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História L Amore Improbabile - LXXI - L'Amore Improbabile


Escrita por: BuutNath

Notas do Autor


Oi meus anjinhos! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Eu finalmente estou de férias. Ufa! O semestre foi difícil, mas graças à Deus deu tudo certo.
Vamos a mais um capítulo?
Esse capítulo está meio grandinho e espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 73 - LXXI - L'Amore Improbabile


Fanfic / Fanfiction L Amore Improbabile - LXXI - L'Amore Improbabile

POV Camila

Seis semanas depois

Meu casamento estava cada vez mais próximo e eu não conseguia acreditar que aquele dia finalmente chegaria. Minha cabeça estava a mil com as milhares de coisas que eu ainda precisava fazer. Eu ainda precisava checar os últimos detalhes da decoração, precisava saber se os convites já haviam sido enviados para os convidados, checar se o número de garçons estava ok, checar se as bebidas e pratos escolhidos estavam certos, precisava saber da floricultura se meu buquê e todos os arranjos já estavam prontos, saber sobre o bolo e um monte de outras coisas, necessitava com urgência saber de Lauren se os músicos foram contratados e se eles já sabiam quais músicas queríamos em nosso casamento, precisava ver novamente as roupas das damas de honra e do pajem, me certificar de que tanto os meus escolhidos como os escolhidos de Lauren escolheram as roupas indicadas, além de precisar averiguar se Lauren já havia decidido à roupa que usaria porque até semana passada ela ainda estava na dúvida do que iria vestir. Emma até desistiu de fazer a roupa para ela. Ela disse que levaria Lauren a uma loja e que elas comprariam uma pronta.

– E agora? – Me olhei novamente no espelho mexendo a calda do meu vestido de noiva de um lado para o outro.

– É… Acho que…

– Espera! – Emma gritou atraindo minha atenção. Ela aproximou-se de mim e ajeitou algum detalhe em minha cintura. – Agora sim! – Afastou-se sorrindo. Ela tinha um afinete entre os dentes e sorria admirada para a peça em meu corpo.

– Estou mesmo bonita, meninas? Por favor, não mintam para mim. – Pedi aflita. Todas as mulheres que me acompanhavam naquela prova, sorriram.

– Você está linda, niña. A mais bela noiva que eu já vi. – Sorri recebendo um carinho de minha mãe.

Olhei para minhas amigas e minha sogra, todas sentadas no sofá atrás de mim, elas sorriram concordando com as palavras de minha mãe. Suspirei aliviada. Aquela era a última prova do vestido e logo o maquiador e o cabeleireiro contratados por Mani para me deixar linda para o grande dia, chegariam. Pedi a Mani para que os chamasse para que eu pudesse me ver arrumada antes do dia em que me casaria. Ela, claro, não recusou meu pedido.

– Vocês acham que Lauren irá gostar desse vestido? Não sei, ela parece ser tão… – Comecei a falar sentindo-me insegura sobre a roupa.

– Lauren irá amar você vestida assim ou se você for de calcinha e sutiã, Lauren irá amar. Aquela mulher é apaixonada por você, Camila. – Dinah comentou levantando-se para se servir mais uma taça de champagne.

– E tem mais! – Mani saltou do sofá aproximando-se de mim. Ela parou ao meu lado e ajeitou meus cabelos lateralmente. – É um vestido desenhado e feito por Emma Roberts, não tem como Lauren te achar feia ou não gostar do modelito. – Olhei para Emma através do espelho e lá estava ela, concordando sem nunca abandonar o sorriso.

– Ai, meninas… Obrigada por tudo isso que estão fazendo. Vocês não sabem o quanto é importante para mim tudo isso. Eu estou tão agitada, tão nervosa e tão envolvida com tudo isso que se qualquer coisinha der errado, eu acho que choro. – comentei, sentindo-me emotiva. As meninas gargalharam.

– Acalme-se, filha. Tudo sairá bem. Estamos fazendo tudo da maneira certa. – Minha mãe assegurou, acariciando meu braço. Concordei respirando aliviada. Dinah me ofereceu a taça de champagne, o que não recusei.

Nós aproveitamos aquele tempo para conversar, enquanto minha sogra e Vero certificavam-se de averiguar se tudo estava correndo bem. Clara era tão general quanto eu. Lembro-me do dia em que Lauren chegou em casa falando sobre algumas modificações na decoração, nas flores e nas roupas de daminhas que as gêmeas usariam. Minha sogra surtou com a filha. Ela brigou com Lauren por estar se metendo onde não podia e disse que nada seria mudado. Lauren, é claro, emburrou e passou o dia trancafiada no estúdio. Foi um custo tirá-la de lá.

Eu estava tão envolvida na conversa com as meninas que nem notei o tempo passar, só me dei conta quando o cabeleireiro chegou falando sobre ter pensado em algo diferente para mim. O maquiador chegou logo atrás e lá se foram mais algumas horas daquela arrumação antecipada. Quando eles finalmente terminaram, eu confesso que não me reconheci no espelho. Eu estava incrivelmente linda, maravilhosa por assim dizer.

– É! Com certeza seu cabelo fica melhor em uma trança lateral. Esse penteado caiu como uma luva pra você. Você está linda, Camila. – John, o cabeleireiro, elogiou mexendo em meu cabelo aumentando mais o volume da trança.

– Uau! Você está… – Arregalei os olhos me virando para trás cobrindo parcialmente o vestido. Zayn estava parado na porta do ateliê com um sorriso no rosto.

– O que foi? – Ele perguntou confuso depois de perceber os olhares arregalados em sua direção.

– O que faz aqui, Malik? – Dinah rosnou entrando na minha frente, impedindo que ele visse mais do vestido.

– Bom, esse é o ateliê da minha namorada e… Por que está tampando a Camila? Eu não sou o noivo, aliás, a noiva está lá na casa da Emy bufando porque Camila sumiu e não atende o celular. – Respondeu naturalmente, entrando mais no espaço onde estávamos. Arregalei ainda mais os olhos buscando meu celular ou minha bolsa por entre aquela bagunça que fizemos. – Oi, amor. – Zayn e Emma deram um selinho.

– Mama, por favor, acha meu celular. Lauren deve…

– Querida, você é a noiva e tem todo o direito de sumir. Lauren que espere até a noite. – Clara disse afastando o celular da boca para me tranquilizar. – Vou ligar para ela assim que terminar essa ligação. – Assenti, ficando um pouco mais tranquila.

– Mila, você está linda! Parabéns, amor. O vestido ficou impecável. Este é ainda mais bonito do que o que você usou quando nos casamos, Mila. – Zayn comentou fazendo Mani e Dinah rolarem os olhos, e eu sorri sem jeito.

– Obrigada, Zayn. Err… Você… – Olhei em direção a porta.

– O que? Sair? Por quê? – Foi a minha vez de rolar os olhos. Me apoiei em minha mãe e em John para descer da plataforma que me deixava mais alta.

– Malik, você não tem que fazer perguntas, você só tem que sair. – Mani rebateu começando a perder a paciência. Zayn soltou uma risadinha sarcástica.

– Eu só vou sair porque foi a Camila quem me pediu.

Zayn virou-se para Emma e cochichou algo antes de se retirar. Suspirei um pouco aliviada por ele não ter rendido assunto com Mani ou Dinah, caso contrário, os três iriam discutir e eu não estava com cabeça para aguentar uma discussão entre eles. Pedi que Emma me ajudasse a tirar o vestido para que pudesse voltar para casa.

– Mas, Camila! – Dinah quis reclamar comigo, mas apenas lhe lancei um olhar e ela logo entendeu. – Tá! Nós vamos fazer o que você iria fazer. Vai cuidar da sua noiva maluca e dos seus filhos, até mesmo de duas formiguinhas que essa daí pariu. – Apontou para Emma que gargalhou. Emma juntou em seus braços a calda do vestido e me seguiu até o provador gritando de lá, a resposta para Dinah.

