Sakura –
Chegamos a Paris, e o lugar é lindo. Mais tarde Izumi e eu iríamos conhecer a torre Eiffel.
Pegamos um taxi que nos deixou na nossa nova casa. Arrumei minhas coisas e depois fui fazer um lanche. Izumi tinha mobiliado toda a casa. Era uma casa de dois andares, três quartos sendo duas suítes, a sala era no primeiro andar, era uma sala moderna. Paredes brancas, o sofá era em formato “L”, de madeira, e as almofadas grandes eram brancas e as pequenas verdes água. E algumas poltronas em volta. Decorada com muitas plantas, o que deixava a casa com um lindo aspecto.
A cozinha era mais simples. Toda branca, com os aparelhos metálicos, com um balcão branco e algumas cadeiras pretas em volta. O que dava cor aquela cozinha eram os lustres vermelhos que deixavam a área mais moderna.
O meu quarto era a minha cara. Não gostava de rosa, então, Izumi optou por verde e azul claro. As paredes era o que parecia um cinza bem claro, a cama era meio casal com o acolchoado verde e azul, e uns quadros na parede em cima da cama. Uma escrivaninha branca com alguns objetos para enfeitar.
O quarto da Izumi era mais adulto. E era o maior dos três quartos. As paredes eram brancas e algumas partes bege. A cama enorme era branca e bem moderna. O acolchoado branco. E um criado-mudo de cada lado. As luzes deixavam o lugar muito aconchegante.
Os terceiro quarto, era mais simples. Tinha apenas a cama branca de casal com detalhes azuis e um criado-mudo de cada lado da cama.
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Depois de arrumarmos tudo, fomos conhecer a torre Eiffel.
Quando chegamos havia muita gente, eu e Izumi ficamos sentadas em um banco de um parque lindo. Tinha sol mas não estava muito quente. Estava perfeito.
Tinha um grupo de garotos e garotas jogando vôlei perto de nós. Izumi levanta e me pergunta.
- você quer comer alguma coisa?
- Ah! Quero uma agua só. – respondi.
- Ok. – ela disse e logo depois saiu.
Fiquei uns minutos no silêncio quando do nada sou atingida por uma bolada na cabeça.
- AHHHH! Que droga. – disse com raiva.
- Excusez-moi, ce fut un accident!– O garoto que me atingiu disse com um perfeito Frances.
Esses franceses.
Ele parecia envergonhado mas sorriu amigavelmente.
Ele era mais alto que eu, pele muito clara. Estava de regata preta, seus cabelos pretos, olhos ônix, corpo atlético na medida certa. Se eu não estivesse com raiva teria percebido o quão lindo ele era.
- não foi nada. – respondi em inglês, enquanto passava a mão aonde à bola havia batido.
- Je vais revenir au jeu, excusez-moi! – ele gritou não percebendo que eu não falava Frances.
Não dei bola, depois de um tempo Izumi voltou com minha água. Bebi e fomos para casa ao entardecer.
Izumi –
Tive que trancar a faculdade de Gastronomia por um tempo, até conseguir a guarda de Sakura e tudo se resolver. Faltava apenas o ultimo semestre e o TCC.
Meu Buffet estava uma correria. Contratei alguns funcionários para montar o Buffet Phoenix.
Meu Buffet estava funcionando há uma semana, Nós nos mudamos a quase um mês.
O prazo do juiz estava acabando, eu teria que me casar.
Tenho uma entrega hoje em uma empresa. São 200 canapés. É uma reunião, e tenho que entregar ás 17h00min.
Ás 16h40min sai do Buffet para fazer a entrega. É um prédio moderno no centro de Paris.
A entrega deve ser feita no 8° andar e o elevador esta em manutenção. Subi correndo.
Quando estava no 6° andar esbarrei em alguém. E uma das caixas dos canapés cai no chão.
- Ah! excusez-moi. – O homem disse com a voz grave em Francês. E que Frances maravilhoso.
