História Laços - Lorena usa anel porta veneno para fazer primeira vítima

- Está falando de quê? (Perguntou assustada).
    - Não se faça de desentendida, Lorena. Já fomos para a cama várias vezes. (Afirmou com um riso no rosto).
    Lorena, sem escapatórias, admitiu o fato.
    - Sim, estou lembrada! Pareceu-me muito mudado, talvez não tenha reconhecido você.  
    -  Ah, lembrou? Eu não sabia que a mãe do Domingos ainda acredita que você é uma moça exemplar e foi abandonada por ele sem motivos! Não seja boba, todos os homens de Lisboa conhecem você, inclusive eu. 
    - Faz bem ter lembrado! Só que a questão que ainda está em jogo é o dinheiro da abestalhada. (Respondeu Lorena com a voz mais clara e definiu seu caráter).
    - Chama a mãe do rapaz que eu considero um irmão de abestalhada? Você é uma criminosa barata que surge pelos cantos tentando conseguir o pão através de esmola! Aposto que sua mãe, a Rima, acoberta você em suas armações. (Falou revoltado). 
    - Cale-se, seu médico insolente! Na minha vida pessoal quem manda sou eu. Agora fique sabendo, senhor Victor Hugo, que eu vou conseguir reconquistar Domingos para mim, sim! Mesmo que para isso eu tenha que passar por cima de qualquer pessoa, principalmente da Andreza. (Lorena declarou). 
    - Isso é uma ameaça? (Perguntou ironicamente).
    - Entenda como você quiser! (Respondeu ironicamente).
    Victor Hugo saiu do quarto deixando Lorena desconfiada. A moça levantou-se da maca, saiu do quarto secretamente. Entrou em uma sala de reposição de armações capilares e colocou uma peruca vermelha. Vestiu-se de enfermeira e foi até à copa fazer um falso pedido de cafés para o consultório do doutor Victor Hugo. 
    Após a copeira ter organizado as xícaras e a garrafa térmica com o café, Lorena se propôs a levar a bandeja até o consultório; chegando lá, avistou Victor com Luís Alvez, um outro amigo. A parte final do plano estava consolidada ao passo que ninguém havia reconhecido-a. Lorena pegou seu anel que estava no anelar na mão direita, abriu a tampinha falsa e despejou dentro de um dos copos uma porção de veneno. 
    Victor Hugo questionou o fato de uma enfermeira estar servindo café, era estranho. A mão de Lorena tremeu e desorganizou a posição das xícaras, parte do café havia derramado. Num ato muito rápido, Luiz Alvez tomou o café envenenado e acabou morrendo. Em meio ao tumulto ocasionado no hospital, Lorena fugiu para a casa disfarçadamente. 
    Lucy estava envergonhada de ter que explicar que seu filho havia abandonado a carreira, era quase motivos para chorar inconsolavelmente. Tal estado emocional era propício para Rima apoderar-se de seus interesses na casa, como as negociações com os investidores que fechavam contratos com a empresa que Lucy herdara do falecido marido. Após o ocorrido no hospital, Lucy tinha sido informada e acabou desesperada para ter notícias de Lorena.
    Em segundos, Lorena entra pela porta assustada e com os cabelos loiros novamente expostos. Lucy tentou questioná-la, porém a moça subiu a grande escada para o quarto de Domingos. Chegando lá, tomou um banho e deitou-se sobre a cama, tirou o anel da mão e o guardou em uma gavetinha que ficava ao lado da poltrona.