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História L3ddy - um romance inevitável - Almoço


Escrita por: naritoca

Notas do Autor


Olá unicórnios rosas, brilhantes e fabulosos!
Demorei para postar? Sim. Disse que o capítulo ia ter 2000 palavras? Sim. O capítulo tem 2000 palavras? Não. Okay, vacilei, mas, para minha defesa, eu estava em semana de provas e cheia de trabalhos importantes do final do ano. Além do mais, se tivesse 2000 palavras eu teria que pôr uma enrolação (mais do que eu já enrolo normalmente). Só que eu acho que está fófis, misturado com treta, mas não treta, apenas elementos que fazem você sentir uma treta, porque esse meme nunca morre. Nem eu estou entendendo o que eu estou falando mais, então vamos logo para o capítulo.
Beijos e boa leitura!

Capítulo 11 - Almoço


Pov Luba

Acordo na minha cama, sozinho. Ah, que saudades que eu senti da minha cama. Fico um tempo olhando para o teto repassando tudo o que aconteceu nos últimos dois dias. É meio difícil me acostumar com a ideia de que eu cheguei a pensar que minha vida nunca mais seria a mesma, que eu teria que me mudar, cheguei até a considerar voltar para Tubarão, mas na verdade eu passei uma noite fora de casa.

Me levanto e observo o quarto arrumado. Não está como eu deixei quando eu saí. Ou está? Eu nem me lembro. Abro o armário e as roupas estão surpreendentemente arrumadas. Não estariam assim depois de T3ddy revirar o armário em busca de coisas para colocar em uma mala. Ele esteve aqui.

Às vezes me pergunto como foi a tarde de T3ddy. Como foi a noite dele depois de eu ir embora? Ele saiu? Dormiu com alguém? Em que ponto ele se arrependeu de ter feito o que fez? Repreendo esses pensamentos sempre que eles surgem. Não quero conversar com ele sobre isso agora. Quero evitar ao máximo brigas em um momento tão delicado para nossa relação.

Nossa relação. O que é nossa relação? Nós ainda estamos namorando? Voltamos ao nível de “ficando”? Já chegamos a estar no nível “ficando”? Não, assim que eu me declarei para ele nós começamos a namorar. Sorrio ao lembrar do pedido de namoro que ele me fez. Mas eu disse que tínhamos que ir com mais calma dessa vez.

Quando me dou conta, estou parado em frente ao armário do quarto. Fecho a porta do armário e saio do cômodo. Entro na sala e vejo o iPad de T3ddy praticamente jogado no chão. Só quando pego o aparelho que reparo que horas são, meio dia.

Em circunstâncias normais eu acordaria T3ddy e falaria que precisamos almoçar. Mas, como ele gastou uma fortuna comigo ontem, eu decidi fazer almoço para nós dois. O único problema é que eu não sei cozinhar. Saio procurando nos pelos armários o pacote de macarrão que eu comprei quando fui ao supermercado há mais ou menos 5 dias. É a única coisa que eu consigo cozinhar, não me julguem.

Pus a água para ferver e separei outra panela para o molho de tomate (enlatado). Eu deveria cozinhar mais, é muito relaxante. O modo que mexer o molho faz eu me perder na mistura vermelha é fascinante. Devia ser um tipo de terapia.

Quando acabei, pus a mesa e peguei uma garrafa de vinho tinto que eu não sei como tinha vindo parar em casa, mas veio na ocasião perfeita. Peguei também duas taças e olhei para a mesa. Estava faltando alguma coisa. Andei pela casa inteira procurando o buquê de flores que T3ddy me deu ontem. Encontrei ele debaixo do sofá, pus em uma jarra qualquer e a enchi de água. Perfeito!

Vou para o quarto de T3ddy para acordá-lo e o encontro dormindo como se tivesse passado a última noite em claro. Será que quando eu fui embora ele não conseguiu dormir pensando em mim? Ou será que quando eu fui embora ele teve uma noite “agitada”?

Tentando não pensar nisso, acaricio o braço de T3ddy com a doce ilusão de que ele ia acordar só com isso. Como esperado, eu fiquei um bom tempo tentando fazer com que essa montanha de banha despertasse. Quando eu já estava ficando ligeiramente desesperado achando que o almoço ia esfriar, ele abriu os olhos.

L: Glória a Deus, Jesus Cristo! – disse, brincando.

T: Amém. – ele respondeu, também brincando – O que aconteceu, Luba? Que horas são?

L: Hora do almoço.                                                  

T: Ou seja, você precisa que eu te alimente? – ele riu.

L: Não – eu ri – Eu fiz comida para nós dois! – ele me olhou confuso.

T: Você sabe cozinhar?

L: Macarrão.

T: Tudo bem – ele sorri – Vamos comer!

