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História La Vie en Rose - A Vida em Cor-de-Rosa


Escrita por: Saida-B

Notas do Autor


Parabééééns Ana Francisca Genevieve Natasha Satanás Neri Swan!!!
Fico bem feliz em saber que você gostou da fic. Mesmo sendo algo bem bobinho foi feita com todo o meu amor e carinho.
Que os seus sonhos se realizem e toda a sua vida possa ser vista num tom cor-de-rosa.

Obrigada menina Manu que fez a capa bem lindinha pra mim. Amei, amei <3
Obrigada menina Fram que me deu apoio moral <3

Aos demais, espero que vocês gostem. Foi feita com bastante carinho.
Desculpa de tiver algum erro.
Boa leitura.

Obs.: Marcada como +18, apenas por exigências do site.

Capítulo 1 - A Vida em Cor-de-Rosa


Me segure perto e me segure apertado
O feitiço mágico que você lança
Essa é a vida em cor-de-rosa

A loja tinha cheiro de livros e café. E para os mais imaginativos, ambos os cheiros misturavam-se enquanto dançavam ao som do Jazz, que soava suavemente por todo o espaço do local.

As enormes estantes eram a principal decoração do local, repletas de aventuras e mistérios, lotadas com grandes e pequenos heróis, com ou sem capas, cada um dando seu toque especial ao ambiente. Os dois andares dali encaminhavam qualquer um para um mundo à parte.

A pequena área da cafeteria era aconchegante, possuía algumas poucas mesas distribuídas e afastadas da área de leitura para quem quisesse conversar, e sua vitrine exibia doces pequenos e confeitados de forma cuidadosa e atenciosa pelo pâtissier contratado. Tudo isso embalado pela música que saía dos auto-falantes, contribuindo para o conforto de quem ali fosse.

Kim Jongin gostava de trabalhar naquele lugar. Era um amante de livros e o ambiente que o conjunto da loja lhe proporcionava era o seu favorito. Conseguia ler quando queria, gostava de restaurar os livros mais antigos que chegavam à loja por meio de doações, a cafeteria era gratuita para funcionários e havia pouca ou quase nenhuma inconveniência em trabalhar ali. Além de que, do balcão do caixa, a visão para o pâtissier era limpa e sem nenhum obstáculo mesmo com a loja cheia, dando ao caixa da livraria liberdade suficiente para que observasse Kyungsoo, todos os dias no começo da manhã, decorando os bolos e os doces.

Então, quando terminados, o rapaz de olhos grandes pegava uma amostra de cada coisa, exceto pelos bolos, os bolos eram sempre depois de algum cliente pedir pela primeira fatia, e levava à Jongin no balcão, que fingia não ter observado cada movimento alheio, para que avaliasse e experimentasse cada uma das iguarias.

Quando foi que percebeu observar Kyungsoo mais do que deveria? Teria sido algo gradual ou à primeira vista Kyungsoo já era a coisa mais preciosa do mundo? O sorriso ou os olhos lhe chamaram a atenção primeiro? Não conseguia dizer. Na verdade, no que dizia respeito à Do Kyungsoo, Jongin podia dizer poucas coisas. Não que não conhecesse o rapaz (trabalhavam juntos há quase três anos, de vez em quando até dividiam uma mesa da loja ou uma mesa de bar quando terminava o expediente), mas explicar o efeito que Kyungsoo tinha sobre si, era completamente diferente.

- E então? – Os olhos grandes o observavam em expectativa. – O que achou?

- Eu sou suspeito pra falar, você sabe disso. – Jongin comeu o último pedaço do camafeu que ganhara. – É um dos meus doces favoritos. Não vejo como isso pode ser ruim.

- Jongin, você precisa ser um pouco mais crítico. – Involuntariamente Kyungsoo inflou as bochechas. – Nós vamos vender esses doces e eles precisam estar bons.

- Achei que o brownie ficou um pouco seco e duro, a cobertura de limão está azeda e a bomba de chocolate tá bem ruim. – Jongin viu os olhos alheios ficarem cada vez maiores a cada coisa que dizia.

- Sério? – A boca do pâtissier formava um perfeito “o” em incredulidade.

- Não, ficou tudo bem maravilhoso. – Riu com a expressão de Kyungsoo.

- Aahh! – Riu pelo nariz, parecendo aliviado. – Vai se ferrar, Jongin! – Saiu do balcão do caixa carregando a bandeja e resmungando algumas coisas que Jongin não conseguiu processar.

O Kim voltou a organizar o próprio espaço de trabalho, deixando canetas, marca páginas e trufas expostas no balcão. Selecionou a playlist do dia, deixando-a pronta para começar a tocar quando abrissem a loja.

-x-

Quando você me aperta contra seu coração
Estou em um mundo à parte
Um mundo onde as rosas florescem

E quando você fala... Anjos cantam de cima
As palavras banais parecem... Transformar-se em canções de amor

Jongin se incomodava com os sorrisos de Kyungsoo que não eram para ele, mas tudo melhorava quando se dava conta que eram todos sorrisos robóticos. Aqueles sorrisos que as pessoas dão porque precisam ser simpáticas quando trabalham com atendimento, e ele percebia isso quando em todo fim de expediente, assim que trancava a loja para que a limpassem, Kyungsoo lhe sorria de forma satisfeita enquanto falava que os clientes gostaram de seus bolos e doces. Respirou fundo, olhando a pilha de caixas com livros que haviam chegado aquela tarde e que precisavam ser registrados no sistema.

- Você vai demorar? – Kyungsoo perguntou terminando de guardar a louça e trancando a vitrine da cafeteria.

- Não sei, ainda faltam umas duas caixas. – Jongin alongou o pescoço, pegando outro livro em seguida. – Se você já quiser ir, eu fecho a loja.