– MINHAS FILHAS SÃO LINDAS, JANE! CONTENTE-SE EM APENAS ADMIRÁ-LAS, POIS FAZER IGUAL, NINGUÉM NUNCA FARÁ. – Depois de sua resposta, o ateliê inteiro caiu em risadas.

Sai do ateliê de Emma, passando em alguns lugares para checar os detalhes do casamento antes de ir para casa. Passei no shopping com Dinah e Mani para comprar algumas coisas para usar na noite de núpcias e finalmente fui para casa. Sabia que Lauren provavelmente estaria jogada no sofá com Henry e as meninas. Foi dito e feito. Cheguei em casa arrancando os saltos e dei de cara com os quatro jogados no tapete da sala de TV assistindo filmes da Disney. Pigarreei baixo atraindo apenas o olhar curioso de Maya que acenou para mim e logo voltou sua atenção ao filme. Rolei os olhos para aquele descaso a minha presença e subi para tomar um banho.

O jantar foi tranquilo. As crianças pediram para jantar na sala de TV e Lauren como uma mãe frouxa, permitiu. Durante a refeição nós conversamos sobre nosso casamento estar se aproximando, sobre coisas do trabalho dela, sobre coisas que queríamos mudar em nossa casa e por fim, questionei Lauren sobre sua roupa. Ela parecia querer fazer suspense, e aquilo me irritou. Tivemos um inicio de discussão durante a sobremesa e quando chegamos ao quarto.

– Lauren, o que custa você me falar se comprou a roupa ou não? – Perguntei irritada. Sentei na cama como se ela fosse me impedir de voar no pescoço de Lauren caso ela continuasse a me enrolar.

– Custa muito! Noivas não devem falar sobre roupa com a própria noiva. – Ela disse óbvia. Rolei os olhos segurando o grito em minha garganta.

– Eu fiz a última prova do meu vestido hoje. – Disse como se aquilo fosse fazê-la falar. Lauren me olhou com desinteresse e assentiu antes de se enfiar entre as cobertas e pegar o controle da TV. – Você ouviu o que eu disse? – Joguei o travesseiro sobre ela que sorriu.

– Meu amor, eu ouvi, mas não vou falar para você sobre a minha roupa. Entenda isso! – Pediu ligando a TV em um canal de música. – Que tal você descer e checar se as crianças estão bem? – Cerrei os olhos em sua direção e, por fim, preferi fazer o que ela me pediu para evitar continuar com aquela briguinha boba sobre nossas roupas.

No dia seguinte, mais uma maratona de visitas encerrando a noite na casa de Dinah, no meu chá de lingerie. Lauren havia passado o dia com Emma e Troy, fazendo o que? Não sei! Eles não me contaram. Mas me tranquilizei quando Juan me ligou dizendo que Lauren chegou em casa inteira e cheia de sacolas. Naquela noite nós dormirmos em casas separadas, pois Dinah não me deixou encerrar a noite mais cedo para voltar aos braços de minha noiva e do meu filho.

Na manhã seguinte, Mani, minha mãe, Clara e Ally apareceram na casa de Dinah e praticamente me arrastaram para um SPA. Soube por Clara que Lauren teria seu dia de noiva com Vero, Dinah, Taylor e Lucy enquanto Alycia trabalhava para minha noiva que insistia em se manter no estúdio todos os dias desde sua chegada de Londres. 

No fim de semana, Emma convidou a todos para um almoço em sua casa e aproveitou para convidar o cerimonialista para ensaiarmos a entrada. O ensaio foi divertido e rendeu boas memórias, todas registradas por Alycia e Eliza.

