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História La vie en rose - Prólogo 2: Le pianiste


Escrita por: dopehemmings

Capítulo 2 - Prólogo 2: Le pianiste


Fanfic / Fanfiction La vie en rose - Prólogo 2: Le pianiste

27 de Junho de 2003-Paris, França.

A pequena garota de cabelos negros e olhos verdes acorda, esperando algo novo, surpreendente naquele dia, era seu aniversário de oito anos, mas como todos os outros anteriores, não foi acordada por abraços e sorrisos. Lauren Michelle Jauregui Morgado era o nome da garota, filha da advogada renomadíssima, Clara Jauregui, e de um dos empresários mais conhecidos na França, Michael Jauregui, ela tinha dois irmãos, o do meio, Christopher, dois anos mais novo que ela, e Taylor, a mais nova, com quatro anos. Ela poderia dizer que tinha tudo, sua casa-no caso, mansão- tomava quase um quarteirão todo, e de tudo tinha ali, mas Lauren não era uma criança fútil, não se importava o mínimo com todo luxo, tudo o que ela mais queria era amor. Sim, amor, o amor que sua empregada e quase segunda mãe, Marlee, dava a sua sobrinha, Allyson Brooke, uma de suas melhores amigas, ou o amor que sua outra melhor amiga, Normani Kordei recebia dos pais, que mesmo passando por diversos problemas, nunca deixava aquele sentimento tão lindo faltar. Lauren não foi apresentada ao amor, pois não recebia aquilo de seus pais, pelo menos não do jeito que achava correto. Ela os amavam sim, amava muito seu irmão, e melhor amigo, amava muito sua pequena irmãzinha, mas ela queria ser amada também, apenas isso.

A garota levanta da cama, e veste o seu vestidinho azul, seu preferido, ela ainda tinha esperança de algo especial, aquele dia merecia. Desce as escadas lentamente, e se depara com sua mãe sentada no sofá. Ela trajava roupas sociais, e mexia em um computador, concentradíssima. Lauren caminha até a mãe sorrindo, e se joga em seu colo, ignorando o aparelho ali.

-Lauren Michelle! Você não está vendo que estou ocupada? Tenha educação, garota.-O sorriso da garota some. Ela não havia lembrado? Clara fecha o notebook e o enfia numa bolsa-Avise para seu pai que estou indo, se não chegarei atrasada esperando os caprichos dele.-E da de costas, deixando a pobre garotinha jogada no sofá, sozinha. Lauren, obediente, se dirige tristemente ao escritório do pai.

-Papa, mamãe mandou dizer que não esperaria pelo senhor.-O homem assente, e quando a garota dá as costas para sair, escuta a voz grossa de seu pai a chamar

-Laur, eu acho que alguém está fazendo oito anos hoje, você sabe quem é?-Michael se faz de desentendido, e aquilo faz o peito de Lauren se encher de alegria. A garota sorri e se joga no colo do pai, que a abraça apertado.

-Parabéns minha princesa.-Michael, entre ele e Clara, era bem mais carinhoso com a filha, quer dizer, sempre que estava em casa, que não era muitas vezes, tentava demonstrar pelo menos um pouco de afeto aos filhos.

-Muito obrigada papai.-Ela beija a bochecha do homem, que sorri.

-Estava pen...-A fala de Michael é interrompida pelo toque estridente do celular, ele suspira derrotado, e atende. Aquela era a deixa para Lauren sair, pois segundo sua mãe, não se deve interromper quem fala ao telefone.

A garota anda até a cozinha, onde Marlee a esperava com um sorriso de orelha a orelha.

-Minha garotinha completa oito anos hoje. Meus parabéns pequena Lauren.-Lauren abraça Marlee com força, com certeza a mulher era mais mãe da pequena que a própria mãe.

-Trouxe uma surpresa pra você.-A mulher  aponta para o canto da cozinha, onde uma criança baixinha esta escondida.

