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História Laços - Gostos em Comum


Escrita por: EsterNW e Biaxe

Notas do Autor


Bia:
Oi pessoinhas! Tudo bem? Aqui estamos com mais um capítulo da querida Bia -q?
Graças a tudo isso, eu só consigo me apaixonar mais ainda pelo Nath, pode isso, produção?
Boa leitura!

Ester:
Olá, pessoas! Como vão vocês?
Eu ouvi alguém pedindo caps mais longos? Pois bem. Desejo concedido ~plim.
E agora vamos para mais um cap com o casal fofura dessa fic.
Boa leitura ;)

Stelfs:
EIE! Que tal um pouquinho mais do casal mais fofo do ano? *-*

Capítulo 8 - Gostos em Comum


Fanfic / Fanfiction Laços - Gostos em Comum

Na quinta e na sexta, Nathaniel comprou bolinho novamente. Ele até me pareceu mais simpático do que nas primeiras vezes que o vi, já que ele parecia querer conversar.

Mas como sempre tinha alguém querendo comprar bolinho, ficou difícil de prolongar a conversa.

Tive esperança de conseguir conversar um pouco mais com ele na sexta, na saída, mas não o vi.

Depois que fui para casa, almoçamos, lavei a louça e fiquei o resto do dia no quarto fazendo lições.

No sábado, fizemos uma faxina e lavamos roupa. De noite, pedimos pizza e ficamos vendo comédias românticas até tarde.

No domingo, ficamos no tédio. Ninguém tinha ideia nenhuma do que fazer, então ficamos naquilo de “quero fazer algo, mas não sei o quê”. Então se resumiu a ficar no sofá, na varanda e na cozinha fazendo lanches.

Sim, o Castiel ficou tocando sua guitarra. Mas ninguém teve um pingo de ânimo para ir lá reclamar. A coisa estava feia!

Mas de noite, juntei coragem e fiz os bolinhos para o dia seguinte.

Acordei um pouco atrasada na segunda, corri para me arrumar e fui para a aula. Não vendi bolinho para o Nathaniel, porque não o vi em lugar nenhum.

Talvez tenha sido meu dia de sorte, porque só fui ver que faltava ingrediente para a massa dos bolinhos de noite, então não tive como fazer.

Acordei na maior preguiça na terça, sentindo os efeitos da TPM.

Me arrastei pra fora da cama e segui a manhã.

Claro que muitas pessoas vieram perguntar dos bolinhos, e eu via as caras de decepção deles quando falava que não tinha feito.

Talvez eles achassem que eu estava doente, devido minha cara de tristeza.

Eu preciso me animar. Se acharem que eu estou doente não vão mais querer comprar nada meu. Aí sim eu tô ferrada.

Saí da caverna, digo, da sala, decidida a comprar alguma coisa de chocolate.

Assim que pisei o corredor, bati a cara com tudo no peito de alguém. Automaticamente coloquei a mão no nariz, sentindo uma lágrima escorrendo.

— Bia? Me desculpa! — Olhei para cima. Nathaniel me olhava preocupado. — Te machuquei?

Balancei a cabeça, negando. Então percebi que ele tocava meu ombro esquerdo. — Foi nada.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, por quê?

— Você parece meio pra baixo.

— Ah, não, é só a tpm.

As sobrancelhas dele se levantaram, parecendo entender a situação. — Ah, ok, entendi. — Deu risada. — Sei mais ou menos como é isso.

— Sabe?

— Sim, minha irmã sempre dá chilique quando está nesses dias.

— Ah, você tem irmã?

— Sim, ela é minha gêmea.

— Gêmea? E tem aquele lance de saber o que o outro pensa?

Ele riu. — Graças a Deus, não.

Dei risada. — Ela é chata?

— Você não tem noção. — Fez uma careta. — Ah... eu estou te impedindo de ir em algum lugar, né?

— Eu estava indo para a cantina.

— Ah é? Eu também.

— E o que você está fazendo aqui? Que eu saiba seu prédio é o mais perto de lá. — Sorri.

Ele arregalou levemente os olhos. — ... Ok, você me pegou. É claro que eu vim comprar bolinho.

— Ah... justo hoje que eu não trouxe.

— Sério? Por quê?

— Eu estava sem farinha e só fui ver ontem de noite. Já estava tarde pra ir no mercado.

— Entendi... Você ainda quer ir na cantina?

