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História La Revenge - A ganância do ser humano...


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 54 - A ganância do ser humano...



“A ganância do ser humano destrói o seu próprio lar”
Anderson Barros

- Desapareceu? Como assim? – as garotas perguntaram após ouvir a última fofoca da Denise.
- Escafedeu, evaporou! Ninguém acha ela em lugar nenhum! Dá pra acreditar?

Mônica coçou o queixo achando muito estranho Penha ter desaparecido logo quando um processo contra ela estava transitando na justiça. Como ela era menor de idade, seus pais iam ser responsabilizados por todo estrago que ela tinha feito. Os pais da Irene também decidiram entrar com um processo contra Penha por danos morais.

Como se sentia em parte culpada por tudo, Mônica pediu a seus pais que não processassem a família da Irene. Ela não queria prolongar aquela inimizade e achou que estava na hora de parar com tudo aquilo.

(Denise) – O mais estranho é o jeito que a Penha sumiu. Ninguém tá explicando nada direito! Falam que ela foi seqüestrada por um macumbeiro, pai de santo, sei lá! Que história mal contada!
(Cascuda) – Mal contada mesmo! Vai ver ela tá bem escondida pra não enfrentar o processo!
(Isa) – Ou estão fazendo isso pra despertar compaixão em todo mundo. Vai saber...

Elas foram conversando e tecendo várias teorias sobre o caso quando o celular da Mônica tocou. Era o Franja.

- Mônica? Você tá perto da televisão?
- Não, a gente tá na lanchonete.
- Tem uma TV aí, não tem? Você precisa ver isso!
- O que foi? – Magali perguntou.
- Não sei. O Franja falou pra gente ligar a televisão. Alguma coisa deve estar acontecendo!

Ela pediu que ligassem a TV da lanchonete e aumentassem bem o volume. Então todos viram uma pessoa muito familiar fazendo um discurso.

- Eu, Capitão Feio, tenho nesse momento controle total sobre o clima da Terra. Basta a minha vontade para criar quaisquer catástrofes naturais que vocês puderem imaginar: furacões, tornados, tsunamis, terremotos, vulcões e várias outras que eu posso criar em poucos minutos!
- Ele endoidou de vez! – Mônica falou estupefata com a arrogância do vilão.
- A Terra está esfriando gradualmente. Se quiserem deter esse esfriamento, me nomeiem líder mundial ou o mundo inteiro mergulhará em uma nova era do gelo! Vocês têm uma semana para me darem a resposta

A transmissão foi repetida algumas vezes e depois encerrada. Magali torcia as mãos de nervosismo e Mônica também estava muito preocupada.

- É bem capaz esse doido cumprir a ameaça. A gente tem que fazer alguma coisa!
- Fazer o quê? Nem sabemos onde ele está!
- Vamos procurar o Franja pra ver se ele consegue pensar em alguma coisa. Chama o Cascão e o Cebola também.

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- Careca. Ô careca! Levanta daí, criatura!
- O que foi? A casa tá pegando fogo? Até que seria bom pra espantar o frio!
- Deixa disso e vai trocar de roupa. O Feio tá aprontando geral e o troço é pra valer!

Ele explicou rapidamente o que estava acontecendo e Cebola apenas respondeu.

- A Mônica resolve. Ela resolve tudo e não precisa de mim pra nada.
- Só faltava mais essa! Vai dar ataque de frescura agora, é?
- Eu tô com febre e minha mãe nem vai me deixar sair.
- Deixa disso, cara ! Você nunca fugiu da luta antes!
- Antes. Agora não tô podendo mais

Cebola se enrolou nas cobertas de novo e nada do que seu amigo falou fez com que ele saísse dali. Por fim, Cascão acabou perdendo a paciência e falou afastando as cobertas com força.

