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História LA Devotee - DIRTy.


Escrita por: bunnykook

Notas do Autor


OBRIGADA FÊ POR ME INSPIRAR COM AQUELE VIDEO LINDO DE JUNGKOOK TATUADOR

SÉRIO, sem palavras, eu só gostei muito de escrever isso, e espero que vocês gostem também, porque já me deu vontade de fazer segunda parte, então digam aí se gostaram ou não

AINDA ESTOU APRENDENDO a fazer lemon, bjs

ps: Perdão por tantas menções à Panic! At the Disco HAUSHAUSHU
pss: Jungkook cheio de tatuagem é um pitel
psss: Jimin tatuado é um pitel
pssss: OBRIGADA REBECA @PENETREI LINDA MEU AMOR PELA CAPA LINDA MARAVILHOSA CHEIROSA OBRIGADA OBRIGADAAAAAAAAAA <3

Capítulo 1 - DIRTy.


Fanfic / Fanfiction LA Devotee - DIRTy.

 

Já havia se passado uma semana inteira desde a última vez que o vi. Eu fiquei atolado no trabalho, papéis e mais papéis em cima da minha mesa para assinar, reuniões para atender, e jantar de negócios que determinariam o futuro da minha empresa. Em resumo, eu estava ganhando dinheiro. Dinheiro pra caralho. E talvez, em uma outra época, isso seria o bastante pra mim, poder tirar qualquer nota de dentro da carteira e conseguir o que eu quisesse. Era divertido, certo? Ter dinheiro é divertido pra caralho.

Mas sabem o que não é nem um pouco divertido? Ter seu próprio pai como sócio. Eu já tenho 27 anos e aquele homem ainda acha que manda na minha vida, sempre dando opiniões no meu jeito de tratar de negócios, reclamando que eu sou ''suave'' demais, e que poderíamos conseguir acordos melhores, ganhar mais dinheiro. De que porras ele está falando? Ele poderia limpar a bunda com o dinheiro que tem na carteira e seria o mesmo que nada pra ele.

E foi no meio de uma das infinitas discussões que estávamos tendo, quatro meses atrás, que eu conheci ele, o mesmo rostinho que estampava a revista largada em meu colo.

Jeon Jeongguk, 24 anos, dono do LA Devotee, um dos estúdios de tatuagem mais famosos de Seul. E, nas horas vagas, um cretininho maldito.

 

Meu pai e eu havíamos tido uma reunião com alguns possíveis sócios da China, e no final eu ganhei um sermão sobre estar usando pulseiras, que mal apareciam por baixo de meu paletó, então resolvi lhe dar algo para que realmente tivesse alguma razão na hora de falar. Eu não estava pensando direito na hora, normalmente eu sou um homem calmo, mas eu estava tomado pela raiva, e não hesitei em estacionar na frente do LA Devotee e exigir que fosse atendido o mais rápido possível. Talvez tentando me impor, depois de parecer uma criança sendo repreendida pelo pai, ou talvez pra que minha coragem não sumisse. 

Duas de suas funcionárias tentaram me acalmar, pedindo pra que eu me sentasse, e eu, é claro, tentei as subornar com dinheiro, o que não deu muito certo, já que alguns minutos depois uma porta foi aberta e Jeongguk saiu de lá, com a máscara cirúrgica puxada pra baixo da boca, e uma expressão um tanto quanto puta na cara.

— Ei, é melhor você se acalmar e esperar aí, ou eu vou ter que te pedir pra se retirar, o que seria uma pena, porque você é gostoso pra caralho e eu adoraria tatuar qualquer coisa nos seus músculos. — Ele disse simplesmente, voltando a entrar na porta de onde havia saído, e eu fiquei parado ali feito um idiota.

— Quem é aquele? — Perguntei pra uma das meninas, que suspirou, parecendo ainda irritada comigo.

— É o Jeongguk, ele é o dono do lugar, e eu acho melhor você fazer o que ele disse, semana passada um cara veio aqui e ficou reclamando dos preços, então o Jeon correu atrás dele com uma agulha por uns dois metros dizendo que faria uma tatuagem de graça de um pau na testa dele.