— Acho que sim.

— Vamos lá, então. — Deu um passo para o lado.

Tentei segurar um sorriso e o segui pelo corredor.

— Aliás, eu queria perguntar uma coisa — Ele disse.

— O quê?

— Por que você vende bolinho?

— Um pouco antes de começar as aulas eu fui demitida do trabalho. Minhas colegas de apartamento se formaram e foram embora. Eu tinha que fazer algo pra ganhar dinheiro enquanto não conseguisse outro emprego.

— Mas por que escolheu vender bolinho?

— Quando eu fazia bolo, minhas amigas sempre elogiavam. Então, tipo, por que não? É algo que eu sei fazer, que não sai caro e é bom.

Saímos do prédio e seguimos pelo caminho entre a grama baixa do jardim.

— Tem razão. Então você é uma boa empreendedora.

Sorri. — Tentamos... Eu nem perguntei se você estava bem.

— Estou. — Sorriu. — Estou com cara de tpm também? — perguntou, fingindo estar assustado.

— Não. — Dei risada. —Mas seu nariz está um pouco vermelho.

— Eu fiquei gripado no fim de semana.

— Por isso faltou ontem?

Ele me olhou, surpreso. — Como sabe que eu faltei?

Dei de ombros, sentindo o rosto esquentar. — Eu estou supondo que você faltou, afinal não te vi — falei, não querendo olhá-lo diretamente, ou ficaria mais vermelha ainda.

Ouvi ele rindo. — Eu faltei mesmo. Estava com um pouco de febre.

— Mas você tá melhor pra vir pra aula?

Entramos no prédio do refeitório, que estava cheio.

— Tô sim. — Paramos na fila da cantina. Ele ficou na minha frente. — O que você vai comprar?

— Alguma coisa com chocolate.

Ele sorriu como se já esperasse essa resposta. — Imaginei.

— E você?

— Hmm, ainda não sei. — Olhou para o cardápio que ficava no alto. — Então você gosta de chocolate?

— Eu amo chocolate. Principalmente meio amargo. Qualquer coisa que tenha chocolate é meu doce preferido.

Assim que ele me olhou, a pessoa da frente dele saiu da fila.

Nathaniel ficou na frente do balcão e fez seu pedido. Logo depois de pagar, ele se virou e estendeu algo para mim.

Então vi que era uma barrinha de chocolate.

O olhei sem entender, então ele me puxou para o lado, para sair da fila.

— Você acabou de falar que ama chocolate. — Ele disse.

— Mas... Não tá certo isso.

— Por que não?

— Você já compra meus bolinhos todo dia e quer me dar chocolate?

— Amigos, amigos, negócios à parte. — Revirou os olhos e sorriu. — Pega.

Sorri, sem graça e peguei a barrinha. — Obrigada.

— Por nada. Eu sei o quanto um chocolate faz diferença no humor de uma moça.

— Não estou nos meus piores humores, sabe. — Comecei a abrir a embalagem.

Nathaniel andou na frente e sentou na primeira mesa vazia que viu.

Achei engraçado. Isso significava que ele queria conversar mais?

Me sentei ao seu lado e dei uma mordida no doce. Ofereci para ele, mas ele não quis.

— Se você estivesse no seu pior humor, estaria tacando fogo pela boca? — perguntou, brincalhão, apoiando o queixo na mão.

— Hm... Na verdade eu não sei qual é o meu pior humor. Nunca tive um ataque de raiva. A única coisa extrema é soltar cachoeiras pelos olhos do nada.

Ele riu. — Uau, minha irmã consegue ter ataque de raiva e chorar ao mesmo tempo.

— Algumas mulheres exageram demais, sabe? — Mordi outro pedaço. — Grande parte desses ataques podemos traduzir como “presta atenção em mim”.

— Ah, é? — Achou graça.

— Sim. Eu acho que assim, se você quer atenção, é só pedir. Tipo os cachorros ou gatos. Quando eles querem atenção, eles vão lá e pedem.

— Faz sentido. — Riu. — Então são as mulheres que complicam as coisas.

— Basicamente, sim.

— Então você sabe como os cachorros e gatos se comportam?

— Sei, eu sempre tive cachorros. Gatos não, só tive contato com os de amigas e tias.

— Mas você gosta?

— Gosto. Eu gosto de qualquer animal, na verdade. Eu sempre tento me aproximar de algum jeito quando vejo um.

