História La Magie Noire et L'amour - Primeiro: Início

O caos reinava sobre a França. No ano de 1793, a população estava nas ruas pedindo o fim da Monarquia Absolutista e exigindo Liberté, Égalité, Fraternité. Com a Queda da Bastilha, a Revolução havia começado e não iria acabar tão cedo.

Fim dos privilégios do clero e nobreza era a principal reinvindicação do povo francês. O vosso rei lhe concedeu o mesmo, fez a produção e situação financeira do país crescer, porém isso não parecia ser o bastante. Os franceses continuaram a pegar em armas e agir com mais violência. Com a criação da guilhotina, inúmeras pessoas foram mortas injustamente e o país tornou-se um campo de guerra.

Com a população desesperada e fora de si, todos passaram a culpar o Rei pela situação em que a França se encontrara. Com isso, invadiram o palácio real e levaram o Imperador Tom Dupain à guilhotina. E, dias mais tarde, fizeram o mesmo com a rainha de nacionalidade chinesa Sabine Cheng.

E, com isso, o reino estava sendo deixado nas mãos da filha única do casal: Marinette Dupain-Cheng. Ela tinha apenas doze anos quando seus pais foram assassinados em frente ao palácio onde crescera, fazendo assim a Revolução Francesa acabar no dia em que eles morreram: 9 de novembro de 1799.

~X~

Atualmente, em 1803, Marinette havia feito dezesseis anos de idade. Após anos sem um governante em exercício, a jovem resolveu antecipar sua maioridade e tornar-se a Rainha do Império Francês.

Porém a mesma sabia que corria perigo vivendo sozinha no castelo. Mesmo com o fim da Revolução, muitos exigiam o fim da Monarquia e queriam sua cabeça em uma bandeja de prata. Por nunca sair de casa, ninguém nunca vira o seu rosto. Seu pai sempre soubera que esse dia iria chegar, por isso sempre protegeu sua filha o bastante para que ela estivesse pronta para liderar sem que a população a conhecesse.

Quando fizera treze anos, Marinette foi a escolhida para ganhar o Miraculous da Criação, tornando-se a Ladybug. Usando seu ioiô Talismã, ela combate os inimigos e rivais que desejam tomar o seu reino: os seguidores de Hawk Moth, o homem que deseja tomar o seu reino e portador do Miraculous da Borboleta.

            E então, desde o dia em que ganhou o Miraculous da Criação, Marinette aparece nas ruas apenas vestida como Ladybug, para não revelar sua real identidade.

Com isso, ela conta com ajuda de suas fiéis amigas: Alya, Juleka, Lila, Mylene e Rose. Todas elas, princesas de outros reinos, decidiram por conta própria morar no palácio real pela segurança de Marinette. Afinal, como ninguém nunca vira a verdadeira aparência da Ladybug, ao invadirem o castelo, não terão como saber quem é a verdadeira rainha sem a máscara. Uma estratégia que colocava em risco a vida de todas essas garotas e no qual Marinette será eternamente grata a elas.

–Vossa Majestade, temos um problema! –um dos guardas do local adentrou o quarto de Marinette, onde a mesma se encontrava sentada lendo seu livro. Confiava em seus guardas o suficiente para poder andar dentro do palácio sem sua roupa de Ladybug. –Mais um acidadã Akumatizado por Hawk Moth apareceu! Ele está destruindo a zona comercial de Paris e diz chamar-se “Tormenta”! Mais uma vez, ela diz em nome de Hawk, exigindo o seu Miraculous e a renúncia do trono.

Ao ouvir tais palavras, Marinette levantou-se da cama bruscamente e com os punhos fechados. Olhou para seu guarda e acenou com a cabeça. Em seguida, o homem fez uma breve reverência e saiu do aposento sem dizer mais nada.

–Esta na hora de Ladybug entrar em ação mais uma vez –sua Kwami disse, sentada em seu ombro.

–Tikki, transformar!

Ao dizer tais palavras, Tikki entrou no brinco de sua mestre, dando a ela o poder de seu Miraculous. Em questão de segundos, Marinette já estava usando sua tradicional roupa de Ladybug: uma espécie de macacão vermelho com bolinhas pretas com seu Talismã preso na cintura, coberto por cima desse uniforme uma longa capa preta e botas vermelhas com detalhes negros; e também usava sua máscara vermelha com cinco bolinhas pretas.

Usando seu ioiô como um como corda, Ladybug voou pelos céus em direção ao seu adversário.

Uma garota que usava o tempo a seu favor estava destruindo lojas de comércio do seu reino. Ladybug irritou-se ao ver a população no qual é seu dever proteger sendo atacada. Sem hesitar, ela jogou seu ioiô e o amarrou no punho da Tormenta no qual era segurava o Guarda Chuva.

–Com certeza é ali onde está o Akuma –ela sussurrou para si mesma.