Um homem muito sexy. Que aparentava ter uns 30 anos. Ele tem os cabelos pretos e longos, olhos onix e a pele muito pálida. É mais alto que eu, e tem os ombros largos e corpo atlético do tipo que vai à academia toda a semana. Dono de um lindo sorriso. Estava vestindo um terno que parecia feito sob medida e muito caro.
- Não! Droga. – disse em inglês, juntando a caixa.
- estragou? – o homem respondeu em inglês com um sotaque que o deixou mais sexy.
Provavelmente achou que eu era uma turista.
- graças a deus não. – disse aliviada.
- essa é a entrega do 8° andar? – o homem pergunta.
- Sim. Como sabe? – disse.
- Eu estou na reunião desse andar. – ele disse. – o elevador parou de funcionar, então eu iria ao primeiro andar pra ver o que tinha acontecido.
- Parece que deu um curto. Esta em manutenção. – disse.
- Hm. Eu posso te ajudar até lá em cima. – ele disse. – vou ter que subir mesmo.
- Oh. Tudo bem. Obrigada. – disse.
- Que grosseria a minha, Itachi Uchiha, Prazer senhorita...?– ele pergunta educadamente deixando mais do sotaque aparecer e estende a mão para um cumprimento.
- Izumi Haruno. Muito Prazer. – respondi estendendo a mão. Ele puxou e a beijou delicadamente. Parece que saiu daqueles livros do sec XVIII.
- O prazer é todo meu. – ele disse sorrindo serenamente.
Ele me ajudou com as caixas até o 8° andar. Depois que completei minha entrega me despedi e o agradeci. Movida por um turbilhão de sentimentos, naquele momento pensei que Itachi seria o homem com quem me casaria. Seus olhos encantadores e seu sorriso envolvente invadiram a minha alma como brisa de verão soprando ferozmente contra o mar, perdi um pouco do meu bom senso e de minha sanidade por me encantar por um homem repentinamente.
Senti- me voando, mas, tive de aterrissar.
Ah esses franceses...
Suspirei com os pensamentos.
Fui embora e quando cheguei em casa Sakura estava no computador. Fiquei pensando sobre aquele homem maravilhoso, por quem me encantei. Itachi Uchiha. Apesar de seu lindo sorriso, e seu jeito educado e gentil de ser, não me deixarei levar.
Esses tipos de homens nunca querem apenas uma mulher, eles acreditam que, por serem lindos, podem ficar com várias. No momento quero apenas me focar no meu trabalho.
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Alguns dias passaram e decidi almoçar em um restaurante com uma colega de trabalho, Marie Valares. Quando chegamos ao restaurante que não era refinado, mas diziam que era o melhor lugar pelas redondezas. O restaurante era de comida Italiana, minha preferida. Comi um espaguete digno de ser realmente chamado de Italiano.
Quando estávamos quase indo embora observo um homem de terno caríssimo entrando no estabelecimento. Era ele. Itachi Uchiha estava a alguns metros a minha frente, ele estava acompanhado com um garoto que devia ter seus 17 anos.
Ele veio na minha direção e eu me levantei para cumprimenta-lo.
- Sr.Uchiha – disse com formalidade.
- Que surpresa agradável Izumi! E por favor, para você é apenas Itachi. – ele disse com um sorriso encantador.
- O que faz aqui? – perguntei me arrependendo pela pergunta. O que se faz em um restaurante?
- Comida Italiana é a minha preferida. A propósito, este é Sasuke, Meu irmão mais novo. – ele disse e então eu reparei mais no garoto ao eu lado.
- Irmão? – perguntei.
- Sim, mas eu cuido dele desde seus 9 anos. – ele disse.
- Prazer Sasuke! Me chamo Izumi Haruno. – disse sorrindo.
Ele assentiu com um olhar sério.
- Prazer. – falou um pouco seco.
Itachi pediu desculpas com o olhar.
- Então... gostariam de se juntar a mim? –perguntei ignorando seu irmão.
