POV Lena
Eu estava feliz depois daquela dose maravilhosa de sexo que Slash me deu. Tinha sido a primeira e eu queria que fosse a primeira de muitas. No entanto, Slash estava com a cara de maior culpado da face da terra. Ele estacionou o carro na garagem e entrou em casa sem nem conseguir olhar direito pra Meegan e London, que estavam nos esperando na sala.
- Gatinhooo! – falei pulando no colo de London e o enchendo de beijos – não via a hora de te ver! – eu juro que não sentia remorso, London estava feliz comigo, então na minha cabeça estava tudo certo
- Amor?! Não vai me dar nenhum beijinho? – Meegan questionou quando viu que Slash já subia as escadas
- Só vou tomar um banho rápido, desço já – ele respondeu sem olhar pra trás
- Seu pai está muito estranho, London, ele não era assim – Meegan comentou
- Estranho mesmo, viu – London concordou – você sabe se aconteceu algum problema nos ensaios, Lena?
- Deve ser só ansiedade, não acham? – falei tentando convencê-los
- É, pode ser – Meegan deu de ombros
Não demorou muito e o jantar foi servido, Slash foi o último a sentar à mesa, ele parecia estar distante. A Meegan tentava puxar qualquer tipo de conversa, mas ele era seco e objetivo nas respostas. Aquilo estava começando a me irritar, tudo bem que ele se sentisse culpado, mas precisava dar na cara daquele jeito? Eu não entendia tanto drama, o pior é que Slash me olhava como se eu fosse culpada de algo, mas ele também quis. Eu não fiz nada sozinha, além do mais, se ele fosse menos dramático e assumisse logo o desejo por mim, tudo seria mais simples. Slash saiu da mesa antes de todos nós e passou o resto da semana daquele jeito, fugindo o tempo todo de mim. Fiquei tão irritada que decidi mudar de estratégia. Queria bancar o dramático? Problema dele, mas eu não correria mais atrás dele e ainda não perderia uma oportunidade de provocar ciúmes. Sim, eu já tinha percebido que ele sentia ciúmes de mim e estava disposta a usar isso contra ele.
POV Slash
Já tinham se passado dias de ensaios, as datas dos shows se aproximavam e todos estavam bem ansiosos, estávamos nos dando bem pra caramba. Axl parecia sempre muito bem humorado, conversava bastante, interagia com todo mundo, eu realmente nunca tinha o visto tão bem. A única coisa que me incomodava era que Lena continuava por perto. É bem verdade que depois que transamos ela parou de me cercar por todos os lados como fazia antes - eu estava até estranhando -, mas só a presença constante dela era suficiente pra me desequilibrar.
Certo dia, num dos intervalos dos ensaios, avistei Lena conversando de maneira muito íntima com um dos técnicos. Aquilo me deu nos nervos e, num impulso, puxei a garota pelo braço levando-a para outro corredor.
- Wow! O que você pensa que está fazendo? Me larga! – ela reclamou tentando se soltar
- Eu que te pergunto, mocinha: o que você acha que é isso aqui, einh? – falei a pressionando contra a parede – está pensando que é parque de diversões que você ficar se esfregando por aí? – questionei irritado
Uiiii isso é ciúme, Mr Hudson? – ela disse com sarcasmo
Claro que não, só que infelizmente você é namorada do meu filho e acho que ele não gostaria de ver uma cena dessas – fui enfático
- Não sabia que você estava trabalhando de espião do London nas horas vagas – ela disse soltando uma risada alta e depois passou a mão no meu rosto
- Menina – bufei empurrando a mão dela – vamos parar com esses joguinhos
- Eu gostava mais do “minha menina” – ela respondeu fazendo com que eu recordasse das palavras ditas quando transamos
- Olha aqui garota, acho bom você esquecer o que aconteceu e exijo que você respeite meu filho – falei segurando seu braço com força
- Eu já falei que você não exige nada de mim fora da cama, não foi? – ela falou desafiadoramente
- Não me provoca! – bufei com os dentes cerrados
- Por quê? Tem medo de acabar caindo em tentação de novo? – falou aproximando a boca do meu ouvido. Nesse instante, comecei a me excitar. Não sei que feitiço aquela garota colocou em mim que, mesmo com raiva, eu ficava totalmente fora do eixo quando ela se aproximava ou falava algo tentador.