- Eu espero. – Sorriu de forma tímida. – Aí a gente volta junto. – Sentou em uma cadeira que havia puxado para perto do balcão do caixa.

Jongin podia jurar ter visto as bochechas de Kyungsoo tomarem uma coloração rosada, mas estava cansado. Talvez tivesse sido só impressão.

- Posso te ajudar de alguma forma?

- Depois de registrar todos eles, pode me ajudar a organizar alguns nas prateleiras e levar os outros para o depósito.

- Okay. – Bateu os dedos algumas vezes no balcão, sem saber muito bem o que dizer. – Eu gosto das músicas da loja.

- Obrigado. – Jongin pareceu orgulhoso de si mesmo. – É o resultado de horas e mais horas pesquisando. Escolho com o mesmo cuidado que você decora seus doces.

Kyungsoo sorriu. Não da forma robótica que sorria para os clientes, mas o mesmo sorriso de satisfação no fim do expediente.  

Jongin parecia muito mais motivado e ao mesmo tempo muito mais desconcentrado em fazer seu trabalho com a presença de Kyungsoo perto dele. Na maior parte do tempo, só pedia a si mesmo que não fizesse nada destrambelhado demais perto do outro, evitando assim parecer bobo ou idiota diante do pâtissier. Conversavam algumas coisas, como a vontade que tinham de ler algum livro “x” ou assistir ao filme “y” baseado em algum exemplar da loja. Possuíam o gosto bem parecido, então não era muito difícil se empolgarem quando algum deles começava a falar sobre algum título ou autor.

Terminados os cadastros, com os livros prontamente expostos nas prateleiras e devidamente organizados na vitrine principal, ambos os funcionários da livraria respiraram fundo, relaxando em seguida. Não era um trabalho difícil, mas era cansativo subir e descer livros, ou encontrar a melhor posição para os exemplares.

As dedilhadas no piano começaram a soar pela loja quase vazia, seguidas do som do trompete. 

- Oh! Eu gosto dessa música. – O Do preparava-se para pegar suas coisas. – Você não fica com vontade de dançar? Toda vez que eu escuto esse comecinho me dá vontade de dançar. – Falava distraidamente enquanto checava se não estava esquecendo nada.

Jongin foi tomado de uma coragem que não sabia dizer de onde tinha vindo, pois ao se dar conta, já estava atrás de Kyungsoo, puxando-lhe a mão para que dançassem. Não conseguia nem pensar direito no que estava fazendo, prova disso era ter apenas segurado a mão alheia e se embalado de um lado a outro, numa dança desengonçada, não sendo justo com as aulas que fizera quando era mais novo.

- O que você está fazendo? – Kyungsoo não conseguia conter a risada que saía de leve.

- Você disse que queria dançar. – Kim puxou o outro para que ficassem melhor posicionados, rindo junto à Kyungsoo.

- Eu não sei dançar, Jongin. – O pâtissier olhava para os próprios pés, que pareciam grudados no chão de tão tenso que estava. – Sério.

Ignorando o que o outro dizia, Jongin tentava guiar a dança da melhor forma possível, mesmo que estivessem apenas se movendo de um lado a outro, girando aos poucos no mesmo lugar. As risadas haviam se transformado em respirações pesadas e os corpos pareciam mais relaxados. As mãos do Kim tremiam um pouco e sua garganta parecia seca. Kyungsoo tinha cheiro de café.

- Você tem cheiro de livros antigos. – A voz do Do estava baixa e tranquila.

- Isso é bom ou ruim?

- Eu gosto. – Kyungsoo apertou um pouco mais o abraço em Jongin. – Isso é bom ou ruim?

O coração do Kim parecia querer saltar para fora. Kyungsoo o deixaria louco sem nenhum esforço, se continuasse daquele jeito.

As últimas notas da música tocaram, fazendo Jongin se afastar de Kyungsoo rapidamente. Podia sentir as orelhas esquentando. Curvou-se de forma breve, como se estivesse agradecendo pela dança, virando as costas, indo desligar o computador e pegar a própria bolsa.

- Então, vamos? – Estava apressado, esperando pelo outro na porta. No momento, só queria ir pra casa e se enterrar no quintal.

- Eu, sinceramente, não acredito nisso. – O Do parecia indignado. – Por que as coisas com você são tão difíceis, Jongin?

- Hã? – O caixa estava confuso. Do que Kyungsoo estava falando?

- Era pra você ter me beijado, Jongin. – Pegou a bolsa da cadeira, indo em direção à porta bastante irritado. – Quantas brechas eu tenho que abrir até que você faça isso? Louis Armstrong e “La Vie en Rose” é uma brecha enorme, sabia? – Olhou diretamente para Jongin, a cara emburrada fazendo-o parecer ainda mais adorável que o normal.

O cérebro de Jongin processou tudo de forma rápida e o rapaz sorriu ao perceber isso. Kyungsoo estava tão apaixonado quanto ele.

- Só mais uma. – O pâtissier o olhou sorrindo.

Jongin realmente amava o sorriso de Kyungsoo.

- Essa é a bre- Kyungsoo não conseguiu terminar a frase.

Os lábios do Kim encontraram os seus de forma suave e breve.

- Eu sei. – Jongin selou os lábios mais uma vez nos de Kyungsoo, sorrindo para ele logo em seguida.

Aquela, definitivamente, era a vida em cor-de-rosa.

Quando você me beija o céu suspira
E mesmo que feche meus olhos,
Eu vejo a vida em cor-de-rosa

Dê seu coração e alma para mim
E a vida sempre será
A vida em cor-de-rosa

Louis Armstrong – La Vie en Rose


Notas Finais


Obrigada e espero que tenham gostado <3
Até a próxima :)


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