Faltando dez dias para o casamento, obriguei Lauren e Zayn a levarem Henry e a si mesmos ao cabeleireiro. O que era para ser uma ida ao salão durou um dia inteiro. O motivo dessa demora toda? Os três foram à Nova York em uma convenção de jogos. Se eu fiquei brava? Claro! Com toda certeza. Quis colocar os três de castigo, mas Lauren e Henry me fizeram amolecer quando me olharam com aqueles olhinhos de cachorrinho abandonado na chuva. Naquele momento eu os odiei por me deixarem tão besta por eles.

~~~~~°°°~~~~~

A cada dia que passava mais nervosa eu ficava. Meu casamento seria dali a uma semana e o tempo parecia voar. O jardim da casa de Emma já estava sendo preparado e decorado para o dia do casamento. Estava tudo pronto para o grande dia. Todos os convidados confirmaram presença, inclusive algumas pessoas da imprensa que souberam do casamento. Os presentes de casamento aos poucos chegavam em minha casa. Minha agenda de noiva naquela semana estava mais abarrotada que minha agenda de trabalho que no momento estava em hiatos.

– Chegamos! – Troy e Chris entraram falando alto, enquanto carregavam para dentro de casa algumas caixas.

– O que é isso? – Perguntei abanando a mão para que o esmalte secasse rápido.

Eu estava em um dia de beleza em minha casa antes de ter que sair para buscar as roupas de Henry e Zayn no ateliê de Emma. Minha mãe e Clara entraram logo atrás dos dois homens com sorrisos gigantescos nos lábios.

– Querida, você pode ter sido a noiva mais organizada de todos os tempos, mas você esqueceu duas coisas principais. – Arregalei os olhos já me desesperando.

– O que? Ai meu Deus! Ainda da tempo de…

– Acalme-se, querida. – Minha sogra sentou-se ao meu lado e sorriu para a manicure que acenou com a cabeça.

– O que eu esqueci, Clara? Por favor, me diga que ainda da tempo de correr atrás disso. – Pedi angustiada.

Clara sorriu e olhou para trás me fazendo olhar também. Minha mãe contava as caixas enquanto Troy e Chris brincavam um com outro como se fossem crianças.

– Adorei as unhas. – Ela apontou meus pés que já estavam prontos. Agradeci, mas sem deixar de encará-la com aflição. Clara soltou uma risadinha antes de pegar a prancheta das mãos da minha mãe que se aproximava. – Você esqueceu os docinhos, mas Dinah foi esperta e lembrou-se deles na semana passada. – Arregalei os olhos me sentindo idiota por ter deixado aquele detalhe passar. – Ela já está com todos eles prontos, se não me engano. – Suspirei incrivelmente aliviada e querendo encher o rosto de Dinah de beijos.

– Outra coisa que você esqueceu, niña… – Voltei minha atenção a minha mãe que de longe recontava as caixas que Chris e Troy trouxeram. – Foram as lembrancinhas. – Quis me estapear. – Sorte que Sofia deu falta há quinze dias e nós corremos atrás, não é mesmo, Clara? – Olhei rapidamente para minha sogra que assentiu sorrindo.

– Ai meu Deus! O que seria de mim sem vocês, não é? – As duas sorriram. – Não está faltando mais nada? – Perguntei apenas para ter certeza. As duas adotaram expressões pensativas e negaram. Respirei aliviada. – Ótimo! Daqui a pouco tenho que ir até o ateliê buscar as roupas de Henry e Zayn. Mama, a senhora ligou para o Shawn confirmando a presença dele como padrinho? Não consegui falar com ele ainda. – Minha voz já refletia o que eu sentia por meu amigo não ter dado sinal de vida.

– Já falei com ele. Shawn desembarca em Boston no sábado. – Agradeci aos deuses por ter uma mãe tão eficiente como dona Sinu era.

Continuamos repassando alguns detalhes até que Juan apareceu carregando consigo uma bandeja repleta de delícias. Não durou nem cinco minutos, pois assim que Juan colocou a bandeja sobre a mesa de centro, Troy e Chris avançaram como dois Neandertais. Fui pega de surpresa pela minha sogra perguntando sobre as fotos das noivas.

– Lauren disse que elas aconteceram amanhã ao entardecer. – Respondi sorrindo como uma boba apaixonada. Escutei piadinhas dos dois homens jogados no sofá a minha frente e rosnei para eles.

– Mila, você já sabe onde irá dar para Lauren depois da casada? – Arregalei os olhos, sentindo-me envergonhada pela pergunta de Chris.

– Garoto! Isso lá é jeito de falar com a sua cunhada? – Clara o repreendeu, mas Chris ignorou e me encarou esperando a resposta. Extremamente envergonhada em responder aquilo, eu apenas neguei com a cabeça.

– Imaginei! Taylor disse que Lauren estava planejando uma viagem, mas era para ser segredo. – Ele disse distraído. Abri um sorriso curioso.

– Viagem? – Chris olhou para mim como se não se importasse em contar os planos da irmã.

– Sim! Acho que o destino é…

– CHRISTOPHER! – Clara gritou novamente, desta vez, jogando uma almofada sobre o filho. – Cala essa boca! – Ordenou e logo o garoto se encolheu calando-se pelo resto daquele tempo em que estivemos juntos.

Óbvio que a boca grande de Chris despertou em mim uma curiosidade mórbida. Quis arrancar de Lauren quais eram seus planos, mas me contive. E o tempo voou novamente. Quando vi restavam apenas dois dias para que eu finalmente recebesse o sobrenome Jauregui e fosse eternamente da mulher que eu amava. Emma expulsou Lauren de casa para que pudéssemos guardar o vestido sem que ela visse. Pedi para encontrar meus padrinhos e madrinhas e nós nos reunimos em um jantar no bistrô de Dinah. Era tão bom ver meus amigos todos reunidos. Emma e Zayn foram o casal mais elegante da mesa. Quando fui questionada sobre quem seria o par de Dinah e quem seria o par de Mani, houve um principio de discussão, pois nenhuma das duas queria ser par de Zayn. Tive que impor meu direito de noiva para juntar os casais que ficaram definidos como Zayn e Mani, Dinah e Shawn.

Um dia para o meu casamento. UM DIA! Eu não poderia estar mais nervosa. Se eu não fosse me casar no dia seguinte, minhas unhas já estariam todas ruídas. Minha mãe, Clara, Taylor e Sofia se juntaram a mim para me distraírem. Naquele dia não fiz nada. Apenas tomei um banho de piscina, conversei, almocei com os meus pais e meus sogros, brinquei com meu filho e por fim troquei beijos com Lauren que logo foi tirada de mim. À noite, Chris, Troy, Vero e Lucy arrastaram Lauren para um pub onde, segundo eles, iriam apenas beber e conversar. Óbvio que passei duas horas desesperada pensando sobre aquela saída. Lauren podia estar enchendo a cara enquanto eu contava carneirinhos para conseguir dormir. Preocupações como: será que ela beberia tanto a ponto de estar com uma ressaca tão grande e não comparecer ao nosso casamento? Será que estava tudo certo? Será que ela iria gostar do vestido? Será que realmente estava tudo certo para o casamento? E se alguma coisa acontecesse ao juiz e ele não pudesse comparecer no dia seguinte?

Aquelas perguntas me tiraram o sono. Só fui dormir quando Henry bateu em meu quarto perguntando por Lauren e resmungando que havia tido um pesadelo. Eu o puxei para ocupar o lugar de Lauren e logo peguei no sono agarrada ao meu anjinho.

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Finalmente o grande dia. Se eu estava nervosa? Imagina! Eu só não estava mais nervosa que Dinah que não parava de falar e de andar de um lado para outro no meu quarto. O casamento seria dali a quatro horas e eu já me encontrava em estado de nervos. Pedi ao meu pai para sair com Henry, pois ele não parava de perguntar sobre Lauren e de entrar no quarto atrapalhando o trabalho das pessoas que estavam ali para me ajudar. O cerimonialista repassava comigo tudo que era preciso fazer antes de dizer sim enquanto eu almoçava uma salada grega e um bife grelhado. Naquele dia eu não comeria nada que pudesse me fazer engordar mais que duzentas gramas. Se eu estava neurótica? Sim, eu estava, mas e daí? O casamento é meu!

– Ok! Agora é hora de fazer a maquiagem e o cabelo. Você já tomou seu banho, niña? – Desviei minha atenção do vestido no manequim e fitei minha mãe.

– Hã? – Minha mãe soltou uma risadinha e negou com a cabeça.

