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História La Preciosa - Dans la poursuite du bonheur


Escrita por: smokejauregui

Notas do Autor


POSSO OUVIR UM AMÉM????????????
Meu Deus a quanto tempo eu tento voltar para essa fic e então finalmente surgiu uma oportunidade, onde eu fui convidada a matar vocês, literalmente. Porque se bem estou certa, agora mtos de vcs receberam, o que, pelo menos 5 notificações de fics MARAVILHOSAS? Cara, quando a @kcestrabao veio falar cmg não tinha outra resposta, eu queria voltar, precisava voltar e era a oportunidade perfeita.
Eu não tenho o mesmo tempo de vida para me dedicar a LP como quando eu comecei, eu acordo as duas da manhã para trabalhar, chego em casa uma da tarde, durmo para acordar as cinco da tarde e ir para a faculdade que vai até a meia noite. Ou seja, cadê vida pra escrever? Não existe, finais de semana eu sou um cadáver, durmo todas as 24h q to em casa para repor energia.
Enfim, apenas quero q vcs entendam q não é falta de vontade e sim de tempo, eu entro de férias em dezembro, então espero q a partir dali eu possa desenvolver a fic, até pq escrever esse capitulo me deu TAAAAAAAAAAANTAS ideias para o rumo dela q eu queria poder sentar e escrever 20 capítulos dela de uma vez.

DESCULPEM PELO TEXTÃO, OBRIGADA AOS Q AINDA ACOMPANHAM E AMAM ESSA FIC COMO EU, AOS Q MANDAM MENSAGEM PERGUNTANDO KD A FIC E AOS Q QUEREM ME MATAR COM RAZÃO.

Eu amo mto essa história e espero q vcs gostem de tudo que tem sido escrito até agora, pq ela foi feita pra vocês!

Chega de papo, partiu capítulo.

Tradução:

Dans la poursuite du bonheur = Em busca da felicidade

Capítulo 24 - Dans la poursuite du bonheur


Lauren POV

Já havia desistido de dormir nas três primeiras horas de voo. Fletcher não parecia ter o mesmo problema que eu, já que o seu corpo encontrava-se jogado na poltrona ao lado. Minha mente trabalhava nas poucas 24 horas que eu passaria em Miami e tudo que eu tinha que fazer. Um passo errado significaria nunca mais ver Mábelle.

Eu não tenho margem para erro.

Uma chance para me sentar e contar uma das maiores mentiras da minha vida, eu desistiria da luta pela justiça com um belo de um espetáculo. E assinaria a sentença de liberdade do homem mais me fez mal na vida.  E como se não fosse suficiente, com a ajuda da única pessoa que deveria me amar incondicionalmente.

Eu não queria remoer esse sentimento novamente. Seria a última vez que me deixaria ser atingida por aquela mulher. O nosso laço foi cortado a muito tempo e depois de hoje, eu espero que ela esteja preparada para me enfrentar frente à frente.

[...]

- Que belo voo, nem acredito que consegui dormir durante quase todas as 9 horas. – Fletcher comentava enquanto caminhávamos para a saída do avião.

- Eu também não acredito que tive que aguentar você babando no meu ombro por todo esse tempo. – Respondi mal-humorada

- Não diga calúnias, eu não babo e se você não dormiu foi porque a sua mente bagunçada estava trabalhando a todo vapor, se bem lhe conheço. – Soltei um murmúrio insatisfeito por ele saber tudo sobre mim. – Eu sabia. E te avisei para comprar um remédio no aeroporto, mas você sempre teimosa, não é mesmo? – Disse enquanto me olhava divertido.

- Você pode parar de falar e sair logo do avião? A fila andou. – Apontei para frente, mostrando os outros passageiros que terminavam de pegar suas bagagens de mãos e abandonavam a aeronave.

- Não fique brava porque eu estou certo. – Falou enquanto caminhava. Decidi ignorar sua fala e segui o caminho para fora daquele lugar.

Logo no primeiro degrau fui atingida pelos raios solares fortes que agrediram minhas pupilas sensíveis e não demorei a buscar pelos meus óculos na bolsa de mão. Observei Fletcher afrouxar a gravata enquanto se abanava devido à alta temperatura.

Ainda que eu estivesse com uma roupa leve, o tempo que eu podia apostar estar acima dos 30º C também me incomodava, fazendo com que eu torcesse para entrarmos em um lugar com ar condicionado, ou onde eu apenas pudesse tirar o delicado cardigã do meu corpo.

