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História La Guerre pour toi - Corpo livre, mente aprisionada


Escrita por: Elis_Giuliacci

Notas do Autor


Oi, amores! Como prometi é Regina quem narra o capítulo! rsrs

Queriam o reencontro das duas?! Nada melhor que no dia dos namorados, não é?!
Espero que gostem!!!

Boa leitura!

Capítulo 31 - Corpo livre, mente aprisionada


Minha cabeça estava pesada. Sensação que estive dormindo por dias. havia sonhado com Kristoff. Ele também me visitara durante o tempo que fiquei em delírio. Meus pais, Marie, Emma e agora o major viera por último dando-me algo para que eu morresse. Estaria morta?! Claro que não, Regina. Estava respirando e imagino que depois de mortos não precisamos mais disso. Ou precisamos? Confusa.

Deslizei os dedos por um tecido macio e cheiroso e também estava coberta. Eu ainda estava suja, podia sentir meu corpo desconfortável, mas não estava mais deitada no chão frio da cela de Montluc. Fui abrindo os olhos devagar. Ouvi som se talheres vindo de fora daquele quarto que não conseguia ver quase nada dele, estava bem escuro.

Senti dores nos braços. Minha garganta estava bem seca e um gosto amargo que eu não conseguia decifrar o que era. Onde estou? Quem trouxe-me para cá?! Talvez Kristoff não fosse imaginação, mas era tão difuso para ser real! Ele mencionou algo sobre Emma que não me lembrava. Queria muito lembrar...

"Eu não sou mais uma major!" O grito veio lá de fora e essa voz cheia de ira eu me lembrava muito bem. Emma! Então não fora nenhuma alucinação da minha mente doente.

"A irmã de Regina está em Saragoça." Como?! Zelena em Saragoça? Da última vez que tive notícias dela, aquela maluca estava nos Estados Unidos em conferência de relações internacionais. A voz u anunciou o paradeiro de minha meia-irmã era de Anna, sem dúvida, mas depois disso não ouvi mais nada por algum tempo.

Ora essa! Estavam planejando minha ida para a Espanha? Um país convenientemente neutro que apoiava Hitler. Era a última coisa que eu gostaria de fazer: atravessar a fronteira da França.

"Como é que é?" Emma estava nervosa e eu sorri quando ouvi a voz da minha major novamente "Regina tem uma irmã morando na Espanha?!" Sim, meu amor, era uma parte da minha vida que não deu tempo de contar à você. Talvez agora poderíamos ter mais tempo para dizer tanto que ficou por dizer.

Além das duas eu ouvia mais vozes, mas não conseguia distinguir a quem pertenciam, mas eram homens, isso eu tinha certeza. Senti a cabeça doer, fechei os olhos. Respirei fundo e, agora com os olhos acostumados à escuridão do quarto, poderia observar onde eu estava. Nada demais. Móveis antigos e uma fraca luz vinda da janela.

Tentei mover o corpo e as dores voltaram, então fiquei quieta. A porta abriu-se devagar e a luz de fora veio diretamente no meu rosto fazendo com que eu cobrisse o rosto com as mãos.

- Regina acordou.

Anna estava mais vivaz do que na última vez que coloquei os olhos nela. Aquela moça era um raio de luz sobre o nosso grupo e todas as vezes que estávamos desanimados ela conseguia mover o mundo para que ficássemos sempre unidos. Não era à toa que Henry derretia-se todo por ela. Por segundos pensei nele e onde estaria o meu menino.

Quando dei por mim um corpo sentou-se ao meu lado segurando minhas mãos.

Era Emma.

- Regina?!

- Oi, major. - fechei os olhos enquanto ela segurava meu rosto com todo o cuidado. beijou minha testa e puxou-me para perto dela. Instintivamente eu recusei aquele abraço e saí dali deitando-me novamente. Ela olhou-me com uma ponta de estranhamento, mas sorria. E que sorriso tão lindo ela tinha!

- Senti sua falta... - ela tentava manter-se firme, mas via suas lágrimas britarem nos cantos dos olhos. Era cruel eu não retribuir aquela reação, mas não conseguia. Eu olhava Emma e via Elsa na minha frente.

- Onde estamos? - olhei para o alto e Anna estava ao nosso lado na cama.

