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História La Mafia - Amor y Intrigas (Primeira Temporada) - A Decisão


Escrita por: InesAmazona

Capítulo 5 - A Decisão


   Em Cancun.

   Mansão Ibáñez.

   Demétrio conversava no quarto com sua mãe e irmã.

   - Você tem certeza disso que está me dizendo, meu filho? - pergunta Malvina.

   - Sim, mãe. Eu estava achando o comportamento do papai um pouco estranho. Investiguei e descobri que ele está muito doente. - disse Demétrio.

   - O papai, doente? - disse Sophia.

   - Sim, maninha. E parece que é terminal.

   - Mas por que Frederico escondeu isso de nós? - pergunta Malvina.

   - A mamãe tem razão. - disse Sophia. - Somos sua família, tínhamos o direito de saber!

   - Acredito que só existe uma pessoa que pode nos responder essa pergunta. - disse Demétrio. - O próprio Don Frederico.

   Enquanto isso, Don Frederico estava em sua empresa. Sim. Mesmo sendo um gangster, ele possuía seus próprios negócios "honestos". Uma empresa que fabricava jóias com os diamantes e outras pedras preciosas que eram traficadas para o país. Afinal, grande mafiosos precisavam de empresas de fachada para "lavarem" seu dinheiro.

   - Senhor Ibáñez. - disse  secretária pelo telefone.

   - Pode falar, Júlia. - disse Don Frederico.

   - O tabelião Rodríguez está aqui.

   - Ótimo, Júlia. Mande-o entrar, por favor.

   O tabelião entra.

   - Como vai, Senhor Ibáñez. - disse o tabelião.

   - Tabelião Rodríguez, que bom vê-lo. Agradeço imensamente a sua prontidão em aparecer. - disse Don Frederico.

   - Confesso que me surpreendeu sua urgência, senhor.

   - A situação atual exige uma certa urgência, tabelião. … Mas sente-se, por favor. Trouxe tudo o que lhe pedi? - pergunta Frederico.

   - Claro, senhor. Mas precisaremos de uma testemunha. - disse o tabelou.

   - Quanto a isso, não se preocupe. Tenho a pessoa certa pra essa tarefa. Só um minuto. … - ele pega o telefone. - Júlia?… Poderia vir aqui, por favor.

   ***

   Em Villahermosa.

   Já era final de tarde. Eliza ainda dormia. Héctor a observava e ficava pensando.

   "Ela vai acordar e não vai demorar muito. Vai ficar agitada e muito zangada quando perceber que eu a dopei. Sabia que seria difícil, mas não pensei que seria tanto! Preciso ser rápido, ir e voltar antes que ela desperte."

   Héctor era profissional, tinha feito o seu "dever de casa". Ele sabia que haviam outras pessoas na vida de Eliza, então ele resolveu utilizar esse detalhe a seu favor.
  
   Dona Guadalupe e sua família estavam em casa aguardando alguma notícia de Eliza. Quando ouvem uma batida na porta. Dona Guadalupe abre e…

   - Boa tarde, senhora.

   - Boa tarde. O que deseja? - ela pergunta desconfiada.

   - Vim falar da Eliza.

   Ela arregala o olhos.

   Naturalmente, a pessoa que foi até a casa de Dona Guadalupe era Héctor. No início, eles quiseram chamar a polícia, principalmente Alonso. Mas Héctor conseguiu convencê-los de que tudo o que houve foi para salvar a Eliza. Por esse motivo, ele os advertiu que somente um deles poderia vê-la.

   - Eu garanto a vocês que Eliza está bem. - disse Héctor.

   - Se ela está mesmo bem, por que todos nós não podemos vê-la? - pergunta Juanita.

   - Pode ser arriscado. - disse Héctor.

   - Eu não acredito em uma palavra desse aí, mãe! - disse Alonso. - Devíamos chamar a polícia e obrigá-lo a dizer onde está a Eliza!