Em pouco tempo conseguimos pegar nossas bagagens na esteira e prontamente nos dirigíamos a saída.

Reconheci uma cabeleira loira no portão de embarque parecendo brigar com um homem mais alto e apressei meus passos para alcança-la.

- Eu não posso lhe deixar muito tempo sozinha sem que arrume confusão, certo Jane? – Minha voz fez com que ela interrompesse seus gritos com o homem e se virasse para mim com um enorme sorriso e imediatamente eu estava sendo esmagada por um abraço que eu pensei que pudesse me sufocar.

- Que saudades eu estava de você branquela! – Dinah segurou meu rosto entre as mãos, enchendo-o de beijos, fazendo com que eu soltasse uma gargalhada.

- Acho que sua namorada não gostaria nada disso DJ.

- Ela sabe que eu gosto de variar o cardápio.

- Você gosta do que Hansen? – Escutei a voz soar firme atrás da minha amiga. Observei a loira mais alta arregalar os olhos, enquanto observava Normani com os braços cruzados e a cara amarrada.

- Eu estava dizendo para a Laur, que você sabe como eu não trocaria você por nada minha nega. – Dizia tudo com um sorriso amarelo, enquanto puxava Mani pela cintura.

- Você é uma sem vergonha isso sim. – Logo vi uma careta surgir no rosto da DJ, devido ao tapa que levou. – Como se não tivesse bastado ter me deixado sozinha depois de sair correndo pelo aeroporto, ainda lhe encontro falando besteiras por aí.

- Mas eu estava só brincando meu amorzinho. – Sua voz melodiosa, fez Normani revirar os olhos. – E eu precisei correr se não a surpresa não daria certo.

- Dessa vez passa Jane. – Dinah sorriu grande por isso. – Mas, não vamos dormir abraçadas essa noite. – E assim eu vi a expressão da loira murchar novamente.

- Mas Mani... – E com um olhar severo, ela se calou. Quem diria, Dinah Jane sendo domada.

- Sem querer atrapalhar o casal, mas eu e Fletcher não temos muito tempo, vamos ficar apenas 24 horas por aqui.

- O quê? Porque não me disse isso antes branquela?

- Eu ia te ligar mais tarde DJ. – Falei tranquila enquanto caminhávamos em direção a saída do aeroporto.

- Ah sim, mais tarde quando estivesse pegando um voo de volta para Paris, aposto. – Resmungou.

- Não seja dramática Dinah. Eu ia tentar te ver.

- Claro que ia. – Falou sarcástica.

- Amor não seja assim, se a Lauren disse que ia é por que é verdade. – Normani falava carinhosa, tentando desfazer o bico que se formou.

- Meninas. – As duas pararam para me encarar. – Eu sei que vocês vieram nos buscar, mas eu e o Léonard temos algumas coisas para resolver e só devemos ir para casa à noite, então acho melhor pegarmos um táxi.

- Claro que não Lauren, pode deixar que Dinah os leva e eu pego um táxi para casa.

- Que isso Mani, não precisa. – Tentei argumentar.

- Precisa sim, vai ser bem mais fácil ir para aonde vocês precisam de carro.

- Você tem certeza, amor? – Dinah questionou com os olhos preocupadas.

- Tenho sim, DJ. – Bicou seus lábios. – Apenas leve a Laur aonde ela precisar e nos vemos mais tarde, tudo bem?

- Está certo. – Eu olhei para o Fletcher que desviava o olhar para qualquer lugar, tentando não observar as duas mulheres que agora trocavam um beijo carinhoso.

- Até logo e boa sorte Laur. – Normani desejou após se despedir da loira.

- Nos vemos em breve Normani e obrigada por isso.

- Sem problemas. – Virou-se para o Fletcher. – Foi um prazer te conhecer. – Disse ao apertar sua mão.

- Digo o mesmo, senhorita Normani. – E com um último acenar de cabeça, vimos a negra se encaminhar a fila de táxis com passos graciosos.

- Acho que podemos ir, sim? – DJ nos questionou e assim fomos até o estacionamento e logo nos encontrávamos acomodado em sua Mercedez SUV. – Para onde vamos?

- Bom, acho que é melhor irmos primeiro ao Addiction Treatment Center que fica em South Miami.

- Tudo bem. – Falou enquanto manobrava.