- Fora de Lyon, minha querida. - ela agachou-se - Daqui a pouco estará também fora da França.

- Como conseguiu descobrir Zelena em Saragoça? - era a única questão que mais deixava-me curiosa.

- Você ouviu a conversa? - indagou Emma ainda sorrindo.

- Parte dela... - continuava com olhos baixos e tentava aguçar meus ouvidos o máximo que podia para que aquele mal estar se dissipasse e eu conseguisse, enfim, encarar minha major. Não conseguia. - ... Eu estou zonza...

- Precisa de um banho e depois comer alguma coisa, Regina! - Anna e sua eletricidade eram imbatíveis, mas mesmo com toda aquela confusão mental eu sabia que estava certa. Precisava de um banho e meu estômago estava vazio.

Emma se levantou e tentou puxar o cobertor de cima de mim. Eu segurei a borda com as duas mãos e não olhei para ela, busquei apenas por Anna.

- Por favor, Anna. - a menina entendeu o que estava acontecendo e olhou para Emma.

- Emma, pode dizer lá fora que está tudo bem e depois você volta com o jantar... - ela estava completamente desconcertada, mas não forçou para que Emma ficasse no quarto conosco. A major não disse nenhuma palavra, deu as costas e deixou o quarto fechando a porta.

- Eu não consigo, Anna...

- Eu sei, querida. Ainda está em choque e tudo vai voltar ao normal... - equilibrei-me nela para levantar de vez da cama - ... Dê-se tempo, Regina. Vai ficar tudo bem! - os olhos de Anna faiscavam e detive-me neles por segundos.

- Onde Henry está? - aquela pergunta tirou o brilho do rosto da menina e meu coração engasgou na batida - Responda! - exigi que me dissesse, mas enquanto caminhávamos para o banheiro ela continuou a relatar o que estava acontecendo ou, pelo menos, um resumo bem rápido de tudo.

- Henry está escondido em Paris e não se preocupe com ele!... August está escondido em sua casa e Ruby ficou em nosso posto de Lyon...

- Anna! - exclamei - Estão todos separados?! - apoiei-me no encosto da cadeira e sentei-me para tirar aquelas roupas rasgadas e sujas. A moça ficou muda e suas bochechas coraram, ela não tinha resposta para mim. Eu me calei. Logo ela que não deixava que nenhum de nós esmorecesse, agora não tinha resposta para o paradeiro de alguns.

Anna encheu a banheira enquanto eu despia-me. Fiz devagar observando meus ferimentos. Estava magra, podia sentir puxando minha própria pele seca e suja. Passei as mãos pelos cabelos e quase não os reconheci, estavam emaranhados e grudentos. Quando retirei a última peça, a menina aguardava para que me ajudasse a entrar na banheira. Eu apenas balbuciei e não tive coragem de olhar Anna nos olhos. Estava envergonhada, cobrindo meu corpo com os braços da maneira que podia.

- Pode me dar licença, por favor?

- Claro! - ela sorriu um pouco envergonhada também, mas o certo era que compreendia exatamente o que estava acontecendo. Antes de sair ainda deu as últimas instruções virada de costas para mim - A toalha está perto da banheira e tudo o que você precisa está na mesinha ao lado... - saiu.

Senti a água quente tocar minha pele, mas não consegui olhar para meu corpo agora mais limpo do que antes. Senti uma agonia que foi tomando-me os nervos. Comecei a chorar e não parei até que apanhei o sabão e a esponja. Segurei as lágrimas e deitei-me mais um pouco. Eu não queria ver mais nada do que estava na minha frente, dessa forma, tomei aquele banho de olhos fechados e, vez ou outra, quando sentia que havia algo de errado, tentava não tocar e nem sentir. Cortes, dores mais agudas aqui e ali, arranhões.

Quando aproximei minha mão entre minhas pernas e fui tateando, o ar começou a faltar. Elsa. Senti as mãos daquela alemã em mim e todo o ar daquele banheiro desapareceu de imediato. Abri os olhos em confusão olhando para todos os lados. O barulho da água da banheira agitando-se fez com que eu percebesse onde estava. Olhei para baixo e me vi nua. Olhei para as pontas dos meus dedos e ainda estavam roxas. Chorei mais uma vez e permaneci quieta até não ouvir mais o barulho da água e não queria ouvir o barulho do meu pensamento.