– Nervosa, meu amor? – Engoli a seco e concordei mostrando a ela como minhas mãos tremiam.

– Mamá, eu nunca estive tão nervosa, nem quando me casei com Zayn. – Mama riu. – Sério! Eu quero que tudo saia perfeito, mama. Eu tenho muito medo que algo aconteça.

– Não fique pensando nisso, filha. Você fez tudo certo, fez de tudo para que nada de errado acontecesse. Agora é desfrutar do seu esforço. – Assenti, respirando lentamente. – Que tal um banho de banheira de uns trinta minutinhos antes de começarmos a nos arrumar? – Olhei para o vestido novamente antes de concordar.

Mama pediu ajuda a Juan para me despir enquanto ela preparava a banheira para mim. Quis ligar para Lauren para saber como ela estava, se ela estava bem, se não estava de ressaca, mas meu celular fora confiscado por Mani assim que ela chegou em minha casa, as nove da manhã.

Restando três horas para a cerimônia, Emma brotou em minha casa para me ajudar a me vestir. Enquanto eu fazia a maquiagem, repassava em minha cabeça todos os meus momentos com Lauren, desde a primeira vez que nos vimos até o último beijo que trocamos no dia anterior. Só notei meu estado de ansiedade nível assustador, quando John anunciou que meu cabelo sofreria algumas modificações.

– Hey, Mila, relaxa! Nós só vamos mudar o detalhe. O penteado é o mesmo, mas aquela tiara não encaixou muito com o vestido. – Ele colocou uma tiara cravada em pedras preciosas em frente ao vestido e fez uma careta.

– Então o que vamos colocar? – Perguntei começando a me desesperar. John sorriu pegando uma coroa de flores roxas e brancas. – Onde você arrumou isso? – Perguntei chocada. Ele veio até mim e a posicionou sobre meus cabelos.

– Linda! Você está incrivelmente linda. A coroa combinou com o cabelo, com a maquiagem e com o vestido. Sou foda! – Se vangloriou nos fazendo rir. Busquei minha mãe com o olhar e a encontrei sorrindo emocionada. – Sua sogra e Verônica Iglesias são excelentes pessoas. Elas passaram na florista comigo quando eu disse o que precisava. Elas colocaram a mulher contra a parede para que isso ficasse pronto para hoje. – Ele disse se divertido. O encarei surpresa. – Enfim, você está linda! Agora só resta o vestido. – Apontou para Emma que bateu as mãos, animada.

– Agora é comigo! – Emma entrelaçou nossas mãos colocando-me de pé. Ela retirou meu roupão sem pudor algum, ignorando os dois homens que estavam no quarto. Tentei cobrir minha boceta, olhando de rabo de olho para o maquiador e para John.

– Somos gays, querida. – John disse achando graça da minha vergonha.

– Vem! – Emma me arrastou para o closet onde demoramos mais ou menos uma hora e meia para me arrumar. – E então? – Emma girou meu corpo lentamente me permitindo admirar-me no espelho. Sorri emocionada. – Não chora, Mila! Você se casa daqui à uma hora, não pode borrar a maquiagem. – Emma resmungou e eu assenti secando as lágrimas.

– Eu… Não acredito que esse dia finalmente chegou. – Olhei para mim através do espelho, correndo os olhos pelo meu corpo ignorando o reflexo.

– Pois acredite, filha! Você irá se casar com a Jauregui daqui à uma hora. – Minha mãe disse abraçando-me de lado. – Eu sei que está nervosa, que está a ponto de explodir, mas peço que se acalme e acredite que você finalmente irá se casar com Lauren. Aposto que ela também deve estar pipocando na casa de Verônica. – Mama disse soltando uma risadinha.

– Se eu bem a conheço, ela já deve ter gritado com deus e o mundo lá. – Emma comentou apertando mais a fita em minha cintura. – Muito apertado? – Neguei e ela sorriu. – Agora sim você está pronta! – Assenti me emocionando novamente.

A arrumação continuou até que estivesse faltando apenas os saltos. Eu estava linda. Incrivelmente linda. Alycia apareceu em meu quarto pouco tempo depois, fotografando não só a noiva, que no caso era eu, como também a bagunça que aquela produção toda fez. Perguntei se ela já havia passado em Vero, mas Alycia disse que deixou seu amigo, Noel, cuidando de Lauren. Emma se despediu dizendo que precisava correr mais que o flash para ficar pronta para a cerimônia. Juan apareceu em meu quarto usando um finíssimo smoking e logo atrás dele Henry vinha vestido de pajem. Meu filho estava tão lindo que não tive como não pedir a Alycia para registrar umas cem fotos dele. Logo me vi sozinha em meu quarto, pois minha mãe finalmente dispensou a equipe de maquiadores e cabeleireiros, Juan saiu com Henry para distraí-lo e a própria dona Sinu ainda precisava se arrumar.

Me vi perdida em pensamentos com o ar condicionado ligado no talo para que a maquiagem não derretesse. Eu estava revivendo todos os meus momentos com minha noiva e futura esposa. Eu ainda estava tentando acreditar que nós nos casaríamos dali à uma hora mais ou menos. Senti que era observada e me virei para a porta encontrando meu velho pai encostado no batente com um sorriso no rosto e o paletó de seu terno pendurado no antebraço.

– Olá, preciosa. – Sorri emocionada. Levantei com dificuldade, pois o vestido que antes parecia leve, agora pesava bastante. – Nervosa, meu amor? – Meneei a cabeça em afirmação.

Minha respiração começando a se agitar conforme minha mente declarava que meu casamento se aproximava. Meu pai entrou mais no quarto, jogando seu paletó sobre a cama. Sorri para ele que me pegou pelas mãos. Parei para observar seus olhos correndo por todo o meu rosto. Ele tinha um brilho mágico nos olhos e eu me sentia novamente especial.

– Papá, promete não me deixar cair? – Pedi, sentindo-me estupidamente boba quando ele riu.

– Meu amor, é claro que não te deixarei cair. Estarei ao seu lado durante todo o percurso e durante toda a sua vida. – Funguei, agradecendo aos céus por ter um pai tão bom. – Eu queria poder te falar coisas para te tranquilizar, mas… Uma experiência anterior me faz ter certeza que não adianta. – Ele disse conseguindo arrancar de mim algumas risadas. – Você está linda, filha. A noiva mais linda do mundo. Lauren tem muita sorte de ter conseguido fazer você se apaixonar por ela e por estar recebendo sua mão hoje. Confio em você e confio nela. Quero netos, viu? – Abri a boca surpresa, sentindo minhas bochechas arderem. Bati a mão em seus ombros como se aquilo fosse repreendê-lo. – Eu me lembro… – Ele soltou uma risada me deixando intrigada. – Lá vou eu relembrar sua infância e justamente no dia do seu casamento. – Nós rimos entre lágrimas. – Eu me lembro de você, pequenininha, brincando com os meus cabelos. Naquele tempo eu era o seu herói. Naquele tempo você ainda estava sob as minhas asas e se declarava apenas para mim. – Rolei os olhos prendendo o riso.

– Papá!

– Camila, não me julgue! Eu tenho direito de ficar melancólico quando minha filha está prestes a se casar novamente. Espero que seja a última vez, pois não quero ter que relembrar você pequenina e não poder te ter novamente somente para mim. – Corei sentindo-me derreter por dentro. – Ok! Não falarei mais nada. – Agradeci aliviada. Eu não podia chorar. – Pois é! Daqui a pouco você será casada de novo e… – Ele respirou fundo, controlando-se para não chorar. Eu sorri acariciando seu rosto. – E eu vou voltar para Miami tendo certeza que em breve serei avô novamente.

– Papá! Eu não disse que terei outro filho agora. – Ele me olhou desconfiado.

– Camila, minha querida… Eu não sei se você sabe, mas a ideia de uma noite de núpcias é fazer um filho. – Arregalei os olhos deixando o queixo cair com a franqueza de meu pai. – Enfim! – Ele me encarou por segundos parecendo tranquilo e logo caiu na risada. – É brincadeira, minha filha. Mas quero outro neto! Já disse isso a Lauren. – Concordei, me sentindo envergonhada e um pouco chocada ainda. – Estou feliz por você, meu amor. Eu te desejo toda a felicidade do mundo e que você possa ter uma família sólida e um amor eterno dessa vez. – Agradeci o abraçando com toda a força que tinha. Eu também desejava aquilo e rezava para que meus pedidos fossem atendidos.

