1. Spirit Fanfics >
  2. La Rose Taché de Sang (Em Reformulação) >
  3. III - Unconsciousness -

História La Rose Taché de Sang (Em Reformulação) - III - Unconsciousness -


Escrita por: Annmie

Capítulo 4 - III - Unconsciousness -


Fanfic / Fanfiction La Rose Taché de Sang (Em Reformulação) - III - Unconsciousness -

SeHun

 

 

 

Tolos eram os que achavam que eu não percebia nada ou que não conseguia enxergar qualquer atitude fora do normal mesmo depois de anos de experiência. Minha visão percebeu o carro que parecia estar com algum amigo de Yixing dentro dele, o esperando; então ele estava mesmo acompanhado de pessoas de seu convívio? O sujeito dentro do veículo parecia reparar em tudo que foi feito ali por mim pela janela do vidro. Escondi minha faca ao lado do corpo a fim de que ele não percebesse e, assim que me virei em direção ao veículo, o mesmo já sumia dando partida pela rua.

Com rapidez, corri até minha moto estacionada ali por perto e a liguei quase como um desesperado, dando partida. Mesmo assim, tomei cuidado para não deixar que o tal sujeito percebesse minha presença ao o seguir – afinal as ruas escurecidas e pouco movimentadas apenas facilitavam meu trajeto.

Enfim cheguei ao meu destino: um prédio de apartamentos como os vários outros de Nowon-gu. Por sorte sabia que Kai vivia ali e isso era de grande ajuda nesse momento. Conhecia bem aquele distrito. Meus olhos seguiam discretamente o garoto que agora saia de seu carro. Meus lábios formaram um sorriso ao sentir seu cheiro doce de longe – com certeza era um ômega desprevenido. Seria uma vítima fácil enquanto eu planejava o ter em minhas mãos, já que o deixei ver meu serviço e isso era um erro. Ele se tornou um erro e eu tenho que descartá-lo o mais rápido possível.

Meus pés imediatamente me levaram para dentro daquele prédio, meus olhos atentos aos passos do garoto que seguiu para o elevador sem ao menos reparar em minha presença. Passei pelos recepcionistas e seguranças daquele lugar apenas assentindo com minha cabeça em suas direções. Idiotas. Meus passos aumentaram a velocidade assim que notei o elevador fechando-se, mas não consegui chegar a tempo onde o tal sujeito estava.     Merda.

 

        × La Rose Taché de Sang ×

 

Oh, como eu odiava perder meu sono. O mau humor que se instalava sobre mim era intenso como o sol, e o bom tempo que fazia lá fora servia apenas para piorar a situação. Meus nervos à flor da pele não me deixavam pensar em qualquer coisa para abordar aquele merdinha que vi mais cedo, mesmo depois de tomar banho. O iPhone sobre a cama começou a tocar e um Oh SeHun com ausência de paciência o atendeu sem ao menos ver quem era a pessoa no ecrã do celular.

— Diga logo o que quer. – Ditei obviamente apressado, ouvindo a voz notável e rouca do outro lado da linha.

— Logo percebi que não acordou bem, certo? – risadas foram ouvidas. – Eu liguei para saber o porquê de não de não ter dormido em casa, senhor Oh.

— E desde quando o senhor Kim se importa comigo? Vai foder com a bunda de SeRi e me deixe em paz. Estou em sua casa e aqui fede. Deveria arrumar ela, bastardo... Ah, e não venha para cá até eu o avisar. Estou no trabalho.

A chamada fora encerrada, mas nos últimos segundos pude ouvir as risadas irritantes vindas de JongIn, me fazendo revirar os olhos enquanto apreciava o último gole de meu café amargo. O gosto era único e eu gostava disso. Larguei a xícara sobre a pia segui até a cama, vestindo-me com roupas diferentes, todas de Kai. Ele não iria se importar.

 

-xxx-

 

O fim da tarde chegava, e com ela meus planos. O dia todo estive pesquisando sobre o vizinho de JongIn, o mesmo que havia visto o que não devia naquela noite. Byun BaekHyun era seu nome, tinha vinte e seis anos e vivia naquele apartamento há quatro anos. Com todas essas informações, eu sentia muito por ele ter se metido em meu caminho. Eu não poderia correr o risco de ser pego apenas por sua boca grande, pois eu tinha certeza absoluta que ele havia me visto com as armas que usava na noite da morte de Yixing e poderia me denunciar a qualquer momento.

