História La Puissance du Sang - Une Nuit de Films - "Ce qui se passe entre vous?"

*Uma Noite de Filmes - "O que tá rolando entre vocês?"*

POV Marinette 
    Meu sangue gelou dentro das minhas veias e artérias, não podia ser ele, eu deveria estar ouvindo coisas, "Desculpe me, como você se chama?", perguntei para ter certeza de que ainda tinha um pouco de sanidade. Ele riu, como se eu tivesse contado alguma piada, senti minhas bochechas esquentarem, meu rosto ficou vermelho de raiva. Eu poderia muito bem matar ele ali mesmo, com certeza essa é uma ideia para se considerar. "Chat, princess, eu me chamo Chat!", ele me respondeu sorrindo. "Já falei, não me chame de princess", eu respondi com um pouco mais de raiva na voz do que eu gostaria, "Se me der licença, vou procurar o Adrien", pedi, mas ele continuava bloqueando meu caminho. "Eu posso te ajudar, eu entrego...", ele olhou para o que eu segurava, "As chaves para ele", ele estendeu a mão. Apertei mais as chaves entre meus dedos, ele podia ser o mais famoso detetive da França, mas eu era uma criminosa, e criminosos não confiam em ninguém, muito menos em quem trabalha para a polícia. "Obrigada, Chat...", tentei esconder o nojo que eu sentia ao pronunciar aquele nome, "Mas prefiro entregar eu mesma". 
    Ele respirou fundo, como se estivesse prestes a perder a paciência, mas depois sorriu, "Tudo por você, princess!", ele fez uma pequena reverência e me deu espaço para passar, "A sala do Agreste é aqui, no primeiro andar, a ultima porta do corredor, a direita". "Obrigada.", respondi. Terminei de subir os últimos degraus quando ele falou, "Espero que nos encontremos de novo, princess!". Me virei para atras e sorri, voltei a andar e sussurrei para mim mesma, "Nos iremos gatinho, nos iremos..."

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POV Chat Noir
    "Fudeu, fudeu, fudeu!", eu resmungava enquanto tentava ligar para o Plagg. Enquanto isso, eu já voltava para minha sala no quarto andar. "Caralho! Atende essa porra logo!". "Alô? Chat?", ele finalmente respondeu. "Plagg, que merda, lembra da minha amiga que eu te falei hoje mais cedo?", perguntei com pressa. "Claro que lembro! Você podia me dar o telefone dela, né?", ele falou rindo. "Plagg, é sério, ela tá indo pra sala do Adrien, preciso que você vá lá pegar as minhas chaves", fiz uma pausa e continuei, "Vou ligar pra ela e pedir que ela entregue as chaves para você, mas vai logo!", nem esperei uma resposta e desliguei.
    Peguei o meu outro telefone, que tinha o número da Marinette, liguei para ela, que logo atendeu. "Adrien, oi, cadê você? Estou na porta da sua sala", ela parecia um pouco impaciente. "Mari... é... posso te chamar assim?", ela apenas respondeu um 'aham', "Certo, então, Mari, desculpa, eu não vou poder ir buscar as chaves, estou em uma reunião, mas eu pedi pro meu amigo Plagg pegar elas pra mim, tá?". "Ah, tudo bem então, tchau.", ela parecia desconfiada, e desligou o telefone.

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POV Marinette
    Desliguei o telefone hesitante, quando olhei para o lado, percebi que um rapaz meio moreno, de cabelos extremamente pretos e olhos verdes, um verde muito brilhante, se aproximava. Ele sorria para mim. "Marinette?", ele perguntou quando ficou a uns três metros de mim. "Sim, sou eu... Plagg, certo?...", aquela situação era totalmente desconfortável. "Exato, bom, só vim buscar as chaves do meu amigo...", ele falou e eu lhe mostrei as chaves, ele as pegou de minha mão, mas não foi embora, continuou me encarnado. "Está tudo bem?", perguntei já incomodada. "Sabe, tenha outra coisa que talvez você devesse me entregar", ele falou e exibiu um sorriso, que não consegui julgar mostrar inocência ou malícia. "O que?", perguntei confusa. "Seu número", ele falou. Mordi meu lábio inferior, já era o segundo cara que dava em cima de mim essa manhã, 'Não seria tão ruim assim ter companhia para a noite', eu pensei, mas logo me repreendi mentalmente por isso, eu precisava falar com a Tikki, não transar com mais alguém da polícia. "Desculpa, mas estou atrasada, preciso ir", sorri meio sem graça e fui embora sem olhar para trás.
    Sai do prédio, fui para o estacionamento, fiquei parada em frente ao meu carro por alguns minutos. 'Era ele, eu o achei, ele estava lá, bem na minha frente...', era a única coisa que eu conseguia pensar. Entrei no carro e segui direto para casa. 

