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História La Revenge - Quando o coração se despedaça


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 8 - Quando o coração se despedaça



"Quando o coração se despedaça ele pode se emendar errado, ele se recupera torto,
distorcido e endurecido"

O Corajoso Ratinho Despereaux

Cebola saiu da casa da Irene assoviando satisfeito com a vida. Tudo parecia estar entrando nos eixos e ele estava feliz em saber que Mônica ia fazer as pazes com ela, finalmente.

- É isso aí! Tudo bem quando termina bem! – ele falou consigo mesmo com um grande sorriso.

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Era noite e Penha já estava ficando impaciente. Por que aquela mosca morta estava demorando a ligar?

- Ela não parece ser do tipo que toma decisões rápidas. É boa idéia contar com a ajuda dela? – Agnes perguntou observando indiferente a agitação da outra.
- Esperro que sim. Ela serria perfeita parra mon plan. É tola, idiota e fácil de enganar. Eu mal usei meu olhar do desprezo e ela caiu dirreitinho! Fácil demais!
- Também reparei nisso. Criatura mais patética. O problema é que Mônica pretende convidá-la para a tal festa. Com isso, elas acabarão fazendo as pazes.
- Non acredito muito. Aquela dentuça é orgulhosa demais parra fazer uma coisa dessas. De qualquer forma, vou esperrar.

O celular tocou e Penha correu para atendê-lo. Más notícias. Pelo menos para ela, não para Irene que vibrava de alegria.

- Ai, você não vai acreditar! O Cebola passou aqui em casa agora pouco e me deu um convite pra festa! Parece que a Mônica tá muito arrependida e quer pedir desculpas por hoje! Não é incrível? Alô? Você tá aí?

Foi preciso muito esforço para sair do choque e não perder a compostura.

- Sim, querrida, estou ouvindo.
- O que foi?
- Bem... nada. Quer dizer, é apenas uma preocupação boba...
- Como assim? A Mônica vai deixar eu ir a festa com todo mundo! Isso não é bom?
- Confesso que es uma surpresa muito grande ela aceitar voltar atrás. Ela es a pessoa mais teimosa, orgulhosa e cabeça durra que eu conheço. Non sei se você deverria confiar nela.

Irene ficou em silêncio no outro lado da linha. Será mesmo que ela não podia confiar na Mônica? Mas o Cebola parecia tão feliz, tão tranqüilo! Ele jamais a deixaria entrar numa fria.


- Sei lá, viu... acho que pega nada não. Vou a festa nesse domingo porque um garoto que eu gosto vai estar lá e não quero perder.

Por pouco Penha não explode de raiva. Não, ela tinha que se manter calma e serena ou ia perder o seu fantoche. Por isso achou melhor não falar mais nada.

- Se você acha que non tem perrigo, fico mais tranqüila. Entón aproveite a festa, querrida, e divirta-se bastante. Qualquer coisa me liga.
- Claro! Beijo, tchau!
- Você está com outra coisa em mente, não é? – Agnes perguntou ao ver o sorriso perverso da outra ao desligar o telefone.
- Serria uma vergonha se eu já não tivesse pensado em algo. Agorra preciso fazer uma ligaçón muito importante!

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Ter feito as pazes com o Cebola fez com que Mônica se levantasse de muito bom humor naquela manhã de sábado. Apesar de não ter mudado tanto quanto deveria, ela se sentia satisfeita com o passo que tinha dado, embora não lhe agradasse muito saber que teria de ver o Cebola saindo com a Irene e não falar nada. O jeito era aprender a aceitar.

- Puxa, preciso comprar o presente pra Isa. Vamos ver... – Ela contou o dinheiro e depois de tomar o café da manhã, correu para o shopping a fim de providenciar um bom presente. A festa daquele domingo prometia ser muito boa e ela mal podia esperar.

