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História La Revenge - Pior que um corpo sujo é uma alma podre...


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 15 - Pior que um corpo sujo é uma alma podre...



"Pior que um corpo sujo é uma alma podre, sem sentimentos, sem respeito ao próximo, uma alma capaz de tirar a alegria de outras matando os sonhos mais amados"
Thiago Roberto



- Oi, querida, há quanto tempo!
- Como vai? Não sabia que você vinha para esses lados!
- Foi de repente mesmo.

Araci conduziu a amiga para dentro de casa e as duas começaram a conversar animadamente. Em determinado ponto da conversa, a visitante falou olhando o terreiro pela janela.

- Nossa, sua chácara está uma beleza!
- Obrigada. Cuido muito bem das minhas coisas. Se bem que ultimamente ando precisando de ajuda. Isso aqui não é fácil não!
- Pode contratar alguém das redondezas.
- Você sabe que eu não confio em qualquer um. O pessoal daqui parece não ter muita sensibilidade.
- Então vai ser difícil porque pouca gente tem.
- Na verdade estou procurando por um tipo específico de pessoa.
- Ah, é? Que tipo?
- Prefiro que seja jovem, com uns quinze a dezesseis anos.
- Ih, complicou! Você sabe como os jovens de hoje são preguiçosos!
- Nem todos. Há jovens mais trabalhadores que muito adulto por ai. E eu também queria que fosse uma garota.
- Uma garota?
- É... coisas de uma velha cheia de manias.
- Piorou! As meninas de hoje morrem de medo de quebrar a unha!
- Bem... a que eu procuro não terá esse medo. E quero alguém bem forte, cheia de energia e disposição.

A mulher coçou a cabeça e falou tentando não desanimar a amiga.

- Bem... acho que você vai ter que procurar um pouquinho, né?
- Você sabe como sou. Tenho certeza que o universo irá trazer a pessoa certa para mim. Aliás, se você conhecer alguém, pode me recomendar.
- Eu não conheço ninguém.
- Ainda não, mas no futuro... quem sabe? Aqui é um lugar tranqüilo, darei casa, comida e toda a assistência. Ela poderá estudar no colégio da cidade que é simples, porém muito bom. Pagarei um salário mínimo sem descontar despesas com alimentação e produtos de higiene.
- Parece bom mesmo. Se aparecer alguém, eu vou te recomendar com certeza!

As duas conversaram mais um pouco e ela precisou ir embora. Apesar não entender as excentricidades de Araci, visitá-la era sempre muito agradável.

“Espero que minha intuição esteja certa”. A velha índia pensou consigo mesma ao ver sua amiga indo embora.

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- Esses teimosos ainda insistem em falar com ela? – Penha perguntou irritada com a persistência de alguns amigos da Mônica.
- Não são muitos. Só o imundo, um contrariado e aquela esfomeada que soltou meus pássaros. O restante se afastou.
- Eu querro que todos se afastem da Mônica, TODOS! Non es parra sobrar nenhum!
- Então mande aquele bandido atacar de novo.
- C'est exactement isso que farrei!

Penha saiu dali rapidamente e o chofer a conduziu até o esconderijo do Capitão Feio.

- Espero que ninguém tenha te seguido.
- Fique tranqüilo. Aqui, eu trouxe um presentinho! – ela falou colocando sobre a mesa uma pequena maleta repleta com notas de cem que ele pegou com grande satisfação. Planos malignos de dominação mundial custavam caro e aquele dinheiro era bem vindo para financiar seu projeto.
- O que quer que eu faça?
- O próximo passo é atacar três dos amigos da Mônica que insistem em continuar com ela.
- A sujeira parece não amedrontá-los mais.
- Eu sei. Por isso monsieur farrá outra coisa.

À medida que foi ouvindo o plano, ele deu risadas de satisfação. Era sempre bom fazer maldade com os outros. Se fosse com os amigos da Mônica, melhor ainda.

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Ângelo estava no quarto da Mônica, juntamente com Cascão e Magali. Eles tinham convocado sua ajuda numa tentativa de encontrar o Capitão Feio e acabar com suas loucuras.

- Fala sério, parece que ele foi tragado pela terra! Não consigo encontrar de jeito nenhum! – ele falou massageando as asas que doíam de tanto voar atrás do vilão.

Mônica passou as mãos nos cabelos, começando a ficar desesperada.

- Que coisa, enquanto isso meus amigos continuam correndo perigo! Já pensou se ele machuca alguém?
- Parece que ele parou de atacar.
- Os que pararam de conversar comigo. Só que o Cascão, Magali e o DC continuam em perigo. Não quero que ele ataque mais ninguém, entende?
- Entendo, Mônica. Vou fazer o possível pra achar esse doido. Só não entendo por que ele tá fazendo isso agora.
- Meu tio nunca bateu bem da cabeça. Acho que ele faz isso pra todo mundo abandonar a Mônica.
- Pode ser. Bom, agora eu tenho que ir. Quanto mais rápido a gente achar ele, melhor.

Ele saiu voando pela janela, deixando os três muito apreensivos.

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- Presta atenção, esse truque é muito da hora! – Nimbus falou colocando pedaços de papel picado dentro de uma caixa enquanto DC assistia procurando disfarçar o tédio. Ele estava acostumado a ver os truques do irmão todos os dias e não era fácil impressioná-lo.
- É bom isso funcionar direito, senão a mãe vai puxar suas orelhas se cobrir todo o chão com papel picado.
- Por isso eu tô fazendo aqui fora animal! Agora fica de olho que eu vou... – algo o atingiu em cheio, jogando-o para longe.  
- Nimbus! – DC gritou correndo para socorrer o irmão. Os dois olharam para cima e viram Capitão Feio assumindo posição de ataque.
- Seus moleques atrevidos! Eu falei que todos os amigos da Mônica vão pagar muito caro!

Nimbus levantou-se, segurando o braço que doía e sangrava com o ferimento.

- Eu nem tô falando mais com ela!
- Seu irmão está, então os dois vão sofrer do mesmo jeito!

O vilão começou a disparar raios freneticamente tentando acertar os dois. Vários buracos foram abertos no jardim e DC corria amparando o irmão tentando escapar daquela loucura. De tanto correr, os dois acabaram tropeçando num dos buracos, caindo no chão. Feio se aproximou deles e falou de forma ameaçadora.

- Qualquer um que for amigo da Mônica ou tiver qualquer coisa com ela, eu não terei piedade nenhuma! – dito aquilo, ele saiu voando dali deixando os rapazes apavorados. O corte feito no braço de Nimbus foi muito feio e DC teve que chamar seus pais para levar o irmão ao hospital.

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- Oras, pá! Vai levar um tempo para limpar essa sujeira! – Seu Quinzao falou se apoiando no esfregão.
- Eu vou ver se peço ajuda pro pessoal. Aí acaba mais depressa.
- Limpar é o de menos. Pior é o prejuízo!
- E vocês terão mais prejuízo ainda!

Os dois se viraram rapidamente e algo pesado os acertou, não lhes dando chance de defesa.

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Ao voltar para casa, Magali sentiu um cheiro horrível, porém familiar. Era a gosma do Capitão Feio? Onde? Será que ele atacou seus pais? Ela correu pela casa procurando a fonte do cheiro e deu um grito desesperado ao se deparar com um monte de gosma no meio da cozinha.

 



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