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História La Vie - Better Together.


Escrita por: cabellsfairy97

Notas do Autor


Ai, meu ot5. Espero que gostem desse capítulo.

Capítulo 14 - Better Together.


— Camz, não.

— Lolo!

— Camila, eu não consigo falar nada perto da Dinah. Ela é uma leoa com você.

— Meu Deus, eu te protejo. E ela não é um monstro. Aliás, todas elas são incríveis. Vai, Lo. Por favor.

Respiro fundo antes de assentir para Camila, e ela quase pula na cama. A latina estava tentando me convencer de que trazer suas amigas até ali seria um bom programa para a tarde já que eu ficaria sozinha em casa de qualquer forma. E aquilo estava me deixando apavorada simplesmente porque Dinah Jane estava entre essas amigas. E eu tinha alguma coisa tipo... DinahJanefobia.

— Pronto, Lo. Só...

Camila cai ao meu lado e respira fundo, com uma mão na cabeça. Seu rosto vermelho e sua expressão de dor fazem meu coração apertar.

— Camz, t-tá tudo bem?

— S-sim, L-L...

— Deus, Camz.

Puxo o corpo da menor para cima do meu quase em desespero, e ela deita a cabeça em meu ombro, o corpo totalmente mole. Mas seu sorriso de canto está lá, continua lá enquanto eu afasto o cabelo do seu pescoço e enquanto eu seguro seu rosto, checando a temperatura e a pulsação.

— Eu estou doente há tanto tempo e às vezes ainda esqueço. Mas o câncer não gosta de ser esquecido — Camz ri baixinho, sem humor — Não é louco que eu me sinta tão viva e esteja morrendo?

Não tenho nenhuma resposta senão abraçá-la e deixar que ela me abrace com a força que consegue. Ainda não sei como tudo isso aconteceu, mas estou tão grata por poder abraçá-la de novo quando eu não faço ideia do que dizer. Ela desliza uma mão por meu braço, passa pela pulseira, até alcançar minha mão, trêmula, gelada e suada.

— Lo, você tem mais medo disso tudo do que eu tenho.

Quando olho para nossas mãos entrelaçadas, tudo o que eu quero é dizer minhas mãos não estão quase se desfazendo por medo. Pelo menos não só por medo. Minhas mãos estão se desfazendo pelo mesmo motivo que o meu coração está sapateando, e meu estômago está se revirando quase dolorosamente. Por ela. Se Camila Cabello soubesse o que causa nas pessoas...

— Será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí? — A voz familiar quase me faz cair, mesmo que eu esteja na cama. Não. Ela não pode não ter vindo tão rápido. Camila segura em meus ombros, me impedindo de soltá-la. Oh, não, de novo.

— Oops, Chee. A Lolo fica realmente irritada quando somos interrompidas.

Dinah me olha e eu juro que vou desmaiar porque todo o meu sangue se concentra em meu rosto. Eu devo estar tão vermelha, e minha expressão deve ser tão assustada, que ela começa a rir. E Camila também.

— C-Ca...Camz — Sussurro, tremendo como se sentisse frio. E como se isso não fosse o suficiente, Dinah senta ao meu lado na cama.

— Vim lá do tão tão distante outro lado da rua pra você não me dar um abraço? Ficar só aí agarrada na namoradinha? Poxa, Chancho.

A latina sorri e quase pula para o colo da amiga. Sem ela por perto, eu estou tremendo mais ainda. Por que isso sempre acontece? Eu odeio Camila. Quantos ossos eu devo quebrar se pular a janela agora? Será que ainda mantenho minhas pernas inteiras para correr para casa?

Sem pensar se é uma boa escolha, viro para encontrar Camila e Dinah imersas em um abraço apertado, em um carinho que parece muito o de mãe para filha. A cena me acalma, por algum motivo. A forma que a garota maior balança o corpo devagar como se ninasse a garota de cabelos castanhos me faz pensar que talvez ela tivesse estado melhor do que nunca nesse tempo sem mim.

Não, droga. Por que eu não posso passar um minuto sem esses pensamentos ruins?

— Cheechee... Cadê a Lolo?

— Caramba, vou ficar de vela mesmo? Nunca quis tanto Normally. Lauren está aqui do lado.

Por favor, parem, eu estou virando um tomate, penso, ouvindo a conversa.

—Não vai ficar de vela, Chee. Você sabe que não.

