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História LaBumba - Cap. 9


Escrita por: BellaRusso13

Capítulo 10 - Cap. 9


Na entrada um segurança, que mais parecia um armário, estava a nossa espera ele abriu a grande porta do edifício, e nos guiou até o escritório do SR. Roger.

 - Nem pensem em levar qualquer coisa – Disse o homem com voz grossa e fechou a porta, acendi a luz revelando o enorme e maravilhoso cômodo. Olhamos ao redor do lugar era decorado em tons de preto e branco e uma janela enorme de uma ponta a outra mostrando a lindíssima paisagem de Londres.  

   Eu pensei que quando nós entrássemos lá, iriamos encontrar o local totalmente bagunçado, com papéis espalhados, gavetas reviradas, desenhos nas paredes, etc., mas para nossa incrível surpresa não havia um grão de poeira fora do lugar. Então começamos a procurar por qualquer coisa. O lugar estava gelado, vi Meg esfregar os braços para se esquentar, Luke tirou seu casaco e colocou nos ombros dela, depois voltou sua atenção para o escritório.

   Luke era uma daquelas pessoas que tem um coração de ouro, ele sempre tentava ajudar as pessoas do jeito que podia e vivia cuidando de Jack como um irmão mais velho. Essas simples atitudes de cavalheiro eram algo comum para ele, mas não para Morgana. Vi seus olhos brilharem com uma expressão surpresa, enquanto vestia o casaco sorrindo levemente.

   - Você também viu aquilo? – Helena disse baixinho para mim, enquanto folheávamos os livros. Acenei com a cabeça sorrindo.

   Ficamos mais ou menos uma hora vasculhando tudo, mas não achamos nada. Só havia uma cristaleira cheio de balas que pareciam ser muito caras, contratos, fotografias do dia da assinatura dos contratos e no centro da parede tinha uma foto da família em uma praia, todos estavam sorrindo felizes. Me aproximei do quadro para observar melhor, havia uma legenda bem pequena no canto esquerdo que dizia o seguinte: Férias Em Família Verão De 1995.

   As primeiras letras de cada palavra e os últimos números da frase estavam meio diferentes como se alguém estivesse pintado de caneta preta por cima delas, formando uma sigla “FEFVD95”.

   Meu queixo caiu.

   - Impossível – Falei e outros olharam para mim, com as mãos tremulas peguei o quadro e o tirei da parede colocando cuidadosamente no chão, voltei meus olhos para a pintura branca, com uma caneta preta estava escrito três palavras curtas:

“CÉU ALEMÃO – S.O.S”

   - Minha nossa! – Jack falou e todos ficaram olhando paralisados para o pedido de socorro de Gerad Roger.

 

 

   Passaram-se duas semanas desde que eu achei aquela mensagem, mas não descobrimos nada sobre ela. Eu e Jack havíamos passados alguns dias sem dormir tentando descobrir o que aquilo significava mas sem sucesso nenhum. Então começamos a deixar as coisas um pouco de lado.

   Escuto a porta se abrindo, olho para cima e vejo Jessie se aproximando com o telefone fixo nas mãos.

   - É para você – Ele me entregou o telefone.

   - Quem é?

   - O número é da delegacia.

   - Obrigada – Ela acenou com a cabeça, arrumou o vaso de flores da minha mesa umas duas vezes e depois saiu. Atendi a ligação.

   - Alô?

   - Oi Bella – Sorri ao escutar a voz de Jack do outra lado da linha.

   - Olá Jack.

   - Quer ir jantar comigo?

   - Vai ser no restaurante mais chique de Londres? Se não for não aceito – Escutei ele rir.

   - É melhor que isso.

   - Okay, fechado!

   - Te pego as sete.

   - Porque está me ligando do celular da delegacia?

   - Perdi meu celular.

   - A quanto tempo? 

   -Há uns cinco ou seis dias eu acho.

   - Como assim? – Ele não respondeu aposto que Jack tinha dado de ombros e esqueceu de falar.

   - Te vejo as sete, Bella – E desligou.

   Sentada na minha mesa, fiquei olhando para as horas no meu celular, dez segundos depois de o relógio marcar sete horas a porta se abriu e Jack apareceu.

   - Não tem educação não? Não aprendeu a bater na porta. – Brinquei levantando da mesa. Bufando ele saiu e fechou a porta depois deu três batidas.

   - Posso entrar? – Abri a porta rindo.

   - Não. Idiota desligou o telefone na minha cara!