Mas eu também tinha a plena certeza que ele estaria com medo, ou digamos pavor, de me encontrar, sendo eu um assassino frio. Essa sensação era a melhor; curvas se abriram em meu rosto formando um sorriso pequeno de satisfação enquanto agora eu bebia o último gole de minha bebida alcoólica. Aquele pub era uma droga, mas era o único perto o suficiente, de onde eu tinha a visão privilegiada do prédio onde estaria BaekHyun. O cara que até agora não havia dado as caras, o dia todo trancado em seu apartamento. Ele poderia ser um daqueles nerds que vivem em casa? Ou apenas estava assustado, se culpando pela morte de seu amigo? Era o que me perguntava desde cedo.

Mal tinha notado que eu já havia acabado com duas garrafas cheias de chope, mas aquilo não me deixava bêbado em hipótese alguma. Eu era forte para bebidas assim, então estava são a ponto de perceber uma mulher me encarar de longe. Pelo seu cheiro irritantemente bom misturado com o perfume barato que usava, deduzi ser apenas mais uma Ômega prestes a entrar em seu cio. Seus traços eram bastantes femininos e digamos que sexys, curvas bem desenhas e madeixas longas escuras. Nossa distância foi diminuindo até que senti seu peso em minhas pernas. A mulher agora sentava em meu colo enquanto ainda estávamos de frente para o balcão do bar.

— Olá, hum.. Eu percebi você me encarar de volta, então vim ver se poderíamos nos conhecer melhor. Prazer. Sou Hyang Ui.

Encarei-a firmemente, mantendo minha expressão séria enquanto sentia seu quadril remexer-se sobre mim como se ela estivesse tentando me excitar de algum modo. Suas costas expondo sua pele oleosa eram o pior absurdo que eu havia visto aquela noite, sem falar de sua vergonha que parecia ter sumido. Passei minhas mãos para suas coxas expostas por sua saia curta e as apertei levemente, mantendo-as com muito esforço ali por um tempo. Sabia que teria que lavá-las abundantemente mais tarde.

— Huh... Então, Hyang Ui, você me viu te encarando e achou que eu lhe queria, certo? – Murmurei em seu ouvido. – Oh, que pena, você teria que ter um espelho em casa primeiro. Eu gosto da mesma fruta que você, então cai fora, vadia.

O peso em meu colo logo desapareceu de minha vista; a mulher apenas me olhou com sua expressão séria e me deu as costas enquanto eu revirava meus olhos tentando não rir de seu andar e seus olhos ainda em cima de mim, até decidir me levantar e seguir para fora daquele Lugar que poderia ser denominado um escárnio.

Ainda caminhando pela rua com intenções de voltar ao apartamento, minhas pupilas dilataram-se ao ver BaekHyun na porta de entrada do prédio, parecendo se despedir de outra pessoa que entrou em um automóvel luxuoso e escuro sumindo de nossas visões. Mantive-me nas sombras, não deixando que o garoto me visse ou notasse minha presença seguindo-o para dentro daquele local. Corri até a recepção do prédio assim que BaekHyun entrava no elevador.

Novamente aquela mesma situação. A única diferença era que eu me encontrava sem minhas armas, carregando apenas um pequeno canivete no bolso interno da jaqueta. BaekHyun estava prestes a apertar o botão do elevador para sua subida enquanto as portas se fechavam lentamente, porém meu pé as barrou, fazendo com que voltassem a abrir. Entrei na cabine junto ao garoto que agora me observava hipnotizado, parecendo tentar descobrir onde havia me visto antes. Um sorriso ladino e talvez malicioso se abriu em meus lábios enquanto esticava meu braço, apertando o botão para subir.

 — Byun BaekHyun, certo? – Perguntei sem realmente olhar em sua direção. O garoto parecia ter se assustado com minha voz, que por algum motivo havia saído grossa com uma pequena mistura de rouquidão. – Mora aqui mesmo? Eu sinto que já o vi em algum lugar...

Recostei-me na divisória daquele pequeno cubo e finalmente passei a olhar para BaekHyun, que tentava não fazer contato visual comigo. Ele parecia nervoso. Eu sabia que ele estava nervoso, afinal ele presumia muito bem o que poderia acontecer consigo de agora em diante.

Risadas baixas e levemente cínicas saíam de minha garganta enquanto eu observava o garoto não responder ou reagir a nenhuma pergunta que fazia. Caminhei até a pequena tabela de botões e apertei o último ao chegarmos na cobertura, parando completamente aquele elevador. Caminhei de modo lento até o garoto, parando em sua frente. Meus olhos passearam por seu rosto, que quase deixava pingar gotas de suor por causa do nervosismo, mesmo com o funcionamento do ar condicionado. Suas mãos tremiam e suas pernas mudavam de peso toda hora.

