História KURODARA!! - A Primeira Lição com o Tsuchikage

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O dia seguinte ao primeiro foi muito mais tranquilo para Deidara.

Para sua felicidade aquele era um domingo, dia em que Kurotsuchi costumava passar na mansão. Portanto dessa vez, nada de mochilas de uma tonelada e nem trabalho escravo na pedreira. Deidara aproveitou a chance para se acomodar e conhecer melhor a Mansão Tsuchikage.

Era uma construção realmente magnífica, e digna da nobreza. Erguida no topo da torre mais alta, bem no centro da Aldeia, a mansão se destacava acima de todos. Tinha o formato arredondado de um bolo, e era rodeada por um bonito pátio circular. Nas extremidades desse pátio algumas torrezinhas menores se erguiam, lembrando eternos soldados de guarda. Foi numa dessas torres que Deidara se instalou, assim que voltou de sua excursão.

Era bem melhor que dormir no sofá, ele logo percebeu. E da janela da torre ele tinha uma vista privilegiada do quarto de Kurotsuchi, portanto ele podia vigiá-la sempre que precisasse.

Naquele domingo ela não fez mais do que ficar no quarto limpando e estudando seus fósseis, o que fez Deidara quase surtar de tédio. Mas então ele se lembrou que o dia seguinte seria diferente.

Kurotsuchi iria sair em missões, e então Deidara finalmente começaria a aprender com seu novo mestre: ninguém menos que o Tsuchikage!

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Na segunda-feira pela manhã, Deidara encontrou o velho Oonoki no terraço da mansão.

Lá havia um grande espaço ao ar livre, no ponto mais alto da aldeia - portanto a vista era espetacular. Oonoki já estava esperando seu novo aluno, levitando com as mãos nas costas enquanto observava a vista próximo à cerquinha.

– Está atrasado. – disse ele calmamente, assim que Deidara chegou.

– Foi mal, velhote.. acabei perdendo a hora.

– Acaba de perder mais do que isso. Está dispensado. Pode ir.

– O QUE?!? Mas eu só atrasei três minutos!!

– Atrase um movimento por três minutos numa batalha, e vai perder mais do que uma aula. Vai lhe custar a vida. Se não é capaz de dominar o seu tempo, então tudo que eu lhe ensinar será inútil.

Oonoki se virou para um Deidara boquiaberto.

– Esteja aqui na hora certa amanhã. Isso é tudo.

Na terça-feira pela manhã, Deidara estava no terraço com meia hora de antecedência.

Acho bom essa aula realmente valer a pena.. – resmungava ele com acidez para si mesmo.

Meia hora depois, no entanto, Oonoki ainda não havia aparecido. Quando finalmente chegou, ele não estava atrasado apenas três – mas trinta e sete minutos.

– E COMO FICA AQUELE PAPO DE DOMINAR O TEMPO?? – disparou Deidara, apontando um dedo para a cara de seu mestre.

Oonoki coçou a nuca sem jeito.

– Oh ho ho! É que as minhas costas começaram a doer de repente...

Deidara deu um tapa na própria testa.

Taquipariu.. esse octagenário vai ter mesmo condições de ensinar alguma coisa?

O velhinho flutuou até a posição do dia anterior, próximo à cerca. Então limpou a garganta e disse:

– Muito bem. Vamos começar!

– Demorou... – sorriu Deidara.

Ele separou os pés e levou as mãos ao bolso, e depois cruzou os braços em “X” com três kunais em cada mão.

– Finalmente vou medir forças com o Tsuchikage! Pode vir com tudo!!!

Oonoki ficou parado no ar sem fazer nada.

– Guarde isso.

Deidara torceu o nariz.

– Ãh?

– Você ainda não está pronto para o treino em combate. Antes, precisa se firmar em alguns pilares de conhecimento básico.

– ...Tá de sacanagem comigo?

Mas Oonoki o encarava com seriedade e calma.

– Toda torre precisa primeiro de uma fundação sólida para ser erguida. Se o terreno não for firme, não importa o quão forte sejam as pedras.. a torre irá desabar. E quanto maior ela for, maior será o desastre.

– Fala sério, velhote! Eu não vim até aqui pra ouvir sermão e metáforas de vida! Ainda mais de alguém que pode detonar a torre que quiser!

Deidara largou as kunais e deu um passo em direção ao mestre.

– Por que não corta a ladainha e me ensina alguma coisa de útil? Me mostra o seu famoso Estilo Partícula.. aquele lance é irado!

Oonoki fitou seu aluno em silêncio durante um minuto. Então finalmente falou, levando a mão para dentro da capa.

– Muito bem.. vou lhe mostrar uma coisa.

Ele puxou de dentro da capa um pergaminho negro, e o abriu. O pergaminho se desenrolou e caiu no chão, e então continuou se desenrolando por todo o terraço até chegar na outra extremidade e continuar caindo, muito depois de desaparecer de vista.

– O.. o que é isso? – perguntou Deidara.

– Essa é a sua ficha criminal.

Oonoki pegou o pergaminho com ambas as mãos e começou a ler.

– Roubo.. assalto.. contrabando de joias.. fraude.. falsificação de arte.. depredação.. vandalismo.. hum, tomar banho pelado no telhado? Eu nem sabia que isso era crime, ho ho!

Oonoki continuou lendo a ficha por mais algum tempo, até finalmente se cansar e enrolar o pergaminho inteiro de volta num único movimento.

– Enfim. Como pode ver, a lista é longa. Nenhum desses crimes é especialmente grave, mas se somar a pena de todos eles você passará no mínimo uns cinquenta anos na prisão.

Deidara trincou os dentes, mas Oonoki sorria serenamente.

– Lembre-se: você aceita ser educado sob minhas ordens, e eu retiro você da cadeia. Esse era o nosso acordo.

Aqui Oonoki o encarou com uma profundidade quase solene.

– Você possui um chakra formidável, Deidara.. e cheio de energia. Posso sentir. Mas ele também é turbulento e desordenado. Se não aprender a controlá-lo, ele certamente irá te destruir. Mas se por outro lado, você aprender a dominar seu potencial... não haverá limites para o que será capaz de fazer.

Deidara nada disse.

– É por isso que você está aqui. – continuou o mestre – Para adquirir autocontrole como meu aprendiz. E a primeira lição como meu aprendiz é a obediência. Você vai fazer o que eu disser, ou voltará para a prisão. Agora.. fique calado e sente-se.

Deidara não teve outra escolha. Ele grunhiu baixinho e se sentou, extremamente contrariado. Oonoki cruzou as pernas no ar como se também se sentasse numa cadeira invisível, e então pigarreou mais uma vez com a garganta.

– Muito bem. Vamos começar com as Três Proibições Ninja.

Deidara gemeu como se estivesse a caminho de uma câmara de tortura.

Vai ser um longo dia..

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