- Que curioso. Izumi. Pois quando entrei pude jurar que a senhorita estava indo embora. – ele disse com humor na frase.
-Ainda tenho uns vinte minutos para um drink. – disse simpática.
- Eu adoraria. – ele disse com um sorriso de criança nos lábios. – Je Séjournez de mauvaise humeur? – ele perguntou olhando severaente para o irmão mais novo.
<>-Je vais vous laisser seul avec votre passion. – ele disse com um sorriso sacana nos lábios enquanto acenava se despedindo de mim e dava meia volta saindo do estabelecimento.
Os dois era muito parecidos, apenas a idade era o que aparentava mais.
Itachi tinha um ar de homem maduro e responsável. Ao mesmo tempo amável e simpático. Enquanto Sasuke tinha um olhar sério e egocêntrico. Parecia um legítimo aborrecente.
Nem todos os franceses são romanticos e envolventes...
Nós Sentamos e eu pedi um drink de absinto. Digamos que sou forte para bebidas.
- Quantos anos você tem? – Perguntei.
Ele pareceu curioso e juntou as sobrancelhas sorrindo de canto.
- 30 anos e você senhorita Haruno? – perguntou simpático com um sotaque que o deixava incrívelmente sexy.
Oh esses franceses.
- Vinte e três. Senhor Uchiha. – falei provocando.
Ele olhou com o rosto magoado e sorriu depois.
- Então Itachi Uchiha, é japonês? – perguntei curiosa.
Ele riu serenamente.
- Ia perguntar a mesma coisa pra você... Sim nasci no Japão, mas me mudei pra cá faz 13 anos. E você senhorita Haruno? – perguntou curioso.
- Hmm, eu sou do Japão, nos mudamos para cá depois que meus pais morreram... – falei triste.
Nós conversamos e Itachi me contou que seus pais vieram a falecer há oito anos, desde então ele toma conta de seu Irmão. Foi um acidente de carro em que seus pais faleceram. Contei que havia perdido meus pais há três meses. Ele ficou comovido, então eu contei sobre a minha luta pela guarda de minha irmã.
Quando percebi os vinte minutos haviam passado.
- Nossa, passou rápido. – disse.
- Hm. Deveríamos continuar nossa conversa. – ele disse com um pouco de sotaque.
- claro! Eu adoraria. – sorri amigavelmente.
- está livre sexta à noite? – ele disse simpático.
- Sexta? Creio que sim!
Nos despedimos e trocamos numero de telefone. Depois voltei ao trabalho.
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A semana passou normal, correria no Buffet e eu e Itachi conversávamos por mensagem e ele se ofereceu para mostrar alguns pontos turísticos de paris. E eu aceitei é claro. Seria ótimo conhecer um pouco mais da cidade. E não apenas a torre Eiffel.
Descobri muitas coisas a seu respeito.
Era dono de uma Empresa multibilionária. UB Uchiha Bâtiments.
Que era do mesmo ramo que a empresa dos meus pais. Era uma construtora de nome. Muito famosa na Europa.
Enquanto a empresa dos meus pais eram provedores de uma bela arquitetura hoteleira. E também tinham vários hotéis em lugares belíssimos na frança.
Chegou Sexta feira e ele me levaria para um passeio noturno.
“Leve um casaco, pode ficar com frio”
Lembro-me de suas palavras antes de começar a me arrumar.
Ele me buscaria as 20h00min. Teria 1h e meia para me arrumar.
Fiz uma maquiagem básica, apenas os olhos mais pretos e a boca nude.
Vesti uma saia godê vermelha que era justa na cintura e solta até os joelhos. Uma blusa preta toda rendada. Usei meia calça para não sentir frio nas pernas. Um salto preto scarpin e um sobretudo preto, Lindíssimo.
Eu não gosto de me gabar, mas estava podendo.
Olhei as horas, faltava 20 min.
Esperei na sala enquanto suportava os comentários de Sakura.
- Só não mate ele hoje. – ela disse rindo.