Mais algum tempo presa dentro daquele quarto pensando e me sentindo cada vez mais ansiosa para o grande momento. Meu pai havia descido para distrair Henry e minha mãe ainda estava se arrumando. Estava na varanda do meu quarto respirando um ar puro na tentativa de me acalmar, quando escutei passos e vozes. Me virei com dificuldade, pois a calda do vestido pesava bastante.

– Olha ela ai! A noiva mais linda desse mundo. – Sorri agradecida para Taylor, Sofia, Dinah e Mani.

– Oi, meninas! – Cumprimentei, tentando esconder minha ansiedade e nervosismo.

– Ela está mais nervosa que a outra. – Taylor comentou rasgando-se em uma risada alta.

Foi até um pouco tranquilizador saber que Lauren também estava nervosa. Olhei para as minhas madrinhas adorando o bom gosto e talento de Emma para moda.

– Nós não vamos demorar, só passamos para pegar o Henry. Zayn está lá fora. – Dinah anunciou, revirando os olhos. Segurei o riso para não irritá-la.

– Está tudo bem? – Mani perguntou preocupada. Respirei fundo e assenti. Meu coração batendo a mil por hora, mas aquilo poderia ser facilmente ignorado se ela me dissesse que estava seguindo para a casa de Emma. – Você está linda! – Elogiou acariciando minhas mãos.

– Obrigada! – Agradeci, sorrindo e tentando não chorar.

– Vamos, Mani! – Dinah chamou ignorando meu momento com Mani. – Walz, acalme-se! Nós nos vemos daqui a pouco. Você está linda e Lauren com certeza irá se apaixonar um pouco mais. – Minha amiga disse vindo até mim. – Eu te amo e desejo felicidades ao casal. – Agradeci a abraçando. – Hora de irmos! – Dinah pegou Taylor pelo braço.

Minha cunhada piscou para mim e logo as três sumiram. Corri para a varanda a tempo de ver minhas amigas, minha cunhada, meu ex-marido e agora padrinho levando meu filho para o lugar onde em breve eu estaria dizendo sim a Lauren Jauregui.

***---***

Cheguei à frente do jardim da casa de Emma no carro conduzido por Frederick. Meu motorista estava parecendo um chofer, coisa que eu sempre fiz questão de evitar que ele parecesse. A cerimônia aconteceria mais ao fundo do jardim, mas já era possível ver algumas pessoas e escutar algumas vozes, principalmente, os gritos das crianças. Naquele momento, me desesperei. Minha respiração se agitou, minhas mãos começaram a suar e eu agradeci por estar sentada, caso contrário, eu cairia de tanto que minhas pernas tremiam.

– Filha, preparada? – Neguei imediatamente sem sequer olhar para quem me fazia àquela pergunta. Uma risadinha suave me fez ter certeza que era minha mãe.

– Vai dar tudo certo, niña. Seu papá estará ao seu lado. – Minha mãe disse passando sua mão pelo meu rosto com delicadeza.

– Vamos? – A porta ao meu lado se abriu e eu vi Fred. Engoli a saliva em minha boca e logo a figura de meu pai surgiu ali. – Venha, Camila! – Meu pai me ajudou a descer do carro e eu senti como se o mundo a minha volta tivesse parado.

Meu pai segurou-me pela cintura me ajudando a manter o equilíbrio sobre os saltos. Minha mãe arrumou meu vestido e finalmente me entregou o buquê. Olhei para o meu pai pedindo mudamente para que ele não me soltasse. Minha mãe cochichou algo para ele e logo se despediu de mim, me lançando um olhar confiante. Meu pai me deu o braço, se posicionando ao meu lado. Como se me pedisse autorização para caminhar, ele olhou para mim.

Confie em mim. – Sussurrou contra meu ouvido, e quando vi, nós estávamos caminhando em direção a parte do jardim decorada para a cerimônia.

A cada passo que dava, os batimentos do meu coração se aceleravam. Eu suava de nervoso e me agarrava ao meu pai com força. Estava tão concentrada em meu nervosismo que nem me dei conta de quando paramos. Levantei o rosto com cautela, encarando todos os convidados posicionados lado a lado em duas colunas de acentos. Dinah e Mani apareceram magicamente ao meu lado exibindo sorrisos gigantescos. Zayn piscou para mim e Shawn levantou o polegar acenando que estava tudo bem. Me senti mais emocionada do que antes. Os padrinhos de Lauren já se encontravam ao seu lado no improvisado altar. Chris e Verônica, Lucy e Oliver, um amigo de faculdade de Lauren que conheci algumas semanas atrás. Troy e Ally não puderam ser padrinhos novamente, pois já haviam sido padrinhos de Lauren quando ela foi casada com Emma. Busquei meu filho com o olhar e logo o encontrei. Ele estava tão lindo ao lado das “irmãs”. O cerimonialista se aproximou de mim, murmurando todos os passos que ensaiamos antes. Minha mãe trouxe Maya que seria a primeira dama de honra.

– Podemos começar? – O cerimonial perguntou e eu assenti não me sentindo nenhum pouco preparada.

A primeira música começou a tocar para a entrada dos meus padrinhos e de minha mãe que estava acompanhada um tio viúvo que parecia mais emocionado que meu próprio pai. Só me dei conta de que meus padrinhos já haviam entrado quando meu pai apertou minha mão. A marcha nupcial começou a tocar e com ela, meu coração se agitou. Maya entrou no tapete azul estendido sobre o gramado sendo guiada por Henry. Meu filho tinha um cesto de pétalas brancas nas mãos e Maya carregava uma plaquinha anunciando minha entrada. Naquele instante, percebi que as lágrimas desciam sem pudor. Papai me ofereceu um lenço e eu, evitando borrar a maquiagem, as sequei.

Quando os dois finalmente chegaram ao altar, foi a minha vez de entrar. Ali eu já não controlava mais a emoção, a ansiedade e o nervosismo de finalmente chegar ao altar. Fui guiada por meu pai, mas em momento algum prestei atenção no que acontecia ao meu redor. Alycia e mais um fotógrafo a cada segundo registrava mais fotos. Ao lado dos padrinhos de Lauren, percebi uma mulher segurando uma câmera que filmava toda a cerimônia. Meus olhos se prenderam na morena no altar e eu finalmente notei a roupa de Lauren, e nossa! Lauren era a noiva mais linda que eu já vi. Eu ri, mas de felicidade. Lauren estava usando um vestido preto com detalhes brancos. Lancei um gigantesco sorriso para ela que retribuiu da mesma forma. Meu pai novamente me perguntou se eu estava bem, e fiz que sim com a cabeça, incapaz de falar qualquer coisa.

Senti meu pai parar e contei até dez para controlar a respiração. Não queria cair dura ali, não antes de diz sim ao meu amor. Lauren já estava a minha frente, exibindo aquela fileira de dentes brancos e lindos. Perdi o fôlego que tinha conquistado assim que fixei meus olhos nos dela.

– Tome conta da minha filha, Lauren. Por favor, cumpra com o que prometer aqui, ok? – Lauren olhou para o meu pai esbanjando seriedade. Confesso que me excitei com aquele olhar sério e a voz rouca dela.

– Lhe dou a minha palavra, senhor Cabello. – Eles apertaram a mão e logo meu senti meu pai beijar minha testa.

Ele desfez o contato de nossos braços e passou minha mão para Lauren que tremia um pouco. Olhei sorrindo para minha noiva que suspirou. Uma sensação de prazer, alegria, felicidade, emoção, tudo ao mesmo, abrigou meu corpo me forçando a me controlar para não agarrá-la. Lauren beijou minha mão antes de entrelaçar nossos braços.

Você está linda. – Ela sussurrou pegando-me desprevenida. Sorri e me permite admirá-la um pouco mais.

Você também. Eu não sabia que usaria um vestido, ainda mais preto. – Lauren soltou uma risadinha baixa conforme nos guiava até a mesa do juiz.

Eu coloquei um vestido por sua causa. Queria fazer direito. A ideia do preto era para simbolizar o “noivo”. – Gargalhei. – Está feio? – Ela me lançou um olhar apreensivo. Desci meus olhos por seu corpo e sorri balançando a cabeça negativamente. Ela piscou um olho e voltou a olhar para frente.

Você é a noiva mais linda que eu já vi. – Sussurrei antes de finalmente pararmos. Lauren beijou minha mão e adotou a postura ereta.