   - Calma, filho. - disse José.

   - Se fizerem isso, aí sim que Eliza estará realmente em perigo, pois só posso protegê-la. - disse Héctor.

   - Como podemos confiar em você? - disse Juanita.

   - Porque foi o pai de Eliza, Don Frederico, que me enviou. - disse Héctor.

   Ao ouvir o nome do pai de Eliza, Dona Guadalupe não apresentou muita surpresa. Era como se já soubesse.

   - Quantas e quantas vezes eu disse à Dolores que contasse a verdade à Eliza. Mas ela nunca me deu ouvidos. - disse Dona Guadalupe.

   - A senhora sabia? - pergunta Héctor.

   - Dolores e eu éramos amigas, senhor Héctor. Não tínhamos segredos uma com a outra. : disse Dona Guadalupe.

   - Sabia de quê? - pergunta José.

   - É uma longa história, querido. - disse ela. - Mas prometo que conto tudo a vocês quando eu voltar…. Onde ela está? Onde está Eliza, senhor Héctor? - pergunta Dona Guadalupe.

   - Eu vou levá-lo até ela. E assim conversamos no caminho. - disse Héctor.

   - Auto lá, meu chapa! - disse Alonso. - Você não vai levar minha mãe à lugar nenhum!

   - Alonso, meu filho, calma. - disse Dona Guadalupe. - Não se preocupem. Eu olhei nos olhos dele. Ele não é uma ameaça. Vou ficar bem.

   No caminho, Héctor ressaltou a Dona Guadalupe a importância de Eliza ir com ele. Necessitava da ajuda dela para convencer Elisa a partir.

   - A senhora entende, não é, Dona Guadalupe? - disse Héctor. - A única chance de Eliza ficar segura é que ela venha comigo pra Cancun. Eu a encontrei aqui nesse fim de mundo, assim como aquele homem que tentou matá-la. Outros podem vir. Eu já falei com ela, mas está irredutível. Acredito que a senhora possa ter mais sucesso que eu.

   - E quem era aquele homem? Por que ele tentou fazer mal a minha menina? - perguntou Dona Guadalupe.

   - O nome daquele infeliz era Cortez. Ele é um assassino da máfia. É muito provável que cartéis rivais queiram atingir Don Frederico através de Eliza. - disse Héctor. - Alguém, além de nós, descobriu sobre Eliza.

   - Ainda bem que o senhor apareceu e a salvou. Obrigada, senhor Héctor.

   - Só cumpri com a minha obrigação, senhora. - disse Héctor. - Fiz um juramento à Don Frederico.

   - Que juramento?

   - O de proteger Eliza a qualquer custo, e de qualquer um. - disse Héctor bem sério.

   Dona Guadalupe pôde perceber que Héctor era um homem bem determinado. Ou seja, não existia pessoa mais qualificada para cuidar de Eliza do que ele. Héctor a protegeria com sua vida. E aquilo deixava Dona Guadalupe mais aliviada.
  
   Eles chegam ao hotel, Eliza já estava quase acordando.

   - É melhor que ela não me veja quando despertar. - disse Héctor. - Geniosa do jeito que é, vai pegar o primeiro objeto pesado desse quarto e jogar em mim.

   - Mas por que precisou dopa-la? - pergunta Dona Guadalupe.

   - Ela ficou muito agitada.

   - Mas também… Depois de tudo o que ela passou hoje. Não me admira.

   - Vai ser bom ela ver um rosto amigo quando acordar. - disse Héctor. - Vou deixar vocês a sós. Estarei lá fora. - disse ele saindo.

   Dona Guadalupe se senta na ponta da cama esperando Eliza despertar. Ela se mexe e começa a abrir os olhos.

   - Hum… Dona Lupe? - disse Eliza ainda meio sonolenta. - Eu… Eu estou em casa?

   - Não, querida. Está no hotel. - disse Dona Guadalupe.