— Você parece nervoso, BaekHyun... Yixing era assim também: medroso. – Risadas debochadas vindas de mim se instalaram no local. – Há algo para ter medo aqui? Eu pareço ter o rosto similar ao de um monstro? Huh?

Em questão de segundos de segundos levei minha mão até seus fios castanhos, puxando-os para baixo. Agora tinha seu rosto em minha direção juntamente com seus olhos. Puxei a pequena faca altamente perigosa e afiada, direcionando-a até o pescoço alheio, mais especificamente sobre sua artéria carótida.

— Parece que alguém viu coisas demais, certo, BaekHyun? E eu, como não estou com paciência nenhuma, tenho que fazê-lo calar a boca para sempre de algum jeito, huh?

Empurrei-o bruscamente até que seu corpo se chocasse contra a divisória enquanto meu corpo escondia o que estava acontecendo da pequena câmera que filmava o ambiente. Em um movimento rápido, tirei minha jaqueta, jogando-a diretamente na câmera em um movimento certeiro, de modo a cobri-la por completo. Voltei meu olhar na direção de BaekHyun e arrastei o canivete delicadamente em sua pele alva e de aparência frágil, querendo aos pouco rasgá-la e o furar com violência em seguida.

Mas o que eu não esperava era o rapaz juntar todas as suas forças para conseguir me empurrar, consequentemente deixando a faca cair no chão. Minhas costas se chocaram com força contra a porta do elevador junto a uma pequena parte de minha cabeça, o que me fez grunhir claramente irritado. Com toda minha fúria, consegui o empurrar de volta e o prensar sobre a divisória antes mesmo que ele tentasse pegar o canivete. Fechei meu punho com tremenda força e o direcionei ao garoto, porém ao mesmo tempo BaekHyun impediu minha mão de encontrar lindamente seu rosto apenas com um segurar de pulso.

Seu rosto parecia agora mais calmo, mas eu ainda conseguia ver o medo transbordando de seus olhos que me encaravam sem pudor. Ele engoliu seco enquanto suas mãos que me seguravam tremiam como nunca, como se tentasse suportar minha força ou apenas por medo de meus olhos que o encaravam de volta com ódio. O silêncio mortal que se instalava no elevador me instigava cada vez mais. Por um momento desviei meu olhar para seus lábios, distraindo-me com seus dentes que os puxavam, deixando-os propositalmente vermelhos. Pareciam tentadores demais; BaekHyun estaria me provocando? Aproximei-me um pouco mais de seu rosto enquanto agora voltava a olhar em seus olhos, notando agora o maldito fitar os meus lábios. Porra, aquilo era com certeza um convite e eu não hesitaria em aceitá-lo.

Meus olhos automaticamente se fecharam enquanto puxei seu rosto para mim através de minha mão que se entrelaçava com força em seus fios de cabelo, e aquele era o início de um beijo selvagemente quente e levemente desesperado. BaekHyun soltou meu punho e eu imediatamente trouxe seu corpo para mim, levantando-o e entrelaçando suas pernas, que se agarraram sem esforço em minha cintura.

Depois de mais ou menos dez minutos carregados de amassos um pouco violentos e beijos contínuos, a ficha caiu. Meu eu totalmente cruel voltava junto com toda minha sanidade, que fora carregada para longe pelo pouco efeito de bebida alcoólica. O que eu estava fazendo ali naquele elevador trocando salivas com um estranho qualquer, o qual deveria ter sido morto faz tempo por minhas mãos?

Soltei bruscamente o rapaz, fazendo-o cair no chão, e assim aproveitei para prendê-lo ali mesmo. Seguindo minhas boas táticas corporais, eu sabia bem como apagar alguém apenas apertando em pontos específicos de seu corpo e foi isso que usei com BaekHyun. Passei meu indicador e o polegar para suas costas e omoplata, usando o famoso golpe com muita pressão sobre aquela região. O homem de cabelos castanhos caiu já inconsciente sobre meu peito e logo passei a carregá-lo sobre o ombro, aproveitando também para conseguir de volta meu canivete jogado ao chão.

— Você teve sorte, Byun... Pena que ela irá acabar em breve.

Peguei minha jaqueta e apertei o botão do térreo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...