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- Então você tá de boa com a Mônica de novo? – Xaveco perguntou com um olho no videogame.
- As coisas estão melhorando, parece que a fase ruim tá acabando finalmente.
- Ainda bem, que coisa! A Mônica tava chata demais! – Nimbus falou também aliviado por tudo ter acabado bem.
- Eu até que tava gostando!
- Só você mesmo, DC, porque o resto de nós tava por aqui, ó! – Cebola falou fazendo careta para o outro.
(Tikara) - Concordo com o Cebola. a Mônica tava parecendo o Godzilla!
(Cascão) - Acho que tava mais pra Monicazilla!

O resto deu uma grande risada e continuaram jogando sem mais nenhuma preocupação. Enquanto esperava sua vez, Cebola ficou pensando na Irene e no quanto ela tinha ficado feliz ao saber que podia ir para a festa da Isa. Ela ficava linda quando seus olhos brilhavam!

“Poxa, a Irene é tão legal! É meiga, delicada, adorável e também muito bonita!” ele ficou pensando consigo mesmo, imaginando como seria poder namorar uma garota como ela, tão diferente da Mônica que só queria lhe dar ordens e controlar sua vida. Irene era mais cordata, fácil de levar e certamente era do tipo que se preocupava em agradar o namorado sem nenhuma restrição. Ah, se pudesse... Até que seria bom namorar com ela por algum tempo para experimentar.

Não, ele não podia. Se fizesse isso, acabaria perdendo a Mônica. Se bem que do jeito que estava, ela não era mais tão atraente como antes. Claro que ela parecia disposta a melhorar, mas por que perder tempo com alguém que precisava mudar tanto se tinha uma garota bem do seu lado que já era do jeito que ele gostava? Era algo para se pensar, apesar de saber que ia ter muitos problemas com a Mônica se namorasse com a Irene.

“Bah, o que eu tô pensando? Ela gosta é do Luca, esse sortudo filho da mãe! Acho que não vai dar pra mim não.”

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Irene acordou após as dez da manhã, já que era sábado. Ainda deitada na cama, ela ficou planejando qual roupa iria usar na festa. Do que o Luca gostava? Droga, ela devia ter perguntado ao Cebola quando teve chance. Ela levantou-se da cama e foi checar seu armário a procura de algo bacana para vestir. Era uma festinha informal, então não podia ser nada muito chique. Mas também não podia ser uma roupa básica demais ou não ia chamar a atenção dele.

- Hum... esse vestido azul é uma gracinha! Ou a blusinha amarela com aquele short jeans que eu gosto? Ai, que dúvida! E se eu olhar aquela página de moda no Facebook? Eles sempre dão boas idéias!

Sem perder tempo, ela ligou o computador e acessou o Facebook a procura daquela página de moda. Então seus olhos arregalaram, seu coração acelerou e o suor começou a brotar da sua testa. Foi como se ela tivesse levado um grande soco no estômago, jogando por terra toda a sua alegria e boa disposição. E as coisas não ficaram melhores quando ela foi ler seus e-mails, muito pelo contrário.

Quanto mais ela olhava, mais o seu desespero aumentava até se tornar insuportável. Aquilo não podia estar acontecendo, não podia!

Então algo dentro dela pareceu se quebrar em mil pedaços, fazendo com que um ódio sem fim fosse crescendo aos poucos até tomar conta de tudo. Não havia mais nada a se perder, nada a tolerar, compreender ou perdoar. Agora era matar ou morrer, ferir ou ser ferida. E ela não queria ser ferida. Não mais.

Sem perder tempo, Irene pegou o celular e discou um número. Naquele momento, ela era a sua única amiga.

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Aquele vento forte soprou de repente, pegando-a de surpresa e fazendo seu chapéu de palha voar para longe. Rex, prestativo com sempre, correu para pegá-lo e o colocou na sua mão.

- Bom menino! – ela agradeceu afagando a cabeça do cão e olhou para o céu bastante surpresa com aquela mudança repentina no vento, sendo que até poucos minutos atrás tudo estava calmo.

Alguns arrepios desagradáveis percorreram sua pele e ela iniciou uma oração para seus ancestrais pedindo apoio e proteção para o que estava por vir, fosse o que fosse. E orou também para a pessoa para quem o vento destinava. Ela estava prestes a passar por uma grande e dolorosa mudança.



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