   - Aquele grandessissimo filho da…! - disse Eliza tentando se sentar. - Ele me prometeu que me levaria pra casa e… Me dopou! Imbecil!

   - Não fale assim, filha. Foi ele quem me trouxe aqui pra te ver.

   - Ele?… Mas por quê?

   - Eliza, meu anjo, precisamos conversar seriamente. - disse Dona Guadalupe.

   Para Eliza já foi im choque saber da verdade sobre o seu pai, mas descobrir que Dona Guadalupe sabia de tudo foi um baque ainda maior.

   - A senhora não tinha o direito, Dona Lupe. - disse Eliza decepcionada. - A senhora me viu várias vezes perguntando pra minha mãe sobre o meu pai, e ficou calada?!… Não podia ter me escondido.

   - Sua mãe não queria que soubesse, filha. Em seu leito de morte ela até me fez jurar que não te contaria. Eu não achei isso certo, mas era a última vontade dela.

   - Eu sinto como se tivesse caído num turbilhão! - disse Eliza andando pelo quarto. - Em um único dia, além de alguém ter tentado me matar, também descubro que a minha vida é uma mentira!

   - Não fale assim, Eliza. - disse Dona Guadalupe. - Sua mãe te amava. Nós te amamos. Sim, te escondemos a verdade. Mas foi pro seu bem, pra sua segurança.… A questão é isso agora não importa, sua segurança foi comprometida de qualquer jeito. Aqui não é mais seguro pra você.

   - Foi o Héctor que disse isso, não foi?… Por isso ele a trouxe aqui, pra que a senhora me convencesse a ir com ele! - disse Eliza.

   - Eliza, ele tem razão em se preocupar. Outros podem vir atrás de você. E eu não sei se poderemos te proteger…. Mas se você quiser ficar, garanto que tentaremos te manter segura. Até com as nossas vidas, se preciso.

  
   Foi então que Eliza se deu conta do quanto estava sendo egoísta. Héctor tinha razão, ela estava parecendo uma menina mimada e medrosa. Porém, ela era uma mulher. E precisava tomar uma decisão, e isso não incluía colocar Dona Guadalupe e sua família em risco.
   Dona Guadalupe pega um taxi e vai embora com a sensação de que fez o que podia. Amava Eliza como uma filha, não queria vê-la partir, mas se era o melhor a fazer para que ela ficasse em segurança. Dona Guadalupe entenderia.

   Estava anoitecendo. Héctor estava sentado numa cadeira perto da piscina do hotel. Não retornara ao quarto assim que Dona Guadalupe foi embora, pois entendia que Eliza precisava de tempo e de espaço para pensar no que faria. Héctor não era do tipo que falhava em suas missões. Se mesmo depois da conversa com Dona Guadalupe, Eliza optasse por ficar em Villahermosa, ele teria que tomar medidas mais drásticas e leva-la contra a sua vontade para Cancun. Porém, Héctor não queria ter que fazer isso com Eliza.

   - O que faz aqui? - pergunta Eliza se aproximando e sentando.

   - Olá… Estou aqui pensando, pegando uma brisa. - disse ele. - Como foi com Dona Guadalupe?

   - Nunca mais faça isso, ouviu bem?… Você jogou muito sujo! Me dopou e depois trouxe a Dona Lupe pra cá, pra ela me convencer a ir com você! - disse Eliza zangada.

   - Você não me deu outra opção… - disse Héctor.

   - Eu ainda não acabei! - disse Eliza.

   Héctor fica admirado.

   - Eu estive pensando. … Se eu continuar aqui em Villahermosa, muitas pessoas de quem e gosto podem se machucar, e eu não quero isso. … Então eu resolvi ir com você. - disse Eliza. - Com uma condição.

   - Qual? - pergunta Héctor.

   - Eu vou com você, conheço esse homem, Don Frederico Ibáñez, escuto o que ele tem a dizer, e depois vou embora. - disse Eliza.