   Dei uma bolsada nele e começamos a rir enquanto descíamos a escada. Observei Jack que estava arrumado e seu cabelo úmido.

   - Olha só tomou banho – Falei entrando no carro.

   - Hoje é sexta-feira, dia de banho – Ele brincou.

   - Que nojo – Mexi na minha bolsa até encontrar o que queria – Aqui para você, agora não precisa ligar da delegacia.

   Entreguei o celular para Jack. 

   - O que é isso?

   - Um celular besta, não está vendo?

   - Quanto custou?

   - Pega logo.

   - Quanto custou isso? – Bufei e revirei os olhos.

   - Nada Jack, eu ganhei de brinde de uma loja quando fiz uma propaganda para ela lá na LaBumba.

   Menti para ele, porque sabia que não iria aceitar se eu dissesse que eu havia comprado. Jack guardou o celular no bolso.

   - Ata – Ele arrancou com o carro. Depois de alguns minutos ele quebrou o silencio -  Mentiu bem, quase me convenceu.

   Olhei para ele incrédula enquanto ele sorria.

   - Já entendeu que não adianta mentir para mim não é?

   - Sim, merda.

   - Mas mesmo assim, obrigado.

   E ele riu novamente. Depois de um tempo minha curiosidade não estava mais aguentando e eu precisava perguntar.

    - Aonde estamos indo?

    - Você vai ver.

   Eu sabia que não iria arrancar nenhuma palavra dele, então encostei a cabeça no banco e fui olhando a cidade, até chegar em um bairro calmo e sem prédios, com casinhas bonitinhas e antigas.

    Me endireitei no banco e olhei para ele que sorria enquanto dirigia. Nós estávamos indo para o bairro onde nós dois havíamos morado, onde passamos nossa infância, estávamos indo para a casa dos pais de Jack.

    Ele estacionou o carro, desci enquanto observava o lugar. Olhei em direção a minha antiga casa, parecia bem cuidada tinha flores no jardim e um balanço na arvore da frente onde duas meninas negras de cabelo cacheado brincavam, elas acenaram para Jack depois saíram correndo para dentro da casa.

   - Um casal muito simpático mora ai e essas são as filhas gêmeas deles.

   - Fico feliz que a casa esteja sendo bem cuidada.

   Sorri, era reconfortante ver que a casa onde passei toda a minha infância estava sendo cuidada.

   - Vamos? – Olhei para a casa uma última vez e acenei com a cabeça, ele abriu a porta e nós entramos. Estava tudo do jeito que eu lembrava o lugar totalmente arrumado, as cortinas, a televisão sempre ligada em algum canal de notícia, as flores pela casa e a voz de Magorie Carter cantando alguma música antiga.

   - Jack meu filho, é você? – Ela disse da cozinha andamos até a porta e Jack me barrou fazendo sinal para que eu esperasse enquanto entrava no cômodo.

   - Olá mãe.

   - Oi meu filho, estou feliz por você ter conseguido vir.

   - Também estou. Eu trouxe uma pessoa.

   - Quem é? – Consegui visualizar a imagem de Magorie juntando as sobrancelhas em sinal de confusão. Aquela era minha deixa. Segurei a manga da minha blusa e entrei na cozinha com um sorriso tímido.

   - Olá Tia Meg – Sorri para a senhora baixinha que sempre estava com os cabelos castanhos claros quase loiros, em um coque preso com uma caneta ou algum objeto que ela conseguisse fazer com que o “penteado” parasse no lugar. A coisa mais estranha que eu já ela colocar nos cabelos foi uma escova de dente. Por um segundo ela não me reconheceu mas depois a ficha caiu porque ela deu berro.

   - BELLA! – E com os braços aberto veio me abraçar, ela cheirava a flor e chá, era sempre um cheiro maravilhoso e reconfortante para uma menina que cresceu sem mãe. Retribui o abraço apertando ela o mais forte que eu consegui, sem machucá-la.

   - Minha pequena Bella, como está bonita! – Ela me fez dar uma voltinha- Olha seu cabelo! – Ela passou delicadamente as mãos nos meus cachos – Olha essa bunda!

   Meg me deu um tapa e Jack soltou um “Mãe!’’, mas deu de ombros.

   - É a verdade.

   - Onde está meu pai?

   - Onde mais ele estaria? – Jack assentiu e saiu da cozinha e foi para o lugar onde Henry passava grande parte do seu tempo, na sua garagem mexendo no carro. Fui até a pia e comecei a ajudar Meg a cortar os legumes enquanto conversávamos.



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