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POV Chat
    Eu já estava em minha sala, analisando mais uma vez o caso do senador e o comparando com os outros crimes da Ladybug quando Plagg entrou na sala batendo a porta com força. Nem fiz questão de olhar para ele e continuei a encarar o monitor.
    Ele jogou as chaves em cima da mesa e sentou na cadeira do outro lado na mesa. "Fala, o que aconteceu?", perguntei. "Como assim, o que aconteceu? Nada aconteceu!", ele respondeu com raiva. "Claro que aconteceu alguma coisa, você tá com aquela cara de cu que você sempre faz quando está com raiva", me expliquei. "Como você sabe que eu estou com cara de cu se nem olhou pra mim", ele perguntou em tom de desafio. "Por favor né Plagg, eu te conheço a tempo o suficiente pra saber que você tá com cara de cu sem nem precisar olhar pra você.", eu falei e ele bufou, "Mas fala logo, o que aconteceu?". "Você poderia pelo menos olhar pra mim enquanto eu falo, né?", ele perguntou imitando uma voz de menina. Eu olhei para ele e ri, "Esta bem meu gay favorito, me conte o que aconteceu?", ele sorriu radiante e começou a falar. "Sua amiga Marinette me deu um toco!", ele falou incrédulo, jogando os braços para o alto. "Como assim? Ela te deu um fora?", perguntei. "Ela não quis me dar o número dela, na verdade ela disse que estava muito ocupada e foi embora!", ele falou surpreso, "Nenhuma garota diz não pra mim, Chat!", ele respirou fundo, "Nenhuma!". Eu ria da reação dele, "Talvez o incrível Plagg tenha perdido seu encantamentos, ou talvez a Mari não seja como todas as garotas", argumentei. "Por isso que você gosta dela?", ele ergueu uma das sobrancelhas, "Porque ela não é igual às outras?". "N-não...", eu gaguejei já sentindo minhas bochechas corarem, "A gente só transou, nada de mais... Eu já transei com outras e não tenho nenhum sentimento por elas...", ele continuava me olhando como se duvidasse do que eu falava, "Somos só amigos, tá?"

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POV Marinette
    Cheguei no apartamento já com um dos telefones em mãos e o número da Tikki na tela, eu deveria avisa-la o quanto antes. Apertei para ligar. Joguei a bolsa no sofá. Fiquei andando de um lado para o outro esperando que ela atendesse. "Alô?", ela finalmente falou. "Tikki! Oi!", disse aliviada. "Oi, está tudo bem?", ela demonstrava uma certa preocupação que me fazia sorrir. "Sim, está tudo bem, eu só preciso lhe informar tudo", falei. "Certo! Me conte as novidades!", ela falou animada. "Acho melhor conversarmos pessoalmente, tem algum jeito da empresa me mandar pra uma viagem de emergência?", perguntei meio manhosa. Tikki riu, "Sinto muito Mari, mas é melhor você ficar aí até seus pais irem embora...". Suspirei, eu precisava voltar para a mansão, precisava informar a Tempo e o Evil, "Mas se meus pais tiverem que ir embora antes do previsto?", perguntei. Tikki pareceu entender o que eu quis dizer, "E por qual motivo eles voltariam?". "Ah caralho... Sei lá, algum problema em alguma loja, por exemplo.", respondi. "Acho que a questão é: que problema, Mari?", Tikki perguntou séria. Fiquei em silêncio por alguns instantes, eu não queria prejudicar meus pais. "Marinette?", Tikki me chamou. "Oi Tikki, não, não vamos tirá-los da cidade, vou ter que ir e deixá-los aqui", decidi. "Devo comprar a passagem para onde?", ela perguntou. Suspirei, "Não importa, qualquer lugar. Avise meu trabalho, por favor... Ah! E mande uma mensagem para a Temporizadora e o Evil Ilustrador dizendo que quero encontrá-los no mesmo dia que eu chegar à mansão.", eu mandei, Tikki apenas concordou e desligou o telefone, prometendo me ligar de volta assim que comprasse as passagens.
    Fui para o meu quarto, pelo menos minha mala já estava feita. Deitei em minha cama e fiquei a encarar o teto, "Finalmente! Aquele maldito gato vai morrer!", eu ria loucamente, a vitória era certa!