— Então você ia gostar de uns gatinhos que achei aqui perto.

— Achou? — Terminei de comer e dobrei a embalagem.

— Sim, achei três em uma caixa aqui perto. Ou alguém abandonou, ou a mãe fugiu. Não sei.

— Tadinhos. Mas o que você fez?

— Eu dei água e comida. Não posso levar pra casa, minha gata não gosta de companhia de outros gatos.

— Puxa, e agora?

— Eu estava pensando em levar eles em um abrigo que eu ajudo. Acho que vou levá-los amanhã.

— Quer ajuda com alguma coisa?

Ele me olhou, pensando. — Quer ir comigo?

O olhei, surpresa. — Claro.

— Sério?

Dei risada com a reação dele. — Sim, sério.

Sorriu. — Legal... Eu queria ir depois da aula, tudo bem?

— Tudo bem.

O sinal bateu e nos levantamos.

Ele me acompanhou de volta a minha sala. Paramos na porta.

— Então vamos direto daqui amanhã. — Ele disse.

— Beleza.

— Se você quiser... podemos ir comer alguma coisa depois. — Deu de ombros, como quem não quer nada.

Sorri. — Claro, podemos ver isso amanhã.

Ele sorriu, parecendo animado. — Ok... Então até amanhã.

— Até.

Voltei ao meu lugar com o astral muito melhor do que quando tinha saído.

Depois que as aulas acabaram, corri para casa e vi Ester fazendo o almoço.

— Ué, o que você tá fazendo aqui? Não tinha que ir fazer trabalho?

— É, mas meu colega teve que fazer outra coisa. — Me olhou, dando de ombros. — Aí ele remarcou para quinta e sexta.

— Ah... Que que você tá aprontando aí? — Meu estômago roncou com o cheiro bom.

***

Na quarta, arrumei os bolinhos e deixei tudo no jeito.

Tomamos café na mesa enquanto conversávamos.

— Ah, meninas. — Stelfs disse. — Lá no café vai ter um showzinho bem legal na sexta à noite, querem ir?

— Showzinho de quem? — perguntei.

— Hm... Nossos queridos vizinhos fazem parte da banda.

— Quê? — Ester quase engasgou com o café. — Os barulhentos vão dar um show no café?

— É. — Deu de ombros, sem graça. — Por incrível que pareça, eles tocam bem.

— Ah, eu sei que eles até que tocam bem, mas... Sei lá — falei. — Estranho xingar eles por fazer barulho mas ir ver eles tocarem.

— Se não quiserem, tudo bem...

— Não, eu quero. Preciso ver isso — Dei risada.

— Eu também quero! — Ester sorriu.

— Ok, então — Stelfs sorriu.

Depois de acabar, fui me arrumar, e me arrumei um pouquinho a mais do que costumava.

Eu sei, não era uma saída oficial, mas não me impedia de querer estar arrumada, né?

Saímos e fomos para a faculdade. O primeiro bloco de aulas passou rapidamente, e fui vender os bolinhos.

Mais rápido do que eu esperava, vi Nathaniel no corredor. Ele andou até mim e eu fingi estar ocupada analisando minhas unhas, só para não olhar ele andar até aqui.

— Oi de novo — O ouvi falar.

Olhei para cima, abrindo um sorriso. — Oi de novo.

— Ontem tinha farinha?

— Tinha, ontem tinha.

Ele olhou para os lados e enfiou a mão no bolso, tirando uma nota de dois de lá. Como se estivesse fazendo algo errado.

— Fiquei sabendo que a sua mercadoria é boa. — Me olhou.

Dei risada, pegando o dinheiro e olhando para os lados também. — É o que dizem.

Guardei o dinheiro e peguei um bolinho. Estendi para ele e rapidamente ele o pegou.

— Te espero no portão. — Ele disse baixo, chegando mais perto e se afastou logo em seguida, saindo andando.

Sorri vendo ele se afastar.

O resto da manhã passou logo, e quando percebi já estava tocando o sinal do fim do período.

Arrumei rapidamente meu material. Não queria deixar ele esperando.

Encontrei Ester no caminho e pedi para ela levar minha bolsa térmica.

Quando parei próximo ao portão, vi Nathaniel encostado do muro olhando o movimento da rua.

Me aproximei. — Desculpe, demorei?

Ele me olhou. — Não, acabei de chegar. Vamos?