Depois disso eu resolvi esperar. Mas talvez minha impaciência houvesse chamado sua atenção, pois ainda tinham peoas esperando, e eu fui o próximo a entrar depois que uma moça saiu. Eu quase esperei que Jeongguk fosse me passar pra um de seus funcionários, mas quando entrei na salinha, ele estava ali me esperando uma expressão nada divertida no rosto.

— Uh, me desculpe sobre... Aquilo. — Eu falei sem graça, afinal, não costumava fazer aquele tipo de coisa.

Ele continuou me encarando por alguns segundos, antes de abaixar a máscara novamente e soltar uma risada.

— Tudo bem, foi engraçado, é sempre engraçado ver gente pequena querendo parecer ameaçadora.

— Ei! — Reclamei, quem porra ele achava que era pra me chamar de pequeno? — Você sempre insulta seus clientes assim?

— Só os que eu sei que consigo irritar. — Ele deu de ombros, se virando para mexer em seus instrumentos de trabalho, e eu tirei esse tempo para finalmente analisá-lo melhor. Ele usava uma blusa preta, sem estampa, e uma calça jeans escura com alguns buracos no joelho e na coxa, seu braço esquerdo estava quase fechado de tatuagens, enquanto no direito havia algumas poucas, com referências de jogos e alguns símbolos de universo. Era claro que em suas pernas também haviam tatuagens, e eu não podia negar que estava curioso com aquela visível debaixo do rasgado em sua coxa. Ele também tinha alguns piercings, dois na orelha e uma argolinha no nariz. Me peguei pensando se talvez ele tivesse mais pelo corpo... 

— Vai ficar encarando o tempo todo? — Sua voz havia me tirado de meus pensamentos, e eu engoli a seco ao vê-lo me olhando novamente. Seus olhos eram tão lindos, e quando ele se virou para mim novamente, pude ver que do lado direito de seu pescoço também havia uma tatuagem, era uma rosa, linda, com traços finos, e ainda que não estivesse colorida, era como se sua própria pele fizesse o trabalho. Eu também podia ver que havia algo escrito abaixo dela, mas a camisa tampava. O ouvi suspirar e falar novamente: — O que você quer?

— Uh?

— O que você quer tatuar?

— Ah. — Eu soltei uma risada sem graça. — Eu não sei.

— Não sabe? — Ele bufou, rindo. — Ah, eu adoro esses. Estava fazendo um show lá fora e nem sabe o que quer.

— Hm, eu não pensei em ter uma tatuagem até, tipo, duas horas atrás. 

— Ótimo. — Jeongguk murmurou. — Vem cá, senta aqui.

Me sentei na cadeira especializada em frente à sua, e ele pegou um livro cheio de tatuagens, me entregando.

— Aqui tem algumas que podem te inspirar, mas se você quiser eu também posso desenhar pra você, só precisa me dar algo com o que começar.

Eu folheei o livro por algum tempo, mas nenhuma delas me interessava, então pensei na proposta de Jeongguk e nas pulseiras que eu estava usando, uma delas estava escrito WOLF. Lobo. Seria perfeito, certo?

— Eu quero um lobo. — Falei com confiança, e Jeongguk assentiu, pegando um papel e começando a desenhar. Enquanto isso começamos a conversar, ele perguntou o porquê de eu estar tão estressado, e eu o expliquei toda a situação com meu pai, disse que ele não era um homem ruim, só queria que eu fizesse sucesso, ele sempre fez questão de me colocar em primeiro lugar, acima dele mesmo em algumas ocasiões, mas expliquei que era um saco ser tratado como uma criança quando fazia algo que ele não aprovava. Percebi que havia sido tão fácil me abrir para Jeongguk, quase conversávamos como se nos conhecêssemos há um bom tempo.

— O que acha? — Ele falou ao terminar o desenho, o virando para mim. Era um desenho simples, só a face do lobo, mas os traços eram finos e perfeitos, e cores pretas e azuis saíam do lobo e se espalhavam.

— Perfeito. — Eu sorri. — Eu quero aqui. — Falei, mostrando meu antebraço direito.

