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História Kyle, o Sombrio Guardião da Luz - Parte III - Piltover - Servo da Sombra - Parte 1


Escrita por: AshenOne

Notas do Autor


Na primeira parte deste capítulo em específico, chega a hora de Kyle se encontrar com o todo o conhecimento possível registrado em Runeterra. Mas será que ele encontrará as respostas que procura?

Capítulo 10 - Servo da Sombra - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Kyle, o Sombrio Guardião da Luz - Parte III - Piltover - Servo da Sombra - Parte 1

A tarde avançava e o sol rapidamente buscava o poente atrás das Montanhas Ironspike. Depois de um dia caótico em Piltover, a maioria de sua população encerrava seus trabalhos e os mais presunçosos já se dirigiam para os inúmeros bares, tabernas e bordéis que a vida noturna piltovense poderia oferecer. A dupla de jovens loiros já se encontrava na Biblioteca de Piltover e Kyle estava admirado com o gigantesco acervo do majestoso edifício de cinco andares e que fazia a biblioteca do Palácio Real de Rakelstake parecer uma banca de jornal.

“Isso... Isso é absurdo! O acervo de vocês é gigantesco!”, disse Kyle, perdendo seu olhar entre as incontáveis prateleiras abarrotadas de livros bem conservados e minuciosamente organizados.

“Agradeço o reconhecimento, mas a coleção ainda está incompleta.”, comentou Ezreal.

“Incompleta? O que mais poderia estar faltando aqui? Eu morei em Freljord por anos e li quase toda a Biblioteca Real de Rakelstake achando que estava lendo muito, mas chego aqui e vejo que esse mundo não para de me surpreender.”, disse Kyle.

“Ultimamente tenho buscado tomos perdidos do antigo império de Shurima e grimórios sobre magias praticadas na Ilha das Sombras, mas ir até lá é algo que está fora de cogitação para mim.”, disse Ezreal, dando ênfase em sua repulsa pela Ilha das Sombras.

“Todos os autores dos pouquíssimos livros que li sobre aquele lugar fazem questão de dizer que ninguém deve ir até lá. Alguns autores que vivenciaram certos acontecimentos estranhos em Bilgewater contam sobre a Névoa Negra que assola as ilhas dos piratas todos os anos. O que deve ter lá, realmente?”, perguntou Kyle, começando a tirar informações de Ezreal.

“Existem muitas lendas. Umas contam sobre a história de um grupo de magos que absorveu toda a força vital da ilha para aperfeiçoarem-se na prática da necromancia. Outras contam sobre um navio cujos piratas executaram uma virgem e a arremessaram no mar perto da Ilha, o sangue da virgem tirou toda a vida da ilha e a amaldiçoou para sempre. Mas prefiro acreditar na história de um antigo mago-rei que usou as águas curativas da Ilha para salvar sua esposa, mas a maldição da mesma não só permaneceu sobre a mulher como também condenou toda a Ilha e o próprio mago-rei, que vaga pelo lugar até hoje.”, disse Ezreal.

“Histórias para boi dormir... Espero um dia ir até lá.”, disse Kyle, parecendo confiante.

“Então acerte todas as suas contas antes de pensar em cometer tal suicídio, ninguém jamais retornou com a mente sã após uma viagem até lá.”, comentou Ezreal, desmanchando o sorriso debochado de Kyle.

Impaciente e percebendo que Kyle queria algo importante, Ezreal foi mais direto.

“O que você quer saber, realmente? Você possui uma espada lendária, tem uma Marai no seu quarto e por muitos você é chamado de herói. O que você veio fazer aqui?”, perguntou Ezreal.

Kyle observava as mesas e cadeiras do térreo, as escadas espiraladas que levavam aos andares superiores da biblioteca, os refinados candelabros de ouro que iluminavam o lugar com auxílio do enorme lustre cujas lâmpadas emitiam uma luz branca bem forte. “Piltover é realmente outro mundo.”, pensava consigo o garoto. Depois de um breve devaneio, Kyle virou-se subitamente para Ezreal e aproximou-se dele.

“Quero saber tudo o que você sabe sobre isso.”, disse Kyle, inclinando a cabeça e expondo á luz sua têmpora esquerda.