— Sim.

— Eu espero que eles não tenham saído andando por aí. — Começou a andar e eu o segui.

— Eles são grandinhos?

— Mais ou menos. Parecem ter um mês ou um pouco mais.

— E esse abrigo é perto?

— Não muito. Mas eu costumo ir a pé quando vou... mas se você quiser podemos ir de ônibus.

— Não, vamos a pé mesmo.

Nathaniel guiou o caminho. Andamos por duas quadras e viramos à esquerda. Havia uma pequena praça ali, com algumas árvores e alguns brinquedos.

Logo eu vi uma caixa de papelão no chão, em baixo de uma árvore.

Ele se aproximou e agachou na frente da caixa. Fiquei do lado dele.

— Está faltando um. — Ele disse, fazendo carinho nos dois gatinhos que restaram.

Um gatinho era laranja, e o outro branco com manchas laranjas e outras marrons. Dentro da caixa havia dois potinhos, um com água e outro vazio.

— Tomara que alguém tenha pego para cuidar.

— Eu prefiro pensar assim. — Pegou o potinho com água e jogou o liquido na grama, juntando com o outro pote e guardando na mochila em seguida. — Vamos lá, amiguinhos. — Pegou o laranja no colo.

Peguei o outro e o ajeitei entre o peito e os braços. Ele ficou quietinho.

— Eles são tão fofos...

— Sim, nunca vou entender como alguém teria coragem de abandonar esses bichinhos indefesos. — Ficou de pé.

Levantei também e olhei a cena. Nathaniel olhando para o gatinho com o maior amor do mundo.

Fofoooooooooooooooooo!

Ele voltou ao caminho e o segui.

— Então, você sempre teve gatos? — Puxei assunto.

— Na verdade não. — Me olhou. — Eu sempre quis, mas minha mãe é alérgica à pelo de gato. Então ter um sempre esteve fora de cogitação.

— Mas você disse que tem uma gata, não é?

— Sim, porque moro sozinho agora. A primeira coisa que pensei quando fui morar sozinho foi adotar um gato. — Sorriu. — Mas demorei um tempo até ter certeza. Eu sabia que a responsabilidade era grande. Então tive que analisar todos os prós e contras.

Dei risada. — Bem coisa de gente de exatas — brinquei.

Ele riu. — Não posso negar, eu sou bem... racional.

— Eu também sou racional. Qual seu signo?

— Aquário, por quê?

— Vish, meu pai é de aquário.

— Mas o que tem de errado? Você é tipo a louca dos signos?

— Não muito. — Ri. — Mas eu gosto.

Ficamos conversando sobre signos durante os dez minutos seguintes.

Chegamos no abrigo, Nathaniel foi recebido por pessoas que eu percebi que gostavam muito dele e ele me apresentou.

Havia uma veterinária lá, e ela prontamente quis olhar os gatinhos.

Eles estavam saudáveis e muito bem alimentados, graças ao Nathaniel.

Logo eles estavam em uma cama quentinha e confortável.

Nos despedimos do pessoal de lá e fomos para a rua.

— Hm... — Ele me olhou. — Então... você quer ir comer alguma coisa? — perguntou, parecendo tímido de repente.

Sorri, já que ele tinha ficado um pouco corado. — Claro, estou morrendo de fome.

Ele sorriu. — Conheço um restaurante ótimo por aqui.

— Então vamos.

Andamos mais cinco minutos e chegamos. Era um restaurante com cara de comida caseira, bem fofo e rústico.

Sentamos em uma mesa próximo a janela, e uma garçonete veio trazer os menus.

Olhei todas as comidas que pareciam boas...

— Escolheu? — Nathaniel perguntou olhando seu menu.

— Sim. E você?

— Acho que já.

Ele chamou a garçonete de volta. Eu pedi espaguete ao sugo, e ele espaguete à bolonhesa e dois sucos de laranja.

— Você está me imitando? — perguntei com tom de brincadeira.

— Por incrível que pareça, não. — Sorriu. — Eu amo comida italiana.

— Eu também. — Apoiei o rosto na mão, em cima da mesa. — Qual sua comida preferida?

Olhou para cima, pensando. — Não tenho bem uma preferida. — Me olhou. — Mas se tiver massa, eu gosto.

— Sou assim também! Amo massa, macarrão, lasanha... se tiver massa, tô comendo.