— Infelizmente — Jeongguk começou, com um suspiro dramático. — Terei que pedi-lo para tirar o paletó, Sr. Park. — Ele havia pegado uma mania irritante de me chamar de Sr. depois que lhe contei o que fazia da vida, e como alguns dias queria perfurar meus ouvidos com as canetas toda vez que alguém me chama de Sr. Park. Mas, vindo dele, não incomodava nem um pouco.

Quando eu já estava com os braços desnudos, Jeongguk indagou:

— Por que  o lobo?

Dei de ombros.

— Não sei, acho que eu só quero algo que... Me faça parecer mais independente.

Jeongguk riu com aquilo, falando por baixo da máscara:

— Sabe, Jimin, lobos são meus animais preferidos, eu tenho uns três tatuados pelo meu corpo. E sabe o que me faz gostar tanto deles? O fato de que eles são leais à alcateia. O lobo é o principal símbolo da confiança e lealdade. Uma de minhas tatuagens vem com uma frase em conjunto que diz ''Quando a neve cai e os ventos brancos sopram, o lobo solitário morre, mas a matilha sobrevive''. Eu sou um grande fã de Game of Thrones. — Ele riu. — Mas não leve isso como um sinal de que não deve tatuar o lobo. Além disso, ele também representa a força e a habilidade de sobreviver mesmo em ambientes hostis. Eu acho que combina com você.

Eu pensei naquilo por alguns segundos, e Jeongguk estava certo. Apesar de tudo, meu pai fazia parte da alcateia também. É, o lobo era perfeito.

Enquanto ele meu antebraço - e ria das minhas caretas de dor - conversamos mais um pouco. Ele disse que seu maior sonho era abrir um estúdio em Los Angeles, então eu lhe contei que teria que vijiar para LA dali há alguns meses, e ele pareceu animado, disse que queria muito visitar a cidade um dia. Eu sabia que não faltava dinheiro pra ele, então perguntei por que ele simplesmente não ia.

— Eu tenho que manter tudo na direção correta por aqui. Diferente de você, meus pais não gostaram nem um pouco da ideia de eu abrir um estúdio de tatuagens, e meu pai só está esperando o primeiro tropeço pra que ele possa dizer que me avisou. — Jeongguk riu.

Quando ele finalmente acabou a tatuagem, meu antebraço ardia como o inferno, e em alguns momentos Jeongguk brincava dizendo que tinha lencinhos se eu precisasse limpar as lágrimas. Mas, no final, a dor valeu a pena, a tatuagem havia ficado linda, e eu tive vontade de andar sem camisa pelo resto da minha vida só pra expor aquele pedaço de arte. Então, depois de elogiá-la por um bom tempo, era hora de ir embora, ainda que eu quisesse ficar ali por mais tempo, conversar mais um pouco, pedir seu número, esse tipo de coisa.

— Então... Obrigado pela tatuagem. — Eu falei. — E por não me expulsar do seu estúdio.

— Tudo bem. — Ele sorriu. — O prazer foi meu de poder apalpar seus músculos como desculpa de que eu precisava me apoiar melhor.

Demorou uma semana pra que eu voltasse em seu estúdio novamente, e depois disso eu virei um cliente constante. A maioria das vezes eu deixava que Jeongguk tatuasse o que quisesse em mim, e ele era gentil o bastante pra fazer desenhos pequenos. Eu realmente não me importava com o que ficava permanente em minha pele, eu só gostava de sentir seus toques e ouvir como havia sido seu dia. 

Em uma dessas sessões ele tatuou uma pata de lobo no lado direito do meu peito, e aquela virou provavelmente minha tatuagem preferida. Ele me disse que tinha uma pata tatuada também, mas não disse onde.

Eu não sei exatamente quando nos perdemos um no outro, mas em um momento estava indo lá para ser tatuado e aprender mais sobre Jeongguk, e no outro ele estava em meu colo, praticamente devorando minha boca. Eu não reclamei, é claro, eu queria aquilo há semanas. E então, daí em diante, ele continuou a me tatuar, mas as sessões eram muito mais gostosas.

 

Fui acordado de meus pensamentos por meu celular vibrando no bolso, e suspirei, já sabendo quem era.

