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História La Mafia - Amor y Intrigas (Primeira Temporada) - Corôa De Flores.


Escrita por: InesAmazona

Capítulo 3 - Corôa De Flores.


Fanfic / Fanfiction La Mafia - Amor y Intrigas (Primeira Temporada) - Corôa De Flores.

   Sabe aquela sensação de que alguma coisa vai acontecer?… Você não sabe se é boa ou ruim, só sabe que vai acontecer.
   Pois é, Eliza acordou com essa sensação. Tomou um longo banho, se arrumou para mais um dia de trabalho, tomou seu café da manhã, mas aquela sensação persistia.

   "Não deve ser nada, Eliza. Você só acordou impressionada por causa do sonho que teve. … De novo." pensou ela.

   Porém, mesmo que já tivesse sonhado algumas vezes com a mesma coisa, nunca havia acordado daquele jeito, com aquela inquietude.
   Já no seu trabalho, Eliza tentava se manter concentrada no que estava fazendo.

   - Vou até a cidade comprar algumas coisas que estão faltando, Eliza. - disse o seu chefe. - Tome conta de tudo por aqui, sim?

   -Pode ir tranquilo, senhor. - disse Eliza.

   Alguns minutos depois que seu chefe saíra, a porta se abre novamente.

   - Em que posso servi-lo, senhor? - pergunta Eliza.

   Era um homem com um olhar estranho, sombrio até. Eliza não sabia explicar, mas um arrepio passou por toda a sua espinha no momento em que aquele homem a olhou nos olhos.

   - Gostaria que me fizesse uma corôa de flores. - disse ele. - É para um funeral.

   Eliza já tinha feito coroas de flores antes, mas algo na voz daquele homem a fez ficar com as mãos trêmulas.

   - De… De que tamanho? - ela gagueja ao perguntar.

   - Não precisa ser muito grande. Pode ser algo simples. - disse o homem. - Vocês tem lindas flores aqui. - ele puxa conversa.

   A presença daquele homem estava deixando Eliza pouco a vontade.

   - Obrigada. - disse ela. - Olha, isso pode levar algum tempo. O senhor deve ter outros compromissos, se quiser pode voltar depois é estará pronta.

   Ele vai se aproximando lentamente do balcão onde Eliza estava. Tinha um olhar e um sorriso, ambos diabólicos. O que antes era apenas um arrepio na espinha de Eliza, agora se tornara um medo latente.

   - Não tenha pressa. - disse ele. - Eu posso esperar.

   Ela continuava o que estava fazendo, rezando para que aparecesse alguém na loja. Mas é como dizem, justo quando você mais precisa não aparece ninguém. Sua respiração estava pesada, ela suava frio, estava com medo. Não, estava apavorada. E pior, aquele homem a observava atentamente com aquele sorriso diabólico, ele estava gostando de vê-la daquele jeito. Como se fosse um predador que se diverte com o medo da presa antes de devora-la.

   - O que foi, senhorita? Parece tensa. - disse ele.

   - Nada, senhor. … Acabei! - disse ela.

   Aquela palavra soou até como um alívio para Eliza. Ele pegaria aquela coroa de flores e iria embora. Podia até levar de graça se ele  quisesse, ela não cobraria, seu chefe poderia descontar do seu salário, ela não se importava. Tudo o que ela queria era que aquele homem, ou melhor, aquele demônio fosse embora.
   Entretanto, parecia que ele tinha outros planos.

   - Nossa! - disse o homem. - Está muito bem feita. Definitivamente, você leva muito jeito com flores, senhorita Eliza Ruíz.

   Eliza congelou. Ele não havia perguntado o seu nome quando entrou. E nem ela o havia dito.

   - Quem é você?! Como sabe o meu nome?! - ela pergunta.

    - Ah, Eliza. O meu nome não é importante. Eu não sou uma pessoa importante. - disse ele. - Mas você é.

   - Eu?! Como assim?!

   - Digamos que… Existem pessoas que pagaram bem por você. - disse ele.

   - Por mim?!… Mas o que está acontecendo?!… O que você quer de mim?!

   - Infelizmente, são muitas perguntas e o nosso tempo é curto. Pelo menos você conseguiu fazer a corôa de flores. Ela é o meu presente pra você. - disse ele.

   Agora Eliza estava em pânico. Que tipo de sádico faz com que a pessoa decore a sua própria corôa de    flores?

   - O quê? - disse ele. - Acha que pagaram por você viva?… Não, benzinho, o meu tipo de trabalho não inclui levar pessoas vivas.

   - Mas eu não fiz nada! - exclamava ela. - Por que você quer me matar?! … Eu nem te conheço!

   - Nada pessoal, querida. São só negócios. - disse ele engatilhando a arma.

   Mas antes que pudesse atirar, Eliza o golpes na cabeça e sai da loja correndo sem olhar para trás.

   - Ai! Sua vadia!… - exclamou ele. - Mas não tem problema. Caçar é muito mais divertido!