Seguimos o caminho com apenas o som do rádio tocando. Eu sabia que Dinah tinha muitas perguntas, mas imaginava que iria preferir faze-las quando estivéssemos a sós. Fletcher manteve-se ocupado por um bom tempo com o seu celular até pigarrear chamando nossa atenção.

- Laur? – Murmurei em resposta. – Você se importaria de ir até o ATC sozinha?

- Por que? – Franzi o cenho.

- Tenho algumas coisas a resolver no escritório de advocacia de uma amiga no centro de Miami.

- Sem problemas, eu não me importo de ir sozinha.

- Muito obrigada pela consideração. – Dinah dramatizou.

- Você entendeu Jane. – Revirei os olhos.

Não demorou até que chegássemos ao centro e Fletcher pulasse do carro em direção ao tal escritório. Após a sua saída eu pude contar apenas 10 segundos antes que a aminha amiga desligasse o som e me olhasse como que em questionamento.

- Clara armou tudo. – Foi tudo que eu disse como se aquilo respondesse as suas perguntas.

- O quê? – Perguntou confusa.

- O casal, a ação, o laudo falso, foi tudo ela.

- Ma...mas como? – Dinah parecia tentar entender.

- Eu não sei bem como ela o fez. Mas ela me visitou a 36h atrás informando orgulhosa sobre o seu plano de como tinha tirado minha filha de mim. – Vi DJ apertar o volante e sabia que ela estava ficando com raiva.

- Por que isso Lauren?

- A denúncia, ela quer que eu retire a queixa contra o Mark ou então ela pretende sumir com a minha filha.

- Eu odeio essa mulher. – Bateu no volante, fazendo o som da buzina soar e eu pular no lugar.

- Não se preocupe com isso Dinah, o que é dela ainda está guardado.

- Como você pode ficar tão calma com isso Lauren? – Perguntou com raiva. – Ela tirou nossa menina da gente e ainda teve coragem de ameaça-la.

- Vai por mim DJ, eu já estive com muita raiva dela. Mas tudo que eu consigo pensar agora é em conseguir a Mábelle de volta e então eu vou pensar em como acabar com os dois.

- E eu vou te ajudar é claro.

- Eu não tenho dúvidas disso. – Olhei para ela enquanto sorria em cumplicidade.

- Mas o que faremos aqui, afinal? – Falou enquanto estacionava em frente a clínica de reabilitação.

- Você verá. – Disse enquanto tirava o cinto e saltava para fora do carro observando aquele lugar que mais parecia uma casa se não fosse pela enorme placa que apontava “Addiction Treatment Center de South Miami”.

Caminhamos lentamente até a entrada e pudemos ver algumas pessoas na varanda. Eles nos observaram entrar, mas logo retomaram as duas conversas. Observei uma jovem atrás de um balcão e me aproximei ganhando sua atenção.

- Olá. – Falou simpática demais. – Posso ajuda-las?

- Eu gostaria de falar com a responsável pela clínica.

- Você agendou um horário com a Margot? – Questionou já folheando uma agenda.

- Não, eu apenas preciso da ajuda dela.

- Ah sim, vai internar algum familiar? – Perguntou compreensiva.

- Também não. Me desculpe é um assunto que devo tratar apenas com ela.

- Sem problemas. Aguarde um instante ali, por favor. – Pediu apontando poltronas a sua direita. – Me acomodei nas mesmas sendo acompanhada por Dinah.

Pude observar melhor o ambiente, suas paredes cinzas e muitos corredores, do lado ao contrário tinha uma escada onde eu imaginei ficar os quartos. Muitas pessoas transitavam pela casa normalmente como se ali fosse mesmo um lar e não uma clínica. Acho que isso é bom, deve deixá-los mais confortáveis com a situação.

Fui tirada dos meus pensamentos por Dinah que me cutucava e logo a encarei vendo a mesma apontar à minha frente. Uma mulher mais alta por volta dos 50 me encara de maneira neutra e eu sem demora me apressei em levantar.

- Você é a responsável pelo ATC?

- Sim, eu sou a Margot, diretora geral. E quem seriam vocês? – Perguntou com as mãos cruzadas em frente ao corpo enquanto encarava eu e a minha amiga.

- Bom, eu sou Lauren Jauregui e essa é minha amiga Dinah Jane.

- Senhorita Jauregui, eu ouvi falar de você essa semana. Mas admito que não esperava vê-la por aqui.

- Como?