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    Já haviam se passado quatro dias desde  o dia em que eu havia encontrado o Chat. E conversando com a Tikki, ela acabou me convencendo a ficar em Paris até meus pais irem embora, Tikki já havia relatado a Tempo e o Evil sobre o detetive. Aproveitei para me dar umas férias essa semana. 
    De manhã sempre encontrava meus pais na padaria para tomar o café da manhã, a tarde ou na hora do almoço saia com a Alya e às vezes o Nino também ia. A noite nós resolvemos fazer uma maratona de filmes, e depois de muito o Nino e a Alya insistirem, acabaram por convencer o Adrien também. Cada noite em uma casa diferente. A Alya havia determinado que era obrigatório estar de pijama para essa ocasião
    Essa noite seria na minha casa. A pipoca já estava pronta, haviam vários cobertores no sofá e a TV estava conectada na Netflix, decidimos assistir Star Wars. Eu estava vestida com meu pijama favorito, um casaco preto comprido que ia até metade da coxa, com um desenho de gatinho com detalhes verdes e a minha pantufa de unicórnio. Não demorou muito pra baterem em minha porta. Eu a abri, "Oi! Bem vindo", cumprimentei. Adrien vestia um pijama simples uma blusa, um short de malha vermelha e uma pantufa preta, o que me surpreendeu, já que vermelho e preto são minha cores favoritas, além de um sobretudo marrom, provavelmente para não andar penas de pijama pela rua. Ele me analisou por completo meio tímido, e parecia um pouco surpreso, mas sorriu, "Valeu... Eu trouxe isso", ele me mostrou uma caixa com algumas cervejas e duas garrafas de vodka. "Obrigada, talvez o Nino possa preparar alguns drinks pra gente!", peguei a caixa, "Entra!", falei e a levei para a cozinha. Ele entrou e fechou a porta depois de passar. Deixei a caixa do lado da pia e estendi o braço para tentar alcançar o armário onde eu guardava as taças para os drinks, mas eu não a alcançava, 'Quando foi que eu fiquei tão baixa?', me perguntei, 'Ou melhor, puta que pariu, porque colocaram essa porra tão alta?!'. 
    "Quer ajuda?", Adrien perguntou, me virei para encara-lo, ele estava muito perto. Meu olhar acabou pousando nos olhos cor de esmeralda dele, e eu simplesmente travei. 'Caralho Marinette! Qual a sua demência?! Responde, fala alguma coisa, qualquer merda, mas fala!', minha consciência gritava, mas eu simplesmente não respondia a nenhum comando do meu cérebro. Balancei a cabeça tentando recobrar os sentidos, minhas bochechas ruborizaram, "Sim, por favor". Ele sorriu, estendeu o braço alcançando a porta do armário, mas continuou me prendendo contra a pia. Pegou quatro copos e os colocou do lado das bebidas. 