Depois de um tempo a água estava ficando gelada. Levantei-me com um pouco de dificuldade e apanhei a toalha. Fiz tudo da mesma maneira que o banho. Sem olhar para meu corpo e ignorei qualquer coisa diferente que sentisse nele. Era assustador, mas era como se não fosse eu. Vesti as roupas que Anna deixara para mim e evitei olhar-me no espelho. Apenas peguei o pente e passei pelos cabelos molhados. A cada vez que meu braço descia a dor vinha e fui ficando nervosa por não conseguir pentear meu próprio cabelo.

- Anna?! - chamei por ela e logo aquele rostinho delicado apareceu pela porta - Por favor... - mostrei o pente e ela veio toda prestativa ajudar com aquele embaraço.

- ... Emma não está chateada, Regina... - ela começou - ... Ficou um pouco sem reação por você evitá-la, mas ela entende... - eu não sei de onde ela tirou que eu gostaria de falar sobre aquilo, mas era Anna e eu conhecia bem sua língua solta e seu jeito atrevido de se intrometer - ... É como eu disse, dê um tempo e as coisas vão voltar ao normal... Veja essa guerra! - exclamou levantando os braços - ... Logo vão dar um jeito em Hitler e poderemos voltar para casa!... - emudeceu e senti sua respiração forte - Desculpe, querida, mas não temos notícias de seus pais...

- Tudo bem, Anna... - pausei, suspirei sentindo as mãos dela na minha cabeça - ... Eu sei que uma hora dessas devem estar nos campos ou quem sabe até mortos.

- Não, Regina! Não pode ser tão pessimista!

- Eles vieram até a minha cela... - suas mãos pararam sobre a minha cabeça e devagar ela foi deixando o pente sobre a pequena mesa do banheiro. De certa forma, Anna não queria continuar aquela conversa.

- Vamos. Precisa descansar. Amanhã sairá bem cedo!

Voltamos para o quarto e eu tornei a me deitar. Anna já tinha preparado a cama. Enquanto eu me ajeitava debaixo das cobertas ela saiu do quarto. Em seguida a porta se abriu novamente e Emma apareceu com uma bandeja. Seu sorriso era mais terno, porém um pouco contido. Eu não queria machucá-la, mas era exatamente o que estava fazendo.

Ela veio com todo cuidado e esperou que eu me sentasse recostada na cama para depois colocar a bandeja no meu colo.

- A comida é bem leve, vai se sentir melhor... - sentou-se observando-me com aqueles olhos verdes saltando sobre mim como se quisessem segurar-me à todo custo.

- Desculpe-me, Emma...

- Não, Regina. Não fale. O jantar está aí... - foi levantando-se - ... Eu vou deixá-la...

- Não, Emma. Fique, por favor. - ela parou e virou-se de uma vez sorrindo ainda timidamente. Sentou-se novamente e inclinou a cabeça observando-me o que me deixou um pouco incomodada - ... O que foi?!... - será que ela reparava na minha magreza ou nas marcas no meu rosto - ... Pare de olhar para mim desse jeito! - baixei os olhos e detive-me no prato de comida.

Uma canja bem saborosa, quente. Uma boa refeição em dias! Todo o tempo Emma esteve ali em silêncio. Eu olhava para ela furtivamente, mas não tinha meios de esboçar nenhuma reação, por mais que eu quisesse. E eu queria. Emma estar ali em silêncio era desconfortável, pois eu não sabia o que se passava na cabeça dela, o que via na sua frente, como ficou depois que tudo aconteceu, o que ela própria sofreu depois... Eu não conseguia ordenar meus pensamentos.

- Kristoff está lá fora e o contato de Anna em Vichy também...

Meus ossos congelaram. Soltei a colher de uma vez sobre a louça do prato fazendo aquele barulho estridente, o que me fez piscar rapidamente.

- Daniel?! - soltei aquele nome sem notar e Emma franziu o cenho.

- Conhece ele? - eu não respondi e ela foi em frente - Parece que ele a conhece... Trouxe nossos documentos para atravessarmos a fronteira...

- Nossos?! - ela iria para Saragoça comigo. Em outro momento seria prazeroso, mas agora eu só conseguia sentir desconforto.

