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História Laços - Felizes para sempre


Escrita por: viniescrevendo

Notas do Autor


Aqui está o último capítulo dessa história, espero que tenham gostado! Meus muito obrigado! Assinado: Vinícius Gomes.

Capítulo 14 - Felizes para sempre


Fanfic / Fanfiction Laços - Felizes para sempre



    Desesperada por Domingos e doida pelo seu perdão, Lorena desce do carro e deixa sua mãe desacordada no local. Ao se deparar com Andreza, Lorena entra em colapso de fúria.


    - Tinha que ser! A anta veio aparecer justo agora! Na hora em que eu vim buscar o meu amor e pedir para marcar o nosso casamento para iniciar vida nova ao lado dele.
    - Ai meu Deus! (exclamou Andreza). - Alan, você ainda não conhece, mas essa aqui é a moça quem Domingos namorava antes de eu o conhecer e foi por causa dela que nós nos separamos. Essa mesma moça, Lorena é o nome dela, ela faz questão de me destruir, de longe eu sinto o cheiro de ódio.
    - Andreza, ainda bem que você sabe do meu ódio por você. Desde que você entrou na minha vida, a minha vida se tornou um inferno; o Domingos não quis mais saber de mim. E o engraçado é: o que será que ele viu em você? (perguntou para sim mesma ironicamente). 
    - Ele viu apenas duas qualidades, Lorena! Essas qualidades que com certeza ele não viu em você. (respondeu ironicamente).
    - Eu posso saber quais? Se é que você não está tentando arranjar argumentos. (riu sarcasticamente).
    - Sim, Lorena! Ele viu em mim o respeito e o caráter de uma moça que mesmo pobre, de origem humilde, sabe ter. 
    - Nossa que belas palavras, fiquei comovida! Mas só que há diferenças que você não listou. Sou uma moça muito bem portada na sociedade, de classe, tenho formação em Administração, sei administrar até um ovo, coisa que provavelmente você não saiba. (riu).
    - Eu sou bióloga, minha querida! E conforme meus estudos em evolução: pela seleção natural, sua espécie já deveria ter sido extinta. (Andreza rebateu).
    - Pare! Chega! Vamos direto ao ponto: diga-me o que veio fazer aqui? (Lorena fechou o rosto).
    - Vim falar com Domingos, mas o objetivo da minha conversa com ele nada interessa a você.
    - Você não vai passar aqui, eu não deixarei! O Domingos você não verá nunca mais. 
    - E quem é você para me impedir, senhorita Lorena?
    Surpreendentemente, Lorena saca o revólver de sua roupa encapuzada e aponta para Andreza e Alan.
     - O que você vai fazer sua louca? (Andreza perguntou com medo).
    - Eu vou fazer o que eu deveria ter feito há muito tempo. Deveria ter feito logo quando eu vi você entrar na minha vida e na vida do meu amor.  


    Um carro se aproximava silenciosamente do local e Alan, acompanhante de Andreza, sinaliza perigo com o olhar. O motorista que se mantinha misterioso até o momento, começou a se aproximar para impedir que a tragédia ocorresse.


    - Eu não imaginava sua morte assim, querida Andreza! Tão sem graça ver a pessoa morrer rapidamente e sem qualquer dor! Eu queria mesmo era me livrar de você com este anel aqui. (riu abertamente olhando para o grande anel posto em sua mão direita). Eu queria ver você igual um ratinho, esperneando-se para sobreviver após boa dose do meu veneno. 


    - Sua louca, você é extremante louca! (Andreza gritou).
    - Cala boca, sua biscate mochileira! Marginal! Ratazana! Vou mandar você para o esgoto novamente! 
    Ao apertar o gatilho, Rubião aparece por trás de Lorena e a impede de efetuar o disparo contra Andreza! Andreza foge do local e entra na casa de Domingos. Lorena luta com Rubião para conseguir o controle do revólver e um segundo tiro é efetuado. Rubião havia sido atingido na barriga. 