Neguei com a cabeça tentando manter a paciência.
Escuto a campainha tocar e percebo que são exatamente 20h 00min. Em ponto.
Ele deve ser muito controlador.
Corri até a porta e a abri.
Ele me olhou dos pés a cabeça com um sorriso de satisfação nos lábios.
- Boa noite Mlle. Haruno... – falou sedutor.
Sorri de canto.
- Boa noite Senhor Uchiha. Vamos? – disse.
Ele assentiu e deu o braço para descer as escadas até a rua.
Espantei-me ao ver uma Ferrari Spyder Black parada em frente ao portão. Então lembrei-me dele dizer que era dono de uma empresa multibilionária.
Ele abriu a porta do carona e eu entrei. Observei-o dar a volta no carro e entrar no banco do motorista.
A verdade seja dita.
Paris à noite é a imagem mais linda que se poderia ver na vida.
Ele dirigia por um lugar que eu não conhecia.
- Sou obrigado a dizer que está magnífica Izumi. – ele disse sincero.
- Você também Itachi. – falei sorrindo simpática.
Passamos por um portão dourado e ele estacionou em um beco logo depois.
- Primeira parada. – Ele disse empolgado.
Nos esgueiramos por um beco e comecei a sentir um receio de continuar.
Vai que ele me sequestra e me vende para o tráfico de mulheres?
Quando vejo uma porta velha e de madeira.
Ele abre-a com uma chave de ouro muito bonita e dá passagem para eu entrar.
Um enorme corredor que parecia mais um túnel que mal podia se ver o fim.
Seguimos em silencio e mordi a língua quando ia perguntar onde estávamos.
Quando chegamos ao final do túnel e subimos algumas escadas saímos por uma porta pequena que tinha uma cortina na frente, quando tirei a cortina eu vi. Um quarto magnificamente lindo.
Perfeito, parecia da realeza. Parecia que eu estava de volta ao século XVIII.
Como fomos parar ali?
- Itachi? Isso é magnífico! Como você pôde entrar aqui? Não é proibido? – perguntei chocada.
Ele riu de canto.
- Você disse que queria ver os lugares mais lindos de paris. Só estou atendendo seu desejo. – ele disse sorrindo.
- Mas... e se alguém nos pegar? Nós não podemos entrar aqui! – falei com receio.
Ele negou com a cabeça e puxou-me pelo braço até a porta do quarto que provavelmente iria para um corredor.
Abriu a porta e eu estava certa. Era um corredor imenso com muitas outras portas
Seguiu andando mais devagar pelo corredor.
- Bem vinda ao palácio de Versalhes. – ele disse e eu fiquei mais chocada.
Palácio de Versalhes? Meu deus eu estou no palácio de Versalhes.
Fiquei muda. Não conseguia dizer nada.
- Alguns quartos possuem um túnel para quando o palácio era invadido séculos atrás. Foi por onde entramos. – falou calmamente. – não se preocupe, poucas pessoas possuem autorização para entrar aqui. Só quem possui a chave.
Assenti começando a entender.
- Quando disse que queria ver os lugares mais belos de paris. Nunca imaginei que meus olhos veriam algo assim. É fora do comum. – falei espantada olhando por toda a beleza dos corredores.
Chegamos em um salão imensamente grande e me vi apaixonada novamente pela realeza. Aquela época foi cheia de beleza.
Andamos por mais algumas salas igualmente belas. E então ele achou melhor irmos embora.
Saímos pelo mesmo lugar que entramos. E voltamos para o carro.
- Só não tenho palavras para agradecer. – falei tímida. – realmente foi o lugar mais lindo que já vi em toda minha vida.
Ele sorriu simpático.
- Disponha. Nossos passeios não acabam aqui. – falou sorrindo enquanto abria a porta do carro para eu entrar.
Ele arrancou o carro e saímos daquele beco escuro.
- O que acha de irmos a um restaurante? Conheço alguns muito bons. – ele perguntou e eu assenti.