- Não mude o foco da conversa – falei tentando me afastar
- O foco da conversa depende do ponto de vista – ela voltou a se aproximar, colocou os braços em volta do meu pescoço e colou o corpo no meu. Era o suficiente pra me fazer arder de desejo
- Chega, Lena! – falei ofegante, quase rendido, enquanto ela passava os lábios no meu pescoço
- Eu paro se você confessar que essa cena que você fez não tem nada a ver com o London, afinal, é você quem está com ciúmes de mim
- Para de ser ridícula – falei empurrando seu corpo – Chega, Lena, chega! – gritei com ela e dei alguns passos pra trás
- Algum problema aqui? – ouvi a voz de Axl se aproximando. Essa não! Fiquei totalmente atordoado. O que será que ele tinha escutado? Eu precisava inventar uma boa desculpa que justificasse aquela cena – alguém pode me responder? – Axl insistiu nos olhando
- Fala pra ele, tio – a demônia me olhou com o sorriso mais cínico do mundo, eu queria matá-la. Realmente, eu não tinha o que dizer, percebendo isso, Lena tomou a frente.
- Bom, ele está com vergonha de falar – ela começou indo em direção a Axl – ele ficou irado porque eu e a Grace encontramos e surrupiamos os doces que ele escondeu hoje, pronto falei – ela disse balançando as mãos e Axl me olhou erguendo as sobrancelhas.
- Puta que pariu, Slash, você continua nessa vida – ele abriu uma risada e Lena o acompanhou. Não sei se Axl acreditou, pois era muito esperto, mas eu não podia desmentir ou acabaria me entregando de vez.
- Já que não posso mais beber, o jeito é substituir o vício – respondi sem humor
- Mas não se nega doces pras meninas, Slash – Axl continuava rindo
- Ah, vão se fuder – falei deixando os dois sozinhos
Depois disso, fui pra casa antes que Lena aparecesse novamente e me pedisse uma carona. Assim que entrei na sala, London veio falar comigo:
- E aí, velho – falou batendo em minha mão – estava mesmo te esperando
- Se for pra perguntar pela Lena, ela não veio comigo – respondi seco
- Wow que simpatia – ele balançou a cabeça – mas não é isso, só quero saber se posso usar a casa pra fazer uma house party, é pra comemorar a turnê da banda da Grace
- Por mim tudo bem, mas você falou com a Meegan? – perguntei
- Tudo certo, ela vai passar a noite na casa da mãe dela – ele respondeu
- Ah, entendi, mas eu vou ficar por aqui, portanto, juízo, viu – avisei antes de subir as escadas
POV Lena
Aquele dia tinha sido bem divertido, eu estava em êxtase e doida pra curtir a festa que havia combinado de fazer com Grace e London. Estava fumando um cigarro e esperando do lado de fora do estúdio quando Grace se aproximou com a galera da banda.
- E aê vadia, podemos ir? – ela perguntou me agarrando
- Sim, já falei com London e a house está liberada pra nós
- Uhuuulll – a loira gritou – é hoje que eu bebo até amanhã. Vamos nessa, galera! A gente se encontra lá ok? – Grace falou com o pessoal da banda que já entrava na van
- Sabe o que me deu vontade? – falei dando um trago profundo no cigarro – beber todo aquele estoque de bebidas do Slash, pra quê ele quer tanta bebidas de enfeite?
- Sua louca, você não sabe que ele não pode mais beber, tadinho – Grace falou tomando o cigarro da minha boca. Entramos no carro e fomos cantarolando por todo o caminho. Quando chegamos, London já estava nos esperando com alguns amigos
- Enfim chegaram – London disse vindo em nossa direção e me beijou
- Wow, please, estou aqui do lado, vocês podem parar com essa nojeira – Grace falou atrapalhando nosso beijo
- Falou a moça de princípios – London gargalhou
- Aqui os princípios – Grace mostrou o dedo do meio
- Quero só ver quem ela vai agarrar hoje na festa – falei empolgada
- Quem eu vou agarrar? – ela falou sorrindo – meu bem, eu já agarrarei meu Jack Daniels e só solto quando estiver desmaiada – rimos alto e fomos pra área externa, onde a festa já tinha começado. O lugar lotou rápido e parece que todo mundo estava sedento por álcool e pegação. A noite avançou rápido e todos estavam dançando e bebendo muito. Grace já tinha virado quase uma garrafa de Jack e dançava como uma louca, a galera da banda fazia uma roda e disputava quem conseguia virar mais copos de uísque, outros amigos de Grace estavam na rodinha da maconha. Eu e London estávamos dançando, completamente alucinados, no meio do salão depois de virarmos juntos quase uma garrafa de vodka e fumado um bagulho enorme. Nós dois estávamos entregues ao momento e nos beijávamos enlouquecidamente, as mãos de London já percorriam com urgência todo meu corpo e eu podia sentir seu membro duro.
