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História La Dame... - Une fille dans la société...


Escrita por: Valenttine

Notas do Autor


Enfim, o primeiro capítulo! Quero agradecer imensamente os favoritos e comentários que logo irei responder.
Gostaria de deixar citado minha gente, que a história, como citei, tem de inspiração o livro Senhora, do grandioso José de Alencar. Contudo, eu não irei aqui fazer uma cópia do livro, quero usar o enredo e transformar da minha forma. É possível que haja semelhanças, mas, longe disso, quero criar aqui um plagio do livro.

Enfim, boa leitura!

Capítulo 2 - Une fille dans la société...


O ano passa a cada pôr do sol
Meus olhos se enchem de simplicidade
A chamada do homem sem valor
A resposta para tudo
Eu me encontrei perdida em sua majestade. 

 

I

 

O recinto estava cheio, corpos bem trajados e altivos que perambulavam de um lado ao outro pelo salão.  Um tanto abafado, que pequenos leques postos nas mãos das damas que ali estavam faziam seu trabalho de refrescar os rostos e bustos com seu agitar. 
          Era uma bela noite estrelada, uma bela noite para o primeiro baile de verão.  Grandes nomes da sociedade Japonesa estão ali marcando presença, marcando seu território na hierarquia não democrática, o fato é que, quanto maior for o saldo bancário da sua conta, maior será o seu prestigio perante a sociedade. 

O burburinho que se estendeu pelo recinto levou todos os olhos curiosos para as grandes portas brancas do salão, compostas pelo simbolo da bandeira japonesa. 
            Uma bela dama adornada de um longo e negro vestido de mangas justas aos braços que se abriam pouco antes de chegar os pulsos, o decote um 'U' deixava exposto o belo busco pálido, ausente de imperfeições. O vestido tocava o chão que refletia os dourados bordados nas extremidades da mesma. Os fios longos de coloração duvidosa, seria ruivo ou rosado? Moldavam a face imponente porém  não menos bela da dama de lábios carmesim. Eram traços delicados, quase infantis, mas a postura e o olhar não deixavam dúvidas da bela mulher que entrava em um andar felino, lento, predador.  Aos poucos a novidade se esvai pelos olhares admirados e invejosos.  Alguns até mesmo, que outrora pensavam ser apenas uma invenção das línguas afobadas, oras, as histórias que circulavam sobre a dama de cabelos rosados eram no mínimo, duvidosas.  De qualquer forma, em nenhuma delas é possível descordar de que, sendo ela quem for, ou vindo de onde vem, ali, agora, além de bela, era a mulher mais rica da sociedade japonesa. E, para temor e espanto de muitos homens, não era desposada, e como seria, se vossa dama havia, pelas noticias, chegado a pouco no seu  auge dos 18 anos.  O que entrava nos pensamentos de quase todos ali presentes, seria, quem teria a sorte de desposa-la. Entre novos e até mesmo velhos, os olhos afobados e  indiscretos estavam atentos a qualquer brecha que nela houvesse para embarcar em uma conversa, no mínimo produtiva o suficiente em que, se a sorte o agracia-se, levaria um gordo e farto dote e de brinde, uma bela mulher. 

A bela dama que, já havia acomodado-se na confortável mesa, reservada com seu sobrenome, Haruno Sakura, e, sem sombra de dúvida o nome fazia jus a mulher que o leva. Por outro lado, Haruno, era um sobrenome não temido, mas que gerava certo desconforto em todos ali.  Logo ao lado, a senhora de vestido menos chamativo senta-se ao lado da moça, atenta a qualquer necessidade de sua protegida. Como uma boa mãe, todavia, a senhora lhe auxilia como uma boa dama de companhia. 

A noite arrastou-se lenta, o burburinho deu lugar a curiosidade, que deu lugar ao pagiar.   E, naquela noite, a dama perdeu as contas de quantas vezes jogou seus sorrisos pretensiosos e irônicos a cavalheiros inconvenientes. Era fato, a bela mulher vinda do além, não sabe a quem, tem uma graça até mesmo em sua cara mais desgostosa. Era daqui ou de lá, não sabiam o que pensar, muitos não sabiam como falar, mas o que todos naquele entediante baile sabiam é que ela vinha para ficar. 

II

 

Conforme mais a claridade do sol da manhã entra belas frestas da longa cortina rendada entre as portas da sacada aos pés de uma formosa cerejeira, o crepúsculo do quarto ia esvaindo-se mais.  O corpo delicado repousado em uma grande cama de casal, e brancas cobertas quentes, apesar de verão, repousa em suas pernas.  As suas duas esmeraldas estavam abertas, porém perdidas em um mundo unicamente seu, a face relaxada despida de qualquer máscara que ocultasse a verdadeira menina coberta pelas cores  da maquiagem e vestidos fumegantes.  Naquele instante, qualquer ser que a visse, diria ser penas uma menina de doces olhos e feições infantis, uma boneca viva de porcelana. A luz do dia embeleza ainda mais a doce criança, que a muito já teve que crescer.  Sem os olhos ríspidos e sorrisos irônicos, ali, era apenas o que ela sempre um dia integralmente foi. Apenas Sakura, sem marcas, sem dores, sem dotes ou nome. 

