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História La Mafia - Amor y Intrigas (Primeira Temporada) - A Viagem


Escrita por: InesAmazona

Capítulo 6 - A Viagem


     Era madrugada em Villahermosa

    Hector desperta rapidamente com o barulho que Eliza fazia na cama ao se debater. Estava tendo um pesadelo.

   - Não!… Fica longe de mim! - ela gritava.

   - Eliza, acorde! Está tendo um pesadelo!… Vamos, acorde!

   Ela desperta, mas era como se ainda estivesse dormindo, pois não via o rosto de Héctor, e sim de outra pessoa.

   - Não se aproxime! - disse ela amedrontada e encolhida na cama.

   - Calma, Eliza. Sou eu, Héctor. Acorda.

   Aos poucos, ela vai se dando conta das coisas ao seu redor.

   - Héctor?

   - Sim, sou eu. Você está bem? Parecia que estava tendo um pesadelo. - disse ele acendendo o abajur do quarto.

   - Sim. Sonhei com aquele homem horrível que tentou me matar. Ele estava atrás de mim de novo e eu não conseguia fugir. - disse ela com os olhos marejados.

   Héctor vai pegar um copo de água para Eliza.

   - Tome. Beba devagar e respire. - disse ele.

   - Obrigada. … Sabe, eu sempre gostei de trabalhar com flores. Buquês, arranjos, tudo. Minha mãe sempre me dizia que eu levava jeito pra isso. Só que eu nunca imaginei que passaria pelo o que eu passei. - disse ela já deixando algumas lágrimas caírem. - Aquele homem usou o que eu mais amo fazer pra me torturar, Héctor! Me fez decorar uma corôa de flores pra depois me dizer que ela era pro meu funeral!… Que tipo de pessoa faz isso?!

   - O pior tipo, Eliza. - disse ele segurando as mãos dela.

   Héctor pôde ver que, por mais forte que Eliza tentasse ser, no fundo ela estava apavorada. Tudo acontecera de forma tão repentina, que a única coisa que ela podia fazer era se deixar levar, o que não significava que ela não estivesse com medo.
   Naquele momento, ele se deu conta da verdadeira natureza de sua missão. Não se tratava somente de levar Eliza em segurança até seu pai, também se tratava de ajudá-la a entender o que estava se passando com sua vida. Ajudá-la a aceitar que as coisas seriam diferentes agora, muito diferentes.

   - Por que isso está acontecendo comigo, Héctor? - ela perguntava quase que suplicando por uma resposta.

   - Eu não sei, Eliza. Não sei por que coisas ruins acontecem com pessoas boas. … Mas o que eu sei é que, se depender de mim, você nunca mais vai precisar passar pelo que passou hoje. Eu juro. Não vou deixar que nada de mal aconteça a você.

   Eliza fica tão sensibilizada que abraça Héctor subitamente. Ela procurava alento, segurança, consolo, e ela encontrou tudo isso naquele abraço. Héctor, apesar de ter ficado surpreso, retribui ao abraço, sabia que Eliza estava precisando daquilo, e quem sabe ele também não precisasse?

   - Obrigada, Héctor! - ela dizia enquanto o abraçava.

   - Está tudo bem, Eliza. Eu estou aqui com você. - disse ele.

   Eles se olham por um momento. Suas respirações estão próximas um do outro, assim como seus lábios. Eliza sente os braços de Héctor ao redor de sua cintura e seu coração começa a acelerar de um jeito que ela nunca havia sentido antes.

   - É melhor você voltar à dormir. - disse Héctor se afastando um pouco. - Temos uma longa viagem de volta, e precisamos levantar cedo.

   - Tem razão. - disse Eliza se afastando. - Desculpe por ter acordado você. - ela fica sem graça.

   - Não se preocupe. … Mas agora você precisa ir dormir. - disse ele cobrindo Eliza.

   - Héctor?

   - Sim?

   - Não, esqueça... Boa noite. - disse Eliza.

  
   Os dois se deitam novamente. Porém, algo os fez demorar um pouco para pegarem no sono.

   ***

   Dia seguinte.

   Eles levantam um pouco cedo, como já haviam combinado, mas Eliza ainda aparentava certo cansaço, já que não dormira bem na noite anterior. O pesadelo e… Outras coisas.
   Ela nota que Héctor já estava arrumado para partirem.

   - Caramba! - disse ela ainda sonolenta. - Eu acordei atrasada?… Você já está pronto!

   - Calma, ainda temos um tempo.

   - Há que horas acordou, afinal?

   - Tem uma hora. Mandei que trouxessem o café da manhã aqui no quarto. Espero que não se importe. - disse Héctor.

   - Pra mim não faz diferença. Não estou com muita fome. … Mas eu preciso tomar um banho, trocar de roupa, pegar minhas…

   Eliza não precisou completar a frase, já que olhou para um canto no quarto e viu uma mala, sua mala.

   - Tenho quase certeza que essa mala não estava aqui ontem. - disse ela.

   - Eu sei. Fui buscá-la na sua casa. - disse Héctor.

   - Você arrombou a minha casa?!

   - Não. Peguei as chaves na sua bolsa, abri a porta e entrei.

   - Quer dizer que agora você invade casas, é isso?!

   - Você não vai se atentar à detalhes agora, vai? - disse Héctor. - Não temos tempo pra isso!

   Eliza apenas o olha, até que se lembra de algo.

   - Você mexeu na minha gaveta de roupa íntima também?!

