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História La Mafia - Amor y Intrigas (Primeira Temporada) - Um Propósito


Escrita por: InesAmazona

Capítulo 11 - Um Propósito



Eles chegam à uma cabana afastada. Héctor utiliza umas folhas grandes e galhos numa tentativa de camuflar o carro.


- Você já conhecia esse lugar? - pergunta Eliza.

- Lembra daquilo que eu lhe disse sobre precauções?… E você disse que eu era "paranóia"?

- Tá bom! … Eu dou o braço à torcer. Você é, realmente, um homem precavido. - disse Eliza.

- Venha, vamos entrar. - disse ele.


A cabana era pequena, só havia um quarto. Estava, de certa forma, arrumada. Héctor era um homem prevenindo ao extremo, parecia sempre querer estar no controle da situação.


- Deixei algumas coisas preparadas, caso viéssemos pra cá. O quarto fica ali. Você pode ficar com ele. - disse ele.

- E você?… Quer dizer… Vai esfriar, mais tarde, como vai dormir nessa sala?

- Eu vou buscar lenha pra lareira. Eliza?

- Já sei. Não abrir a porta peã ninguém, procurar o que fazer e não mexer nas suas coisas. - disse ela revirando os olhos.

- "Garota" esperta!


Dessa vez, Eliza seguiu os conselhos de Héctor e foi procurar fazer alguma coisa, algo que pudessem comer.


- Vamos lá, Eliza. Vamos cozinhar.


Não deu para fazer algo muito sofisticado com os mantimentos que tinham lá. Porém, Eliza tentou. E até que não ficou tão ruim.


- Olha só!… Ela sabe cozinhar! - debocha Héctor.

- Engraçadinho!… Tive que fazer milagre com o que tinha aqui. Conseguiu achar lenha?

- Sim. Consegui algumas. Acho que dá pra acender a lareira.


Os dois comem, e em seguida se sentam perto da lareira. Estava começando à esfriar.


- E então?… Vai me contar o que está acontecendo? - pergunta Eliza. - Quem é essa Tríade?

- A Tríade é um grupo de assassinos.

- Trabalham pra máfia?

- Trabalham pra quem pagar mais. - disse Héctor. - São os melhores no que fazem. Ivan nasceu na Rússia; "Lola" na Colômbia; e o mais perigoso deles, Izumo, que nasceu no Japão.

- Tem um cara do Japão também?!… Caramba!

- São especializados em todo tipo de tática de guerra ou guerrilha, armas, estilos de luta, tudo… Houve uma época em que o grupo se chamava Os Quatro, mas um dos membros saiu.

- Por quê?

- Digamos que, o motivo foi uma divergência de opinião.

- E em quê, a sua opinião era diferente? - pergunta Eliza.


Héctor a olha com certa surpresa. Como ela sabia que ele estava falando dele mesmo?


- Não me olhe assim. - disse ela. - Não sou tão boba quanto pareço.

- Mas eu nunca disse que você era boba. - disse ele. - Como descobriu?

- Um cara com a mira que você tem, com uma mala cheia de passaportes falsos e armas, até uma seringa com "sossega leão" você carrega, com a qual você me dopou. Segurança ou guarda-costas é que você não é.


Ele dá um leve sorriso. Não imaginava que Eliza fosse tão observadora.


- Como eu disse, você é uma "garota" esperta!

- Por que os deixou?

- Bom… Eles achavam que matar uma criança era certo, e eu achava que não era.

- Nossa!… Eles são perversos!

- Eu também era. - disse Héctor com ar melancólico.

- Você também matou muitas pessoas por dinheiro?

- Muitas.


Eliza abaixa a cabeça. Por mais que Héctor tivesse lhe salvado a vida, e estivesse sendo honesto com ela, saber que ele foi um assassino frio como os outros que a estão perseguindo a deixou um pouco triste.


- Sinto muito se te decepcionei, Eliza. Como pode ver, eu não sou um exemplo de pessoa. - disse ele.

- Ainda faz isso, quer dizer,… O meu pai te manda fazer isso? - pergunta Eliza.

- Eliza, sabe por quê eu disse que seu pai era diferentes dos outros?… Porque ele me deu um propósito pro que eu faço.

- Um propósito?

- Sim. Ele me deu motivos importantes pra puxar o gatilho de uma arma. - disse Héctor.