O juiz sorriu para nós de maneira simpática e deu inicio a cerimônia. Ele falou, e falou, e falou, mas falou tanto que eu estava começando a sentir sono. Talvez ele não tenha falando mais do que o normal. Talvez fosse minha ansiedade para dizer logo o sim. Talvez fossem tantas outras coisas que eu não estava dando importância, pois estava concentrada demais na mulher ao meu lado e na ideia de que logo seriamos casadas. Uma música começou a tocar e Lauren me soltou para podermos nos virar para quem entrava. Percebi que estava na hora das alianças que eram trazidas por Amber. Ela estava parecendo uma princesa e foi ali, na entrada de Amber, que vi Lauren derramar uma lágrima desde o inicio daquela cerimônia. Lauren beijou a bochecha da filha que estava vermelhinha de vergonha. Ganhei um abraço rápido e logo voltei minha atenção ao juiz de paz que recomeçou a falar.

– Se alguém for contra esse matrimônio, que se manifeste agora. – Arregalei os olhos sentindo um medo súbito de que alguém se manifestasse. Se alguém ousasse interferir, eu cairia no choro e xingaria a pessoa. – Como ninguém se manifestou, daremos inicio a cerimônia. – Agradeci aos céus por tais palavras.

A cerimônia continuou e quando pisquei, Lauren e eu estávamos cara a cara para fazermos nossos votos. Lauren repetiu o que o juiz pediu e logo eu o fiz. Mas minha noiva resolveu prolongar mais aquele momento, discursando brevemente e se declarando para mim. As palavras dela foram tão lindas que me debrucei em lágrimas bem ali, na frente de todos. Eu não sei se dormi ou se estivesse distraída demais durante a cerimônia, pois não percebi quando disse o famoso sim. Quando me dei conta, Lauren já estava segurando minha mão e deslizando a aliança de ouro no dedo anelar da mão esquerda, enquanto se declarava e me prometia coisas que eu sabia que ela cumpriria. Repeti o mesmo processo e logo nos viramos para o juiz. Ele disse algo para os padrinhos para que eles fossem até onde estávamos para assinar alguns papéis. Assim eles fizeram, assinaram um grande livro preto e logo foi a nossa vez. Lauren pegou a caneta com firmeza rubricando a folha. Ela olhou para mim com um sorriso e me passou a caneta. Me senti envergonhada por não conseguir segurar a caneta direito. Lauren acariciou meu rosto me tranquilizando um pouco. Assinei rapidamente o documento voltando a ficar ao lado da minha esposa. Esposa. Uma palavra tão bonita.

– A noiva pode beijar a… noiva. – Ele disse indicando para Lauren, a outra noiva que, no caso, era eu.

Respirei fundo sentindo seu olhar profundo sobre mim. Lauren sorriu me deixando fraca, mas entregue e incrivelmente feliz. Ela se inclinou em minha direção com muita classe. Se batesse um vento contra minhas pernas, ele com facilidade me faria cair. Eu estava me sentindo extremamente fraca. Senti sua mão em meu rosto e quando pisquei, seus lábios estavam sobre os meus. O beijo parecia igual a todos que já trocamos antes, mas eu sentia algo a mais. Lauren me segurou pela cintura e aprofundou o beijo me fazendo derreter ainda mais. Uma salva de palma seguida de música, explodiu naquele jardim me fazendo sorrir emocionada entre o beijo.

Eu amo você. – Falei em um sussurro. Lauren me deu mais um selinho antes de se afastar.

Eu também te amo, pequena. – Respondeu de forma tão simples, mas tão sincera, que eu me estremeci toda.

Nós nos afastamos para cumprimentar aqueles que nos aplaudiam. Lauren virou a cabeça para trás agradecendo o juiz. Eu apenas sorri para Alycia que tirava fotos e mais fotos de nós duas juntas. Vi meu filho correr em direção a Lauren que soltou minha mão para recebê-lo em seus braços.

– Lauli, você agora é oficialmente minha mama. – Lauren sorriu contra a bochecha do meu filho e assentiu.

– Sou, da Vinci! Agora eu sou sua mama e nós vamos ser muito felizes, rapazinho. – Lauren bagunçou os cabelos do meu filho que sorriu. Eu só conseguia chorar. Minha mulher colocou meu filho no chão e entrelaçou nossos braços para sairmos dali.

Passamos por entre as fileiras de convidados exibindo sorrisos e acenando para eles. Eu não poderia estar mais feliz. Lauren nos guiou para outra parte do jardim, mais precisamente, próximo à piscina onde mesas e mais mesas estavam distribuídas. Quando finalmente paramos, ao lado da mesa onde o bolo e os doces estavam, pude fitar minha esposa.

– Feliz? – Fiz cara de pensativa batendo o indicador sobre o queixo. Lauren riu, puxando-me pela cintura encaixando seu rosto em meu pescoço. Um flash nos tirou de nossa bolha de amor.

– Muito feliz! – Falei antes de sorrir para Alycia que tirava fotos e mais fotos nossas.

Em minutos, fomos cumprimentados pelos convidados que passavam por nós indo em direção a mesa reservada para eles. Lauren se manteve ao meu lado todo o momento em que recebíamos nossas felicitações. Nós fazíamos tudo no automático. Não sei quanto tempo ficamos ali cumprimentando a todos, mas meus pés começaram a reclamar e eu tive que me apoiar em Lauren para retirar os saltos, pois ainda faltavam alguns convidados para serem cumprimentados. Minha mulher soltou uma risadinha e logo estendeu a mão a um casal de investidores de seu trabalho.

Eu também estou louca para tirar esses sapatos e esse vestido. Esse negócio não me deixa ficar… como posso dizer… – Caí na risada antes mesmo dela completar seu pensamento. Lauren sorriu contra minha orelha e beijou a região antes de cumprimentar mais algumas pessoas.

*****

Já devia ser três da manhã quando Lauren e eu entramos no carro de Fred em direção a nossa casa, pelo menos era o que eu achava. A festa foi incrivelmente perfeita. Depois de cumprimentarmos a todos, nós tiramos fotos com nossos pais, filhos e amigos, antes de finalmente curtimos nossa festa de casamento. A ficha de que eu havia me casado com Lauren estava caindo aos poucos. Em um dado momento da festa, Lauren sumiu. Lauren, Zayn, Vero e Troy para falar a verdade. Óbvio que me desesperei. Logo no dia do meu casamento, minha mulher sumiu com aqueles três, sendo dois deles loucos de pedra. Só me tranquilizei quando Lauren apareceu usando uma calça social preta e uma blusa de botões tendo sobre os ombros Amber que batia em sua cabeça rindo de alguma coisa. Logo atrás vieram Troy com Maya em seu pescoço e Zayn com nosso filho nos ombros. Maya saltou em meu colo assim que me viu e em pouco tempo, Emma se juntou a nós fazendo daquele momento algo ainda mais mágico.

Eu estava com a cabeça apoiada no ombro de Lauren, com os olhos fechados, revivendo os últimos momentos quando senti o carro parar. Lauren beijou meus cabelos apertando de leve minha coxa fazendo-me despertar daquele sonho que eu vivia acordada.

– Amor, vamos? Tenho uma surpresa para gente. – Levantei a cabeça em um salto encarando Lauren com curiosidade.

– Ah é? Por que não me disse que não estávamos indo para casa? – Segurei seu rosto em minhas mãos inclinando para beijá-la.

– Era uma surpresa. Se eu te contasse, deixaria de ser surpresa, não é?! – Meneei a cabeça. – Vem! – Ela segurou minha mão e abriu a porta.

Encolhi-me em seus braços fortes quando me pus fora do veículo. Nós estávamos em um heliporto onde um helicóptero vermelho e aparentemente confortável, nos esperava. Lauren agradeceu a Frederick pela carona e com a ajuda dele, carregou nossas malas. O piloto, um senhor de meia idade, cumprimentou a mim e minha esposa, desejando felicidades pelo casamento. Me perguntei quem ficaria com Henry, mas logo me lembrei que agora ele tem outra mãe e mais um casal de avós.

– Pronta para nossa lua de mel? – A olhei desconfiada.

– E pra onde nós estamos indo? – Lauren soltou uma risada, colocando em mim os equipamentos necessários para que o helicóptero levantasse voo.

– Você conhece o Caribe, não conhece? – Franzi o cenho e cautelosamente, concordei. – Já ouviu falar da ilha de Curacao? – Neguei entrando em um estado de frenesi total. – Pois é! Vai conhecer. – Lauren falou me lançando um sorriso de canto, extremamente sexy, que me deixou extremamente excitada.