De: Wolfgukkie

Ei carinha de emoji, você vem hoje?

Passei as mãos pelo cabelo, nervoso. Eu ainda tinha trabalho à fazer, e tinha que terminar tudo antes de semana que vem, já que iria viajar. Ainda que fosse sexta feira, eu sabia que não podia ir. Não devia ir. Mas eu estava com tanta saudade do seu cheiro.

Para: Wolfgukkie

Vou ver o que posso fazer.

Respondi, eu sabia que aquilo ia o deixar irritado, Jeongguk estava acostumado que eu fizesse tudo o que ele pedia. Lanchinhos no trabalho, chocolate, café, cuecas novas da Calvin Klein. 

Alguns minutos depois tudo o que ele havia mandado era um emoji de uma carinha enfezada. Eu sabia que ele ficaria de cara fechada quando eu aparecesse lá, por isso passei numa floricultura antes, a moça me perguntou se eu iria levar o de sempre; Um buquê de flores negras. Mas eu disse que não, disse que daquela vez queria rosas claras.

Eu não sabia exatamente o que Jeongguk significava pra mim. Nós nunca tivemos um encontro de verdade, aqueles onde os casais seguram as mãos e vão pra restaurantes caros, ou dividem pipoca no cinema, e esse tipo de coisa. Não, nós passávamos a maior parte do tempo no estúdio, ou na casa dele, e às vezes na minha casa. Era mais simples, eu o buscava no trabalho e íamos para uma das duas casas, e então a gente atrasava até desmaiar de cansaço. Mas também tinha aquelas noites. As noites em que apenas conversávamos, contando do nosso dia, cozinhando juntos, e assistindo filmes idiotas, fazendo comentários mais idiotas ainda.

Assim que estacionei em frente ao LA Devotee, vi o carro preto de Jeongguk em frente ao meu e franzi o cenho. Ele não costumava ir de carro para o trabalho, já que seu condomínio era perto do estúdio, e quando estava com preguiça demais, pegava um uber, ou forçava um de seus funcionários a lhe dar uma carona. Jeongguk odiava dirigir, isso foi uma das coisas que eu aprendi.

Assim que entrei no estúdio, Yerin, a garota que fica no balcão, sorriu. Ela era a única que sabia sobre eu e Jeongguk, mas não porque contamos, e sim porque um dia ela viu uma cena que, provavelmente, ficará marcada em sua mente pra sempre. Eu tentei me desculpar por ela ter visto o chefe me pagando um boquete, mas ele só deu de ombros, dizendo que era apaixonada por yaoi. Eu não faço ideia até hoje do que ela quis dizer com isso, mas também não importa.

— Ei, Rin. — A cumprimentei. — Jeongguk está ocupado?

— Hoje o dia foi corrido. — A menina comentou. — Mas é o último cliente dele. 

— Certo, vou esperar então. — Murmurei, me sentando em uma das cadeiras.

Fiquei mexendo no celular enquanto isso, jogando um dos joguinhos que Jeongguk havia baixado pra mim, mesmo contra minha vontade. Tinha que admitir que eram viciantes. Mas então um toque familiar me chamou atenção, havia começado a tocar Nicotine do Panic! At the Disco no estúdio, e aí eu tive a confirmação de que Jeongguk sabia que eu estava ali. Depois que descobrimos que uma das principais coisas que tínhamos em comum era o amor por Panic!, passávamos horas jogados na minha cama ouvindo os álbuns da banda. Fiz uma nota mental de agradecer Jeongguk por fazer a espera mais agradável.

Depois de uns vinte minutos, eu ainda estava jogando aquela porra de joguinho, e embora fosse viciante, também era um saco, principalmente porque eu estava preso naquela droga de fase há um bom tempo já.

— Espero que não esteja vendo pornô. — Ouvi a voz de Jeongguk, e rapidamente levantei  o olhar, o vendo de braços cruzados encostado na porta que dava para sua sala.

— É essa merda de jogo que você baixou. — Resmunguei, me levantando e indo em sua direção. — Não consigo passar essa fase.

— Se você me beijar eu posso passar pra você. — Ele disse com um sorrisinho de canto, e eu ri.

