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História Laços Impossíveis - Colégio IMER? Sério?


Escrita por: Skailly

Notas do Autor


Chegueiiiiiiiiiiiiiii! Para a NOSSA ALEGRIA! huahuahua
Tudo bom gente? Como vocês estão?
Evaporei hein, mas tive alguns motivos, como o fato do meu editor de texto pifar, tive que baixar outro! Consegui ontem a noite e já estou postando. ^-^
Escute: Alessia Cara - Scars to your Beautiful! A tradução é maravilhosa! *-*
Boa leitura e leia as notas finais! >.<

Capítulo 4 - Colégio IMER? Sério?


Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre.

-Clarice Lispector.

 

—LAYLA! ABRA ESSA PORTA! – o rei dizia pela milésima vez. Suspirou cansado e mentalmente quis correr dali. Era o pior pai do mundo. O sentimento de culpa é o pior para se sentir.

—Querido, acho melhor nós deixarmos ela. Deve estar lendo um livro. Eu escrevi uma carta para ela já que faz dias que não sai da merda desse quarto. – a rainha dizia com a voz muito baixa. Estava acabada mentalmente, o cansaço era visível em seu rosto.

Abaixou o corpo e jogou a carta por baixo da porta, pegou o braço do marido e saiu dali caminhando até o saguão, as pessoas precisavam deles naquele momento.

Layla viu uma carta no chão e estranhou. Ela estava ótima! Fazia dias que não comia absolutamente nada, mas ainda sim se mantém forte. Sua imunidade estava muito diferente. Havia lido um livro atrás do outro, estudava o castelo e alguns guardas dali mesmo da janela do quarto. Pegou a carta e estranhou a letra da mãe. Que idiotice mandar uma carta. Pensou em rasgar, mas era curiosa demais para não ler.

“Olá filha,

Venho lhe dizer que você precisa arrumar suas malas. Vou explicar o porquê. Você está aí trancada, de acordo com minhas contas, a mais de cinco dias. Nesse período eu estava me preparando para te contar sobre uma grande novidade.

Você vai estudar querida. Eu e seu pai decidimos te colocar em uma escola particular do reino, mas apenas aos incríveis professores que trabalham lá. Sabemos que você queria estudar em uma do povo mesmo e pedimos perdão.

Continuando, você precisa arrumar todas as suas malas ainda hoje, pois amanhã você partirá para o colégio interno, infelizmente ele possui dormitórios e nós só iremos poder te ver aos finais de semana, sábado e domingo, pedimos perdão novamente por isto.

Decidimos te enviar para um colégio pois estávamos inseguros quanto a você aprender com professores particulares, você precisa fazer amizades e eu afirmei a mim mesma que um dia você iria ver o mundo lá fora e este dia (infelizmente ou felizmente) chegou!

Só quero te dizer Layla que tudo que eu e seu pai fazemos é para o seu próprio bem, um dia você será rainha, terá filhos e irá me compreender melhor. Não fique chateada conosco sobre a atitude sem te consultar, o estudo para a nossa família vem em primeiro lugar. Esperamos que você goste de sua escola, dos professores e que principalmente faça muitas amizades. Você merece liberdade e ainda estou desenvolvendo o fato que de você está crescendo e que os pais nunca criam os filhos para eles mesmos, criam para o mundo.

Obrigada por ler! Com amor e carinho,

de sua mãe”.

Eu quis surtar quando li a palavra “estudar”! Meus pais iriam me mandar para um colégio interno sem me consultar! Estava animada ao mesmo tempo, não precisaria fugir! Iria sair do castelo por livre e espontânea vontade, era confortante isso.

Peguei todas as malas possíveis que tinha e fui arrumando minhas coisas, antes fiz uma listinha em uma folha de papel para me ajudar e fui colocando as coisas nas malas. Todos os meus acessórios, maquiagem, roupas, sapatos, higiene pessoal feminina. Fiquei muito feliz com a carta que minha mãe havia feito, era interessante saber que ela estava evoluindo em suas reflexões.