- Vamos sair daqui antes que eu te coma na frente de todo mundo – London falou ofegante beijando meu pescoço
- Eu não me importaria, mas já que você insiste – falei rodando em volta do corpo dele
- Sua maluca – London disse batendo na minha bunda e saímos em direção ao banheiro.
Beijávamo-nos sem cessar, London me empurrou pra dentro do banheiro – que essa hora já não cheirava bem, mas ignoramos. Transamos rápido e na tensão de que algum bêbado invadisse o banheiro, pois – aquela altura – os malucos já tinham quebrado a maçaneta e a porta não fechava mais. London tinha um fogo permanente, mas devo admitir que depois que transei com Slash eu não conseguia parar de pensar nele, nem mesmo quando London estava dentro de mim. Enquanto ele me estocava, eu – com a cabeça rodando de embriaguez – me perguntava se Slash estaria em casa ou teria saído com Meegan. Eu não tinha perguntado e nem procurado por ele, estava tentando me manter firme em não procura-lo mais, queria só ver até onde ele aguentaria. Quando London e eu terminamos de transar, baixei rapidamente a saia e o chamei de volta ao salão.
- Vamos lá – London respondeu fechando o zíper e agarrando minha cintura. Ao voltarmos, nos deparamos com uma cena um tanto quanto engraçada...
- Gatinho, eu tô viajando demais ou aquilo é a Grace tirando a roupa no balcão? –
perguntei
- Ihhhh é ela mesma – London gargalhou
- É isso aí garota! Tira tudo! – eu gritava e assobiava igual uma louca, também não estava no meu estado normal, logo ela parou de dançar e acenou pra mim segurando o microfone – Ladies and gentlemen! Apresento-lhes a backing vocal mais gostosa de todas… Lenaaa ! – ela falou estendendo o braço para que eu também subisse no balcão – e claro que subi! A galera gritava e aplaudia, enquanto eu e Grace fazíamos uma dança sensual. London não era possessivo, então não se importava que eu estivesse me divertindo daquela forma, afinal ele também já não estava sóbrio. Grace deitou no balcão sensualmente, enquanto eu pegava sal limão e tequila, despejei em sua barriga e depois lambi tudo. As pessoas gritavam enlouquecidas. Tirei minha blusa e começamos a rebolar, eu estava bem eufórica e, depois de quase tirarmos tudo, pulamos na “plateia” .
- Yeahh! – gritávamos, quando voltamos para o chão. Pegamos mais tequila e virávamos o litro na boca – Aí caralho! Não tô me sentindo bem! Está rodando tudo – Grace falou se apoiando em mim, que também não estava me equilibrando muito bem e, como era de se esperar, caímos no chão
- Porra! Minhas costas – reclamei sentindo uma pontinha de dor
- Hey , querem ajuda aí? – London veio rindo nos ajudar
- Eu acho que vou… - Grace tentou avisar, mas acabou vomitando antes
- É melhor você sair da festa antes que entre em coma alcoólico, Grace – London zombou
- Vai se fuder! – ela falou com a voz embargada apoiando-se a parede
Mais alguns vômitos e tombos depois, finalmente, consegui convencer Grace a deitar no meu quarto. Não foi nada fácil leva-la até lá , não sei como consegui porque também estava completamente alucinada. O mundo estava rodando, mas deu certo. Voltei pra festa e aquilo parecia Sodoma e Gomorra, uma putaria só rolando. Eu estava achando o máximo e rodei dançando mais um pouco, até que avistei London num canto com alguns amigos.