- Vamos para o jardim para conversarmos melhor, sim? – Vi a mesma caminhar em direção a um corredor que levava a portas francesas. O jardim era amplo e muito bonito, um grupo de mulheres riam sentadas embaixo de uma grande árvore. A cena me chamou atenção pelo modo descontraída e ao mesmo tempo a intimidade que elas demonstravam entre si.

- É difícil encontrar pessoas com as mesmas histórias e problemas. As pessoas tendem a dizer que tudo vai ficar bem, que elas sabem pelo que você passa. Mas elas não sabem. – Margot dizia enquanto olhava para o mesmo lugar que eu. – Elas podem não ter as mesmas histórias, mas por um momento todas elas tiveram a mesma sensação, o mesmo sentimento de impotência. Por isso quando você as vê acredita que elas se conhecem a anos, mas muito pelo contrário, são apenas dias, semanas. No entanto, são com essas pessoas que elas conseguem se abrir como não fazem nem com seus familiares. Porque as vezes tudo que você precisa é de alguém que diga, eu já passei pelo que você está passando e vai ficar tudo bem. – Completou me olhando como se pudesse me desvendar. Permanecemos em silêncio nos encarando, antes de eu encontrar minha voz para falar.

- O que você quis dizer com “eu ouvi falar de você”? – Vi a mesma acomodar-se em uma mesa no deck e a acompanhei, tendo Dinah atrás de mim protetoramente.

- O senhor Fletcher me ligou a um dia atrás e me informou que nós do ATC tínhamos fornecido um laudo para um processo, este cujo qual tinha a minha assinatura.

- Então foi você?

- Eu não o fiz. Mas sei quem foi. – Falou calmamente.

- E onde está essa pessoa? Eu preciso dela agora! – Exigi firme.

- Infelizmente ela se demitiu a 3 dias atrás. Eu não entendi muito bem, afinal era uma mulher que precisava do dinheiro devido ao problema de saúde do filho. Mas então quando seu amigo me ligou, tudo fez sentido.

- Então me passe um endereço, um número, eu preciso de algo.

- Sinto em dizer que isso está fora de questão senhorita Jauregui. São dados pessoais e sigilosos que eu não posso lhe fornecer.

- Você não está entendendo o que está em jogo.

- Eu sei tudo o que está em jogo, mas ainda não posso fazer o que me pede.

- Acho que nossa visita até aqui foi inútil Laur. – Dinah disse enquanto apertava meus ombros em um sinal de apoio. Estava pronta para me levantar quando a mulher mais velha voltou a falar.

- Mas acredito que eu possa lhe dar um documento que pode servir.

- E qual seria? – Perguntei com a sobrancelha erguida.

- Eu a denunciei. – Me surpreendi com sua fala. – Apesar dela ter sido uma boa funcionária por muito tempo, ela forjou um documento, falsificou minha assinatura e ainda ameaçou o nome da clínica que eu administro. A polícia já foi a sua casa e parece que ela não mora lá desde que pediu demissão, acredito que tenha fugido junto ao filho para poder fazer o tratamento. Eu tenho a documentação do Ofício e posso entrega-la para que possa levar a júri e bom, eles vão conseguir confirmar com a delegacia de Miami a veracidade do mesmo.

- Eu sei que pode parecer loucura, mas não poderia ir até Paris para depor?

- Desculpe, mas não. Esse lugar depende de mim e após esse ocorrido tenho ficado mais atenta a tudo. Não é um bom momento para deixar alguém administrar a ATC.

- Certo. Sendo assim, onde está o documento?

- Eu vou busca-lo em meu escritório. Mas você e sua amiga podem me esperar na recepção enquanto isso.

Não levou muito tempo até que eu a visse caminhar em minha direção com o envelope pardo.

- Obrigada. – Agradeci enquanto avaliava o mesmo.

- Espero que isso ajude-a no que precisa e vou um prazer conhece-la, ainda que nessas circunstâncias.

- Digo o mesmo, e novamente eu agradeço por tudo.

- Sem problemas. Adeus meninas. – Disse e logo se virou em direção as escadas. Observei-a sumir antes de me encaminhar de volta ao carro. Dinah mantinha-se silenciosa respeitando o meu momento e eu me cotinuava a ler aquelas linhas que garantiriam a guarda da minha filha.

- Para onde agora? – Perguntou enquanto manobrava o carro.