 

Pov T3ddy

 

Caminhamos até a sala e eu vejo a mesa arrumada. O Luba é sempre muito atencioso, e teimoso também, já que ele insistiu em me “recompensar” mesmo depois do que eu fiz. Só quando estamos chegando perto da mesa que eu vejo a garrafa de vinho e as lembranças começam a vir com tudo.

Flashback

Fecho a porta deixando Luba do lado de fora. Sento na mesma poltrona que ele estava e começo a pensar se falar com os meus pais realmente valeu a pena. Quer dizer, agora pode valer a pena, eu amo o Luba e ele me ama também. Mas e se nós terminarmos? Como eu vou ficar, sem irmão, sem pai, sem mãe e sem Luba para me consolar? Eu nunca namorei antes, eu posso fazer uma merda que vai deixar o Luba extremamente magoado e nem perceber.

Mas não tem como voltar atrás. Não agora, que eu já me confessei para a minha família. Não agora que eu e o Luba estamos namorando. Não agora que eu já comecei a escrever um novo capítulo da minha vida. Não agora que finalmente consigo confiar em alguém. Não agora que já tenho quem sempre vai me apoiar, Luba.

Então lembro de Luba. Não apenas de Luba, mas do que eu fiz com ele. E lembrei também exatamente o que ele falou quando eu estava tendo um ataque e expulsando ele da casa dele. “O que eu fiz?” ele tentou me ajudar, e eu reagi assim. “T3ddy, eu sou o único que está te apoiando! Por que você está bravo comigo?” não tinha motivo nenhum para ser assim, ele não disse nada ruim. “T3ddy, não faça isso comigo, por favor” e no final, eu, que estava ferido, acabei ferindo ele também. Gratuitamente. “Nós podemos passar por isso jun...” e nesse momento eu interrompi ele com um tapa. Com um tapa.

Me levanto correndo da poltrona e abro a porta. Ele não está lá, é claro. Por quanto tempo eu fiquei pensando? Vinte minutos? Aperto freneticamente o botão do elevador, e como não chega, desço as escadas correndo. Chego no térreo ofegante e como não o vejo em nenhum lugar, corro para a rua. Olho em todos os lados e começo a gritar.

T: Luba! Luba! Cadê você? Luba, amor, volta para casa! Luba! Por favor...

Sento no chão, desistindo. Ele foi embora, e já deve estar longe. Eu não sei para onde ele foi. Para um hotel, para a casa de alguém, para Tubarão... essa última é menos provável, mas ninguém sabe. Ele não me atenderia no celular. Se ele foi para a casa de alguém, eu posso ligar para a pessoa. Mas o Luba tem muitos amigos, e até eu achar a pessoa certa o Luba já deve ter contado o que aconteceu e a tal pessoa não vai querer me atender. Ou seja, eu não tenho acesso ao Luba até amanhã, no evento.

Me levanto e começo a andar pela rua, até chegar no lugar que estava em mente. Paro em frente à loja de vinhos na qual estava pensando. Eu não quero sair de casa para beber e fazer alguma merda, então vinho deve me fazer dormir.

Saio da loja com duas garrafas de vinho e volto para casa. Quando chego, sento no sofá, pego minha taça, abro a primeira garrafa e desfruto do sabor azedo da culpa. Vou até o quarto de Luba. Tudo está muito bagunçado. Alterno entre arrumar o quarto que eu baguncei e beber vinho até a garrafa acabar.  Devido à bebida, esqueço o plano de não sair de casa e vou para a balada mais perto.

Não me lembro exatamente o que aconteceu depois, mas acordo dentro de uma cabine de banheiro público. Nu. Com uma garota ao meu lado. Nua. Me visto rapidamente e checo meu relógio. Meia noite. O que será que Luba está fazendo agora? Saio do banheiro pouco me importando com a tal garota e volto cambaleando para casa, me deitando na cama e dormindo assim que chego.

 

Fim do flashback

 

Continuo fitando a garrafa que sobrou me lembrando de tudo que aconteceu e me perguntando se eu deveria ou não contar a Luba o que aconteceu. Não. Nem eu sei direito o que aconteceu. Preciso ter certeza para eu não transformar tudo isso em uma tragédia sem ter acontecido nada sério.

L: Tudo bem com você?

T: Eu? Sim, por quê?

L: Nada não, você parecia meio distante...

T: Deve ser o sono. Eu já acabei de acordar, na verdade. – ele sorriu.

L: Deve ser isso mesmo.

Eu não fazia a mínima ideia se ele tinha acreditado ou não. Se ele não percebeu nada ou se ele simplesmente não queria brigar. O que importa é que seguimos o almoço normalmente, conversando, brincando, sorrindo. As covinhas em sua bochecha quando ele ri demais. O jeito que seus olhos fecham quando ele sorri demais. Seu sorriso tímido quando eu o elogio. São essas pequenas coisas que me fazem ficar cada vez mais apaixonado por ele. São essas pequenas coisas que me fazem feliz.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, deixem opinião nos comments que eu adoro, um beijo para quem quiser e TCHA-AU!


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