Ele estacionou em um lugar no subterrâneo. E pegamos um elevador que demorou uns 10 minutos para abrir as portas.
Estávamos em um terraço.
Uma musica de violino invadia o lugar e deixava típico da frança.
Sentamos em uma mesa que dava uma vista maravilhosa para Torre Eiffel à noite. Cheia de luzes.
Ele escolheu o vinho e cada um pediu o prato de entrada.
Depois de muita conversa gostosa e apaixonante. Percebi que estava caindo em tentação.
O que esses franceses tem? É fora do comum. É como se soubessem exatamente o que dizer e fazer para conquistar alguém.
A companhia de Itachi era maravilhosa. E em momento algum ele forçou algo ou uma situação.
Foi meu amigo e sempre demonstrou preocupação com meu bem estar.
Jantamos completamente felizes. Rindo como amigos e nos divertindo com nossas historias de vida.
Então quando já estavam quase fechando, Itachi me levou para casa e nos despedimos.
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Alguns dias passaram e minha amizade com ele só aumentava. Infelizmente meu trabalho no Buffet estava muito corrido e ainda não tinha achado todos os funcionários ideais para trabalharem comigo. Então eu tinha que fazer a maior parte do serviço.
Mas ele entendeu perfeitamente e nunca me pressionou para sairmos de novo.
De vez em quando almoçamos juntos mas só quando tenho tempo para almoçar.
Uma noite consegui sair mais cedo do trabalho e o convidei para tomarmos uns drinks.
Chegando lá Itachi já estava sentado e pedia dois drinks. Até conhecia meus gostos.
Não havia contado que eu teria que me casar para ganhar a guarda de Sakura. Então, quando contei foi um choque.
- Serio? Mas isso é gravíssimo. – ele disse preocupado.
- é. Mas eu estou dando um jeito.
- Dando um jeito? Não me parece nada fácil de dar um jeito, mas, de qualquer forma, tomara que você consiga. – ele disse amigável.
- eu conseguirei. – suspirei e mudei de assunto. – e Sasuke? Pensei que ele viria junto com você.
- Não. Ele não pode beber então preferiu ficar em casa. – ele disse entortando o rosto.
- Ele parece ter sofrido muito com a perda dos pais né? – perguntei.
- Ah sim, não foi fácil pra ele mesmo. Ficou um pouco mais fechado e tenho bastante dificuldade para convencê-lo de sair de casa. – ele disse pensativo.
- Hmm que pena. Espero que um dia melhore. – falei triste.
- Eu também. Ele sofreu mais por que era muito apegado a eles. Eu já não tinha uma boa relação fazia alguns anos, e me arrependo disso.
- como assim?
- eu estudei aqui na frança, ganhei bolsa com 17 anos e eles não aceitaram muito. Eu sempre quis voar com as próprias asas, admito que não foi fácil no inicio, mas não me arrependo. Desde o início sempre fui apegado ao Sasuke, afinal fui oito anos casado e não tive filho. Agora Sasuke é tudo pra mim. É só o que sobrou. – ele disse e quando terminou me deu vontade de abraçá-lo. Ao mesmo tempo aquela frase ecoava na minha cabeça ‘Fui oito anos casado’.
Depois de tantas conversas e ainda não sabia de todos os seus segredos.
-Você foi casado? – Perguntei por impulso. Não queria ser indiscreta, mas a curiosidade era maior do que eu.
-Fui sim. Eu me casei muito jovem. Estava apaixonado. – respondeu e tomou num gole só todo seu drink.
- Se casou com quantos anos?
- Com 18. Já faz quatro anos que estamos separados. Acho que foi muito melhor assim.
-Por que se separaram?
- Nos casamos por impulso, eu estava estudando e ela era francesa. Começou uma crise quando Sasuke veio morar conosco. Ela detestava crianças e tinha ciúmes dele. Obviamente que eu suportei o quanto pude, mas, entre os dois, escolhi meu irmão.
Como alguém poderia perder tudo e ficar tão disposto?