- Vamos para delegacia. Irei mandar uma mensagem para que Fletcher nos encontre lá.

- Certo. – O som baixo do rádio logo preencheu meus ouvidos. John Mayer soou baixo e eu logo me peguei prestando atenção nas letras.

Girls become lovers who turn into mothers,

so mothers be good to your daughters too.

Aquela letra me soou tão propícia e irônica ao mesmo tempo que me fez rir.

- Do que está rindo?

- Da vida, ela sempre nos surpreende quando menos esperamos. – Falei com um sorriso irônico brincando nos meus lábios. Dinah não pareceu entender, mas também não questionou apenas continuando o caminho até MPD.

Após 40 minutos em um caminho tranquilo, avistei Léonard em sua pose de advogado em frente à delegacia.

- Ainda bem que chegaram. – Falou afobado.

- O que aconteceu?

- Eu andei me informando e parece que o delegado responsável pelo seu caso já não está mais nesse distrito.

- Como assim?

- Ele foi transferido para o 13º Distrito e agora tem uma nova delegada que está tomando conta de tudo.

- Eu não acredito nisso. Já seria difícil falar com o Caputo sobre a retirada da queixa, imagine com uma estranha.

- Bom, talvez ela não questione tanto, afinal tem apenas de um mês da denúncia, não acredito que ela será rígida sobre isso.

- Espero que você tenha razão. – Falei antes de segui-lo delegacia a dentro.

Vi Fletcher falar com um dos policiais que apenas concordava com a cabeça e este logo se virou em direção a uma porta que eu sabia que estava a delegada. Não demorou muito para uma pequena mulher surgir. Se não fosse pela sua postura firme, eu provavelmente riria devido ao seu tamanho. Seus olhos castanhos focaram-se em mim e seguiram assim até que ela estivesse próxima.

- Queriam falar comigo?

- Sim, minha cliente veio retirar uma queixa e fomos informados que você é a nova responsável pelo caso.

- Está correto. Sou Ally Brooke, transferida de LAPD responsável pela Gangs and narcotics.

- Certo, queremos formalizar a retirada de queixa, mas antes eu gostaria de ter uma palavra a sós com a senhorita. – Fletcher falou fazendo com que eu erguesse uma sobrancelha em questionamento.

- Tudo bem, podemos seguir até o meu escritório enquanto sua cliente e amiga aguardam aqui.

Léonard me lançou um olhar como se dissesse que depois explicaria e então rumou até o escritório. Sentei-me e tentei pensar em um motivo para o mais velho querer conversar com a delegada antes de mim. Dinah não parecia ter as mesmas preocupações que eu, parecendo bem à vontade pelo lugar e se servindo de um café. Foram 20 minutos até Brooke aparecer me chamando para entrar. Dinah manteve-se no lugar, agora trocando mensagens com sua namorada, enquanto eu entrava naquela sala fria.

Meu advogado já estava sentado e eu me acomodei no assento livre.

- E então?

- Eu quero retirar a queixa de estupro contra meu padrasto.

- E qual seria o motivo?

- Bom, meu advogado me explicou que devido o caso ter muitos anos, talvez o juiz considere deixa-lo em liberdade e isso fez com que eu apenas quisesse deixado pra lá.          

- Tudo bem senhorita Jauregui. – Suspirei em alivio por ter sido tão fácil. Vi a pequena delegada digitar rapidamente em seu notebook concentrada e isso me permitiu analisa-la melhor. Seus cabelos loiros encontravam-se em um coque perfeito, as unhas curtas em um tom mate digitavam com agilidade. A mulher poderia ser considerada delicada se não fosse por sua pose ereta e expressão dura. Fiquei imaginando como seria ela dando ordens em todos esses homens, mas logo fui desperta por sua voz chamando minha atenção.

- Sim?

- Preciso que assine este documento que apresentar o seu pedido para a desconsideração da queixa.

- Tudo bem. – Falei antes de pegar o papel. Li todas as linhas daquela folha e a contragosto assinei onde constava meu nome. Mark era um homem livre e isso me assustava de certo modo.

- Está tudo certo, estão liberados agora.

- Muito obrigada pela disposição delegada Brooke. – Léonard falou.

- Apenas fazendo meu trabalho senhor Fletcher.

- Obrigada Brooke.

- Disponha Jauregui.

- Vamos? – Perguntei para o mais velho.

- Sim. – Respondeu acenando para porta.

- Adeus delegada.