Ela bateu a mão sobre o banco do piloto autorizando a decolagem. Ainda sem tirar os olhos dela, senti a aeronave decolar. Lauren me lançou um sorriso divertido e beijou minha boca antes de virar-se para sua janela fitando uma cidade escura por ainda ser madrugada. Balancei a cabeça em negação sentindo meu coração entrar em festa, afinal, eu estava finalmente casada com Lauren e estávamos indo para nossa lua de mel em uma ilha no caribe.

******

Dois anos depois

POV Lauren

– OLHA A BOLA, LAUR! – Emma gritou atraindo minha atenção. Me virei em direção as crianças que corriam soltas pela areia da praia e vi uma bola vindo em cheio em minha direção.

Merda! – Só tive tempo de cobrir meus países baixos antes de a bola acertar minha barriga com força fazendo-me dar passos para trás. – Urgh! – Grunhi de dor contorcendo-me.

– MAMA! – Maya, Amber e Henry gritaram correndo em minha direção.

– Tá tudo bem, mama? – Senti a mão de Maya em minha coxa e soltei o ar com força, respirando fundo grunhindo ainda mais.

– Mama! – Henry me olhava extremamente culpado e eu soube que havia sido ele a jogar a bola tão forte. – Me desculpa, eu achei que… que… – E ele começou a se desesperar e consequentemente a ficar sem ar. Busquei forças dentro de mim para levantar a cabeça e encará-lo.

– T-tudo bem, filho. Vem cá! – Me ajoelhei na areia, sentindo minha barriga doer muito. – Fica tranquilo, ok? Eu estou bem. – Ele me olhou apreensivo. – Sério! Brinquem de outra coisa, por enquanto, ok? – Pedi e eles concordaram.

Mas meu filho, sim, Henry agora me chamava de mama e eu me referia a ele como filho, parecia preocupado demais comigo para sair correndo atrás das irmãs que iam em direção a Zayn, Lucy e Vero que estavam jogados na areia conversando e tocando violão. Estávamos passando férias em Malibu. Dois anos haviam se passado desde o meu casamento e foram os anos mais felizes de toda minha vida. Zayn, algumas semanas atrás, havia nos reunido em seu último show… Ah! Depois que Camila e eu nos casamos, quatro meses depois Zayn lançou seu CD solo e logo depois de promovê-lo pelos quatro cantos do país, ele saiu em turnê. Mas como eu falava antes, ele havia nos reunido em seu último show que acontecera em Las Vegas e lá ele pediu a mão de Emma em casamento. Ela, claro, aceitou. Resolvemos comemorar dando uma pequena festa no salão de festas do hotel onde estávamos hospedados. Muita comida, muitas risadas, muitas brincadeiras e o principal, muita bebida. O mais estranho daquela comemoração foi minha esposa ter recusado uma taça de champagne quando eu quis fazer um brinde. O motivo daquela recusa logo foi esclarecido e o que Camila disse, me deixou mais feliz que podre em dia de feira. Minha mulher estava grávida de quatro meses de um legitimo Cabello-Jauregui. Se eu fiquei feliz? Mas é claro! A festa depois daquela novidade passou de uma simples comemoração ao pedido de casamento a uma festa de “boas-vindas” ao mais novo membro da família.

A carreira de Camila continuava impecável. Minha esposa era uma das modelos mais requisitadas do mercado, e depois de grávida, passou ser ainda mais requisitada. Depois de um ano de casada, me inspirei em nossa relação para fazer a minha próxima exposição. Fui atrás de pessoas que tinham vivido histórias parecidas com a nossa e que terminaram com um final feliz. Se eu encontrei? Com certeza! A exposição foi um sucesso e eu já estava me preparando para a próxima. Não tinha um tema ainda, mas ao olhar para o lado e ver minha mulher, minha ex e meus filhos juntos, uma pequena ideia brotou em minha mente.

Vero e Lucy estavam namorando novamente. Elas se resolveram com Emma, mas Lucy ainda dava umas cortas em Emy e Vero ora ou outra a chamava de Cruella. Emma não se importava mais, o que era bom, pois éramos uma família. Dinah abriu um restaurante em Miami e estava apaixonada pelo lugar. Mani a cada seis meses saia em turnê com sua companhia de dança. Ally não parava de fazer sucesso, tanto que naquele momento, a baixinha estava em turnê na Europa. Falando em Europa, uma pessoa que reapareceu em nossas vidas depois de um ano e meio longe foi Keana. Ela apareceu no meio da minha exposição de mãos dadas a uma loira lindíssima. A jovem era uma modelo americana e atendia pelo nome de Gigi. Fiquei feliz por ela, e minha mulher também.

Eu estava divagando tanto que não notei que todos me chamavam. Olhei para trás a tempo de ver meu filho correr e saltar em meus braços. Henry me encheu de beijos e pediu que eu o levasse de cavalinho até onde o almoço era servido. Almoçamos entre risadas, brincadeiras e até algumas provocações por parte de Vero com Emma. Depois do almoço, Camila se retirou para descansar, o que eu achei ótimo já que ela havia passado boa parte da manhã brincando com as gêmeas. Enquanto isso, Emma e Zayn levaram as crianças para passear. Vero e Lucy sumiram, e eu fiquei sentada na areia refletindo sobre minha vida. Muita coisa havia mudado desde a primeira vez em que vi Camila Cabello. Coisas boas, coisas nem tão boas assim, mas que foram importantes para perceber que nenhuma relação deve ser mantida por sexo e que não devemos esconder nossos sentimentos. Eu nunca escondi o que sentia por Camila, mas mantive nossa relação baseada em sexo só para não perdê-la. Ela, por sua vez, manteve nossa relação por medo de me amar, por medo daquilo que era novo para ela, já que depois de tanto tempo casada, ela se sentia balançada por uma forasteira. Era isso que eu era para ela naquela época. Graças a Deus hoje nós somos casadas. Não sei o que seria da minha vida sem essa mulher.

*******

Acelerei o carro conversível alegrando as três crianças sentadas no banco de trás. Naquela tarde de férias, a babá era eu. Minha mulher havia sumido depois do almoço, Emma e Zayn saíram para curtir o momento juntos, assim como Vero e Lucy. Eu havia ligado para Dinah pedindo que ela ficasse com meus filhos enquanto eu procurava pela minha esposa e graças aos deuses minha amiga resolveu bancar a babá. Meu celular tocou e eu tive que diminuir a velocidade para atendê-lo.

– Lauren falando. – Escutei uma risada que me fez revirar os olhos.

Está chegando, branquela? Eu tenho mais o que fazer da vida, sabia? – Olhei para meus filhos através do retrovisor e sorri vendo Henry implicar com os cabelos loiros de Maya.

– Estou! Estou chegando ao píer. – Mal terminei de falar e Dinah encerrou a ligação. – Crianças, vocês se lembram do que combinamos lá no restaurante? – Perguntei parando o carro no estacionamento do píer onde Dinah estava os esperando.

– Sim, mama. Nos comportarmos e obedecermos a tia Dinah. – Maya falou com tédio.

– Exatamente! Henry, por favor, não fica implicando demais com as suas irmãs. Você sabe que Maya não gosta que você fique brincando com os cachos dela. – Alertei virando-me para o pequeno. Ele sorriu e assentiu batendo continência. – Ótimo! Me deem um beijo e caiam fora do meu carro. – Os três gargalharam e encheram meu rosto de beijos.

– Tchau, mama! – Amber saltou pelo lado do carona. Acenei e vi a baixinha correndo ao encontro de Dinah.

– Tchau, mama. – Maya falou um pouco entediada e também desceu indo ao encontro da irmã.

– Tchau, mama. – sorri, acenando para ele que preferiu ser radical e pular para fora do carro.

– Henry! – tentei repreendê-lo, mas achei uma graça o que ele fez. – Vamos jogar quando chegarmos em casa? – Ele meneou a cabeça em concordância e correu até a madrinha que estava entretida com as gêmeas que nem o viu chegando.

Ajeitei o RayBan no rosto fitando meu três filhos e minha amiga. Buzinei duas vezes como se me despedisse e acionei a marcha partindo para longe dali. Durante o caminho, fiz algumas ligações em busca da minha mulher, mas até então, não havia dado em nada. Estava na rodovia que levava a uma praia afastada quando meu celular tocou novamente.

Jauregui, você achou sua mulher ou ainda está procurando por ela? – Era Adrien. Quase gritei em felicidade. Ele com certeza sabia onde minha mulher estava.

– Estou procurando por ela, Drien. – Respondi fazendo uma curva.