_ Bom dia menina! Vejo que acordaste indisposta, visto que, ainda, logo tu, mantêm-se deitada a tal hora. Diz a mulher de voz suave como o canto de um boa mãe. Ela entra no quarto, com tamanha intimidade, afasta as cortinas da sacada abrindo-a, deixando que a luz espante o crepúsculo do quarto, agora iluminado em seu total. 

_ Também, esses baile são tão cansativos e malevolentes a tal hora da noite até mesmo para uma senhora, quem dirá uma menina. Conclui a senhora, que traçava uma mecha dos cabelos loiros de volta para atrás de sua orelha esquerda. Era uma dama no mínimo curiosa, não parece uma empregada, e muitos diriam que ela é o mais longe, uma tia, o que de fato, seria. 

_ Tsunade, poderia me responder algo com a maior da sua sinceridade? Perguntou Sakura, depois de um longos minutos em um momento taciturno. 

- Oras! E duvida da minha maior qualidade, menina? Sinceridade está entre tudo o que mais prezo e, por que ei de não ter a sinceridade para contigo,menina? Responde com sinceridade porém risonha à menina-mulher a sua frente. 

Sakura levanta-se de sua cama, fazendo o caminho até o sol que entrava dentro do quarto pela sacada. Seus cabelos caem como um manto rosa pelos ombros e o sol veste partes do corpo pálido em que a roupa de dormir não chega a tocar. De costas à velha mulher, joa a primeira pergunta que circula em sua mente. 

_ Tsunade, acha que sou bonita? Lançou a pergunta no ar, seu olhar carregava a interrogação de outras que ainda viriam, e sua testa franzida, a preocupação das resposta que lhe seriam dadas. 

_ Mas que pergunta essa, menina? Como não haveria de ser bonita? Delicada como um botão de rosa, graciosa como a neve, tens a beleza única que realça ainda mais com suas belas esmeraldas! És linda menina! Respondeu-lhe a senhora, não entendo por que da pergunta. 

_ Tsunade, lembra-se de Ino? Voltou a questionar.

_ A moça que esteve retraída com seus pais, na noite de ontem?

_ De fato. Disse Sakura. 

_ O que há? Questionou a senhora. 

_ Ela é mais bonita  que eu, Tsunade? Seja sincera. Voltou a questionar a senhora sobre mais uma de suas perguntas. 

- Oras! Sakura! Não consigo entender os motivos das suas perguntas sem razão! Disse rindo.  _  Não há  comparação entre você e aquela menina... És tão bela, tão educada, voz tão suave quanto aquela música que tanto gosta de nome estrangeiro que não recordo-me. 

_ Claire de Lune... Cita Sakura. 

_ Exato menina, voz tão suave quanto a música que gosta de tocar ao piano.  Veja, não observou ontem os diplomatas e senhores da sociedade, enfeitiçados por vossa graça, estonteou não só os olhos dos homens como das mulheres indiscretas que ali mesmo estavam a invejar-te, menina.  És tão bela quanto um por do sol, sem mais. Conclui a senhora meio indignada meio risonha com a questão. 

_ Nada reservada, dona Tsunade, disse com graça e gotas de irônia na voz. Contudo, Tsu, não é de escárnio que, cito a ti. Boa parte da minha graça é revestida do dourado ouro, cobre os olhos e amacia as feições, do ouro que cintila como o raio de sol no prisma do diamante, o belo do feio, o feio do belo, pago com uma quantidade de moedas em ouro maciço. Diz Sakura.

_ Coerente, menina, de fato o dinheiro torna o feio belo e assim por conseguinte. Todavia, como disse outrora, tua graça é única minha menina. Conclui a senhora dando fim a conversa. 

_ Alias. Volta a falar. _ Há, um senhor a querer lhe falar, provavelmente veio para te cortejar e, estará no  andar de baixo a lhe esperar, é belo penso eu, veras se é de seu agrado o jovem de cabelos cor de fogo. 

_ Cor de fogo? Questiona Sakura curiosa enquanto vestia um quimono azul claro em seu corpo.  _ E qual seria a graça do mesmo? Questiona novamente. 

_ Ao que me recordo menina, chama-se Gaara de alguma coisa, não lembro bem. Mas vamos, o que pensa? diz. 

_ Penso Tsunade, que estou faminta e necessitada do meu desjejum, contudo, diga a esse senhor voltar outro dia, ou, se tiver a paciência, espere-me terminar meus afazeres. Agora ou mais tarde, tenho planos a este senhor e, de qualquer forma, falarei com o mesmo na hora que eu desejar.  Finaliza a menina, e curiosa é a forma como seu olhar transforma-se em algo altivo, rude, da forma como em doce e suave se transforma.  Sakura é uma mulher de múltiplas faces, escolhas, Sakura é uma flor espinhosa, mas bela, tentadora, desvendá-la é um mistério, um desafio do qual é preciso coragem para embarcar.  

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então?

Qualquer possível erro de digitação desculpo-me com vocês. Suas opiniões serão bem vindas. Prometo aumentar os capítulos conforme aumente meu tempo para fazê-los e, desculpe a promessa quebrada, não pude postar antes.


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