   - Não se preocupe. Eu não prestei muito atenção. … À propósito, sua camisola branca é muito bonita! - disse ele com um sorriso e saindo do quarto.

   Eliza, furiosa, joga o seu sapato na porta.

   - Idiota!

   Eliza vai para o banheiro e começa a tomar banho. Enquanto a água escorria pelo seu corpo, ela pensava em tudo o que lhe acontecera em um único dia. Do seu atentado, da descoberta do pai e de quem se tratava, e no meio de tudo isso, Héctor. Ela se sentia estranha perto dele. Sentia que podia confiar nele, mas também percebia algo em seus olhos, uma coisa misteriosa, obscura.
   Ela sai do banheiro enrolada numa toalha com seus cabelos molhados. Porém, ao mesmo tempo em que ela saía, Héctor entrava com a bandeja do café da manhã.
  

   - Qual é o seu problema?! Não sabe bater na porta?! - ela exclama.

   - Me desculpe, eu… Bom… Eu bati, mas você não respondeu. Pensei que já estava vestida.

   Os olhos de Héctor começam a percorrer toda a extensão do corpo de Eliza, que mesmo coberto com uma toalha ainda conseguia estar bem delineado. Seu cabelo molhado, mas ainda assim belíssimo, seu colo, seus ombros, suas pernas à mostra.
   Ele já vira mulheres bonitas antes. Mas a beleza de Eliza lhe tirou o fôlego.

   - Héctor?… Se importa? - disse ela abrindo a porta para que ele saísse.

   - Ah, sim. Claro. - disse ele a olhando mais uma vez antes de sair.

   Eliza fecha a porta e fica com sua respiração ofegante. O jeito que Héctor a olhou a deixou completamente desconcertada.
   Do lado de fora, Héctor respirava fundo.

   "Que mulher mais linda, meu Deus!… Ah, Don Frederico, por que o senhor teve que escolher justo à mim pra essa missão?!… Por quê?!" pensava ele.

   Passasse algum tempo e ele bate na porta.

   - Eliza?… Posso entrar?

   - Pode.

   Os dois tomam café em silêncio. Mas era um silêncio constrangedor. Trocavam olhares uma vez ou outra, mas nenhuma palavra. Até que Héctor resolve "quebrar o gelo".

   - Pensei que não estivesse com fome.

   - Pois é,… Mas a bandeja tava com uma cara ótima. Seria até falta de educação não comer. - ela sorri.

   - É muito bom ouvir isso. - disse Héctor. - Já que teremos um longo caminho a percorrer.

   - Esse homem, Don Frederico, ele não é um hamster milionário?… Por que não vamos de avião? - pergunta Eliza.

   - E nós vamos. Mas precisamos chegar em Campeche primeiro. Lá existe um pequeno aeroporto clandestino, onde pegarem os um avião que estará esperando por nós.

   - De, vocês pensaram em tudo mesmo. - disse Eliza.

   - Precisamos ir logo. Não sabemos quem mais pode vir atrás de você.

   Eliza chega a engasgar.

   - Como assim, "mais"?!

   - Se um assassino da máfia apareceu, outros também podem surgir, nunca se sabe. Quanto mais rápido nos movimentarmos, melhor. - disse Héctor.

   - Mas o que esse pessoal quer comigo, afinal?

   - Podem estar querendo atingir seu pai. Um homem como ele tem muitos inimigos.

   ***

   Ao saírem do quarto, Eliza se surpreende quando Héctor segura em sua mão.

   - O que está fazendo? - pergunta Eliza.

   - Esqueceu que somos um casal? - disse ele. - Precisamos manter o disfarce. - ele dá um leve sorriso.

   Eles passam pela recepção, Héctor paga pelo dia e noite que ficaram hospedados e se despedem.

   - Espero que tenham gostado dos nossos serviços. - disse a recepcionista sorrindo.

   - Ah, eu adorei!… Não foi, querida? - disse Héctor beijando o rosto de Eliza.

   - Sim. Foi ótimo. - disse ela tentando disfarçar.

   - Voltem sempre. - disse a recepcionista.

   Eles ainda vão andando de mãos dadas até que saem da vista dos curiosos. Foi então que Eliza se soltou da mão de Héctor.

   - Por que faz isso?! - disse ela.

   - Isso o quê?… Eu disse que tinha que manter o disfarce. - disse Héctor.

   - Mas não precisava me deixar sem graça!

   - Está falando daquele beijo no rosto?… Preferia que tivesse sido na boca? - disse ele com um sorriso levemente sedutor.

  
   Eliza sente suas bochechas esquentarem.

   - Muito bem, tá decidido. - disse Héctor. - Dá próxima vez, será um beijo de verdade. - disse Héctor entrando no carro.

   - Próxima vez?! E quem disse que terá uma próxima vez?!

  
   Depois de alguns minutos, Eliza faz um pedido à Hector.

   - Eu queria passar num lugar antes de irmos.

   - Nada de despedidas, Eliza. Não temos tempo pra isso.

   - Por favor, Héctor. É importante.

   Héctor acaba fazendo a vontade de Eliza. Eles se encaminham ao cemitério da cidade. Ao chegarem, Eliza fica olhando pela janela.

   - Você não vai descer?… Não vai se despedir da sua mãe?

  
   Ela respira fundo. E pensa melhor.

   - Ligue o carro. Vamos embora.

   - Tem certeza?

   - Sim, tenho. Vamos logo. - disse Eliza sem querer encompridar muito a conversa.

   E os dois iniciam sua viagem. Para Héctor, uma viagem de volta; para Eliza, uma jornada de descobertas.



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