- Não deveria ir, Emma. - disse secamente - Seu lugar é aqui, ou melhor, em Paris! Vai desertar?! Colocar seu pai atrás de você?! - o tom da minha voz saiu estranho, eu estava perdendo a paciência com a presença de Emma.

- Eu não sou mais uma major, Regina... - sua voz saiu baixa. Medo ou cuidado, não saberia dizer, mas ela tinha algo de cauteloso no tom que começou a contar o que havia acontecido - ... O general tirou minha patente e quase vou parar em Berlim para ser julgada, mas é uma longa história que você não gostaria de saber agora... - respirou - ... Eu não tenho vínculo com a Gestapo. Estou livre. - sorriu - Pelo menos da farda! Agora serei perseguida e tanto faz que seja aqui ou na Espanha...

- Daniel vai conosco? - ela olhou-me curiosamente ao ouvir minha pergunta, mas respondeu de imediato.

- Acredito que não.

Não era interessante Emma saber aquela hora que Daniel foi meu primeiro grande amor. Serviu durante a primeira grande guerra e nessa época nossos ideais de liberdade coincidiam. Fizemos planos para lutarmos juntos, mas quando ele decidiu pela burocracia do governo francês eu estava de malas prontas para o Marrocos. Depois disso não nos encontramos mais, porém Anna sempre dava-me notícias dele e ele mandava seus recados através dela.

Terminei o jantar. Emma levantou-se e apanhou a bandeja e quase saindo do quarto fiz um último pedido à ela.

- Pode dizer a Daniel que entre, por favor? - ela apenas assentiu com a cabeça e saiu.

Alguns minutos sozinha naquele quarto e minha cabeça foi longe. Voltei a pensar nas últimas horas que estive em liberdade ainda em Paris. Pensei sobre o valor daquilo tudo. O que adiantaria estar livre se minha cabeça estava confusa? Será que Anna tinha razão ao dizer que o tempo se encarregaria de colocar as coisas no lugar? Não fazia sentido naquele momento.

- Você está bem? - aquela voz mansa mandou todas as minhas dúvidas para longe. Eis que Daniel estava ali na minha frente depois de tanto tempo. Sorri um pouco sem jeito e ele arrastou uma cadeira para ficar mais próximo da cama. Sentou-se e postou as mãos sobre os joelhos esperando que eu começasse a falar.

- Então, você vai me expulsar da França?

- Zelena está esperando por você... - ele riu da brincadeira - ... Não foi muito difícil encontrá-la. Agora é um de nossos contatos na Espanha.

- Como?! - era novidade minha irmã estar envolvida com a nossa resistência. Nada mais fazia sentido àquela altura da minha vida.

- Ela voltou da América com grandes notícias logo depois que Pearl Harbor foi bombardeada. Eu estive com ela em Vichy não faz muito tempo e a oportunidade de dizer sobre você veio no momento certo.

- Minha mãe ficaria feliz em vê-la novamente... - o semblante dele desfez o riso e eu percebi que as notícias sobre meus pais não era, de fato, boas - ... Eu não os verei de novo, não é?! - o choro fez um nó na minha garganta e não consegui dizer mais nada.

- Eu sinto muito, minha querida, mas não tenho notícias deles. Quando voltar a Vichy verei o que posso fazer.

Ficamos em silêncio novamente e por mais tempo. Daniel olhou de um lado para outro tentando buscar palavras.

- Irônico, não é?! - perguntei tentando quebrar aquela mudez incômoda - ... Nós dois nos separamos porque você decidiu pela carreira diplomática... Tanto tempo e agora a sua burocracia está me levando para fora do meu país fugida de Hitler.

- Regina... - disse meu nome quase sussurrando. Olhou diretamente nos meus olhos - ... Nós ainda temos tempo...

- Não, meu querido... - era hora de colocar um ponto final naquela história. Depois de anos, agora eu poderia dizer que não - ... Não, Daniel. Não há mais tempo para nós... Nosso tempo passou enquanto estávamos buscando nossos ideais e já não é mais possível voltar o tempo... - ele baixou os olhos, debruçou-se sobre as pernas e encarou o chão.

- É confuso pensar que você se envolveu com uma mulher, Regina... - ele riu de maneira estranha como se reprovasse aquilo - ... Você gosta dela?! Quer dizer, está apaixonada?... - então percebi o que eu estava fazendo a mim mesma. A resposta que eu tinha para ele não era confirmar que Emma gostava de mim. O que Emma sentia por mim era amor e eu precisava sentir isso novamente.