— Eu vou te encher de beijo, tá? Eu prometo, mas preciso te dar uma coisa antes. — Falei, voltando até as cadeiras e pegando o buquê que havia deixado ali. — Aqui, um pedido de desculpa por não ter aparecido a semana inteira.

Ele encarou o buquê por alguns segundos, antes de me puxar pela mão para dentro da sala, e fechar a porta.

— Sem flores negras hoje? — Ele perguntou, cheirando o buquê, e o colocando em cima de um balcão.
Dei de ombros.

— Eu sempre achei que você fosse gostar mais delas, mas eu lembrei da que você tem aí no pescoço e pensei bom, por que não? Combina mais com você.

— Ei, eu sou bem punk. — Jeongguk fez um biquinho, cruzando os braços.

— Tenho certeza que sim. — Ri, o puxando pela cintura e depositando um beijo suave em seus lábios.

— Senti saudade da sua carinha de emoji. — Jeon murmurou contra minha boca, encostando a testa na minha.

— Também senti sua falta. — Sorri, alisando seu rosto. Depositei meu dedo acima de seu lábio inferior, fazendo uma pequena carícia ali. — Mas sabe o que foi o pior?

— Hm?

— Ter que esperar a semana inteira pra cobrar o que você me deve.

Ele pareceu confuso por alguns segundos, até que riu baixinho.

— Você não vai mesmo deixar isso passar, não é?

— E perder você me fazendo um strip? Claro que não.

Nós tínhamos feito uma aposta uma semana atrás, ele me disse que conseguia tatuar a parte de trás da própria coxa, já que sempre se vangloriava por ser super flexível. Sim, eu concordei que ele é super flexível, mas não tinha o menor jeito dele conseguir fazer aquilo. Apostamos que ele iria me fazer um strip se perdesse, e se ganhasse eu teria que passar o dia sem cueca, inclusive no trabalho.

Bem, devo dizer que foi bastante gratificante vê-lo segurar a própria perna, enquanto tentava alcançar a parte de trás da coxa. Ele precisou ficar só de cueca, e apoiou o pé na mesinha. Ele estava indo bem nas primeiras letras de DIRTY, mas quando chegou no Y sua perna já estava doendo de ficar naquela posição, e ele acabou a soltando, fazendo com que saísse tremido a letra.

— Eu não vejo qual a graça nisso, você já me viu pelado o bastante. — Ele suspirou, indo até seu notebook que estava ali perto.

— Nunca vai ser o bastante. — Dei de ombros, sentando naquela cadeira que já era bastante conhecida por mim.  — Além do mais, eu ad—

Mas fui interrompido por Jeongguk, que havia colocado para tocar Don't Threaten Me With a Good Time do Panic!, e logo depois minha boca havia sido atacada pela sua. 

O que ele costumava fazer sempre. 

Minhas mãos não perderam tempo em ir para sua cintura, apertando cada pedacinho de carne que eu conseguia alcançar. Queria puxá-lo para meu colo, mas quando ia o fazer, ele se afastou, mordendo meu lábio inferior enquanto ria.

— Não encosta. — Ele murmurou. — Se você encostar a gente para a brincadeirinha.

Eu estava prestes a resmungar algo, mas ele me beijou novamente, e por instinto minhas mãos se levantaram em direção ao seu corpo, mas então eu lembrei de suas palavras e precisei as conter. Maldito Jeongguk. Ele se afastou novamente, dessa vez para tirar a própria camisa, lentamente e se movendo ao som da música. Depois se sentou em meu colo, me empurrando de forma bruta para que minhas costas encostassem na cadeira. Ainda com a camisa em mãos, a envolveu por trás de meu pescoço, dessa forma me puxando para um beijo languido, dominado por ele mesmo. Eu não tinha nada o que fazer, adorava quando ele tomava o controle daquela forma, e tinha certeza que meu amiguinho ali embaixo adorava tanto quanto eu.

— Você sentiu falta? — Jeongguk sussurrou em meu ouvido. — Sentiu falta de mim? Do meu corpo?

— Sim... — Murmurei, virando meu rosto para tentar beijá-lo novamente, mas ele se afastou, rindo.