- Acredito que seja um até logo senhorita Jauregui.

- Por quê diz isso? – Me voltei para mulher que parecia ter um pequeno sorriso no rosto.

- Apenas um pressentimento que nossos destinos se cruzarão mais vezes.

Sua fala não me agradou, mas tampouco me dei trabalho de responde-la, apenas querendo sair daquele lugar o mais rápido possível, marchei em direção a saída, vendo Dinah já de pé junto a Léonard, passei pelos dois e logo ouvis seus passos atrás de mim. O alarme do carro soou e eu apenas me acomodei no banco confortável sentindo como se finalmente pudesse respirar.

- Aconteceu alguma coisa Laur?

- Não, eu apenas estava com falta de ar naquele lugar.

- Tudo bem, temos mais alguma parada a fazer ou podemos ir para sua casa?

- Eu preciso da minha casa, por favor DJ.

Ela nada respondeu. Podia sentir o olhar do Fletcher sobre mim, mas não ousei me pronunciar. Algo naquela sentença da delegada martelava em minha mente. Tinha alguma coisa muito errada acontecendo, mas eu não conseguia entender o que. Fiquei pensando sobre isso e antes que eu percebesse já havia sido levada pelo sono.

[...]

- Lauren? – Ouvi uma voz distante em chamar. – Jauregui. – Resmunguei em resposta. – Por Deus, depois diz que sou eu quem baba. – Lauren. – Um grito foi dado e eu logo pulei em susto.

- Mas que merda Léonard! – Falei enquanto passava a mão no rosto. – Precisava de tudo isso?

- Bom, eu tentei ser mais suave, mas você não me deu escolha. – Disse dando de ombros. 

Olhei a minha volta e percebi que estava em casa, mas minha última lembrança era de estar dentro da SUV da Jane.

- Como vim parar aqui?

- Eu te carreguei. Você caiu em um sono pesado no carro já que não dormiu durante o voo. Dinah quis te acordar, mas como um bom amigo te trouxe até aqui. De nada.

- Convencido. – Bufei

- Mal-agradecida.

- E por que me acordou?

- Bom, aparentemente você não dormiu e sim hibernou. Chegamos em casa quase sete da noite e agora já são...- Olhou no seu relógio. – Cinco e cinquenta da manhã e nosso voo para Paris sai em pouco mais de 3 horas.

- Droga, não deveria ter dormido tanto. Eu queria ido até La Preciosa e depois passar para ver o Chris e talvez a... - Minha frase morreu e eu logo vi um sorriso brincar nos lábios de Léonard.

- E talvez a.…? – Me incentivou.

- Ninguém.

- E desde quando Camila Cabello é ninguém para você.

- Como você...? - Não consegui completar a linha de raciocínio.

- Como eu sei? – Soltou risonho. – Você pode se fazer de durona Lauren, mas o seu coração é muito mais mole do que parece. – Eu ainda estava estática com suas palavras. – Você tem 1 hora antes da Dinah chegar, sua mala está próxima ao closet. – Disse me deixando pensativa.

- Meu Deus, as pessoas têm que parar de jogar suas filosofias sobre mim. – Disse para mim mesma enquanto passava a mão no rosto, tentando espanta o sono.

Levantei logo lembrando que teria que correr se quisesse comer antes de sair e não me demorei no banho. Optei por uma calça jeans, camisa e um Oxford nos pés. Busquei pelo meu caso preto no closet e optei por leva-lo sabendo que sofreria ao chegar em Paris. Deixei o ambiente sendo levada para o quarto tão conhecido por mim. Eu sabia que Mábelle amaria dormir ali e mal via a hora de ter suas coisas espalhadas pelo lugar. Só de saber que na próxima vez que eu pisasse em Miami a teria comigo, meu peito se enxia de alegria. Levei mais alguns minutos no cômodo antes de descer para cozinha. Léonard estava acomodado na bancada comendo o que parecia ser uma salada de frutas.

- O que aconteceu com os ovos e bacon?

- O médico me proibiu devido à pressão alta. – Falou revirando os olhos. Nem parecia que já era um homem formado.

- Você já não é mais tão novo, tem que se cuidar. – Disse enquanto buscava por ingredientes para um sanduíche de pasta de amendoim e geleia.

- Você não pode dizer nada já que está encostada na casa dos 40. – Rebateu.

- Olha aqui velhote, eu to... –

- Bom dia meus amores! – Dinah chegou interrompendo minha fala.