- Gatinho? Está tudo bem aí? – perguntei ao ver que alguém passava mal
- Pior que não, acho que vamos ter que levar esse cara aqui no hospital – ele disse coçando a cabeça
- Caramba, deu ruim assim? – perguntei
- Sei lá, a gente tá achando que é mais seguro levar logo – um amigo de London falou – não sei que porra ele usou, vai que é overdose
- Ok, melhor irem mesmo – confirmei – vai com cuidado e volta logo – falei enquanto eles colocavam o cara dentro do carro de London
- Relaxa, Lena, eu tô acostumado, qualquer problema na festa, chama meu pai
- O Slash não saiu com a Meegan? – perguntei surpresa
- Não, ele deve estar trancado no quarto, mas qualquer coisa, você bate lá – London disse me dando um selinho e saiu correndo
Caralho, Slash estava em casa! Eu quase gritei, quer dizer, eu gritei internamente, mas acho que não falei alto, pelo menos eu pensei que não. Óbvio que na minha cabeça de bêbada confusa e alucinada eu quis correr pra bater na porta dele. Era claro que eu faria isso, pensei e fui cambaleando até a sala, mas lembrei que tinha jurado a mim mesma não correr mais atrás dele. Ah, dane-se, pensei avançando as escadas. Uma pessoa bêbada não consegue seguir muito bem suas próprias regras. Quando cheguei – com muito esforço – ao último degrau, tomei mais um gole enorme na vodka que segurava. Estava pensando em qual desculpa esfarrapada eu usaria pra bater na porta dele quando vi o vulto de Slash vindo pelo corredor:
- Lena? – ele me olhou confuso – o que está fazendo aí no escuro?
- Estava tentando alcançar sua porta – falei rindo – poxa, você estava aí o tempo todo, podia ter descido pra festa e não me dado o trabalho de subir a porra dessas escadas
- Cadê o London? – ele perguntou sério ligando a luz que ficava ao lado
- Foi levar uns amigos pro hospital, ou seja, a área tá limpa e você pode fazer o que quiser comigo – falei abrindo os braços pra ele
- Deixa de ser louca, menina, eu já disse pra esquecer isso, não disse?
- Então tá – dei de ombros – já que meu namorado não está aqui, vou ali procurar com quem zuar mais um pouco – falei descendo as escadas provocantemente e vi Slash me acompanhar com os olhos. Eu estava bêbada, mas estava disposta a não ficar mais implorando por ele, não pra depois ele ficar fazendo aquela maldita cara de culpado que tanto me irritava. Voltei pra festa, mas vi que Slash não voltou pro quarto. Não demorou e o vi observando a festa pela janela da sala. Aproveitei pra provocar, eu sabia que ele agora estava ali apenas pra me vigiar. Avistei Bruce, um dos técnicos da banda de Grace e me aproximei dele dançando. Eu sabia que ele me olhava de forma interessada, portanto, ele abriu um sorriso grande quando cheguei perto e logo começou a dançar me segurando pela cintura. Estávamos dançando com o corpo colado um ao outro quando percebi que Slash agora estava bem perto de nós. Ele nos olhava quase cuspindo fogo pelos olhos, eu estava adorando. Como eu previa, Slash não se conteve por muito tempo e, quando viu Bruce encostar o rosto no meu, se aproximou bruscamente e me segurou pelo braço:
- Lena, vem aqui comigo!
- Agora? Não está vendo que estou ocupada? – falei me soltando e colocando os braços em volta de Bruce novamente
- Agora, Lena! – Slash gritou ao nosso lado e acho que assustou o garoto que imediatamente me soltou e se afastou dizendo que iria buscar bebidas
- Pra que essa estupidez toda, einh? – questionei Slash colocando as mãos na cintura – você assustou o pobre do garoto – soltei uma risada
- Você é muito cínica – ele disse com um ciúme que saltava aos olhos – passa pra dentro de casa agora, quero falar contigo
- Como é? Olha não fala assim comigo, você não é meu...
- Lena, agora! – ele me interrompeu e foi tão intransigente que eu não ousei discutir, apenas respirei fundo e segui pra sala. Eu estava contrariada, mas estava tão bêbada que apenas cruzei os braços e fiquei observando Slash fechar a porta
- E então Mr Slash, o que o senhor quer? – falei batendo o pé no chão
- Eu quero que você suba para o seu quarto enquanto eu vou acabar com essa festa, já passou dos limites isso aqui
- Ah é? Passou dos limites pra quem? Pra você? Pra mim não! – disse balançando os ombros
- Olha aqui garota, você está na minha casa e não vai fazer o que bem entender, eu já tinha avisado que não permitiria você se esfregando em outros caras pelas costas do meu filho e...