   - Tudo bem. É bastante justo pra mim. - disse Héctor.

   Héctor ficou bem surpreso com a atitude de Eliza. Estava muito segura de si.

   - Como quiser, senhorita Ruíz. - disse ele.

   - Certo. - disse Eliza andando na frente. - Você vem, ou não? O tempo muda rapidamente por aqui. Se ficar aí vai pegar um resfriado, e imagino que um guarda-costas doente não vai me servir de muita coisa.

   - A senhorita manda! - disse ele a seguindo.

   Os dois vão para o quarto. Resolvem ir dormir cedo, pois teriam que iniciar sua viagem em poucas horas. Eliza não tinha o que vestir, por isso, pegou um roupão e foi tomar um banho. Enquanto isso, Héctor abriu o armário e pegou uma coberta mais grossa, um lençol e um travesseiro, os quais ele ajeitou cuidadosamente no chão, bem próximo a cama.

   - Você vai dormir no chão? - disse Eliza já saindo do banheiro.

   - Sim.

   - Mas tem um sofá bem ali. - disse ela.

   - Eu sei. Mas ele parece não ser muito confortável. - disse Héctor. - O chão é melhor. A menos que…

   - Que o quê? - ela pergunta.

   - Que me deixe dormir na cama com você. - disse ele em tom de brincadeira.

   - Nem pensar! - exclama Eliza. - Boa noite, Héctor! - disse ela se cobrindo e se virando de lado.

   - Boa noite, Eliza. - disse ele com um leve sorriso.

   ***

   Em Cancun.

   Mansão Ibáñez.

   Don Frederico chega em casa e encontra sua esposa e seus filhos esperando por ele.

   - Olha só!… Faz tempo que eu não tenho uma recepção como esta! - disse ele ironicamente.

   - Nos poupe de sua ironia e de seu sarcasmo fora hora, Frederico. - disse Malvina. - O assunto é sério.

   - Nossa! Que caras são essas? - disse Frederico. - Alguém morreu?

   - Papai, quer parar com isso! - disse Sophia.

   - Por que não nos contou, pai? - perguntou Demétrio.

   - Contar o quê?

   - Que você está doente, Frederico! - disse Malvina.

   Frederico não parecia surpreso por sua família ter descoberto sobre sua doença.

   - Ah, sim. Isso. - disse ele com toda a calma do mundo. - Pois é, estou. É terminal, vou morrer em pouco tempo.

   - E o senhor diz isso assim, papai?! - exclamou Sophia.

   - E como quer que eu diga, princesa?… Há coisas que não se pode evitar, e a morte é uma delas. - disse Frederico.

   - Mas somos sua família, pai! - disse Demétrio. - Tínhamos o direito de saber.

   - Menos, Demétrio. - disse Frederico. - Eu sei, aliás, nós sabemos que a preocupação de todos vocês é o que herdarão com a minha morte.

   - Frederico, não fale assim! - disse Malvina.

   - E por acaso é alguma mentira, Malvina?… Você se casou por dinheiro, nossos filhos só pensam em dinheiro, a Sophia em gastar e o Demétrio em ficar com todos os meus negócios. Até aí, nenhuma surpresa. - disse Frederico. - Bom, pelo menos, até Héctor voltar.

   - Como assim?… O que aquele homem tem a ver com isso? - pergunta Malvina.

   - Diretamente? Nada. - disse Frederico. - Mas o que ele vem trazendo, tem tudo a ver.

   - Pare de fazer rodeios, papai, e nos diga logo o que está acontecendo! - disse Sophia.

   - Paciência, filha. Paciência. - disse Frederico subindo para o seu quarto.

   - Seu pai está planejando alguma coisa, filho. Eu posso sentir. - disse Malvina.

   - Eu também, mãe. - disse Demétrio com um olhar sombrio.

  



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