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História La Revenge - Alguns rancores guardo com muito carinho


Escrita por: Mallagueta

Notas do Autor


Turma da Mônica Jovem e seus personagens são propriedade dos Estúdios Mauricio de Sousa e Panini Comics/Planet Manga. É proibida a reprodução parcial ou integral da história sem permissão da autora.

Capítulo 1 - Alguns rancores guardo com muito carinho



Chegando em casa, Penha mandou que a empregada lhe preparasse um chá calmante e foi diretamente para seu quarto. Seus nervos estavam em frangalhos e cada dia para ela se arrastava como um rio lamacento. Depois que a empregada lhe trouxe o chá, ela deu alguns goles e foi trocar de roupa.

No grande espelho do seu quarto, ela pode ver seu reflexo. Seus cabelos aparentemente estavam em ordem, bonitos e sedosos como sempre. Mas aqueles não eram seus cabelos. Num gesto brusco, ela tirou a peruca e jogou no chão com toda raiva. Era uma peruca de excelente qualidade, feita com cabelos importados da Europa e confeccionada de forma a imitar seus antigos cabelos. E o resultado tinha ficado tão bom que a princípio ela pensou que a situação estivesse remediada. Só que não estava.  

Ela chorou de raiva ao constatar que seus cabelos não tinham alcançado nem dois centímetros de altura. Uma pequena cicatriz ainda estava evidente no lado da sua cabeça, lembrando-a constantemente o motivo de todo o seu ódio. Mônica.

Naquela noite tudo parecia correr muito bem. Seu plano de vingança parecia funcionar perfeitamente e ela estava a um passo de destruir completamente sua inimiga. Tudo deu errado. Mônica invadiu sua casa, Sofia lhe traiu e no fim Paulete era apenas Denise disfarçada. Para piorar, sua farsa foi descoberta, fazendo-a passar a maior vergonha da sua vida. Isso até que foi contornável porque bastou seu pai assinar alguns cheques para que o caso fosse abafado.

Sua infelicidade começou depois que Agnes foi sugada pelo céu. Ao se ver sozinha e com o plano fracassado, no auge do seu desespero ela pegou a espada daquele anjo e partiu para cima da Mônica numa tentativa de acabar com ela. Até isso deu errado e ela acabou caindo do penhasco, indo parar no barco que Mônica deixou ancorado. E tudo ficou escuro.

Ela só foi acordar dias depois numa cama de hospital com o corpo doendo e ainda grogue por causa dos remédios. Passado o torpor inicial, Penha descobriu que a queda gerou um coágulo no céu cérebro e por isso foi necessário fazer uma cirurgia. E para fazer a cirurgia, seus cabelos tiveram que ser raspados.

Nunca, em toda sua vida, tantas lágrimas foram derramadas ao descobrir que seus lindos cabelos estavam perdidos para sempre. Ia levar muito tempo até que voltassem ao tamanho normal. Tudo aquilo por culpa da Mônica.

E como se isso não bastasse, todos acabaram descobrindo seu segredo quando publicaram na internet uma foto sua ajeitando a peruca e na reportagem diziam que ela tinha feito cirurgia e por isso raspado a cabeça. Quem contou aquilo para aquele repórter? O pior era que nem adiantava processar ninguém por causa da maldita liberdade de expressão.

Enquanto isso, ela sabia que aquela desgraçada vivia sua vida feliz como se nada tivesse acontecido. Um gosto amargo invadiu sua boca ao pensar na enorme injustiça que estava sofrendo. Não, não era justo! Ela deveria pagar o mal que lhe fez, sofrer muito, lamentar até por ter nascido.

Era preciso castigá-la, fazê-la sofrer até o limite das suas forças e talvez um pouco mais além. O problema era que nenhuma das suas idéias era boa o suficiente. Qualquer sofrimento por que Mônica passasse seria apenas uma mísera gota d'água comparada a sua enorme sede de vingança.