— Consigo ver. — Falou, se levantando novamente e jogando a blusa pro lado. 

Jeongguk levou as mãos até a calça, a abrindo lentamente, e então a deslizando pelas pernas, a chutando para algum canto. Lambi os lábios com aquilo, seu corpo era perfeito, cheio de curvas e todo desenhado. Literalmente. Jeongguk passeou com os dedos pelo próprio corpo, antes de levar uma das mãos até a boca, mordendo os dedos e virando o rosto de lado como se estivesse com vergonha. Mas eu sabia que era fingimento. Eu sabia porque ele não tinha vergonha alguma na hora de me mandar fotos da própria bunda quando eu estava no meio de uma reunião.

— Ah, bebê... — Resmunguei, apertando meus próprios joelhos numa tentativa de reprimir minha vontade de voar em seu corpinho gostoso. — Vai, tira o resto.

— O que? Isso aqui? — Ele sorriu, levando os dedos até a barra da cueca preta que usava, ameaçando tirá-la. — Eu deveria mesmo? — Perguntou, ficando de costas pra mim e a abaixando ligeiramente, me deixando ver parte de sua bunda. Eu podia ver metade da tatuagem que Jeongguk tinha ali, e aquilo só fez meu pênis pulsar mais. Se lembram da pata de lobo que ele também tinha? Então, era bem na bunda. Imaginem minha felicidade ao achá-la.

— Você realmente deveria. — Murmurei, me apalpando por cima da calça.

— O que eu ganho com isso? — Ele perguntou.

— Eu vou lamber seu cuzinho até você gozar, eu prometo.

Aquilo pareceu ser o bastante pra Jeongguk, já que logo ele havia tirado a cueca, e jogado a mesma em minha direção. Eu a peguei rapidamente, fungando ali e sentindo seu cheirinho viciante. Jeongguk voltou a se sentar em meu colo, pegando a cueca de minhas mãos e a passando por meu rosto, e eu a mordi quando passou por minha boca, fazendo-o rir.

— Dirty. — Ele murmurou. Sujo. É, era exatamente como ele me fazia sentir. — Eu preciso te ver também agora.

Não perdi tempo em tirar minha camisa social, e assim que Jeongguk deitou os olhos sobre minhas tatuagens, ele sorriu, as alisando e apertando meus ombros e braços.

— Eu gosto delas. — Falei sobre as tatuagens, fazendo Jeon me olhar. — São marcas permanentes sua.

Jeon mordeu o lábio com aquilo, sorrindo, e eu pude jurar que, pela primeira vez em todos esses meses, eu o havia visto corar. Segurei em sua nuca, dessa vez sendo o que mordia seu lábio inferior, e passei minha língua por seus lábios logo em seguida.

— Eu realmente senti sua falta pra caralho. — Falei, encostando minha testa em seu ombro.

— Eu também... — Jeon murmurou, descendo as mãos por meu peitoral, arranhando levemente minha barriga, e parando no cós da minha calça. — Eu queria te chupar. — Ele gemeu. — Queria te colocar todinho na minha boca e te chupar até engasgar. Mas você me fez esperar uma semana, Ji, uma semana inteirinha sem te tocar ou ter seu pau dentro de mim. Sabe o quanto isso me matou?

— Eu sei, bebê, eu sei. — Suspirei, subindo com mordidas por sua clávicula e pescoço, desferindo beijos na tatuagem embaixo da rosa em seu pescoço, que dizia: Kiss here. Beije aqui. — Eu morri sem você também.

— É, eu posso ter uma ideia. — Ele falou. — Você está tão duro pra mim. — Uma de suas mãos havia entrado em minha cueca, e já puxado meu pênis para fora, o deixando a sua mercê. — O lubrificante está muito longe, eu não quero pegá-lo. — Jeongguk suspirou, escorregando de meu colo até estar de joelhos em minha frente, e não demorou muito à começar a me chupar, me levando até o fundo de sua garganta com maestria. Ele babava todo meu pênis, o deixando completamente molhado, e sua cabeça se movia de forma cada vez mais rápida, me fazendo agradecer pela música estar alta e meus gemidos serem abafados.

— Porra, Gukk... — Suspirei, apertando seus fios entre meus dedos.

