História La Magie Noire et L'amour - Vigésimo Quinto: Final

Haviam se passado dez anos desde o casamento da Rainha Ladybug e a França nunca esteve em tão plena paz como atualmente. A situação econômica do país melhorou muito e todas as classes sociais estavam conseguindo reerguer-se aos poucos. Tudo estava nos eixos.

Conforme o tempo passava, Marinette via suas amigas casarem-se com príncipes de Reinos vizinhos –com exceção de Alya, que casou-se com Nino após engatarem em um namoro dias depois da cerimônia do casamento da Rainha da França.

Lila e Gabriel Agreste foram condenados à prisão perpétua devido à traição. Mari admitiu internamente que sentia falta de suas aventuras ao lado de Chat Noir, mas sabia que isso já fazia parte de um passado.

–Está na hora de nos despedirmos, Mari –Tikki lhe dissera, sentada sobre suas mãos tristemente.

A azulada assentiu tristemente, caminhando juntamente com Adrien pelas ruas de Paris até chegarem na estância termal dita pelos seus Kwamis, adentrando o local silencioso. Antes que pudessem abrir os lábios, a silhueta de um senhor bastante simpático apareceu, cumprimentando-os.

–Que honra receber a visita dos Reis da França em meu estabelecimento –ele dissera. –Posso ajudar em algo?

Ambos se entreolharam, sem saber o que falar. Mas como se tivesse lido seus pensamentos, o senhor perguntou logo em seguida:

–É sobre os Kwamis?

Eles arregalaram os olhos em surpresa, fazendo o senhor constatar que sim pela expressão deles. Logo em seguida, Tikki e Plagg apareceram voando pelos ares.

–Ele é o Mestre Fu, o Guardião dos Miraculous –Tikki explicou. –Ele que escolheu vocês dois.

–O Wayzz tinha me avisado sobre a visita de vocês –Mestre Fu disse, apontando para o seu Miraculous da Tartaruga que voava pelos ares. –Ele mandou um sinal para Tikki e Plagg, avisando que havia chegado a hora de vocês entregarem seus Miraculous. Vocês cumpriram seus deveres como Ladybug e Chat Noir.

–M-Mas o que acontecerá com eles? –Marinette perguntou, preocupada.

–Ficarão algum tempo desativados, mas não se preocupem: o mundo sempre irá precisar dos Miraculous, eles logo estarão de volta em ação. Mas por ora, preciso que vocês se despeçam deles.

Os Kwamis se entreolharam para logo em seguida aproximarem-se de seus atuais Guardiões com uma expressão triste. Marinette ficou com os olhos cheios de lágrimas, segurando a pequena joaninha em mãos para envolvê-la em um gentil abraço de despedida.

–Você foi uma excelente Ladybug –Tikki sussurrou. –Foi um prazer lutar juntamente com você, Mari.

–Até que fomos uma boa dupla –Plagg respondeu na maneira gentil dele, sorrindo ironicamente. –Irei sentir sua falta, garoto.

–Obrigado por tudo e se cuide, Plagg –o loiro respondeu enquanto erguia um último pedaço de queijo para o felino, que sorriu bobamente antes de comê-lo.

Então, na mesma hora, Marinette retirou seus brincos e Adrien seu anel –fazendo os Kwamis evaporarem do ar. Suspiraram pesadamente quando a realidade bateu de frente: isso era mesmo um adeus. Estenderam suas mãos até o Guardião, que pôs os respectivos Miraculous dentro de uma pequena caixa selada.

–Sinto muito. Sei que deve ser difícil depois de passarem tantos anos juntos, mas é necessário. Muito obrigado por terem cuidado tão bem deles durante esse tempo, vocês foram excelentes –o senhor curvou-se em um sinal de respeito.

O casal sorriu enquanto despediam-se do senhor, saindo do estabelecimento e deixando um pedaço de suas identidades para trás. O Yin-Yang, a Criação e a Destruição, os opostos tão similares... Era um adeus para eles.

Adeus, Tikki. Adeus, Plagg.