       - Desgraçada! Foge! Foge! Pois se eu te pegar por aí eu te mato! Fez a minha mulher ser presa, sua vagabunda! Merece morrer. Foge desgraçada! (gritou desesperadamente). 


    Lorena decide ouvir "os conselhos" de Rubião e começa a fugir do local do crime. 


    - Seu desgraçado, velho imundo! Eu não posso ser presa por sua causa, polícia nenhuma pode me prender por eu exterminar insetos como você. (falou paranoica). 


    Alan, que estava mais preocupado com o sangramento de Rubião, já havia acionado a ambulância. Mas como um vizinho havia visto toda a cena, ajudou-os com um automóvel disponível para levar Rubião ao hospital.
    Lorena sai correndo e vai em direção ao carro onde sua mãe ainda continuava desacordada; pegou um disfarce e se vestiu. Vestiu-se de espanhola. Deitou sua mãe sobre a calçada e partiu levando o carro. A polícia que havia chegado ao local, deparou-se com Lucy, Domingos e Andreza, que desesperados à procura de Lorena, avistaram apenas o corpo de Rima desacordado.


    - Levem-na, polícia! Levem-na! Essa bandida merece ser presa! (Lucy apelou mesmo não podendo ver direito devido aos curativos). 


    O delegado Alfredo, que estava na viatura, questionou Lucy sobre a queixa e Lucy disse que não havia denunciado pois estava se recuperando de uma pancada na cabeça. Para efetivar a prisão de Rima, Victor Hugo apareceu no local e confirmou como verdade a cumplicidade entre mãe e filha num golpe milionário contra a família de Domingos.
    Victor Hugo acrescentou que Lorena significava perigo! Alertou a todos sobre o assassinato de Luiz Alvez que provavelmente teria sido planejado por Lorena. Contando a forma como ele havia morrido, Andreza recordou do que Lorena havia falado para ela sobre envenenamento. Daí, lá na mesma calçada, iniciou-se uma operação policial justificada para a prisão de Lorena. 
    Rima havia sido algemada, mas nem se dava conta do que estava acontecendo, visto que, com a pancada do vaso em sua cabeça, havia perdido parte do sentido. Durante sua viagem à delegacia, Rima ficava se esfregando nas pernas dos policiais, insinuando-se eroticamente (em seu pensamento confuso, ela estava fazendo parte de uma fantasia sexual não realizada em sua juventude).
    Após à série de acontecimentos, Victor Hugo esclareceu todo o plano de Rima e Lorena para Lucy e contou a reputação da moça no passado. Lucy estava desesperada, não sabia o que fazer, mas Victor se mostrou disponível a entrar na justiça para reaver a empresa de Lucy, que havia sido transferida sem consentimento legal. Domingos, vendo o empenho do rapaz em ajudar sua família, acaba caindo na real de que Victor Hugo sempre foi seu amigo de verdade. Os dois fazem as pazes e tudo acaba em um abraço de reconciliação.
    O desejo de Lucy era único naquele momento: ir visitar Rima na prisão e acertar as contas. Pouco depois, Lucy aparece formosa na delegacia em que Rima se encontrava temporariamente. O delegado cedeu quatros minutos. 


    - Eu não acredito que você passou anos do meu lado para acabar aqui, e o mais estranho era que eu nunca desconfiei de nada. Nada! Nem de você e nem da sua filha Lorena!
    - Querida Lucy, não seja tão inocente! A casa caiu para mim, não tenho mais nada a perder! Tudo que direi agora são palavras que eu sempre quis dizer mas nunca tive coragem.
    - Coragem não! Veja lá, Rima! Coragem não te faltou! Você só não ousava me afrontar porque não tinha onde cair morta, sempre foi uma pobre mulher que andou emprestando roupas para dizer que faz parte da alta classe. Nunca chegou ao nosso nível. A vida é tão breve e tão sensata que ela nos ensina cedo ou tarde que as aparências enganam. Hoje, eu vejo que a Andreza, menina pobre que desprezamos, ela tem mais caráter que nós todos. Sempre foi boa moça! (Lucy).