— Acho que já está bom. — Ele falou, se levantando e limpando o canto da boca. Se posicionou em meu colo novamente, e eu ri de seu desespero.

— Você realmente achou que eu viria despreparado? — Perguntei, enfiando a mão no bolso da calça e tirando dali um pacotinho de lubrificante. — Eu nunca te machucaria. — Murmurei, abrindo o pacote e espalhando o conteúdo em meus dedos. Não demorei à afundar dois de meus dedos em seu ânus, ele continuava apertadinho, mesmo depois de todos os videos que havia me mandado durante a semana onde usava de seus próprios dedos para conseguir algum prazer.

— Não precisa, eu fiz isso hoje de manhã. — Falou manhoso, e com a outra mão dei um tapa em sua bunda,  o fazendo gritar em surpresa.

— Shhh, eu gosto de preparar você. — Falei, lambendo seu mamilo esquerdo onde havia um piercing.

Depois de encaixar quatro de meus dedos em seu interior, achei que finalmente era o bastante. Além de que, eu provavelmente não conseguiria ficar mais tempo sem me enterrar em Jeongguk.

Assim que retirei meus digitos, Jeongguk não perdeu tempo em segurar meu pênis, o bombeando algumas vezes, antes de pincelá-lo em sua entrada, rebolando levemente. Não demorou muito para que encaixasse a cabecinha de meu pau em cuzinho, descendo devagar, o engolindo pedacinho por pedacinho.

— Ahn... Caralho, Ji...

— Cavalga, bebê. — Pedi, dando uma chupada mais forte em seu mamilo. — Pula no pau do Ji, vai, é todinho seu.

Aquele era o incentivo que Jeongguk precisava, aparentemente, pois segundos depois ele já estava se movendo intensamente, se elevando sobre meu pau até que este quase saísse de seu interior, e então sentava com tudo novamente. Suas mãos não sabiam onde se aquietarem em meu corpo, desciam por meu torso, e se espalhavam em meus braços, deixando arranhões e apertos. Seus dentes se afundavam em meu ombro, deixando marcas em meu pescoço também.

Desci minhas mãos até sua bunda, uma delas cobrindo a tatuagem de pata de lobo em sua nádega direita. Ele sentiu o que eu estava fazendo, pois logo levou uma das próprias mãos até a tatuagem de pata de lobo em meu peito, me fazendo rir e esfregar a ponta de meu nariz contra sua bochecha.

— Meu lobo. — Ele murmurou, fazendo um barulhinho fofo como um uivo, e depois um pequeno grrr.

— Senti saudade, tanta saudade. — Eu falava contra seus lábios, enquanto nos beijávamos languidamente, dando pequenos selinhos, e às vezes apenas entrelaçando as línguas. — Lobinho.

Meu pênis acertava exatamente em sua próstata, o fazendo contrair a entrada cada vez mais, e consequentemente me apertando, o que me fazia urrar de prazer. Sabia que não iríamos durar muito, mas depois dali eu leveria Jeongguk para casa e o iria foder mais um pouco, até que desmaiássemos de exaustão.

— Eu vou gozar. — Ele gemeu. — Merda, Ji, mais um pouquinho, vai, eu vou gozar...

— Tudo bem, bebê, vem, vem pra mim. — Murmurei, o segurando contra mim. Uma de minhas mãos ainda apertando sua nádega, enquanto a outra alisava suas costas, subindo até seus cabelos e os puxando levemente. 

Jeongguk gozou gritando meu nome, e me apertou tanto que segundos depois eu me derramei em seu interior, enterrando meu rosto em seu pescoço e gemendo longo ali.

Levou um tempo até que nos recuperássemos, o corpo de Jeon estava completamente mole acima do meu, e eu precisei segurar em seu rosto, dando pequenos tapinhas para trazê-lo de volta do êxtase.

— Vamos, Gukkie, levanta. — Pedi, e ele fez um biquinho.

— Não, eu quero gozar mais. — Resmungou. — Quero te fazer gozar mais.

— Eu sei, eu também. — Ri de sua escolha de palavras. — Mas vamos pra casa primeiro, sim? Não podemos ficar aqui a noite toda.