Terminei de arrumar tudo quando já estava anoitecendo e resolvi tomar um banho, colocar um vestido simples e confortável e jantar com meus pais. Fechei a porta, andei pelo corredor, desci algumas escadas e andei até a sala de jantar principal. Estavam os dois já sentados e se assustaram surpresos quando me viram.

—Que bom que saiu daquele quarto. Sente-se por favor. – minha mãe me abraçou, beijou minha testa e voltou a se sentar continuando sua refeição.

Sentei na cadeira a frente dela e esperei me servirem, agradeci e passei a comer. Assim que finalizamos o jantar, a mãe ficou conversando comigo sobre a escola e ela estava animada por eu estar feliz. Chamou o mordomo Caleb e entregou uma mala só de uniforme oficial e uma mochila com todos os materiais necessários para as aulas. Disse que eu teria que fazer aulas extras, então decidi com eles que cursaria música e fotografia. Eu não gostava muito de dançar e não queria participar do jornal da escola. Gostava muito de escrever, mas iria trabalhar para mim mesma e não para a escola. Vi que o nome era Colégio IMER – Inteligência Mágica Estudantil Real. Dei risada, parecia aqueles nomes de grêmio que nunca ganhavam em algumas eleições estudantis. Se colocasse apenas “Colégio Real” ficaria muito mais bonito, que burrice esses nomes estranhos.

Dei de ombros e agradeci subindo com minhas coisas, coloquei em um canto do quarto e observei o quarto que tinha sido meu parceiro por um bom tempo. Agora faltava conhecer minha colega de quarto, mãe disse que por eu ser princesa não colocariam em um quarto de quatro camas, apenas de duas camas. O que eu achei patético.

Abri minha mochila e observei que meu material era muito a minha cara jovem mesmo, os pais conhecem perfeitamente os filhos que possuem. Vesti um pijama qualquer e me joguei na cama, amanhã será um grande dia.

Levantei com os raios estrando pela minha enorme janela e papai batia na porta. Gritei que já ia. Tomei um banho e coloquei uma calça, blusa no estilo “realeza” e um par de botas. Arrumei meu cabelo e recebi o café da manhã no quarto. Meus pais entraram trazendo a bandeja super animados. Comi muito lentamente e escovei os dentes passando um gloss. Pedi para que o mordomo levasse as devidas malas e coloquei minha mochila nas costas.

—AI MEU DEUS! QUE LINDA! – minha mãe dizia com voz de soluço, quase chorando de emoção. Revirei os olhos com aquela cena um pouco engraçada.

—Vocês vão me levar? – perguntei me olhando uma última vez e passando o olhar por eles.

—Não podemos querida. Somos rei e rainha, se entrarmos naquela escola ficará muito complicado de sair dela. Nós não vamos obrigar você a usar sua coroa, apenas nos prometa que utilizará esse colar real durante os dias, para somente a diretora saber quem é. O mordomo vai te levar, afinal ele já é um amigo próximo da família e ele será responsável por você a partir de amanhã na escola. Ele vai com uma roupa diferente. – meu pai dizia sentado na cama.

—Pai, você acha que eu sinto vergonha de ser princesa? Claro que não. – disse observando seu rosto.

—Eu sei disso pequena, mas não queremos criar problemas para você no primeiro dia de aula. Está muito cedo também, aproveite que a escola ainda não abriu, já vamos te levar para você se ajeitar. – ele dizia sorrindo. Recebi um abraço apertado de cada um e sorri internamente com a atitude deles. Estudaria até completar vinte anos, mas provavelmente não ficaria tanto tempo lá.

Entrei no carro popular e me despedi dos meus pais e do pessoal do castelo, observei o mordomo Caleb rindo da minha cara, eu estava muito feliz e fiquei mais ainda quando os portões abriram e saímos dali. O meu responsável dirigia calmamente. Demoramos cerca de meia hora até chegar e a diretora nos aguardava na porta.

Ele abriu a porta para mim. Agradeci. Saí do carro e cumprimentei a diretora com dois beijos no rosto e um abraço apertado.