- Isso vale também pra quando esse cara for você? – provoquei e vi o rosto de Slash ferver como uma panela de pressão
- Sobe agora ou não respondo por mim – ele gritou e eu soltei uma risadinha, vi que Slash continuou sério e então comecei a subir lentamente as escadas. Ele ficou me observando, certamente imaginando que eu estava obedecendo. Quando cheguei ao último degrau, virei o rosto pra ele e falei:
- Pronto, tio, pode ir acabar com a festa, eu vou esperar você lá no seu quarto – falei piscando o olho e avancei rapidamente pelo corredor. Vi a expressão de Slash mudar, acho que ele não esperava por aquilo, e logo ele subiu correndo atrás de mim. Quando eu já tinha aberto a porta do quarto, ele se aproximou
- Pode para aí, não é pra entrar no meu quarto – ele disse agoniado.
- Acho que já entrei, Mr Slash – parei com a porta entreaberta e inclinei o corpo pra dentro. Ele avançou em minha direção e tentou puxar meu braço, mas me esquivei. Nesse instante, ouvimos a porta do outro quarto abrir num estrondo. Era Grace, ainda alcoolizada, tentando andar pelo corredor. No susto, Slash apenas me empurrou e fechou a porta do quarto me deixando lá dentro. Encostei o ouvido na porta e ouvi ele falando com Grace, ou melhor, tentando falar
- Grace, onde você está indo?
- Procurar a Lena – ela respondeu com a voz embargada – aquela vadia me deixou sozinha e voltou pra festa
- Acho melhor você voltar pro quarto e dormir, Grace, eu já vou descer pra mandar o pessoal embora, já chega de festa por hoje – ouvi Slash dizendo
- Mas eu ainda quero dançar – ela disse antes de derrubar algum objeto
- Perae,você está caindo – Slash disse e eu abri um pouco a porta pra ver o que estava acontecendo. A louca tinha derrubado um jarro do aparador que ficava perto da porta e agora Slash estava apoiando ela no ombro – anda, vou levar você pro quarto de novo e agora você não vai sair de lá, ok – ele dizia
Enquanto Slash tentava fazer Grace voltar pro quarto, eu aproveitei pra deitar na cama dele. Como era bom sentir o cheiro dele espalhado naqueles lençóis. Eu rolava de um lado pro outro naquela cama enorme desejando que ela fosse minha e o dono dela também. Você ainda vai ser todo meu, Slash, você ainda vai me amar – eu repetia passando a mão pelo travesseiro dele. No auge da minha embriaguez, tirei meu sapatos e fiquei em pé rodopiando em cima da cama enquanto virava o resto da garrafa de vodka na boca. Pensei que já ele voltaria e me tiraria dali, foi então que resolvi tirar a roupa e ficar só de calcinha, no mínimo, ele teria mais trabalho pra me colocar pra fora.
Pov Slash
Felizmente, parece que Grace não tinha me visto empurrar Lena pra dentro do meu quarto. Eu não queria que aquela maluca tivesse entrado lá, mas quando Grace apareceu no corredor, achei que era a melhor coisa a fazer e empurrei Lena pra dentro, fechando a porta em seguida. Grace estava muito embriagada e deu trabalho conseguir colocá-la na cama novamente, mas depois que ela deitou, não demorou cinco minutos e começou a roncar. Puxou ao pai mesmo, pensei dando uma risada de leve que logo se esvaiu quando lembrei que a louca da Lena estava ainda no meu quarto. Eu precisava tirar ela rapidamente de lá e depois precisava descer pra mandar pra casa aquele monte de filhos do capeta que continuavam fazendo festa no meu jardim.
Abri a porta decidido a tirar a menina a força, mas a visão que tive me deixou paralisado. A demônia estava em pé sobre a cama vestindo apenas uma calcinha branca. Seus longos cabelos cobriam parcialmente seus lindos seios e ela abriu lentamente os braços enquanto movimentava de leve os quadris. Eu não consegui fazer ou dizer nada, Lena parecia uma visão, uma pintura perfeita tirada de algum livro renascentista. Enquanto eu estava ali paralisado, ela com uma voz trêmula começou a cantarolar baixinho...
For you I was a flame
Love is a losing game
Five story fire as you came
Love is a losing game...
Love is a losing game...
Love is a losing game...
Lena repetia os últimos versos enquanto girava suavemente o corpo, me dando uma visão total de sua beleza. Aquela menina, definitivamente, podia ser meu fim. Eu me senti como nos tempos em que usava heroína, eu sabia que aquilo poderia me destruir, mas não conseguia viver sem aquela droga, eu precisava sempre ir atrás de mais um pouco. Lena, naquele momento, tinha o mesmo efeito, eu sabia que ela podia acabar com a minha vida, mas eu a desejava irracionalmente – cada célula do meu corpo pedia por ela. I'm lost!
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