- Qual é a da animação em plena 7 horas da manhã?

- Isso se chama uma noite regada a sexo, minha amiga. – Disse enquanto pegava uma banana da fruteira. – Você deveria tentar, aposto que já está criando teia aí. – Disse enquanto apontava para minha parte íntima.

- Por que você não cuida da sua vida sexual e deixa que eu cuido da minha? – Questionei brava.

- Ela está estressadinha hoje, né? – Perguntou para Fletcher que comia a salada de frutas com uma cara de frustrado.

- Está! Acho que tudo se resolveria se ela transasse com a tal Camila. – Engasguei com sua fala, enquanto minha amiga explodia em gargalhadas. Eu sabia que minhas bochechas estavam vermelhas pela falta de ar. Busquei por água e assim que me recuperei, vi meu amigo comendo como se não tivesse dito nada demais e Dinah me observava com um ar de divertimento.

- Isso por que você nem contou a ele sobre o acordo. – Disse sugestiva.

- Que acordo? – Voltou sua atenção a conversa com um olhar confuso.

- NENHUM! – Gritei antes que minha amiga pudesse abrir a boca. – Por que não vamos logo antes que nos atrasemos?

- Mas eu nem terminei de comer.

- Vai ter comida no voo Léonard, deixei isso aí – Falei enquanto via pelo canto do olho Dinah e seu sorriso sarcástico sobre mim.

- Tudo bem. – Disse descontente.

No caminho para o aeroporto Dinah começou a cantar músicas que sugeriam sexo e apesar de eu estar entendendo suas indiretas, Fletcher parecia absorto demais para entender o que ela queria dizer.

Quase agradeci aos céus ao ver Miami International Airport. Dessa vez apenas Fletcher levava uma mala e eu carregava apenas minha bagagem de mão, já que tinha algumas poucas roupas em Colmar que seriam suficientes pelos próximos dias.

Caminhamos juntos e Fletcher me implorou para parar e comprar um Muffin. Decidi deixa-lo ir já que faltava mais de 1 hora até o voo e neste momento o meu pior pesadelo ocorria. Dinah me observava como se esperasse por algo.

- E então?

- Então, o que

- Você e Camila?

- Não existe eu e Camila e você sabe.

- Então como seu advogado que não sabe sobre o acordo sugeriu sexo entre vocês?

- Ele apenas nos viu juntas em Colmar com Mábelle e supôs algo que não tem.

- Claro, por que só de te ver com uma mulher logo pensamos em sexo, não vem com essa Lo.

- Eu realmente não entendo por que você está tão insistente.

- Você sabe o porquê. – Disse antes de buscar o seu celular no bolso prestes a me ignorar.

- Por que vocês todos ficam fazendo isso? – Perguntei tomando o celular dela e escondendo no bolso.

- Fazendo o que Jauregui?

- Dizendo essas frases filosóficas e interminadas como se quisessem que eu fritasse meus neurônios ao último para descobrir o que realmente querem dizer.

- Eu não sei de onde surgiu isso que te fez surtar, mas posso te responder com certeza que você sabe do que nós estamos falando. Apenas está tentando negar o óbvio, logo sua mente fica dando voltas.

- Vocês são uns idiotas, poderiam apenas ser diretos.

- Se fôssemos diretos, você negaria até o fim, é melhor que descubra por si mesma branquela. – Bufei cruzando os braços. – Agora devolva meu celular, sim? – Ergueu a mão e logo eu lhe devolvi o aparelho.

Ficamos sentadas esperando Léonard que voltou mastigando um enorme Muffin de chocolate enquanto segurava um copo de café na outra mão. Todos pareciam ocupados com algo, então decidi buscar meu celular em busca de distração. Pensei em mandar uma mensagem para o Chris, mas antes de encontrar o seu contato me deparei com aquele nome que tanto parecia se repetir na minha vida. Como tudo que se referia a ela, decidi não pensar e apenas digitei uma mensagem breve.

“Estou no aeroporto voltando para Colmar, queria que pudesse te levar comigo ou que você pelo menos estivesse aqui, agora. ”

Apertei enviar e fiquei encarando o aparelho como se aquilo fizesse com que ela respondesse mais rápido. Levou quase 10 minutos para que eu tivesse uma resposta, mas essa logo me fez franzir o cenho devido ao enigma.

- “Se olhar bem verá que estou mais perto do que acredita. C.C.” – Li em voz alta a mensagem. – Acho que não entendi.

