e lavou o rosto no pequeno chafariz do lado de fora da sacada. Em seguida pôs seu traje de exploradora, e desceu as escadas para o salão principal da mansão.

Lá chegando deu de cara com Deidara largado no sofá, os braços e pernas espalhados pra todo lado.

Ah, droga.. – pensou – Tinha esquecido desse idiota.

Ela observou o rapaz dormir profundamente, os cabelos jogados por cima do rosto e um filete de baba escorrendo no canto da boca.

Acho que não tenho escolha.

Kurotsuchi executou alguns selos de mão, e em seguida gritou:

Suiton! Jutsu Trombeta de Água!

Um poderoso jato de água saiu de sua boca, acertando Deidara em cheio e derrubando-o do sofá.

– Mas o que..!?!

– Serviço-despertador. Hora de acordar!

Deidara ainda estava tentando se orientar no chão, seu corpo tão encharcado que até os seus cílios pingavam.

– Não podia só ter cutucado??

– Do jeito que você dorme como uma pedra? Acho que não.

Deidara grunhiu com o nariz, e então começou a tirar a camisa.

– O.. o que está fazendo?? – perguntou Kurotsuchi, de repente muito vermelha.

– Você molhou minha camisa, ué. Agora vou ter que tirar pra secar.

– Então trate de colocar logo outra!

– Acontece que eu só tenho essa. Quem mandou bancar a baleia?

Ninguém nunca tinha chamado Kurotsuchi de baleia. Ela sempre tinha sido magra e esbelta, motivo pelo qual ficou profundamente ofendida.

– Você não pode sair pela aldeia pelado desse jeito!

– Foi mal, princesa. Nem todo mundo tem um guarda-roupa de luxo na sua mansão!

Ele se pôs de pé e afastou a cabeleira pra trás.

– E a menos que você tenha uma blusinha tamanho baleia no seu armário, é assim que vai ser.

Kurotsuchi rangeu os dentes.

 

Um minuto mais tarde estavam saindo pela porta da frente da mansão. Kurotsuchi ia na frente e Deidara logo atrás, nu da cintura pra cima.

Ai meu Deus.. – pensava ela – Ainda bem que não tem ninguém aqui fora.

De fato, era muito cedo ainda e as ruas estavam desertas. O dia mal começava a raiar, e uma vasta neblina subia por entre as muitas torres e pontes da Aldeia Oculta da Pedra. Os dois atravessaram a ponte principal em silêncio. Kurotsuchi aspirava o ar puro da manhã, enquanto Deidara bocejava alto.

– Então.. – disse ele – Pra onde nós vamos?

– Oeste. A quatro milhas daqui, para além daquelas montanhas.

– Que?! O que você vai fazer tão longe??

– Isso não é da sua conta. Por mim você nem estaria aqui!

– Engraçado. Parece que temos algo em comum.

Eles cruzaram os últimos metros da ponte sobre um precipício vertiginoso, e então chegaram na muralha que guardava a fronteira da aldeia. Ali havia uma guarita, que Kurotsuchi destrancou com uma chave. Lá dentro ela pegou uma enorme mochila, e então a jogou aos pés de Deidara. A mochila tombou no chão com um forte estrondo.

– Pegue. – ordenou ela.

– O.. o que é isso?

– É o equipamento. Vamos precisar dele.

– Eu não vou carregar essa porcaria.

– Akatsuchi sempre carregava o equipamento pra mim!

– Eu não sou o Akatsuchi!

– Eu sei que não, Deidara-nii.. – falou Kurotsuchi com ironia.

Ela chegou e falou bem claro no ouvido dele:

– Você não é nem metade do homem que ele é.

Deidara não respondeu. Ele apenas olhou com raiva para Kurotsuchi.

– Ah, e antes que eu me esqueça..

Ela revirou a mochila e retirou de lá um par de grandes luvas de couro de lagarto.

– Ponha isto. Não quero ficar olhando pra essas suas mãos asquerosas.

– Está indo longe demais, princesa.. – disse Deidara – Eu não vou me rebaixar desse jeito. Fui contratado para ser seu guarda-costas, não seu escravo! Então pode esquecer, tá legal??

 

Minutos depois, Deidara carregava a enorme mochila nas costas, segurando as correias com as luvas.