- E o que seriam esses motivos importantes?

- Você é um bom exemplo.


Eliza sente seu coração acelerar, ela olha para Héctor e percebe que ele também a olhava.


- Tá dizendo que eu fui um desses motivos importantes?

- Exatamente. Eu matei aquele homem pra proteger você, pra salvar a sua vida. Porque, pra mim, naquele momento, você era o mais importante.


Eliza sorri e Héctor se dá conta de que poderia passar horas olhando para àquele sorriso. Era encantador e lhe trazia paz.


- Agora é a sua vez de me responder, Eliza.

- O quê?

- Quando descobriu o que eu realmente faço, por que não fugiu?

- Eu não sei direito. Talvez alguma coisa nos seus olhos. - disse Eliza. - Me passaram confiança. Uma confiança que eu nunca tinha visto nos olhos de ninguém. - ela faz uma pausa. - Por que se tornou um assassino?

- Porque, infelizmente, Eliza, é nisso em que eu sou bom. - disse Héctor. - Você é boa com arranjos, não é?

- Sim. Quer dizer… Eu me acho boa.

- Muito bem… Algumas pessoas são tão boas com suas criações que é como se aquele objeto ganhasse nova vida. No meu caso, eu sempre fui bom em ceifar vidas.


Héctor não dizia aquilo com orgulho, pelo contrário, Eliza percebia em seu rosto uma certa tristeza. Foi então, que ela tocou em sua mão.


- Você também é bom em salvar vidas. Se não fosse por por você, eu não estaria aqui. - disse ela sorrindo.


Eles ficam se olhando por algum tempo. Anoitecer a depressa e estava frio.


- Acho que vou dormir cedo. - disse Eliza se levantando.

- É, melhor mesmo. - disse Héctor.


Você dizer que vai dormir cedo, é uma coisa. Você, realmente dormir, é outra muito diferente. Nenhum dos dois estava conseguindo.
A verdade era que desde que se beijaram, não conseguiam pensar em outra coisa. Eliza rolava na cama, e Héctor no tapete da sala, enfiava a cabeça no travesseiro, tentando não lembrar da sensação de ter Eliza em seus braços, de ter beijado seus lábios. Ela estava ali, à alguns poucos passos dele, mas era como se uma galáxia os separassem, era uma tortura.


"Pare com isso, Héctor! Pare de pensar na Eliza!… Ela não é pra você!… Uma pessoas que já fez tantas coisas ruins como você fez, não merece uma mulher como ela. … Então, pare de pensar besteiras e vá dormir!" pensava ele.


Ele acorda e vê Eliza sentada perto da lareira.


- Desculpe, eu não quis te acordar. - disse Eliza.

- Aconteceu alguma coisa?

- Nada demais, só estou com um pouco de frio, e vim me esquentar um pouco perto da lareira. - disse Eliza com uma cara de "por quê?… Não pode?"

- Se quiser, pode ficar aqui. Eu vou pra outro lugar. - disse Héctor se levantando.


Eliza se levanta junto.


- Não, Héctor. Por favor. Você não precisa ir. Sei que depois do que houve entre nós dois, quer dizer… Do beijo, bem… Se a minha presença te incomoda, eu posso voltar pro quarto. - disse ela se virando para ir.


Porém, Héctor segura em sua mão, impedindo que ela fosse.


- Espere, Eliza. Você não precisa ir. … Me desculpe se fiz você pensar assim, não foi minha intenção. Sua presença não me incomoda, pelo contrário, me traz muita paz. Você é divertida, é espontânea…


Eliza sorri.


- E tem o sorriso mais encantador que já vi na vida. - disse ele afagando o rosto de Eliza.


Ela, sem perceber, acaba fechando os olhos ao sentir o toque de Héctor. Era quente, carinhoso. Eliza não sentia o que estava acontecendo, mas queria que ele continuasse com aquele carinho.
Os dois não sabiam dizer se era atração, ou efeito da adrenalina de tudo o que estava acontecendo, ou realmente estavam sentindo alguma coisa um pelo outro. Eles não sabiam de nada. O que sabiam era que queriam se beijar novamente, queriam poder sentir aquilo que sentiram quando se beijaram pela primeira vez.
Héctor vai se aproximando cada vez mais, seus lábios estão prestes a se tocar…



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