“Hmm... Isso muda as coisas.”, disse Ezreal, analisando a marca negra por alguns segundos e rapidamente buscando alguns livros nas prateleiras do segundo andar da biblioteca. Kyle o acompanhou, mas preferiu esperar sentado enquanto o jovem piltovense recolhia os livros. Após alguns minutos, Ezreal trouxe para a mesa em que Kyle estava sentado quatro livros de diferentes tamanhos, cores e autores, mas todos estavam empoeirados.

“Até aqui existem livros que ninguém lê.”, comentou Kyle.

“Mas esses aqui... Possuem um bom motivo para não serem lidos.”, disse Ezreal, limpando um dos livros de capa vermelha cujas páginas já estavam ficando amarelas com o tempo.

“E que motivo seria esse?”, perguntou Kyle.

“Magia negra, Kyle. Magia negra. Arcanas banidas desde as Guerras Rúnicas cuja punição é a morte pelo cadafalso. Não importa se você esteja aqui, em Ionia ou em Bilgewater, a execução é dada sem direito a julgamento.”, disse Ezreal, sem desviar o olhar das páginas do livro.

“Sei o que é magia negra, mas o cara que fez isso comigo não foi para o cadafalso, Ezreal. Ele ainda está por aí! Essa merda bagunçou minha cabeça e eu simplesmente perdi as memórias de minha infância.”, exclamou Kyle, apontando para a marca negra.

“Então você não precisa de mim, não caço magos corrompidos por magia profanas.”, disse Ezreal, finalmente desviando o olhar do livro.

“Merda, Ezreal! Eu quero saber o que é isso! Magia negra é algo redundante nesse caso.”, esbravejou Kyle.

“Então pega um desses livros aqui e começa a ver se acha algo semelhante, me ajuda a te ajudar.”, retrucou Ezreal.

Kyle desistiu de praguejar e começou a ler um dos quatro livros sobre magia negra recolhidos pelo explorador piltovense. O tempo passava e a busca se provou ser infrutífera.

“São livros inúteis. Todos eles falam muita coisa e nada ao mesmo tempo.”, resmungou Kyle.

“Eu já te expliquei o porquê de tão pouca informação...”, disse Ezreal, sendo interrompido por Kyle.

“Eu sei, eu sei... É que estou ficando desesperançoso, minhas opções estão se esgotando.”, disse Kyle, abaixando a cabeça de tristeza.

“Desculpe não poder ser de maior ajuda... Eita, a hora! Se quiser procurar por mais alguma coisa pode ficar á vontade, vou fechar a biblioteca por hoje e encerrar o expediente dos funcionários.”, disse Ezreal, sem esperar uma resposta de Kyle.

Desolado, Kyle abandonou a mesa onde estava sem demora e subiu para os andares superiores, buscando o maior isolamento possível. Um misto de raiva, frustração e impotência o atingia com força e sua mente se perdia á escuridão do quinto andar, o único que ficava acima do grande lustre e era parcialmente iluminado por lamparinas, candelabros e pela penumbra vindo dos andares inferiores. Kyle andava de um lado para o outro até que as palavras chave vieram á mente: necromancia mental.

Guiado por um instinto desconhecido, Kyle passava os olhos e os dedos por entre as prateleiras daquele andar, cujo número de livros era bem reduzido em relação aos outros andares, e procurava pelo livro que desejava, pela informação que tão ansiosamente queria encontrar.

Não encontrou.

Frustrado ao extremo, Kyle chutou a base da estante que estava imediatamente á sua frente, causando um pequeno estrondo que provavelmente foi ouvido por Ezreal nos andares inferiores, mas no alto da estante, sobre todas as prateleiras, uma protuberância triangular podia ser vista. Um livro. Kyle arrastou a escada sobre rodas, posicionou-a na direção desejada e subiu seus degraus, alcançando a protuberância, que se revelou ser um pequeno livro de anotações negro que poderia facilmente ser enfiado em um bolso. O garoto rapidamente desceu a escada e a colocou de volta na posição original. Ainda de pé, Kyle liberou a pequena amarra da capa e folheou o caderno, encontrando a marca imediatamente. Uma palidez mortal apoderou-se de Kyle e seus olhos estavam arregalados, suas mãos ficaram trêmulas e sua mente revirava-se com a mais recente revelação. A voz distante de Ezreal o trouxe de volta.