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POV Adrien
   Eu estava saindo de casa quando decidi comprar um pouco de álcool para a maratona de filmes. Decisão que me rendeu olhares bem estranhos no supermercado por causa do meu pijama. Acabei por voltar no carro e pegar meu sobretudo marrom, pelo menos assim eu evitava os olhares reprovadores das pessoas. Comprei cervejas e vodka, e fui para o apartamento da Mari. 
    Estacionei em frente ao prédio, peguei o que havia comprado e subi. Bati na porta, não tive que esperar muito para ela atender. Marinette abriu a porta com um sorriso no rosto, "Oi! Bem vindo!", ela me me cumprimentou. Meu olhar rapidamente se voltou para o casaco dela, 'Um casaco com desenho de gato e preto? Essa garota só pode estar brincando com a minha cara...', eu pensei. Tentei esconder minha surpresa e sorri, "Valeu... Eu trouxe isso!", mostrei a caixa com as bebidas. Ela pegou a caixa, "Obrigada, talvez o Nino possa preparar uns drinks pra gente!". Ela virou, ficando de costas para mim, 'Caralho! Essa menina realmente quer me tirar do sério, essa porra mau cobre a bunda dela...' eu pensei, 'Talvez voltar pra casa e tomar um banho gelado não seria tão ruim assim...'
   "Entra!", ela falou me tirando de seus pensamentos. Entrei no apartamento e fechei a porta. Tirei meu sobretudo e o pendurei no cabideiro preso à parede. Me virei para a cozinha, Marientte tentava alcançar um armário, uma tentativa totalmente falha. Me aproximei dela e perguntei, "Quer ajuda?". Marientte se virou para mim, ela me encarou diretamente no olho, e foi a primeira vez que eu consegui ver o quanto os olhos dela eram bonitos, um azul que parecia tão profundo quanto o mar, mas que também brilhava como as estrelas. "Sim, por favor", ela respondeu. Finalmente consegui desviar minha visão para o rosto dela por completo, ela estava extremamente corada, o que me fez sorri. Estiquei meu braço, peguei quatro copos e os coloquei ao lado das bebidas que eu havia trago. Mas em momento algum me afastei, assim como ela também não se moveu. Continuei a observá-la, e ela sustentava meu olhar, ela estava tão fofa com aquelas bochechas coradas e tão sexy com aquele casaco, 'eu poderia beija-lá agora mesmo...'. Eu me aproximei cada vez mais do seu rosto, ela também parecia querer aquilo, pois não recuou. Estávamos a penas alguns centímetros um do outro, nossas respirações se mesclaram, eu já podia sentir aqueles lábios macios. Quando a porta foi aberta brutalmente, fazendo um barulho muito alto, ela me empurrou nos afastando. 
   "Cheguei!!", Alya gritou entrando no apartamento, seguida de Nino que carregava algumas sacolas. Ela logo nos encarou, "O que vocês estavam aprontando?", Alya perguntou maliciosa. Eu e a Mari deveríamos estar tao vermelhos quanto o meu pijama. "N-nada...", Marinette falou nervosa. "Aham, sei...", ela se virou para o Nino e falou, "Nino, olha para a cara desses dois e me diz se eles não estavam aprontando alguma coisa.". Nino finalmente se voltou para nós, e sorriu tão malicioso quanto a Alya, "Você tem razão, o que vocês estavam fazendo?". Nós nos entreolhamos, "Nada, a gente só veio pegar os copos...", eu respondi. "Não estão pensando em transar de novo, né?", Alya perguntou. Apenas balançamos a cabeça fazendo que não. "Certo... Vou fingir que acredito!", ela falou rindo, "Trouxemos vinho e whiskey!", ela apontou para as sacolas que Nino carregava. "Quer uma ajuda aí?", perguntei. "Se você não tiver muito ocupado dando em cima da Mari...", Nino respondeu. Eu me aproximei dele rindo irônico, peguei duas das quatro sacolas que ele trazia, "Muito engraçado você". Eu e o Nino levamos tudo para a cozinha. "Mari, eu posso falar com você?", a Alya pediu puxando a Marinette pelo braço. As duas foram para a sala e sentaram no sofá. 
    "Então cara, me diz, o que que você tem com a Mari?", Nino me perguntou enquanto mexia na gavetas. "Nada, a gente só é amigo", respondi. "Amigos que já fizeram sexo!", ele falou. "E dai? Foi só uma vez, e nós estávamos bêbados!", respondi, já abrindo uma garrafa de cerveja e bebendo um gole. "Mas transaram!", ele exclamou. "Ah Nino, grande bosta! Você fala com se nunca tivesse transando com nenhuma amiga sua!", eu falei. "Shiiiii, tá louco? Você quer me fuder é?! Sabe o quanto a Alya é ciumenta!", ele falou aflito, me fazendo rir. 

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   Alya pediu pra falar comigo, nem esperou uma resposta, agarrou meu braço e me puxou pra sala, sentamos no sofá. 
    "Amiga, me conta, o vocês tava fazendo antes de eu e o Nino chegarmos?", ela me encarava curiosa, me fazendo rir. "Nada de mais Alya", eu respondi. "Mas o que era? Aí amiga, você quer me matar de curiosidade?", ela apertou minhas bochechas, "Fala...". "Tá, tá... Eu falo, mas você tem que me soltar primeiro!", ela riu do jeito como eu estava falando e me soltou, "A gente ia se beijar, só isso", eu falei dando de ombros. "Amiga, o que tá rolando entre vocês? Primeiro a transa no dia da boate e agora isso...", Alya perguntou com um ar provocativo. "Nós só estávamos bêbados", respondi. "Mas vocês não estava bêbado quando iam se beijar hoje, estavam?", ela perguntou. "Não...", eu balbuciei. "Então!", ela exclamou, "Tá rolando um clima entre vocês, eu sei que tá!". "Alya, você tá ficando completamente louca!", eu falei rindo.