—Seja muito bem vinda alteza. – ela dizia sorrindo. Agradeci com a cabeça. – Vamos, quero te mostrar tudo antes da escola abrir e principalmente seu quarto! – ela disse animada batendo palmas. Estranhei um pouco, mas passei a andar ao seu lado. Vi o mordomo pegando algumas malas minhas de rodinha e nos acompanhando.

Ela apresentou as três partes da escola: dormitório e refeitório, áreas de lazer e escola. Aquilo era muito grande mesmo, demoraria algumas semanas a decorar tudo. Fui apresentada a alguns funcionários, principalmente os do refeitório. Me simpatizei com a adulta que trabalhava ali. Subimos uma escada principal e viramos a direita, a parte dos dormitórios das meninas. Andamos vários corredores até chegar no último, fomos até a última porta da esquerda e ela passou um cartão abrindo a mesma.

Eu literalmente abri a boca para aquele quarto muito espaçoso, tinha uma porta que significava banheiro, dois guarda roupas planejados enorme e duas camas de casal.

—O quarto é grande pois todos possuem o padrão de quatro cama de solteiro, porém, acredito que seja melhor você ter privacidade com suas coisas. Fizemos um quarto para você e colocamos uma colega junto para você não ficar sozinha. É uma ótima menina. – a diretora dizia entrando no quarto. – Vou deixar você a sós. Esteja no auditório as oito, é a hora que abre a escola. Leia os manuais e horários de funcionamento das áreas da escola. Vou te entregar seu material, cadernos da escola e horários das suas aulas e matérias. – ela disse e me entregou. Agradeci novamente e ouvi o mordomo dizer que iria pegar o resto das minhas coisas.

Escolhi ficar com a melhor cama, a da direita. Perto da janela e do banheiro. Deslizei a porta de correr do guarda roupa e abri a boca. Aquilo era enorme. Cabia todas as minhas roupas mesmo. Abri algumas malas e resolvi colocar tudo aos poucos até me acostumar com as coisas. O jogo de cama era muito confortável e macio, guardei o travesseiro da escola e joguei o meu na cama. Fui colocando algumas coisas e organizando. O mordomo havia me entregado todas as malas e colocou em um canto perto da minha cama. Havia também uma escrivaninha de estudo, era linda. O quarto era decorado e muito bonito!

Me joguei na cama e peguei o manual em cima da mesinha de lado da minha cama, comecei a ler meus horários e vi que tinha que já utilizar o uniforme. Lembrei da mala que minha mãe me deu. Abri a mesma e vi que cada situação tinha um. Peguei o da aula pois vi que as duas primeiras iria ser apresentação escolar, lazer e teríamos aula na terceira de literatura. Tomei um banho, me arrumei novamente e coloquei o uniforme. Era confortável. Guardei meus materiais na mochila e vi que junto com o horário tinha o número do meu armário com o meu cartão de identificação. A diretora havia me dito que ele servia para marcar presença nas salas das devidas matérias da minha turma, servia para abri o meu armário e a porta do meu quarto.

Tudo estava tão confuso, não pude não deixar de notar a maneira como as coisas caminhavam rápido demais. Depois de todo o ocorrido eu já estava inserida em uma escola onde os meus pais sequer se importaram de me contar tudo antes, descobri algumas coisas sobre a minha alimentação o que me deixava com muito medo. Eu iria fazer parte de um colégio ou internato, conviveria com pessoas agora.

Sentei na minha cama e terminei de arrumar tudo o que eu tinha para fazer ali, a única coisa que me importara era saber quem seria minha colega de quarto. A porta se abriu e me assustei com a velocidade que ela foi fechada. Uma garota entrou bufando.

—Que droga! Eu quero ter o meu próprio quarto assim como o ano passado! – a menina gritou! Estranhei um pouco sua atitude repentina. Ela me olhou e encarou dos pés à cabeça. – Olá! Sou Meredith, prazer em conhecê-la. Você é? – perguntou me cumprimentando com dois beijos curtos no rosto.

—Sou a Layla, é um prazer conhecer você também. – disse assentindo um pouco. Estava animada e com um pouco de medo.