“Kyle! O que está havendo aí?!”, gritou Ezreal.

Kyle recuperou-se do surto, mas foi incapaz de responder de volta, fazendo Ezreal subir as escadas o mais rápido possível, tão rápido que ele usou a translocação arcana de sua manopla mágica para se teletransportar do quarto para o quinto andar, aparecendo num facho de luz. Kyle rapidamente enfiou o pequeno livro no bolso da calça e rezou para que não ficasse visível.

“O que raios aconteceu aqui? Que barulho foi esse?!”, esbravejou Ezreal.

“Nada. Achei que tivesse encontrado algo, mas vejo que tudo o que estou fazendo aqui é perder tempo.”, disse Kyle, com um semblante mortalmente sério e frio.

“O que há com você? Você não me parece... Espere aí! Esvazie o bolso, miserável!”, berrou Ezreal, apontando a manopla na direção de Kyle.

Sem pestanejar, o zaunita tirou do bolso o pequeno livro negro e Ezreal caiu por terra.

“Onde... Onde você encontrou isso?! Isso não deveria estar aqui.”, disse Ezreal,

“Encontrei sobre uma das estantes. Ele tem exatamente o que eu procuro.”, disse Kyle.

“Pensei que eu o tivesse destruído ou que algum ladrão o tivesse levado. Isso é um Tomo das Sombras.”, disse Ezreal.

“Necromancia mental está inclusa?”, perguntou Kyle.

“Como você sabe de tais coisas?! O que é você?!”, exclamava Ezreal.

Uma das janelas da biblioteca abriu-se lentamente e a corrente de vento noturna que adentrava a biblioteca passou inicialmente despercebida, mas não demorou muito para Kyle perceber algo de estranho naquele ambiente subitamente soturno.

“Ezreal, cala a boca.”, sussurrou Kyle.

“Comece a me responder! Não me mande calar a boca!”, gritava Ezreal.

Kyle recolocou o livro no bolso da calça e rapidamente aproximou-se de Ezreal, tapando sua boca e segurando seu braço direito.

“Presta atenção, seu merda. Tem alguém aqui.”, sussurrou Kyle, novamente.

Ezreal já havia dispensado todos os que estavam na biblioteca e parou por um momento para analisar a situação. Ele logo assentiu com a cabeça de forma positiva. Kyle liberou o piltovense e esticou sua cabeça na direção das escadas para baixo. Tudo estava muito escuro e silencioso.

“Você apagou as luzes? Tem mais alguém aqui.”, sussurrou Kyle.

“Não apaguei. Ninguém mais deveria estar aqui, mas consigo ouvir a respiração de alguém.”, sussurrou Ezreal de volta, erguendo sua manopla.

“Bem notado, posso ouvir também.”, disse Kyle, sacando seu escudo e completando. “Precisamos descer, se ficarmos aqui encurralados vai dar merda.”, disse Kyle, sendo seguido por Ezreal conforme descia as escadas.

A dupla mal respirava, os passos lentos e silenciosos de cada degrau que desciam fazia crescer a tensão da sensação de estarem sendo observados por algo ou alguém que facilmente se misturava á escuridão daquele lugar. Alcançaram o quarto andar, mas nenhum dos dois considerou interromper a descida. Quanto mais desciam, mais escuro ficava ao ponto em que Kyle não conseguia mais ver Ezreal atrás de si, a névoa negra era tão espessa que poderia ser cortada com uma faca. Era hora de agir.

Kyle aprendera uma valiosa lição com Braum sobre se defender: “Se você não consegue ver seu inimigo, prepare sua defesa porque o primeiro ataque sempre será de seu oponente.”, e aquele momento era propício para colocar tal lição em prática. Sacando o escudo, Kyle deu um instintivo passo para a esquerda, permanecendo diretamente na frente de Ezreal, que ainda não sabia o que fazer em meio à escuridão. Estático, Kyle não sabia se já havia alcançado o terceiro andar ou se já havia passado dele, mas sabia que não valia mais a pena seguir a caminhada, fazendo Ezreal esbarrar em suas costas, porém a firmeza do zaunita não o permitiu cair pra frente.

“Viu algo?”, sussurrou Ezreal, sem resquício de medo em sua voz. Já estava acostumado a situações como essa.