    - A pobre mulher que não tinha onde cair morta cresceu com você, estudou com você, só não teve os mesmos privilégios que você. Meus pais morreram e eu tive que ser órfã, empobreci da noite para o dia. Você sempre teve tudo o que eu quis. Tudo! (Rima).
    - Por que não correu atrás? Meritocracia exite! (Lucy perguntou).
    - Não, meritocracia não existe! E se existe, existe para poucos! (declarou Rima).
    - Eu sempre tive inveja de você! E um dos métodos que eu utilizei foi forçar o casamento de Lorena com o seu filho Domingos para que eu pudesse ter vida boa da herança que ela passaria a ter direito. 
    - Nojenta! O que você fez com a inteligência que Deus te deu? Isso? Vender sua filha como se fosse mercadoria?
    - Lorena nem merece a mãe que tem, ela é tão incompetente que não teve garra para segurar seu filho para ela. 
    - Fala da sua própria filha como se fosse um lixo! Eu tenho pena de você, Rima! Espero que aproveite a nova vida aqui nesse luga imundo! Não terei pena de você, assim como você não teve de mim quando aplicou o golpe na minha empresa!
    - Lorena nem é minha filha! Ela é uma porcaria que eu achei na lata de lixo. (respondeu rindo). 


    Lucy ergue-se e dá uma bofetada em Rima. 


    - Você é desumana! Adeus Rima! Até nunca mais! 


    Uma mulher de cabelos compridos surge na delegacia para visitar Rima. Andreza e Domingos estavam na salinha espera próximo da recepção; Andreza desconfiada da personalidade ali presente, espera a tal mulher sair da recepção para acompanhá-la de perto. Após descobrir que era Lorena disfarçada, Andreza espiona secretamente a visita que ela faria a sua mãe.
    Lorena surge fora da cela de maneira exuberante e surpreende Rima.


    - Olá, mãe desnaturada!
    - Lorena! quem mais poderia ser? o que veio fazer aqui?
    - Pensa mesmo que eu vim pedir perdão pelo o que eu fiz com você? É porque se você está aí enjaulada, agradeça a mim! (riu discretamente).
    - Cala boca biscate, eu deveria te matar! Não se faz isso com a própria mãe! Aliás, nem filha minha você é!
    - Não seja tola, dona Rima! Eu só vim prestigiar a sua derrota! Agora diz quem é a incompetente aqui, hein? Sou eu que não sei segurar um homem em minhas mãos ou é uma senhora que não sabe do que a filha é capaz para se dar bem?
    - Sua nojenta! Não vale o lixo de onde você saiu! Sua louca!
    - Lixo? Eu ou você? Eu estou perfumada e linda enquanto você está mal cheirando a ratos de esgoto. 
    - Deixa de conversa, desgraçada! E me ouça! Logo logo você estará aqui comigo, não demora muito para te descobrirem por aí. Se bem que eu poderia sair gritando seu nome e o delegado correria para prender você, mas estou com pena! Quero ver você correr da polícia e ser pega. 
    - É uma pena, dona Rima! Você não se atreveria a tanto!
    - Você não é minha filha biológica! Eu roubei você de uma pobre curandeira para justificar meu casamento com o seu falecido pai que não é seu pai. Eu menti esse tempo todo! Você foi uma filha bastarda o tempo todo; usei você até para conseguir uma vida boa. Não deixei que utilizasse sua inteligência! Eu usei sua beleza para te vender a homens que pudessem nos bancar. Você foi uma vendida, Lorena!


    Lorena, após ouvir o relato da mãe, acabava de entrar em transi, era raiva e tristeza ao mesmo tempo. Mas a frieza tomou conta de seu corpo. 


