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História Lábios duplamente errados - Vinho


Escrita por: camz_lau

Notas do Autor


AE CARAIO

Capítulo 7 - Vinho


Capítulo – VII

-Você bebe vinho Malu? Ou prefere outra coisa? –pergunta Diana.

-Vinho está ótimo, esse pesto está cheirando muito bem. Tem certeza de que não quer ajuda? –Pergunta Malu logo em seguida.

-Ah... não precisa. É uma pena que o Levi tenha que ir ao cinema com os seus amigos logo hoje. É que ele não queria perder a estreia sabe como são essas crianças... Mas quase que eu não deixo –Diana fala com um tom mais baixo- fiquei com medo dele sentir dores fortes de novo.

-Mas já basta dele ficar no apartamento, não acha? E além do mais... você fez ele levar praticamente um kit de primeiros socorros na sua mochila. Pode ficar tranquila, ele vai ficar bem. –Diz Malu rindo um pouco e então começo a ficar mais relaxada quanto a isso. Eu termino o macarrão e começo a nos servir.

-Vai querer suave ou seco para acompanhar? –Pergunto.

-Suave, gosto das coisas com suavidade, gosto de apreciar as coisas com bastante calma. –diz enquanto ergue uma sobrancelha e sorri. Seus olhos verdes têm um certo brilho enquanto ela fala.

-Sério? –Digo rindo.

-Ah, o quê? Acha que não sei apreciar detalhes Diana?

-Não é isso, é só que... você parece sempre tão... determinada, parece o tipo de pessoa que não analisa tanto, é do tipo que se lança nas coisas de cabeça, não sei explicar. Você é tão... intensa demais. É como se isso refletisse ao seu redor. Como se detalhes fossem algo meio banal e, a intensidade das coisas é que fosse o ponto para você.

-Ual, você sabe que isso tá meio confuso de um jeito que só explica as coisas a você, não é? –Diz rindo de mim quase que histericamente.- -ela consegue ser suave e abrupta ao mesmo tempo. –penso enquanto a vejo rindo- rindo também.-

-É, eu sei. Eu sou um tanto confusa.

-E você me parece o tipo que analisa tudo, pensa tanto que só te faz ficar mais indecisa, não estou certa? –então eu rio... porque é a mais pura verdade.

 

  Continuamos a comer e ela me explica como foi toda a sua cirurgia de hoje, enquanto bebemos e comemos.

-Quer saber um fato sobre vinho? –pergunta com um sorriso de lado.

-Sim, pode falar. –Respondo.

-Você sabia que os vinhos para sobremesa não precisam ser adoçados? –Ela fala empolgada.

-Nossa que interessante. –Exclamo.

-Pode me passar a pimenta? É que quase tudo eu coloco pimenta, sem ela fica tão...  Sei lá. –Diz Malu.

 

  Quando vou pegar a pimenta acabo derrubando minha taça de vinho em cima da Malu. Claro, se não houvesse algum acidente por eu ser desastrada a noite não estaria completa.

 

-Meu Deus! Me desculpa, eu sou muito desastrada, tinha que acontecer isso. –Digo e ela ri mais uma de suas risadas histéricas e não tem como não rir junto. –Eu posso te emprestar uma roupa se você quiser, sei lá.

-Vamos terminar de comer. Então, fala de você Diana... Eu não sei quase nada sobre você; -Diz enquanto me lança seu olhar de curiosidade.

-Tá bom, então. Mas você fala de você também?

-Claro.

-Bom, gosto de ver e de coqueiros. Eu sei que é estranho e eu também amo cheiro de limão. Já fui acrobata quando criança, minha mão queria que eu fizesse algo para passar o tempo e eu escolhi isso. Já falei muito, agora é a sua vez.

-Sou adotada. Meu nome completo é Malu Figueira de Pádua. Tenho dois irmãos. Sou filha do meio. Eu sempre quis ser cirurgiã. –Diz Malu se levantando. –Tá, você já pode me emprestar aquela roupa agora, porque estou começando a ficar grudenta. –Enquanto busco um vestido, ela desabotoa suas calças e tira sua blusa. Noto que ela tem um sinal nas costas que parece um cavalo marinho. E ela percebe o meu olhar. –Mais uma curiosidade, eu tenho um cavalo marinho nas costas. E se você olhar bem aqui –ela aponta para uma cicatriz um pouco abaixo da sua bunda –vai ver um dos meus feitos de criança quando caí da bicicleta aos 11 anos de idade. –Ela agora está vestida com o meu vestido preto floral que lhe cai tão bem.

 

   Terminamos o jantar e continuamos conversando e bebendo.

 

-Malu, posso te fazer uma pergunta?

-Claro, qualquer uma.

-Você já foi casada, ou namorou, ou só fica?

-Já namorei, fiquei e morei junto com quem namorei. Mas ser casada no papel e tudo mais, eu nunca fui.

-E a quanto tempo você conhece a Jéssica? Ela parece muito legal. Vocês parece se conhecer há anos.

-E nos conhecemos a anos mesmo. A conheço desde a faculdade. Ela ia ser cirurgiã, mas ela é uma metamorfose ambulante. Muda de ideia fácil. Decidiu ser advogada e eu acho que ela só continua nessa profissão porque ela viaja bastante. O escritório de advocacia no qual ela trabalha serve para o mundo inteiro e a todo o tipo de pessoa rica. Eles são bons de verdade e não tem várias filiais porque eles preferem ter só uma empresa com os advogados mais fodões do que ter vários mais ou menos em vários lugares só para dizer que tem uma empresa em tal país. Por isso, são os advogados que vivem viajando para todos os lugares. Vão da Venezuela a Índia e a Paris na mesma semana. –Ela fala tudo em um folego só.

-Nossa, então é por isso que ela agiu como se nunca mais tivesse falado com você, afinal ela não para um lugar só.

-Bom... esse é um dos motivos, apenas. Eu tenho que ir. Tenho que chegar cedo no hospital amanhã. Tenho cirurgia muito importante. Amanhã trago sua roupa lavadinha, tá? Obrigada pelo jantar.

-Eu que agradeço por tudo no qual você veio me ajudando. Bom, vou te levar até lá em baixo. –Digo. Entramos no elevador e ela se encosta na parede me observando.

-O que foi? –Pergunta enquanto eu a encaro de volta.

-Gosto dos seus olhos. –Digo e então elevador para. 


Notas Finais


Q LOUCURA


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