- Aquela cretina ainda vai me pagar! – ela falou olhando para si mesma no espelho. – Nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida!

Não dava mais para continuar vivendo daquele jeito e Penha sabia que nunca mais ia ter paz enquanto Mônica estivesse esboçando um único sorriso. Mas para vencer sua inimiga, ela primeiro teria que conhecer seus passos e estar por dentro da sua rotina e seus problemas. Só assim para começar a traçar um novo plano que daquela vez não ia dar errado.

E para isso ela precisava de alguém que pudesse vigiar a Mônica vinte e quatro horas por dia, o tempo inteiro. Nenhum detetive, por melhor que fosse, conseguiria tal façanha. Ela só conhecia uma única pessoa que podia fazer isso: Agnes. Mas para seu azar, ela não tinha conseguido invocar novamente o fantasma da amiga desde que aquele anjo a mandou embora. Era por isso que Penha devia contar com uma ajuda extra para trazê-la de volta. Tudo estava encaminhado e no dia seguinte ela ia colocar seu plano de vingança em ação.

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Para sua sorte, Mônica tinha planejado passar o resto da tarde na casa da Magali. Então ela ia ficar ocupada por um bom tempo, deixando-o livre do seu controle.

Aquela não era uma lanchonete muito badalada e conhecida. Ficava mais afastada da escola e o local era bem simples e sem nada que pudesse atrair o interesse de alguém da turma. Cebola pediu dois copos de sucos para ele e Irene, assim eles podiam ocupar uma das mesas sem serem incomodados.

- Então a festa vai ser nesse fim de semana?
- Hoje as meninas confirmaram que sim. É um troço de última hora, mas todo mundo da turma vai estar lá.

Os olhos dela se iluminaram.

- O Luca também?
- Claro, né? Ele não perde uma!
- Ai, por favor Cebola... não me deixa de fora não!
- Por mim você já estaria convidada, só que tem a Mônica...
- Por que ela me odeia tanto? Eu nunca fiz nada pra ela!
- Aquela ali é puro ciúme, não tem jeito. Adora ficar me controlando e não gosta quando converso com alguma garota de fora da turma.
- Tenta conversar com ela, por favor! Eu só queria uma chance de me aproximar do Luca.
- Amanhã depois da aula as meninas vão arrumar os convites, aí eu aproveito e falo com ela. Mas ó, eu não posso prometer nada, viu? Se bobear, é capaz até de ela meter a mão na minha cara!

O rosto de Irene se entristeceu. Por que a Mônica tinha que ser tão intolerante com ela? Só por causa do Cebola? Os dois eram apenas amigos e nunca tinha acontecido nada entre eles. Por que ela não entendia isso? Por causa da birra da Mônica, ela não conseguia fazer amizade com as outras meninas e sempre que tentava se aproximar, ficava um clima ruim entre todos.

Ela até chegou a pensar que tudo tinha se resolvido no dia em que eles foram ao cinema na noite da turma clássica. Só que não se resolveu. Depois do incidente com o rei dos trolls, as coisas entre as duas pioraram de novo porque Irene acabou acreditando na farsa e ficando do lado do Cebola, tomando todas as suas dores. Depois tudo ficou esclarecido e ela acabou passando vergonha ao descobrir que tinha ficado contra a Mônica por causa de uma mentira. Um passo para frente, dez passos para trás.  

- Pô, fica assim não! A Mônica é teimosa, mas tem coração mole. Vou dar um jeito de convencer ela, você vai ver.
- Obrigada! Isso é muito importante pra mim!

Os dois terminaram o suco e saíram dali conversando. Cebola estava decidido a conseguir um convite para Irene de qualquer jeito. Aquela birra da Mônica tinha que acabar.
 

 


Notas Finais


É isso aí, gente! Começa uma nova fanfic. Espero que gostem dessa! Só pra avisar, ela pode dar a impressão de que é grande, mas na verdade os capítulos é que são mais curtinhos. Fiz assim porque capítulos longos demais podem deixar a leitura cansativa.


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