-ALLY!-A de olhos verdes exclama, e a baixinha sai de seu esconderijo e abraça a amiga. Quem olhasse para Ally não acharia que ela é um ano mais velha, porque ela é realmente, muito baixinha.

-LAUR! Meus parabéns! Que Deus te abençoe e realize todos seus sonhos.-Ally era muito religiosa, assim como Marlee. Lauren agradece e fica feliz por ver a melhor amiga ali, elas haviam se visto no dia anterior no colégio, mas aquilo era uma surpresa, Marlee não costumava trazer a sobrinha para a casa dos Jauregui’s.

-Estou fazendo sua torta preferida. Mas subam garotas, se não vocês vão me atrapalhar e o bolo só ficará pronto no aniversário de vinte e oito anos de Lauren.-Elas riem, mas obedecem e sobem as escadas correndo.

-LAUREN!-A voz de Chris soa pelo corredor, e a garota se vira.

-Chris! Achei que você tinha dormido na casa de Troy ontem.-Ela realmente estava surpresa.

-Ele me trouxe a pouco tempo atrás, não poderia perder o aniversario da minha maninha.-Ele se aproxima e abraça a irmã, que sorri largo. Chris e Lauren eram muito apegados, desde o primeiro momento que Lauren viu o serzinho no colo de sua mãe.-Feliz aniversário Lali.-

-Muito obrigada Kit. Isso é muito especial para mim.-Ele sorri envergonhado, e beija a bochecha da irmã. Após aquele momento, Chris corre para seu quarto para jogar seu tão amado vídeo game, e Lauren segue para seu quarto, com Allyson. Algumas horas depois, Normani chega, completando o trio, e assim elas passam a tarde, vendo filmes da Disney e zoando Ally por ela se sentir tão envergonhada na presença de Troy.

Já era quase sete horas da noite, e Lauren estranhava a demora de seus pais, suas amigas já haviam ido embora, e ela estava sozinha, esperando os pais chegarem para enfim jantarem. Um barulho estridente é escutado, e aquilo faz as três crianças saírem do quarto e descerem as escadas.

-Eu não quero esse entulho na minha casa, Michael.-Clara reclamava enraivada, após Michael entregar uma quantia para um homem, que saiu da casa seguido por outros quatro.

-O que você quer que eu faça? Isso é especial para minha mãe-O homem exclamava, e Lauren já previa uma briga

-Onde você pretende colocar essa velharia?-

-Aqui na sala mesmo, é espaçoso e...-Michael é interrompido pela voz elevada da mulher

-VOCÊ SÓ PODE TA BRINCANDO, NÃO É? Eu não vou colocar aquilo na minha perfeita sala. Na verdade, não vou colocar na minha casa, vou despachar esse lixo você querendo ou não.-Taylor e Chris estavam sentados e olhando a cena com medo, seus pais brigavam muito, já deviam estar acostumados. É então que Lauren nota algo estranho ali, no canto da sala, tinha um piano, ele era rosa clarinho e tinha algumas partes douradas, estava brilhando, mas parecia ser antigo, pois tinha algumas partezinhas com a cor amarelada. Aquilo era o lixo que sua mãe se referia? Era algo lindo, incrível, que fez os olhos de Lauren brilhar instantaneamente, a garota já havia visto sua avó tocar a tempos atrás, e lembrava vagamente do som sereno que o instrumento produzia. Ela estava encantada.

-Er...tem espaço no meu quarto...se quiserem colocar lá.-falo e os dois a encaram

-Michelle, quantas vezes eu já disse para não se meter em conversas que...-Michael a interrompe.