- Então por que não olha pra cima. – A voz melodiosa surgiu me fazendo encarar os olhos avelãs que rondavam meu pensamento quase que diariamente.

- Camila, você está aqui. – Disse enquanto a abraçava. – Viajará comigo? – Perguntei esperançosa.

- Eu não posso Lauren e você sabe. – Entristeci com isso. – Mas não queria deixa-la ir sem falar com você antes.

- Como sabia o horário do voo.

- Normani. – Apontou para mulher que eu se quer havia notado, mas estava sentada no colo da namorada.

- Deveria ter imaginado. – Revirei os olhos.

- Então, está nervosa para voltar?

- Sim, mas só por que eu sei como tudo vai acabar.

- Mábelle voltará com você?

- Sim, minha filha finalmente ficará ao meu lado.

- Eu não sei como fará isso, mas estou feliz por você.

- Obrigada Camila. Espero que quando eu volte possamos passar um tempo juntas. – Suas sobrancelhas logo se ergueram. – Passar um tempo juntas eu digo nós três, Belle gosta de você.

- E eu dela. – Respondeu com um lindo sorriso.

- Mas isso não significa que eu não queira passar um tempo a sós com você também...

- Lauren...- Sua voz repreensora.

- Não entenda errado, fizemos um acordo e eu quero continuar com as aulas. Nem precisamos conversar sobre o ocorrido se você não quiser, apenas vamos seguir em frente, sim?

- Eu não sei se devemos Lauren. – Ela soava apreensiva agora.

- Não diga não ainda, eu vou viajar e quando eu voltar, vemos como tudo fica, sim? – Ela parecia pronta para rebater quando a voz soou.

"Chamada para o embarque do voo PD545 em direção a Paris"

- Acho que está na hora.

- Sim e quando eu voltar, tudo irá mudar Camila. – Parecia tão certo aquele momento, nada mais precisava ser dito, havia uma conversa silenciosa entre o castanho e o avelã, que se quer nós duas tínhamos conhecimento.

Pegando-me de surpresa, braços delicados circularam meu pescoço, fazendo com que eu afundasse o meu nariz no pescoço moreno. Passei os braços por sua cintura, trazendo-a mais próxima a mim e aproveitando aquele contato espontâneo. Fomos interrompidas pela voz mecânica que anunciava o voo novamente. Nos separamos a muito custo e busquei com o olhar meu amigo que nos observava com um sorriso que eu não soube identificar. Olhei para Dinah e Normani que nos olhava a mesmo modo e tentei entender o que eles faziam. Não tive muito tempo para pensar sobre já que foi anunciado a última chamada.

Fui apertada por Dinah enquanto ela me pedia para trazer a menina dela logo. Normani me desejou sorte na viagem e quando me voltei para Camila apenas nos olhamos sorrindo, antes de eu deixar um beijo em sua testa e seguir rumo ao embarque.

Nada estava igual como na primeira vez que eu fiz essa viagem, eu não estava sendo mandada a força para França, um pedaço de mim agora era aquele lugar, eu também não estava sozinha, olhando para trás, observei três rostos que diziam que estariam sempre lá por mim. E foi sabendo disso que eu ergui a cabeça confiante de que na próxima vez que eu estivesse em Miami eu seria plenamente feliz ao lado de quem amo.


Notas Finais


E ENTÃO?????
O QUE ACHARAM? EU TENHO TODA UMA IDEIA PARA O RUMO DESSA FIC E DA P VER Q CAMRENZINHA TA SE ENCAMINHANDO, NÉ?
Não teve mto delas nesse cap, mas apenas um gostinho do que esta por vir.
Eu não sei quando vou postar o próximo capitulo e quem leu as notas iniciais vai entender o porque. Tentarei ser rápida, até pq sei como quero seguir, mas não é como se eu pudesse prometer nada.

De novo, obrigada aos que ainda leem essa história que significa tanto para mim.

Comentem o que acharam, pode xingar a autora também se quiser, está tudo liberado!

O meu twitter da ficzinha segue sendo @smokeejauregui e o meu pessoal q nunca tem nada de interessante é o @mah_people (OLHA EU SAINDO DO ANONIMATO!!!)

É ISSO FOLKS, MTOS BEIJOS, MTOS ABRAÇOS E MTO AMOR NESSA NOITE LINDA PARA TODOS VCS! <333


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