Ele riu. — O que mais temos em comum? — perguntou, sorrindo de leve.

Aquela pergunta me pegou de surpresa. O jeito que ele a fez, não sei porquê, me fez corar um pouco. Olhei para a mesa.

— Não sei, mas sei que a escolha de curso não temos, né, senhor números?

Ele também apoiou o rosto na mão, na mesa, sorrindo. — Verdade, senhora arte.

A moça chegou com nossos pratos, e eu me ajeitei, me afastando um pouco da mesa. E vi como estávamos meio inclinados um para o outro.

Ela colocou o meu prato e o do Nath, e logo depois os copos com suco.

Agradecemos e começamos a comer.

— Por falar nisso, por que escolheu design gráfico? — Ele perguntou. — Tinha dito que quase fez artes plásticas, não é?

— Sim, quase. Eu gosto de desenhar, fazer esculturas e tudo. Mas quando estava prestes a escolher, eu estava em uma fase que escrevia bastante. E em design gráfico tem uma vertente para editorial. Então fui de cabeça nele.

— E está gostando?

— Até agora sim. Claro que não tem só editorial, tem muitas outras coisas, mas estou gostando bastante. — Comi um pouco. — E você? Por que escolheu engenharia?

— Eu sempre gostei de matérias com números, contas e tudo mais. Mas o que me impulsionou a fazer foi meu pai. Ele tem uma empresa de engenharia e queria que eu entrasse na área para trabalhar com ele.

— Mas você quer trabalhar nessa área?

— Hm... digamos que eu não cheguei a pensar em trabalhar com outra coisa. Ele sempre foi bem insistente comigo nessa parte...

— Mas quem vai trabalhar é você, né... Você que tem que decidir o que quer fazer.

— É... — Remexeu seu espaguete com o garfo.

Ele pareceu desconfortável com o assunto, então falei de outras coisas.

Quando estávamos quase acabando, o celular de Nathaniel começou a tocar.

— Alô? — disse quando atendeu. — O que foi? — falou, parecendo impaciente. — Sim, por quê...? Você não acha que é folgada demais, não...? E eu com isso...? — Revirou os olhos. — Tá, tá bom. Eu compro... Sim, eu lembro... Tá, tchau. — E desligou, suspirando.

Fiquei quieta, fingindo prestar atenção no restinho de espaguete do meu prato. Eu fiquei curiosa para saber quem era, mas claro que não iria perguntar. Seria rude.

— Falando no demônio, era minha irmã. — O olhei. — Ela quer um remédio para a cólica.

— Chiliques, é? — Dei risada.

— É, se é que não tem uma palavra melhor para isso. — Sorriu. — Vou passar na farmácia depois daqui e levar o remédio pra ela.

— Tudo bem.

Terminamos de comer e fomos para a fila do caixa.

Nathaniel tentou pegar a notinha da minha mão, mas me esquivei.

— Não, você não vai pagar — falei com um tom leve.

— Mas eu que te chamei para comer.

— Não importa. Você já me comprou chocolate.

— Ah, mas...

— Nada de mais. — Sorri. — Obrigada, mas pode deixar.

Ele fez bico, fingindo estar irritado, e eu acabei rindo.

Pagamos e fomos para fora.

— Quer que eu te acompanhe? — Ele perguntou.

— Não, tudo bem. Pode ir lá ajudar sua querida irmã — falei com tom irônico.

Ele riu. — É, minha querida irmã... Então... até amanhã?

— É, até amanhã.

Nathaniel se aproximou e depositou um beijo no meu rosto, e eu no dele.

Senti as bochechas esquentarem.

— Até mais. — Me olhou. — Obrigado por me acompanhar.

— Imagina, obrigada pelo almoço. — Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia.

Ele sorriu e se afastou, andando para o outro lado.

Novamente, o olhei se afastar. E depois tomei rumo para casa.


Notas Finais


Bia:
~le suspirada apaixonada
Sério, alguém me fala como não gostar do Nath? É impossível!
Vocês pediram capítulos mais longos, e acho que esse ganhou, hein? Kkkk
Espero que tenham gostado, até o próximo o/

Ester:
Uma visita aos gatinhos com o gatão -qqqq Não são fofos esses dois? :3333
Até quarta, minha gente

Stelfs:
E pra quem pediu, aqui estamos nos com capítulos imensos! Aeee o/ Espero que tenham gostado! Ciao


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