- Quer saber de uma coisa? Você é o maior tanga frouxa que eu conheço!
- Pode xingar. Nem ligo mais.
- Pois devia! Fica sentindo pena de si mesmo, que coisa mais patética!
- Eu errei demais, aprontei com a Mônica, decepcionei ela e fui um covarde. Quer que eu me sinta como?
- Como? Com vontade de melhorar, fazer alguma coisa e reagir ao invés de ficar aí só lamentando.
- Então o que eu posso fazer? Você tem um plano? Se tiver, sou todo ouvidos!
- Esse lance de planos é com você, cara. É você quem tem que pensar nisso. Anda, vamos! Se o Feio destruir o mundo, não vai sobrar nada pra você dominar depois.

Nem isso fez com que Cebola se levantasse da cama e Cascão acabou indo sem ele. o assunto era urgente demais para perder tempo com lamentações.

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No laboratório do Franja, ele usava seu computador para estudar a ionosfera e descobrir a causa daquela perturbação.

- O astronauta está monitorando a Terra lá de cima e falou que tem nuvens cobrindo todo o planeta. Se continuar assim, vai começar uma era do gelo em menos de um mês!
(Magali) – Que horror! E governo nenhum vai fazer nada?
- As forças armadas e serviços de inteligência foram acionados, só que ninguém acha o Capitão feio em lugar algum!
(Mônica) – Procuraram nos esgotos?
- A polícia está vasculhando todos os esgotos da cidade, mas parece que ele foi se esconder em outro lugar.

A conversa foi interrompida com a chegada do Cascão. Mônica perguntou.

- Ué, cadê o Cebola?
- Tá enfurnado no quarto dele e não quer sair de jeito nenhum.
- Como é?
- A mãe dele fala que ele tá com febre, mas acho que ele tá é muito mal mesmo. Nunca vi ele assim.
- Droga, a gente precisa dele pra ajudar a pensar em alguma coisa!

Magali colocou a mão sobre o ombro dela e sugeriu.

- Por que você não vai falar com ele?
- Falar o quê? Se ele não quer vir, não posso fazer nada.
(Cascão) – Então arrasta ele pra cá, ué!
- Não. Ele vivia reclamando quando eu o obrigava a fazer o que não queria. Agora ele tá livre pra fazer o que quiser.
- Pelo menos tenta conversar com ele, Mô! Ele deve estar arrasado com o fora que você deu nele. Acho que você exagerou um pouco.
- Eu falei a verdade. Ele é que não conseguiu agüentar o tranco.
- Calma, gente. – Franja falou. – Agora o jeito é esperar que consigam encontrar o esconderijo do Feio.
(Mônica) – Eu não entendo por que o Ângelo não consegue achar ele mais!
(Franja) – Também estou achando isso meio estranho. Ele deve ter arrumado alguma forma de despistá-lo.
(Cascão) – Aí danou tudo! Como é que a gente vai achar o esconderijo dele?

Mônica esfregou a cabeça por um tempo e acabou dando o braço a torcer. Ela era inteligente e conseguia bolar bons planos, mas a ajuda do Cebola era essencial. Quanto mais cabeças pensantes, melhor.

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Como sua mãe precisava sair, ela o obrigou a levantar da cama para tomar conta da Mariazinha.

- Ela não pode ficar sozinha pela casa enquanto eu estou fora. É perigoso.

Ele estava na sala vendo televisão enrolado nas cobertas. Na mesa de centro, a menina parecia mais interessada em cuidar de um vasinho de violetas que pareciam definhar com o frio.

- As florzinhas estão morrendo!
- Está frio demais pra elas.
- Acho que elas não vão agüentar. As folhas estão murchinhas e olha que eu já coloquei água!
- Então arranca fora e tenta plantar outra coisa. – ele falou mal humorado.
- Igual você fez com a Mônica?

Aquela o atingiu bem em cheio.

- Você tá falando besteira! – ele tentou se defender.
- Não tô não. Quem fez besteira foi você. A gente tem que cuidar bem das plantas, senão elas morrem. Com as pessoas deve ser assim também e você não cuidou da Mônica hora nenhuma! Arrancou ela fora e colocou aquela chata no lugar.

O queixo dele caiu no chão e daquela vez não ia voltar mais. Por essa ele não esperava.

 



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