—Que bom que seremos colegas de quarto. Vou ficar com esta cama aqui. – ela apontou para a que estava arrumada. Concordei. – Ela colocou as duas ENORMES malas sob a cama e pediu para que um homem colocasse o resto. Meu Deus! Nunca vi tanta mala assim!

—Me diga Layla, é a primeira vez aqui? – perguntou enquanto abria o guarda roupa e conferia o espaço. Assenti mordendo o lábio inferior. – É o meu segundo. Você tem dezessete? – ela perguntou. Assenti novamente. – Eu também! – ela disse sorrindo.

Observei suas vestes um pouco melhor. Ela vestia uma blusa branca e um casaco rosa por cima com veludo. Sua saia era numa tonalidade rosa bebê muito bonita e com uns detalhes em dourado. Utilizava uma bota que ia até acima do joelho totalmente branca com os detalhes dourado também. Que coisa é essa? Achei que as roupas estivessem antigas ainda, precisava atualizar o meu guarda roupa.

—Vejo que você já vestiu o uniforme das aulas e apresentações. – ela disse e me observou. – Não ficou muito bonito em você. Quer que eu te dê uma ajudinha com esse look aí? – recebi a pergunta um pouco receosa. Neguei com a cabeça. Ela não iria encostar um dedo nas minhas coisas.

—Meredith, acredito que como uma boa convivência eu preciso que saiba algumas coisas sobre a minha pessoa e sobre as coisas das quais eu não gosto. – disse e ela voltou o olhar a mim novamente concordando um pouco a contra gosto. – Eu não gosto em hipótese ou situação nenhuma que mexam nas minhas coisas, ou seja, a escrivaninha do lado da minha cama, o meu guarda roupa e a minha mesa de estudos são minhas. Somente eu mexo. Sou extremamente organizada com minhas coisas, então por isso peço para que não mexa, assim eu encontro tudo mais rápido. – disse e ela escutou concordando.

—Digo o mesmo. – ouvi e assenti também.

—Outra coisa, não sou muito de emprestar nada do que é meu para outra pessoa, como eu cuido muito das minhas coisas, imagino que outra não terá o mesmo cuidado, isso é só uma opção minha, o mesmo vale para roupas e acessórios, principalmente o meu notebook. – disse e ela concordou. – Como você irá dividir o quarto comigo, eu posso até pensar em te emprestar algo sim. – disse e ela sorriu concordando.

—Digo o mesmo novamente Layla. – ouvi e concordei novamente.

—Eu também não gosto muito de chamar a atenção das pessoas, então quanto mais neutra eu for, melhor. – disse concluindo e ela concordou compreendendo.

—Sabe Layla, você ainda tem muito o que aprender por aqui. Eu entendo todas as suas opiniões e com certeza vou respeitá-la, é o mínimo que duas moças podem fazer para manter uma boa convivência mesmo durante o ano todo. – ela disse terminando de guardar uma blusa muito bonita. Se aproximou de mim e sentou ao meu lado observando meu tênis. – Eu quero que saiba quem é o meu pai. O primeiro ministro. Sabe, aquele que é quase o braço direito ou esquerdo do rei? – ela perguntou vendo se eu entendia e assenti. –Então, eu sou a única filha dele, sou da elite, tenho sangue nobre, ou seja, dentro desta escola, quem manda aqui sou eu. – ouvi ela dizer e pude jurar que seus olhos pairavam sob mim com certa repugnância.

—A diretora é a responsável, certo? – tornei a perguntar. Ela gargalhou.

—Sabe o quanto meus pais investem nessa porcaria de internato? Deve valer mais do que a sua casa querida. Então, não entre no meu caminho se quiser armar pra cima de mim. – ela disse calmamente se levantando da cama e assenti calmamente também. Talvez fosse melhor eu não comentar nada sobre ser a alteza real. Segurei meu riso e me calei.

—Quer ajuda? – perguntei.

—Claro, por favor. – ela disse e me levantei. Eu comecei a pegar algumas roupas e a passar para sua mão que agradecia formalmente por cada peça. Terminamos depois de uma hora. A garota realmente tinha muita roupa. Ela pegou o cartão que estava sob a escrivaninha e leu seus horários.