-É uma boa ideia Laur, em breve ele estará no seu quarto.- A garota sorri animada com a fala do pai, o que deixou a mãe mais brava ainda, mas aquilo não importava, ela estava mesmo feliz. Passou apenas dois dias e o piano rosa já estava em seu quarto, junto com o banquinho no mesmo tom, Lauren o limpava todo dia, e mesmo não sabendo tocar, passava horas sentada no banquinho tentando reproduzir algum som. Entrou então no afterclass de piano da sua escola, o que a fez passar mais tempo no colégio ao final das aulas, sua professora de piano, a Srta. Williams era adorável, e estava surpresa pelo interesse da garota, ninguém com tão pouca idade abriria mão de suas tardes para ficar no colégio. Foi então que Lauren foi aprendendo as primeiras notas, a posicionar seus dedos corretamente, a manter a postura, aprendeu as primeiras musicas, e tentava mostrar o que sabia para sua família, mas seu pai estava mais ocupado que nunca, e sua mãe não dava a mínima, Taylor era muito pequena, então a primeira pessoa que ela mostrava as recentes coisas aprendidas era a Chris, seu Kit, que a aplaudia animado, ele preferia musicas mais pesadas, mas via a alegria da irmã ao conseguir completar o que planejava. Ela aprendia mais e mais, e não se cansava, e em dois anos já encantava a todos que paravam para apreciar seu talento, como Marlee, suas amigas, seu irmão, a Srta. Williams que babava cada vez mais sua aluna preferida, e seu pai que quando arranjava cinco minutos, ia logo dar atenção aos filhos. Lauren era boa, não, ela era muito boa, ela impressionava, ela se conectava com a musica. O piano era sua paz, seus dias não eram fáceis, ela estava quase na adolescência, e ainda não se sentia amada, ela queria tanto ser amada! Outra descoberta que a deixou mais feliz, foi saber que ela conseguia cantar enquanto tocava seu amado piano cor-de-rosa, descobriu isso tocando uma musica, que Ally pediu, chamada If I ain’t got you, da Alicia Keys, sua voz soou tão madura para uma garotinha de treze anos, e aquilo encantou mais ainda aos outros, e a si mesma. Ela era facinada pela musica, seu piano era sua vida, era impressionante a paixão pelo instrumento, ela ficava até as cinco horas no colégio, e quando chegava em casa corria para o quarto para treinar o que aprendeu. A adolescência chegou, aos 14 anos, Veronica Iglesias, filha de Robert Iglesias, sócio de Michael, entrou no grupinho de infância, Veronica era talentosa, mas não para a musica, ela cantava feito uma hiena, e tocava muito mal quando Lauren a deixava encostar no seu piano, o real talento de Veronica era a pintura, sim, aquilo era até impressionante, já que Vero tinha o gênio forte e a paciência quase zero. Lauren gostava de ir a festas, aos quinze ela já havia tido diversos namoradinhos, aquilo era normal, ela era uma adolescente normal, gostava de diversão, mas gostava mais ainda quando se reunia com suas três melhores amigas no seu quarto, enquanto tocava seu piano e cantava com sua voz rouca, Allyson fotografava tudo com sua câmera, sua grande paixão, Normani dançava e reclamava da lentidão, dizia que gostava de dançar algo mais agitado, e Vero pintava a cena, aqueles momentos rendiam vários quadros. A paixão de Lauren pela musica preocupava sua mãe, Lauren já estava quase no final do ensino médio, ela tinha dezesseis, e nunca falou sobre faculdade, sua mãe queria que ela fosse uma advogada, mas Lauren sempre batia de frente, dizia que queria ser musicista, e que a opinião da mãe não mudaria sua decisão, aquilo rendia muitas brigas no jantar. Lauren foi se acostumando com a rejeição, ela não se dava bem com a mãe, pois aprendeu a bater de frente, e ninguém nunca tinha coragem de bater de frente com Clara Jauregui. E sobre o amor? Ela havia descoberto o que era, pelo menos um lado do sentimento. O seu piano rosa e antigo havia apresentado a ela o que era aquilo, ela amava a musica, amava muito, e afirmava sem remorsos, a música era seu grande amor.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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