    - Eu vou te matar! Sua desgraçada! (prometeu Lorena).
    - Deixa de teatro e me passa essa sacola para cá. O que você trouxe para mim? 
    - Três pães com atum e um refresco de laranja, declarou Lorena. (olhava para o seu anel).
    - Passa para cá, vamos, anda! E vá chorar sua origem mais longe daqui! Não quero ver mais essa sua cara de loba desprezada.
    - Vou buscar uma bandeja! Temos que manter a elegância! (respondeu pensando no anel).


    Ao sair de vista, Lorena despeja todo o veneno no refresco de laranja. Ao voltar, entrega o lanche para Rima e vai embora. De longe, Andreza flagra todo o acontecimento. Passando pelo banheiro para retocar a maquiagem, Lorena se depara com Andreza. Furiosa, Andreza dá uma surra em Lorena, deixando-a gravemente ferida! No entanto a fuga é inevitável. Lorena agride Andreza com um revólver e a deixa desacordada. 


    "Rima é encontrada morta na cela onde estava, motivo da morte: envenenamento." Assim foi registrado no boletim de ocorrências segundos após o crime. Mas a culpa toda recaía sobre Lorena, que agora estava em fuga. 


     Após dois conturbados dias, Rubião estava em processo de reabilitação no hospital e estava aos cuidados de Victor Hugo. Ao mesmo tempo, Lucy havia conseguido reaver sua empresa. O paradeiro de Lorena ninguém sabia até o momento, só depois de três dias ela voltaria assombrar. 
       Andreza finalmente havia conseguido ter uma conversa com Domingos, uma conversa bem franca. Onde o resultado seria uma separação definitiva consolidada por Andreza. Logo de início, Domingos sofreu bastante, mas resolveu aceitar, depois de consolado pela sua mãe e por outros familiares. A grande lição era de que o amor deve ser preservado, independente da ocasião por onde ele passa, sendo fácil ou difícil.
    Andreza decide ficar com Alan e marcam noivado, pois o amor que florescera em Andreza, era um amor diferente daquele que ela havia sentido por Domingos. Era um amor mais maduro e consciente, lá se conseguia sentir uma relação amorosa firmada em certezas. Domingos, mesmo inconformado, pediu para que continuasse amigo de Andreza, e posteriormente ganhou a confiança do casal e virou amigo de Alan também. 
    Após o casamento de Andreza e Alan, Domingos passou no vestibular de medicina e começou a cursar, só que dessa vez sem interferências sentimentais. O jovem mimado voltada a se erguer na vida e a mochileira voltava a ter sua vida de sempre. 
    Rubião passou a ser o melhor amigo de Domingos e confidente, juntos escreveram um livro chamado "Querida Marilda", onde prestavam homenagens à vida da copeira que havia sido presa injustamente por um crime que não havia cometido. Neste livro, foi ressaltado a diferença entre pobres e ricos na sociedade, costumes e valores adotados por tais.
     Lucy aprendeu o significado de humildade e passou a ser dona de um restaurante beneficente que ajudava trabalhadores, onde os pratos eram apenas um real. Quando não possuíam dinheiro, a refeição era servida gratuitamente. A caridade tomou conta de seu coração. 
    Marilda e Rubião, pouco tempo depois voltam para a fazenda em Cuzco e deixam Domingos na promessa de um dia visitá-los. 
    Domingos e Lucy terminaram felizes.


   "Caminhando em uma estrada deserta, Lorena havia caído em um buraco enorme na beira da rua, buraco que a levou ao Japão e lá pode recomeçar a sua vida. Nada levou, apenas o seu anel porta veneno". 

 


 


Notas Finais


Fim! - Retornarei a escrever contos em estilo "realismo fantástico", mas antes de tal, escreverei um conto urbano retratando a vida de uma camponesa chamada "Lúcia", de maneira bem curta, para retratar o desafio de estudar e trabalhar para mudar de vida.


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