O que eu estou falando?
Eu perdi toda a minha família. Meus avós morreram e eu tinha 12 anos. E agora Sakura é tudo o que me sobrou.
- Nossa! Isso é horrível. – disse triste.
- é eu sei! Mas a vida segue. – ele disse tentando mudar de assunto.
- Você subiu na vida não é? De um estudante para um dono de uma empresa de nome – disse espantada.
- É, não foi fácil, mas com esforço e competência as coisas dão certo. – ele disse e eu concordei. - Como está cuidando do Buffet? – ele perguntou.
- Na verdade, eu não te contei mais herdei dos meus pais a empresa deles. “HR accueil confort”. – disse séria tentando não rir de deu espanto.
- HR accueil confort? Aqui da França? – ele disse com os olhos arregalados.
- Sim.
- E como ficou a empresa? Digo, depois que seus pais... – ele perguntou sem jeito.
- o Vice-presidente é um grande amigo de meu pai. Ele disse que cuidaria da empresa e nós ganharíamos 70% do lucro. – disse séria.
- Hm. E você não pretende cuidar da empresa mais tarde, digo você não veio para cá por esse motivo?
- Não, vou cuidar do meu Buffet, é o que eu sempre quis. – disse. – Me mudei pra ficar mais perto de tudo é claro, às vezes eu vou até lá visitar e ver como vão às coisas. Até para manter uma imagem. – disse calmamente.
-Você é mesmo uma mulher muito corajosa. – Disse ele me olhando com aqueles olhos ônix.
Até me deixava sem graça quando ele me olhava. Era um olhar forte demais.
Conversamos por um bom tempo. E depois fomos embora. Como um homem como ele, tão bom e simpático teria passado por tanta coisa ruim na vida? Qual a justificativa? Definitivamente, ele não merecia tudo aquilo que havia acontecido com ele.
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Ficamos alguns dias nos tornando mais e mais amigos. E acabei por me esquecer de “arrumar um marido”. Estava desesperada, eu e Itachi não tocávamos no assunto da guarda. Então decidi falar para Itachi que tinha dias para achar um marido de mentira.
Marcamos um dia e ele apareceu em minha casa para nós conversarmos. Estava tudo bem até que eu contei.
- Como assim? – ele disse incrédulo.
- eu não sei o que fazer. Pensei em contratar alguém, mas eles vão ficar vigiando, e não seria natural um casal morar em casas separadas. E eu não iria colocar alguém que eu não conheço dentro da minha casa. – disse.
- Eu...- ele não sabia o que dizer.
- Eu vou voltar e pedir mais tempo para o juiz. – disse decidida.
-Mais tempo? Você sabe que isso é quase impossível. Juízes não estão nem aí pro seu problema. Pra eles a sua situação é só mais um bloco de papel na mesa dele que ele precisa se livrar. – ele disse me olhando seriamente.
-Nossa, obrigada pela sinceridade. Agora sim eu estou bem mais calma. – Falei sarcástica e com desespero.
-Eu acho que posso resolver isso. Pelo menos de forma paliativa, temporária.
- E vai fazer o que? – perguntei.
-eu me caso com você. Nós nos conhecemos bem e você sabe que eu não sou um psicopata. – ele disse. – depois de algum tempo nós nos separamos silenciosamente, e fica tudo bem.
- Você se casaria comigo? – perguntei. Sem acreditar na sorte que eu tinha e ao mesmo tempo sem acreditar que não tinha pensado nisso antes.
- Claro! Você é minha amiga, não deve passar por isso sozinha. A não ser que você não queira. Posso ser um bom marido mesmo que seja só de mentirinha. – Disse ele sorrindo sabendo que tinha resolvido meu problema. – é bem normal pessoas se casarem com turistas para conseguir vistos e tudo mais. No seu caso é bem mais sério.
- Oh Itachi! Obrigada! – disse quase chorando.
Estava resolvido. Não perderia a guarda de Sakura. Estava tudo bem.
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