   Eliza não sabia o que fazer, onde ir. Não podia ir para casa, ou aquele homem a seguiria até a vila e faria mal a outras pessoas como Dona Guadalupe e sua família. E por mais que estivesse preocupada em fugir para salvar sua vida, seus amigos também a preocupavam. No entanto, correr ela já não podia mais, estava cansada. Ela não entendia o que estava acontecendo. Por que aquele homem queria mata-la?… Quem era ele?… Será que aquela sensação que ela teve mais cedo queria dizer que ela morreria? Que aquele seria seu fim?
   Ela entra em um beco. Ele ia encontrá-la, ela sabia disso, era como se ele já tivesse feito aquilo várias vezes, como se gostasse da emoção da caçada.
   Ele se aproximava cada vez mais, as lágrimas de pavor escorriam pelo rosto de Eliza. Não havia mais para onde fugir ou se esconder.

   - Puxa! Você me fez correr um bocado! - disse o assassino.

   - Não, por favor! - ela implorava.

   - Ajoelhe-se, vadia! - ele manda.

   Eliza ajoelha. Sentia que estava tudo acabado. Morreria sem ao menos saber o porquê.
   Ele engatilha a arma mais uma vez.

   - Dessa vez não tem nada aqui pra você jogar na minha cabeça, benzinho! - disse ele.

   Ele encosta a arma na cabeça de Eliza. Ouve-se um disparo. Um corpo sem vida cai. Mas esse corpo não era o de Eliza, e sim do seu algoz, que agora não poderia mais lhe fazer mal.
   Eliza se afasta do corpo e fica encolhida, assustada. Foi então que ela viu um corpo se aproximar. Ele guarda a sua arma e faz menção de chegar mais perto dela, mas Eliza recua.

   - Calma. Não vou te fazer mal. - disse ele. - Mas precisamos sair daqui agora.

   Mas ela não se mexia. Acabara de ver alguém ser morto. Estava em choque.

   - Eliza, vem comigo. - ele insistia.

   - Como você também sabe o meu nome?! Mas o que diabos está acontecendo aqui?! - ela levanta de supetão.

   - Prometo que te explico tudo. Confia em mim.

   - Confiar em você?! Como quer que eu confie em você?! Acabou de matar um homem! - disse ela exaltada.

   - Eu acabei de salvar a sua vida. - disse ele calmamente.

   - E eu estou muito grata por isso, de verdade! - disse Eliza. - Mas isso não quer dizer que eu vá a algum lugar com você!

   Ele tenta se aproximar de novo, mas ela recua mais uma vez. Eliza estava com muito medo é confusa.

   - Por favor, não se aproxime! Fica… Fica aí!

   - Tá bom, tudo bem. Só tenta se acalmar, certo? - disse ele.

   - Me acalmar?!… Cara, eu fui perseguida uma quadra inteira por um assassino psicopata, tive um arma apontada pra minha cabeça, e agora tem um cadáver aqui na minha frente com os miolos espalhados por nesse beco, e você quer que eu me acalme?! - ela esbraveja.

   - Exatamente. Tenta respirar.

   A calma daquele homem que acabara de salvar sua vida deixava Eliza perplexa. Jamais conhecerá alguém assim. Mas também, nunca passara por algo como aquilo que lhe acabara de ocorrer. Então, como não havia mais nada a fazer, ela resolveu seguir o conselho daquele desconhecido e começa a respirar fundo, tentando acalmar seus batimentos  e ordenar seus pendentes.

   - Se sente melhor agora? - ele pergunta.

  - Um pouco.

   - Que bom, porque precisamos mesmo, sair daqui. - disse ele lhe dando a mão.

   Eliza ainda fica receosa em acompanhá-lo. Mas ele salvou sua vida. Já era um voto a favor. E algo nos olhos daquele homem lhe passava segurança. Ela segura em sua mão.

   - Está bem. Eu vou com você. - disse ela.

   - A propósito, meu nome é Héctor. - disse ele.

   ***

   Em Cancun.

  Mansão Maldonado. Lar de Don Ernesto. Um homem meticuloso e sofisticado. É líder do cartel rival ao de Don Frederico.
   Gostava sempre de estar um passo à frente de seus inimigos, como num jogo de xadrez.

   - Patrão, telefone para o senhor. - disse um de seus  seguranças.

   - Pronto, - disse ele ao telefone. - Sim, o que houve?… Certo. Não, não devem se aproximar. Continuem observando. Me mantenham informado. - disse ele desligando o telefone.

   - Era sobre aquele assunto em Villahermosa, patrão? - pergunta o segurança.

   - Sim. - disse Ernesto. - Parece que as coisas saíram como o previsto.

   - Não seria mais fácil fazermos as coisas do jeito tradicional, senhor?

   - Seria. Mas assim não teria graça. - disse Ernesto com um sorriso. - Por enquanto, vamos somente observar.

  

 



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