— Como não vou se você... — Em segundos, Camila salta e tapa a boca da amiga. Bem, depois de achá-la, ela o faz. O rosto vermelho, uma expressão indescritível no rosto. Um segredo. É claro. Todos tem um segredo com Lauren Jauregui — Tá, Chee. Estou quieta. Quietinha.

Minha timidez é maior do que a curiosidade. Decido apenas ficar quieta, respondendo alguma coisa de vez em quando, ouvindo. Dinah é engraçada. Camila parece despertar seu lado mais doce e menos assustador. As duas parecem tão bem juntas que minha vontade de pular a janela some. Talvez eu ame ver Camila sorrindo. Talvez eu possa passar o dia observando.

As outras garotas chegam fazendo barulho, gritando qualquer coisa aleatória quando entram no quarto. Sofia gargalha agarrada em Normani, adorando a bagunça.

— Chegamos, Caminah — Normani diz, colocando a pequena no chão — Ei Lauren.

Aceno para Normani e sorrio, ou tento sorrir para Ally quando ela acena para mim. A coisa é: as amigas de Camila me intimidam mesmo sendo legais, porque elas são absurdamente bonitas.

— Demoraram, Normally. Onde as duas estavam?

— Querida, nós não moramos bem aí na frente como você, dá licença. Mas ai, quero um abraço em família.

Me afasto um pouco de Camila e Dinah, talvez o suficiente para que meu cérebro imagine um abismo. Eu não faço parte da família.

Normani e Ally pulam na cama, uma de cada lado das garotas, e todas elas em volta da adorável Camila, que ri mesmo sem ver a cena. Uma família. O nó na minha garganta chega a doer. Estou tendo que lutar contra a dor quando sinto uma mão delicada em meu braço, me puxando em direção a... ao abismo. Ou a família depois dele. E aquela mão é de Ally, que me olha carinhosamente. Ela não diz nada. Só continua me puxando delicadamente, e eu continuo sem reação até que, de repente, Dinah me puxa pela cintura para me juntar a elas. E então eu estou entre um abraço em família.

É um sentimento incrível. Se eu estava lutando contra a vontade de chorar antes, agora é quase incontrolável. Me sinto segura, e quando as pequenas mãos de Camila encontram as minhas e ela entrelaçada nossos mindinhos, me sinto querida. Aquilo é tão raro. Elas devem ser raras.

— Ok, muito gay — Dinah murmura, nos derrubando na cama — Jauregui, tá viva? Você quase não fala.

— A-hã. Quer dizer, sim. É, estou.

A loira rola na cama, recebendo reclamações das outras meninas porque ela é gigante, e fica quase sobre mim.

— Por que você fica toda envergonhada quando eu falo com você? Eu sou tão assustadora assim? — Ela pergunta, rindo. Mas seu sorriso diminui gradativamente quando eu assinto, devagar. Ótimo, Lauren.

— N-Não, eu não q-quis dizer isso. Eu só... É que você... Todas vocês... São tão bonitas, incríveis e confiantes. Vocês tem uma a outra sempre, e eu não sei, todas essas coisas são no mínimo... intimidantes.

As outras se sentam na cama, parecendo comovidas mesmo eu não tendo mencionado o outro motivo. Elas deveriam me odiar. Camila é a última a sentar e parece apenas confusa, olhando para algum ponto fixo e aleatório.

— Um segredo, — Dinah começa de repente — às vezes eu acho que o mundo vai acabar porque achei uma espinha.

— Às vezes eu acredito por segundos no que as pessoas dizem sobre minha pele. E aí eu fico muito, muito insegura.

— V-Vocês?

As duas assentem, e eu apenas encaro, boquiaberta.

— Eu já me olhei no espelho e desejei poder mudar meu corpo — Ally confessa — No final, nós todas temos inseguranças e não somos nada acima de você. Mas nós temos uma a outra, e isso torna as coisas mais fáceis. Se você quiser, estaremos aqui por você também, Laur. Não é, meninas?

Elas assentem. Todas elas, exceto Camila. Mas eu sei que ela estará. Sei pelo sorriso orgulhoso em seu rosto, e pela pulseira em meu pulso. É uma promessa.

E em menos de dois minutos, eu estou lutando para segurar as lágrimas. Sem palavras para agradecer aquelas garotas. E elas entendem. Elas entendem como eu não acreditava que iriam. E pulam em cima de mim para um abraço.

— Nós somos melhores juntas, gals. Agora somos cinco.


Notas Finais


Vou tentar não demorar pra postar mas já peço desculpa se demorar, só isso mesmo. Espero que gostem.


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