—Que turma você está? – perguntou me olhando. Corri para pegar o meu papel em um bolsinho da mochila.

—Acredito que 3ºA. – disse e ela sorriu.

—Que ótimo! É a melhor turma da escola mesmo. – ela disse dando de ombros e imaginei que fosse a turma dela também.

—Você poderia me explicar como funciona a troca de sala? – Perguntei.

—É muito simples. No seu horário tem o nome de cada professor entre os parênteses, você só precisa no corredor do terceiro ano procurar o nome do professor nas plaquinhas. – Ela disse.

­—E quanto tempo eu tenho para fazer isso? – Tornei a perguntar assimilando tudo aquilo.

—10 minutos querida. – Ouvi e concordei agradecendo. Recebi um sorriso como resposta.

—Como funciona o uniforme? – perguntei.

—Para as salas de aula e apresentações ou uniformes gerais de toda a escola usa esse que você está usando no momento. Nas aulas extracurriculares, dependendo da sua escolha, cada um tem um uniforme e na aula de educação física é um diferente também. – ela disse dando de ombros. Pelo o que percebi eu tinha vários de todas as ocasiões, exceto a da extracurricular, algumas eram blusas de frio, outras eram calças. O sapato sempre podia ser o que você quiser.  Assenti compreendendo novamente.

—Nós temos os mesmos professores? – perguntei curiosa.

—Às vezes sim ou não, tudo depende, a cada dois meses estamos trocando de professor mesmo que seja a mesma matéria, a escola é muito flexível por isso tal atitude. Independentemente a turma ou aluno, o corredor inteiro vale para só um ano, ou seja, toda a sala que você entrar estará estudando de um assunto do qual você precisa aprender. – ela disse.

—Mas se um aluno troca de professor toda vez, ele não se perde na matéria. Quer dizer, cada turma tem o seu desempenho. – tornei a dizer um pouco confusa.

—Sim, cada turma tem o seu desempenho, mas como eu disse, a escola é flexível. No final do ano, nós fazemos um provão com todos os conteúdos que todos os professores passaram independente da turma. Além das provas bimestrais e trabalhos para a nota. – ela disse e concordei. De início frequentaria as aulas das quais estava escalada mesmo.

—Outra coisa, você precisa escolher que idioma vai fazer. Inglês, espanhol ou alemão. – ela disse terminando de arrumar sua mesa de estudos.

—Qual você faz? – perguntei curiosa.

—Alemão. É só uma matéria que você precisa fazer, ela faz parte da grade extracurricular obrigatória, entra idioma e educação física. – ela disse. – As matérias não obrigatórias mesmo sendo extracurricular são mais voltadas para a artes e suas variações, além dos times escolares e jornal também. Há vários clubes. Você tem uma semana para escolher. O idioma eu recomendo escolher agora. – Meredith tornou a dizer e concordei. Iria ficar com o espanhol mesmo. E veria os outros cursos disponíveis.

O sinal soou e Meredith saiu do quarto totalmente impecável e arrumada com uma linda maquiagem muito bem-feita e um cabelo com um penteado muito bonito. Interessante é que as aulas começam as oito e finalizam meio dia, depois inicia uma hora e vai até as quatro da tarde. Depois é extracurricular. Suspirei com tudo aquilo. Era realmente confuso e assustador a mudança repentina. Até que eu me saio bem comentando com os meus gostos pessoais com uma pessoa não muito agradável.

—Você quer ficar comigo hoje? – ela perguntou arrumando o material das aulas. Assenti. Seria bom para mim me enturmar. – Ótimo. Espero que você goste das minhas amigas. Seja muito bem vinda a escola. – ouvi e agradeci.

Saímos do quarto com as mochilas nas costas, eu segurava as duas alças e apertava um pouco. Era muita aluna transitando naquele corredor! Meredith enroscou um braço no meu e me puxou para si. Acho que não queria que eu me perdesse no primeiro dia e ela fez o certo. Eu me perderia facilmente ali.