~X~

A Rainha e o Rei mal conseguiam se ver durante a semana tão agitada para o palácio. Inúmeros negócios a serem fechados, papéis burocráticos para serem assinados e reuniões intermináveis. Quando um chegava aos aposentos, o outro já se encontrava adormecido entre os lençóis.

Acabavam trocando poucos diálogos, o que faziam ambos sentirem falta um do outro. Tantos acontecimentos que Marinette nem tivera tempo de contar que...

–Vossa Majestade, está me ouvindo? –o Conselheiro de Manto Verde perguntou, tirando a Rainha de seus devaneios.

–Uh? Me desculpe, estou com a cabeça nas nuvens –ela deu um sorriso sem graça, coçando a cabeça. –Pode repetir, por favor?

–Desculpe a intromissão, mas Vossa Majestade ainda não contou para seu marido? –tal pergunta repentina fez com que Marinette arregalasse os olhos, fazendo seu Conselheiro crer que sim. –Ele precisa saber.

–Eu sei, é que mal tivemos tempo para conversar e quero procurar o momento ideal para contar. Estou nervosa com a reação dele.

–Não precisa temer, Vossa Majestade, ele lhe ama.

Marinette sorriu, grata. Sabia que seu Conselheiro estava certo, Adrien lhe amava e com certeza iria adorar a novidade que tivera. Com tal pensamento em mente, a azulada tomou uma decisão: o esperaria acordada.

Não passaria dessa noite.

O loiro adentrou o seu quarto exausto, ansioso para um logo banho e descanso. Suas pernas imploravam para que ele sentasse e seus olhos mal conseguiam manter-se abertos. Mas para sua surpresa, quando fechou a porta detrás de si, viu que sua esposa estava sentada na beirada da cama lhe esperando.

Será que aconteceu algo sério? Pensou. Num misto de curiosidade e dúvida, perguntou acanhado:

–Está tudo bem?

–A-Adrien, tem algo que eu preciso te contar –Marinette sussurrou, tímida. –E não pode passar desta noite! Sei que você está cansado, mas prometo que será rápido.

Ele coçou a cabeça e fez um aceno, como se pedisse para ela prosseguir. Munida de coragem, Marinette ficou de pé e caminhou em sua direção, segurando as mãos dele para logo em seguida colocá-las sobre sua barriga.

Corou em nervosismo. Não era necessário dizer mais nada. No segundo seguinte Adrien arregalou os olhos em surpresa, tentando decifrar se ela falava sério ou se era alguma pegadinha. Para acalmá-lo, a azulada apoiou sua mão sobre a dele, ainda em sua barriga, sorrindo.

–Você está...? –ele perguntou, num fio de voz. Um grande sorriso brotou em seus lábios.

–Sim. Vamos ser papais –quando ela respondeu, Adrien deu um pequeno grito de alegria e a pegou no colo, girando-a no ar como uma princesa. Eles começaram a rir juntamente, se entreolhando.

O loiro colou seus lábios nos dela no instante que sentiu os pés de Marinette tocarem o chão, deslizando suas mãos pelas costas da mesma. Estava muito, muito, muito feliz. Teria uma família com a mulher que ama.

–Eu amo você, Bugboo –ele falou o mais alto que podia, sorrindo bobamente. Iria ser pai, céus! Essa era a melhor notícia que Marinette poderia ter lhe dado!

–Eu também amo você, meu gato preto de rua –ela sorriu ao tocar no queixo dele, igual fazia quando estavam como Ladybug e Chat Noir.

Marinette respirou em alívio, havia ficado nervosa por besteira. Adrien lhe amava e com certeza amaria seu filho –e a família que seriam. Inúmeros pensamentos vieram em sua mente: menino ou menina? Seria loiro como o pai ou de cabelos azuis como a mãe? E a cor dos olhos?

Tratou de afastar essas ideias logo em seguida. Não importa a aparência ou sexo, amaria esse bebê por um único motivo: era seu filho e do homem que ama. Depois de ambos perderem sua família na Revolução, seus Miraculous os uniram e agora teriam sua própria família.

Como nos contos de fadas, conseguiram um final feliz. Só que bem melhor e mais mágico do que haviam sonhado.

FIM.