Tsc! – grunhia ele, baixinho – Maldita burguesinha mimada..

Kurotsuchi caminhava leve e tranquila na frente, enquanto Deidara penava pra subir a trilha.

– Isso aqui tá pesando uma tonelada!! O que tem aqui dentro??

– Nada demais, Deidara-nii. Só duas pás, uma picareta, um cinzel, um martelo, oito pincéis e quatro moldes de gesso. E para sua informação, isso não totaliza nem cinquenta quilos ta.

– É fácil pra você falar, princesa! Não é você quem tá carregando essa tralha toda!

– Encare isso como um treinamento. E a propósito: daqui pra frente, você deve se dirigir a mim como Kurotsuchi-sama.

– Rá. Vai sonhando.

Eles continuaram subindo pela encosta montanhosa, enquanto o sol aos poucos ia subindo no horizonte. Quando chegaram ao topo Deidara achou que iriam fazer uma pausa, mas em vez disso Kurotsuchi continuou descendo direto por um vale do outro lado.

Filha da mãe.. – pensou ele.

Finalmente chegaram no fundo do vale, onde corria um rio que se quebrava em vários níveis. Deidara não estava mais aguentando.

– CHEGA!!

Ele deixou a mochila tombar no solo, espalhando as muitas pedrinhas que margeavam o leito do rio.

– Vamos fazer uma pausa!

– Já?? Céus, você é mesmo fraco!

– Não sou muito de andar, princesa. Ainda mais com um arsenal inteiro nas costas.

– Percebe-se!

Deidara foi até a margem do rio e enfiou a cara numa cascatinha. Em seguida jogou os cabelos pra trás e enxugou a testa com a própria luva, e nesse momento o sol do meio-dia brilhou com força no vale. Kurotsuchi observou discretamente as gotas de suor cintilando e escorrendo pelo peito de Deidara. Até que ele tinha um bom físico, pensou. Quando se deu conta, percebeu tarde demais que Deidara estava encarando ela.

Imediatamente ela virou o rosto, que estava ardendo de tão vermelho.

Deidara sorriu.

– Posso fazer uma escultura, se quiser. Assim você pode admirar por mais tempo.

Filho da puta! – pensou ela.

– E-eu não sei do que você está falando!

Deidara apenas riu e retirou as luvas de couro. Kurotsuchi cruzou os braços e continuou sentada em sua pedra de costas pra ele, decidida a não olhar pra mais nada.

– Aqui. Pegue!

Deidara jogou no colo dela uma pequena estatueta branca. Parecia feita de argila, e tinha a forma dele mesmo flexionando os músculos.

– Também posso fazer ela ficar maior, se quiser. Aí você pode colocar do lado da sua cama, por exemplo.

– SABE ONDE MAIS VOCÊ PODE ENFIAR ISSO??

– Prefiro não saber. – riu Deidara.

Kurotsuchi não fazia ideia de onde ele tinha tirado aquilo, mas jogou a peça bem longe na correnteza do rio. Deidara pareceu não ligar. Ele voltou a colocar as luvas de couro de lagarto, e nesse momento um forte ronco soou de seu estômago.

– Nossa, que fome. O que tem pro almoço?

– Só vamos comer quando chegarmos no nosso destino.

– E quanto falta pra isso?

– Mais duas cordilheiras e meia.

– O QUE?! Mas eu nem tomei café!

– Problema é seu. – disse Kurotsuchi, se levantando e saltando pelas pedras do rio.

Deidara não teve outra escolha a não ser colocar a mochila e ir atrás dela.

 

Felizmente para Deidara eles não precisaram subir mais encostas. Depois do vale eles cortaram caminho por algumas grutas, que faziam parte das Grandes Cavernas do País da Terra. Lá havia uma infinidade de minérios e pedras preciosas, que basicamente eram a maior fonte de riqueza da Aldeia.

Depois de uma meia hora seguindo por esse caminho, Deidara e Kurotsuchi viram a luz no fim do túnel. Eles então saíram para o ar livre através de uma abertura que tinha a forma de uma gigantesca mandíbula com uma fileira de dentes.

Finalmente, haviam chegado ao seu destino.

 

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Notas Finais


Taí mais um capítulo. O que acharam? Vou ver se consigo postar o próximo ainda esse fim de semana.

Comentem e favoritem! =)


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