Kyle nada respondeu, apenas fez um gesto pedindo silêncio e lentamente levou a mão direita à empunhadura da espada nas costas. A lenta ação gerou uma rápida reação. Ouviu-se um rápido silvo cortando a escuridão. Kyle ergueu o escudo antes de completar o agora incrivelmente rápido movimento de sacar Coldfate de suas costas e o escudo foi atingido com algo pequeno, metálico e laminado. Uma shuriken de aço negro bateu contra a superfície de gelo verdadeiro do escudo e caiu dois degraus á frente. O atacante lançara sua primeira investida.

Kyle rolou para a direita e Ezreal, sentindo que havia algo plano á sua esquerda, usou sua translocação arcana para ali e viu-se em um dos andares da biblioteca. Parecia ser o terceiro. “Hmm, o cheiro mofado dos livros de história ionianos, definitivamente é o terceiro andar.”, pensou Ezreal.

Ouviu-se outro silvo, mas a shuriken dessa vez passava na altura da cabeça de Kyle, que preferiu abaixar-se ao invés de erguer o escudo. A maldita névoa ainda escondia o atacante, mas um vulto passou no pequeno espaço entre o corrimão da escada e o lado direito do garoto, que já não sabia mais de onde poderia vir o próximo ataque.

“Kyle! Pra cá!”, gritou Ezreal.

O zaunita imediatamente atendeu ao chamado do piltovense e lançou-se na direção do piso do terceiro andar em um salto que o fez sair da escada. Uma decisão acertada, pois shurikens vinham de frente e das costas da posição inicial de Kyle, o que certamente o mataria. Ezreal rapidamente ajudou Kyle a se levantar, que dessa vez conseguiu ouvir passos apressados subirem a escada. O zaunita rapidamente afastou Ezreal e bloqueou com seu escudo outra shuriken, cujo endereço era a nuca do piltovense. Ficando mais a par da situação, Ezreal fez um disparo místico certeiro com sua manopla mágica, obrigando o atacante a fazer uma manobra evasiva, saindo da névoa e juntando-se a seus oponentes no piso do terceiro andar.

Uma risada grave e descompromissada e o barulho de lâminas sendo brandidas vieram do atacante mascarado. Recuperados e capazes de observar cuidadosamente seu oponente, Kyle e Ezreal notaram o brilho vermelho nos olhos do homem de máscara metálica, peitoral e botas de aço sobre roupas de linho escuras e lâminas duplas acopladas sobre cada um de seus antebraços e inúmeras shurikens presas ás suas costas. Aquele certamente era um tipo de ninja que a dupla jamais imaginou existir.

“As duas cachinhos dourados já pararam de ficar correndo que nem crianças?”, ironizou o ninja.

“Quem diabos é você?!”, exclamou Ezreal.

Kyle permanecia silencioso, talvez estivesse recuperando um pouco do fôlego perdido enquanto fugia de shurikens, talvez estivesse controlando sua raiva, talvez estivesse se certificando que o Tomo das Sombras ainda estava com ele. Talvez estivesse pensando em simplesmente sair vivo dali. Talvez.

“Sou aquele que traz o descanso eterno a seres fracos como você. Sou Zed, a última coisa que meus inimigos veem antes de morrerem pelas minhas mãos.”, disse Zed, encerrando sua frase com uma gargalhada e desaparecendo nas sombras.

“Merda! Onde ele foi?!”, perguntou Ezreal, apontando sua manopla para todos os lugares possíveis.

“Para o único lugar onde um assassino sempre busca se meter.”, disse Kyle, dando uma súbita meia volta e dando de cara com Zed, que buscava reaparecer exatamente nas costas do garoto.