Certo! Vou ver com alguns amigos se eles a viram. – Assenti com a cabeça mesmo Adrien não me vendo.

– Tá bem! Tá bem, eu volto a ligar. – Adrien murmurou algo e logo desligou.

Joguei o celular sobre o banco do carona e acelerei ao máximo aquele carro gostoso e potente que Zayn insistia em manter na garagem. Mais alguns quilômetros e novamente meu celular tocou.

– Oi, você conseguiu localizar ela? – Perguntei já sabendo que era Adrien.

Não, Lauren. – Bufei irritada.

– Não? Como assim? – Adrien soltou uma risadinha me deixando enfezada.

Eu não consegui saber de fato onde ela está, mas uma amiga dela que está em Malibu me ligou aqui e disse que a viu em uma praia nos arredores de…

– Espera! Uma amiga a viu? – Adrien assentiu. – Você sabe a praia?

Ela disse que quando a viu, Camila estava indo em direção a uma parte mais afastada da praia, longe do píer. Ela não especificou o lugar. – Falou, me deixando aliviada. Eu não estava longe, era só dar meia volta, parar no píer e procurar pela minha esposa linda e grávida.  

– Muito bem! Muito bem! Eu estou indo para lá. Obrigada, Drien. Até logo! – Me despedi, jogando o celular sobre o banco.

Esperei até que tivesse uma oportunidade na estrada e dei meia volta voltando ao píer onde havia deixado meus filhos. Acelerei o máximo que pude, ignorando a velocidade permitida na via. Se eu recebesse multas, depois era só pagar. Estacionei o carro e fitei a praia movimentada. Dinah e meus filhos já não estavam tão à vista assim, mas eu não estava procurando por eles, mesmo. Tirei meu tênis e enfiei os pés na areia, indo em direção à parte afastada da praia. Aos poucos o movimento ficava para trás e mais ansiosa eu ficava para encontrar minha mulher. Parei próximo há algumas pedras e finalmente a vi.

Ufa! – Sussurrei aliviada, tomando sua direção. – Ei, garota! – Camila demorou alguns segundos para virar o rosto, mas quando virou, ela exibia um sorriso extremamente lindo. – Não some assim não. Fiquei preocupada com você. – Camila se levantou e abraçou meu pescoço.

– Comigo ou com o nosso filho? – Meneei a cabeça sem abandonar meu sorriso apaixonado.

– Com os dois, afinal, vocês são a minha vida. – Camila sorriu mordendo o lábio inferior.

– Você é minha vida e ela… – Fiz cara feia pela forma como ela se referiu ao nosso bebê.

– Ele. – Tentei corrigir, mas Camila rolou os olhos bufando.

– Ela.

– Ele. – Rebati apenas para implicar.

Ele ou ela, para mim não importava o sexo, contando que viesse com saúde e puxando todos os traços da latina em meus braços, eu estaria feliz.

– Ele, enfim… – Soltei uma risada a apertando com um pouco de força, como se a qualquer momento ela pudesse fugir. – Eu amo você, amo ele, amo a nossa família. – Camila respirou fundo se emocionando aos poucos. – Eu amo tanto você, Lauren.

– Eu amo tanto ou mais do que você. – Camila fechou os olhos e eu fiz questão de beijá-los. – Eu agradeço a Deus todos os dias por ter feito Alessandra desistir de ser minha modelo. – Camila abriu os olhos soltando uma risada harmoniosa. – Se não fosse por ela ter desistido, eu não teria te conhecido, eu não teria me apaixonado, não teria… Não teria tirado você do Zayn e ter adotado aquele garoto que eu amo tanto. – Camila já chorava e eu senti lágrimas descerem pelo meu rosto também.

– Não teríamos brigado, eu não teria me separado e meu filho… Nosso filho, ele não terias três irmãs. – Rolei os olhos.

– Ele não teria duas irmãs e um irmão. – Camila bufou.

– Lauren, por que insiste em dizer que o nosso bebê será um menino? Eu quero uma menina, amor. Eu já tenho dois homens na minha vida. – Franzi o cenho e a encarei confusa.

– Dois? – Camila sorriu com a língua entre os dentes.

– Henry e… – Ela aproximou os lábios da minha orelha mordendo o lóbulo antes de sussurrar. – Zayn. – Soltei uma gargalhada alta.

– Ele não é seu homem, eu sou a sua mulher.

– Minha! Só minha. Minha e de mais ninguém. – Camila falou de forma possessiva me excitando até os últimos fios de cabelo.

– Eu te amo, menina. – Beijei seus lábios com urgência.

Camila agarrou-se em meus cabelos, me beijando com a mesma intensidade. Escorreguei minha mão de sua cintura para sua barriga acariciando de leve. Eu queria que meu filho ou filha nascesse logo. Eu queria completar aquela família com um legitimo Cabello-Jauregui.

– Esse bebê é fruto do amor mais lindo do mundo. – Escutei Camila falar e fechei os olhos para ouvir sua declaração. – Um amor cheio de vida, de tesão. – Sorri com malícia. Sua mão se entrelaçou a minha sobre sua barriga e eu sorri ainda mais. – Nosso amor é lindo, Laur. Eu carrego um filho da pessoa que eu mais amo no mundo. Você é fascinante, meu amor. Sua vida, sua arte… Tudo em você é fascinante. – Sorri sentindo meus olhos ficarem úmidos. – Você é importante para mim e esse bebê… – Ela pegou minhas duas mãos posicionando-as sobre sua barriga. – Esse bebê é a parte mais linda de você. – Sorri me derramando em lágrimas. – Esse bebê vem para fechar com chave de ouro tudo que enfrentamos uma pela outra. Ele é a nossa força, meu amor. Ele é a nossa prova de amor. A prova que nenhum amor é impossível.

Funguei sentindo meu coração bater tão rápido que comecei a sentir medo de ele abrir um buraco em meu peito e sair saltitando pela areia. Camila sorriu, limpando minhas lágrimas com pequenos beijos. Envolvi sua cintura com os braços e senti seus dedos se embolando em meus cabelos. Apertei minha mulher, MINHA, em meus braços e a beijei com todo o amor que eu sentia em mim. Camila estava certa, nosso bebê era a prova que nenhum amor é impossível. Não importa as circunstâncias, devemos sempre lutar por quem nós amamos. E nós nos beijamos ali, naquela praia deserta, tendo como fundo um mar belíssimo, num fim de tarde e entre nossos corpos o fruto do nosso amor. Quando nos afastamos, Camila me encarou sorrindo. Ela entrelaçou nossas mãos e me puxou para corremos em direção ao mar. Ficamos brincando de molhar uma a outra até que minha esposa pediu que caminhássemos pela praia. Eu a abracei e seguimos a orla da praia tendo nossos pés molhados a cada onda que quebrava na areia. Eu iria para onde ela me pedisse, pois eu a amava demais para dizer não ou não fazer algo por ela. Camila era o meu amor impossível.

FIM!


Notas Finais


Oi anjinhos. Aqui estamos para mais uma despedida :( Odeio despedidas.
Desde já agradeço vocês por terem esperado as atualizações, por terem esperado e entendido (em alguns momentos) as ideias que propus para fic, por terem acompanhado a estória participando efetivamente dela. Confesso que algumas coisas eu tirei lendo alguns comentário. Peço desculpas por não ter respondido, mas como disse muitas e muitas vezes, o semestre foi difícil. Mas queria dizer que vocês são incríveis! Impressionantes! Amo vocês. Não tenho palavras para agradecer a vocês. Esse foi, infelizmente, o último capítulo da estória, mas... Mas pretendo fazer um capítulo bônus o mais rápido possível. Essa estória surgiu do nada, se maturou dentro da minha cabeça por um tempo até que finalmente resolvi postá-la. Desde o início eu já sabia que ela não seria como VdE, mas sabia que se me esforçasse, conseguiria ganhar vocês e espero ter conseguido. Adorei ter passado todo esse tempo com vocês, mesmo com a demora para atualizar os capítulos. Agradeço imensamente a vocês pela paciência que tiveram tanto comigo quanto com a estória.
Sem mais delongas, obrigada a todos vocês que acompanharam essa estória e que me acompanham desde Vida de Esportistas. Eu não seria nada sem vocês. Amo vocês anjinhos..
Espero vê-los em breve. Lembrando que agora com o fim da fic, vou poder voltar minhas atenções a True Love Way e aos capítulos bônus de VdE. Andei tendo algumas ideias nos últimos dias e creio que terão mais capítulos bônus do que eu pretendia. Um beijo para todos vocês <3


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