–Achei que não viria mais, Ladybug. Entregue o seu Miraculous ou eu farei uma ventania tão forte nesse local que tudo aqui irá desaparecer!

–Eu não permitirei! –Ladybug correu em direção a sua oponente, mas logo recuou. Tormenta usava o vento ao seu favor, jogando objetos em sua direção. Teria que pensar em uma estratégia para aproximar-se dela antes de a mesma destrua a cidade.

–Talismã! –ao jogar seu ioiô em direção aos céus, o mesmo lhe concedeu um pequeno pano vermelho com bolinhas negras, assim como seu uniforme. –Ah? O que eu irei fazer com isso?

Olhando seu ao redor, Ladybug sentiu o que precisava ser feito graças ao seu instinto de joaninha. Mas havia um problema: ela precisava de ajuda.

–Não abaixe sua guarda comigo, Ladybug!

Quando despertou de seu transe, Labybug fora arremessada com a força do vento para longe, caindo no chão. Antes que pudesse levantar, vira que Tormenta lançou uma carruagem em sua direção. Fechou seus olhos com força preparada para o impacto a seguir.

–Cataclismo!

Quando ergueu o olhar, vira um homem à sua frente usando somente a mão direita para fazer a carruagem virar pó. Ladybug o encarou boquiaberta.

Que tipo de habilidade era essa? Assim como ela, esse rapaz era também um portador de Miraculous?

–Desculpe a demora, você deve ser a Ladybug. Muito prazer, eu me chamo Chat Noir, o portador do Miraculous da Destruição e o seu parceiro.

–E porque devo confiar em você? –Ladybug perguntou, o encarando seriamente.

–Porque um trabalho em dupla é mais divertido.

Chat Noir ajudou a menina a levantar-se, e foi aí que Ladybug o encarou pela primeira vez: cabelo loiro, uniforme e mascará preta, segurava em sua mão esquerda um bastão de aço. Tinha orelha e rabo assim como um gato, a única coisa em sua roupa que não era negra é o sino que havia em seu pescoço.

Quando levantou seu rosto, percebeu que ele a encarava com um sorriso em seus lábios. Isso a fez corar. Seus olhos eram verdes tão intensos que pareciam uma esmeralda de tão lindos.

-Não o considero um parceiro, prefiro trabalhar sozinha –a menina respondeu friamente, sem dar o braço a torcer. Sem dúvidas, o maior defeito que tinha é o orgulho. Após emburrar a cara e suspirar pesadamente, ela resmungou: –Mas eu preciso da sua ajuda desta vez.

Esperava que Chat Noir respondesse com algum tipo de trocadilho ou algo do tipo, mas ele apenas continuou com seu sorriso bobo nos lábios e disse:

–Como quiser. Qual é o plano?

–Apenas a distraia, o resto deixa comigo.

–Bastante autoritária você, não acha? –Chat Noir recebeu um olhar de desaprovação de Ladybug, o que fez ele sorrir e correr em direção à Tormenta. –Deixa comigo, Bugboo!

–Bugboo? –ela gritou furiosa ao ouvir o apelido que aquele gato lhe dera. Porém não teve tempo para resmungar, ele estava fazendo um bom trabalho. Chat Noir tinha uma ótima esquiva e era extremamente rápido, nenhuma habilidade da Tormenta o atingia.

Quando a vilã do guarda chuva negro se enfureceu, usou uma forte ventania ao seu favor para levantar Chat Noir nos ares: era o que Ladybug esperava. Antes que pudesse ser engolida pelo vento, a heroína de joaninha amarrou seu ioiô na perna de Tormenta e, usando o pano que ganhou do Taslimã, voou pelos céus.

–Mas o que...? Desgraçada! –Tormenta tentou cortar a corda que lhe prendia a Ladybug, porém o vento agitava seus movimentos.

–Chat Noir, agora! –Ladybug gritou e no mesmo instante Chat pulou sobre a corda que prendia as duas garotas, fazendo o guarda chuva de Tormenta escapar sobre suas mãos.

–Chega de maldade, Akuma –Ladybug disse firmemente, pisando no objeto caído no chão –Hora de aniquilar à maldade. Miraculous Ladybug! –ao gritar tais palavras, a borboleta voltara a ser branca e todas as lojas destruídas estavam normais. Com o tempo, a população começava a se aglomerar ao redor da heroína mascarada.

–Você nos salvou, Rainha Ladybug! –as criancinhas pulavam de alegria ao verem a super heroína frente a frente. –Você é demais!

-Obrigada, mas eu não conseguiria fazer nada sem a ajuda do Chat Noir –ao olhar para os lados, percebeu que Chat não estava mais no local. Pensou em perguntar algo, mas o “bip bip” de seu brinco a despertou de volta à realidade. –Eu tenho que ir, se cuidem povo de Paris!

Então, Ladybug voou pelo céu novamente.