- Você viu essa loira alemã que anda de um lado para outro com as mãos na cintura quando está nervosa?... Você não viu os olhos dela tão de perto para sentir aqueles verdes queimarem... Você não sabe o que ela viu e sentiu para estar agora do meu lado... Não existe mais major Swan, não existe mais a espiã condecorada da Gestapo e nem a filha de um general cruel que comanda o massacre de Paris... Ela veio como uma brisa leve que levou-me para longe da agonia da guerra... - eu não havia percebido, mas chorava mansinho enquanto mostrava para ele o quanto Emma era importante na minha vida. Eu mostrava para mim mesma - ... Emma esteve na minha mente durante todo o tempo em que estive na prisão. Foi ela o motivo de eu querer continuar e ter esperança de voltar a ser livre, de continuar viva!... Existe uma jovem alemã que caiu em uma guerra que não era dela para criar a sua própria guerra, Daniel... A guerra de Emma é por mim, Daniel... - de repente me calei e enxuguei minhas lágrimas - ... Sou grata à você pelo resto dos meus dias por estar aqui ajudando com que eu fuja, mas me desculpe, por favor... Não há mais tempo para nós...

O silêncio voltou a pesar sobre o quarto na penumbra. Ele saiu devagar e nem mesmo ouvi quando a porta se fechou.

Deitei-me por completo na cama e virei de costas para a porta. Queria dormir. Dormir o suficiente para que, quando tudo acabasse, eu pudesse acordar bem longe de todo aquele medo e aquela angústia. Eu queria ser livre, mas não apenas estar livre fisicamente. Minha cabeça estava confusa, doente. Eu precisava libertar-me da pior prisão que poderia estar - a prisão da mente - e nisso Elsa tinha sua completa e inteira responsabilidade.

Adormeci rapidamente. O sono até que veio fácil, estava realmente muito cansada e debilitada. Sem sonhos bons e nenhum pesadelo por mais incrível que parecesse, eu tive um sono tranquilo.

Ouvi pássaros na minha janela. Já amanhecia e logo ouvi barulho do lado de fora do quarto. É hora de levantar, Regina! A Espanha aguarda você!

- Zelena aguarda por mim!... balbuciei enquanto lavava meu rosto. Ouvi a porta do quarto se abrir e Emma passando pelo quarto. Quando cheguei na porta do banheiro vi minha alemã apanhando uma mala grande e abrindo sobre a cama. De repente ela viu que eu a observava e sorriu.

- Bom dia! - continuou a organizar a mala e fui até ela. Parei ao seu lado e esperei que ficasse de frente para mim.

- Tenha um pouco mais de paciência, por favor... - eu estava encabulada e mal conseguia olhá-la, mas Emma compreendia e isso me fazia amá-la ainda mais.

- O tempo que for preciso... - ela sorriu e voltou ao seu trabalho.

Saí do quarto procurando por Kristoff, pois foi o único que não havia conversado depois de ter dormido como Julieta. Sim! Ele contou sobre a tática de fuga de Montluc e foi o único momento em que pude sorrir sem ficar completamente confusa.

Tomamos café todos juntos. Daniel estava quieto e eu bem sabia que nossa conversa na noite anterior havia mexido com ele, mas era muito sistemático para expressar alguma emoção. Emma estava apreensiva, podia ver pela sua postura à mesa, mas também senti um ciúme velado quando Daniel dirigia-se à mim. Anna, por sua vez, tentava entrar no meio da conversa para amenizar as coisas.

Eu voltei para o quarto e permaneci deitada conflitando meus pensamentos. Emma já havia deixado tudo pronto para nossa partida e eu ainda discordava de sua ida para Saragoça. Devo ter cochilado por alguns momentos, pois quando dei por mim ela estava parada ao meu lado na cama.

- O atravessador chegou. Está na hora de partir.


Notas Finais


Gostaram?!
Então, a partir de alguns pedidos e alguns comentários acredito que vou inserir um capítulo extra no ponto de vista de uma terceira pessoa... Ainda não é certo, mas acho que vão gostar! rsrsrs

Eu não demoro com o próximo!

Até mais!


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