— Tá bem. — Suspirou, e eu o ajudei a se levantar. — Vamos pra minha, é mais perto. — Falou, procurando as roupas pelo chão para vesti-las.

— Claro. — Sorri, abotoando minha camisa.

— Ei, vamos fazer uma aposta? — Ele disse de repente. — Eu aposto que consigo tatuar um coração em você depois de gozar.

Eu não ia cair naquele papinho, eu sabia como suas mãos tremiam depois de gozar, então apenas sorri de canto.

— Hoje não, talvez na próxima.

Ele revirou os olhos, bufando.

— Ei, por que seu carro está lá fora? — Perguntei, me lembrando de que havia ficado curioso com aquilo.

— Ah, é. Eu ia te procurar depois que saísse do estúdio. Ia passar no seu trabalho ou na sua casa pra te ver. — Falou simplista, dando de ombros e vendo algo no celular.

Foi naquele momento que eu percebi. Jeongguk mal pegava o carro para ir visitar os pais que morava longe, mas iria atrás de mim depois de uma semana sem me ver. Eu realmente não sabia o que eu e Jeongguk éramos, mas eu sabia o que queria que fôssemos.

— Ei, lembra da minha viagem semana que vem? — Perguntei, e ele assentiu, ainda sem tirar os olhos do celular. — Uh, eu... Meio que pedi ao meu assistente que conseguisse uma passagem pra você também.

Eu já tinha as passagens fazia um mês, mas não sabia como contar à ele, talvez por medo dele me achar um louco, ou rejeitar aquele pedido. Espera, eu não havia pedido realmente, aquilo havia soado mais como uma ordem.

— Quer dizer, se você quiser ir, claro. Eu... Estou te chamando pra vir comigo.

Agora ele me encarava, com os lábios entreabertos e os olhos ligeiramente arregalados.

— Ir com você... Pra LA?

— Uh, é. Você sempre quis conhecer a cidade e, bem, nós vamos ficar sem nos ver por duas semanas. Se uma semana já me deixou louco, imagine duas!

O único som presente no ambiente era Golden Days do Panic! que tocava ao fundo, e vi Jeongguk se movendo até o notebook para desligá-lo, fazendo com que só houvesse o silêncio então.

— Olha, você pode dizer não se quiser e—

— Tudo bem. — Ele murmurou. — Eu acho que posso deixar o Tae cuidando de tudo por algum tempo.

— Oh. Então você vem comigo?

— É, eu vou. — Ele sorriu, o que me fez sorrir também. Não pude deixar de abraçá-lo, querendo enchê-lo de beijos novamente, mas então eu me lembrei:

— Ah, eu tinha outra coisa pra falar também.

— Aigo, você está falando demais hoje. — Jeongguk resmungou. — Eu só quero ir pra casa e transar mais com você. — Falou, mordendo minha bochecha.

— Eu sei, eu sei. — Ri. — Mas eu preciso fazer isso, tá? A gente já está, uh, nisso, há alguns meses, e nunca tivemos um encontro de verdade. Então eu pensei que, sei lá, a gente podia sair pra jantar algum dia, né? Eu conheço um restaurante legal e—

Eu não esperei que Jeongguk fosse gargalhar com aquilo, então cruzei os braços, o encarando de forma séria, esperando que aquilo fosse o fazer parar de rir.

— Me desculpa. — Ele riu baixinho. — É que eu acho engraçado pessoas pequenas sendo românticas.

— Aish, garoto. — Bufei, passando as mãos pelo cabelo. — Vamos logo sair daqui.

— Ei, calma. — Ele suspirou, sorrindo. — Eu quero ir num encontro com você também. Nós podemos até andar de mãos dadas, ok? — Falou, apertando minhas bochechas, e eu revirei os olhos.

— Você é tão irritante.

— Eu sei. — Ele sorriu. — Agora vamos, acho que alguém prometeu me lamber até eu gozar.

Nós com certeza iríamos compensar aquela semana longe um do outro.
 


Notas Finais


E aí, aprovaram o lemon? aushauhsu espero que tenham gostado, me deixem saber nos comentários por favor!!! <3


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