Kyle bloqueou dois ataques com seu escudo, mas seu revide foi muito lento, permitindo Zed dar um salto para trás e ganhar distância para lançar duas shurikens. Uma delas foi bloqueada por Kyle, a outra foi atingida por um disparo místico de Ezreal, salvando a vida do zaunita. A ação surpreendeu Kyle e Zed, que não esperavam tal pontaria do piltovense. Kyle aproveitou-se do baque emocional sofrido pelo ninja e avançou contra ele. Zed contra-atacou, aparando a estocada de Kyle com a lâmina do antebraço esquerdo e buscou acertar a carótida do garoto com a lâmina do outro antebraço. O escudo foi rapidamente erguido e Zed sentiu o movimento do braço ser bruscamente interrompido pelo escudo, causando desconforto. Livrando sua espada de gelo da lâmina do ninja, Kyle fez uma finta e, após uma pirueta no sentido anti-horário, executou um corte lateral buscando finalizar o ninja, mas Zed foi mais rápido e desfez-se no ar, deixando uma sombra sua no lugar e fazendo Coldfate passar direto. A sombra, porém, atacou o garoto, que teve que se defender como pôde, bloqueando de forma desajeitada três ataques em sequência, revezando entre escudo e espada. Depois de um breve período, a sombra desfez-se.

“Maldito! Sou muito lento!”, esbravejou Kyle, considerando lutar sem seu escudo.

Não havia tempo para murmúrio, Ezreal desviou-se de uma shuriken lançada contra si e notou o ninja correndo para os andares inferiores. Ingenuamente, Ezreal pôs-se a seguir Zed o mais rápido que podia. Kyle demorou algum tempo para compreender a situação, mas não tardou em acompanhar seu colega piltovense. Conforme desciam as escadas, a névoa de outrora havia se dissipado consideravelmente. Os truques do ninja assassino estavam ficando cada vez mais limitados.

Chegando ao térreo, Ezreal usou sua translocação arcana para se posicionar próximo ao ninja e emendou o movimento com um disparo místico, atingindo em cheio Zed pelas costas e fazendo-o cair entre duas mesas. Encorajado por suas últimas ações, Ezreal aproximou-se do ninja caído no momento em que Kyle finalizava sua descida pela escada. O zaunita observou Ezreal aproximar-se de Zed de forma negligente e tentou alertá-lo sobre a possibilidade de uma armadilha, pois se lembrara de como havia feito para fugir de Darius em Noxus. Mas era tarde.

Zed levantou-se mais rápido que o reflexo de Ezreal poderia acompanhar e posicionou a lâmina de seu antebraço direito horizontalmente no pescoço do piltovense, que não ousava mover um músculo sequer. Kyle ficara igualmente estático.

“Você sabe por que eu estou aqui, Servo da Sombra?”, perguntou Zed, olhando fixamente para Kyle, que estava a uns dez metros de distância do ninja.

“Servo da Sombra? A quem se refere?”, perguntou Kyle, levando sua espada à bainha, temendo pela vida de Ezreal.

“Não é possível que possua tanta ignorância! Você! Marcado pelas sombras! O tomo que você possui me pertence. Você pode entregá-lo de boa vontade, assim não terei de degolar seu amigo e partirei imediatamente...”, disse Zed, que não esperava ter que dizer o resto da sentença.

Durante a fala do ninja, Kyle observou um pequeno tubo entrando pela portinhola da porta principal da biblioteca, que apesar de estar trancada, ainda era possível abrir a portinhola que não devia ter mais de dez centímetros quadrados de área.

“Ou?”, perguntou Kyle, desgastando a paciência do ninja das trevas.

“Ou eu vou redecorar a pintura dessa biblioteca com o seu sangue e o de seu amigo!”, gritou Zed, lançando seu ultimato conforme apertava a lâmina de seu antebraço contra o pescoço de Ezreal, que suava frio e ficava cada vez mais pálido.

Evitando dar muita atenção ao tubo cor de cobre de aproximadamente vinte centímetros que entrara pela portinhola, Kyle olhou fixamente para o ninja e sorriu malignamente.

“Não sei quem você é e o que acha que eu sou, mas eu tenho certeza de duas coisas. Você está muito longe de casa e essa cidade pertence a alguém muito superior a nós, seu ninja de meia tigela.”, comentou Kyle, passando o escudo para a mão direita.

“E quem seria esse ‘superior’?”, perguntou Zed, instigado.

O tubo ficou perfeitamente alinhado na horizontal e apontado na direção do ninja. O sorriso de Kyle sumiu instantaneamente e o garoto deu um passo à frente.

“O disparo não visto é o mais mortal.”, disse Kyle.

(O capítulo Servo da Sombra continua...)


Notas Finais


Tiro e queda. Mas de quem será a queda?

Próximo Capítulo: Servo da Sombra - Parte 2


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