Descemos as escadas observando a enorme sala de estar para os alunos. Tinha muito garoto ali. Observei alguns computadores em um canto e uma placa de localização. A maioria dos olhares se voltaram para a gente, ou somente para a Meredith que sorriu com a cena. Ela me puxou e entramos em um corredor gigante que dava acesso a outras escadas. Assim que subi alguns degraus observei a enorme entrada com uma placa. “Prédio Escolar”. Era aqui então. Entramos e vi que tinha um enorme corredor. Meu Deus. Nunca mais me encontrei nisso aqui.

—Vamos lá Layla, o nosso corredor é o terceiro andar. – ela disse e procurei raciocinar. Cada andar correspondia a um ano. Corredor significava o andar. Observei e já vi duas secretarias. Um corredor que dizia “área administrativa” e o outro que dizia “área gestora”, ficava ao lado das secretarias. Assim que começamos a andar no corredor observei os armários encostados nas paredes. Quando paramos bem no meio do lugar, vi uma enorme escada, tanto do lado direito quando esquerdo do local.

—Só pessoas deficientes ou com necessidades especiais usa o elevador. É regra importante daqui da escola. – ouvi e assenti. Eu não era de falar muito mesmo.

—A diretora não ia falar com a gente? – perguntei.

—Sim. No auditório, depois temos uma aula livre e depois começa as aulas. Mas vamos achar seu e meu armário, guardar nossas coisas e pegar o nosso lugar definitivo nas matérias. – ela disse. Concordei. Observei o papel do horário e vi ao lado do número da sala, “armário 604”.

—O seu fica perto do 590? – perguntou. Assenti e mostrei o número que estava no meu papel. Ela concordou e paramos em frente ao meu. O dela era do outro lado, o esquerdo do prédio. Passei o meu cartão no local e esperei a luzinha verde aparecer, ouvi o barulho da tranca ser aberta e ele abriu automaticamente, puxei abrindo melhor e colocando os meus materiais de livros das matérias escolares. Fechei e passei o cartão novamente. A luzinha verde apitou e ouvi a tranca.

—Primeira aula Meredith? – dessa vez fui eu quem perguntei.

—Literatura. – ela disse e concordei. Comparamos as nossas aulas e todos os professores eram iguais. Ela andou comigo umas duas vezes pelo gigante corredor até a gente ver onde eram as outras salas. Entrei na primeira sala e vi o quanto era bonita e organizada. Principalmente a lousa de caneta. Ao lado tinha uma enorme cartolina com o título “lugares disponíveis”.

—Anota o seu nome em um lugar aí. – ela disse, pegou a caneta e anotou o nome dela. Vi que a folha tinha o desenho da janela e porta. Melhor o da janela. Marquei o penúltimo lugar. Infelizmente naquela escola o lugar era duplo. Ao quadrado do lado, na folha, estava em branco ainda. Vi que Meredith sentou na última fileira do meio, mas na cadeira que dava acesso a minha, a esquerda, da janela mesmo.

Alguns alunos foram entrando, marcando o nome e se sentando nos devidos lugares. Meredith havia me apresentado três amigas e todas pareciam ter ou ser o mesmo jeito dela. Suspirei com aquilo observando a grama e as árvores ali. Era muito bonito o local!

Assim que ergui os olhos me assustei. Droga, mil vezes droga. O garoto que eu havia mordido ou atacado, seja lá o que eu havia feito estava caminhando no corredor da fileira e me assustei internamente quando ele sentou justamente do meu lado. Observei melhor suas feições, de fato, era um garoto muito bonito e charmoso. Possuía um lindo cabelo na tonalidade castanho claro, mas eu jurava ser um pouco escuro. Tinha olhos maravilhosos, os traços da boca eram perfeitamente desenhados e o uniforme havia lhe caído muito bem, deixando-o sexy. Eu estava muito impressionada com tamanha beleza e vaidade, o perfume era cativante.

A minha ficha caiu e percebi o quanto estava encrencada quando ouvi:

—Hey! Prazer, sou Shawn! – ele disse me olhando por poucos segundos e voltou a procurar algo na mochila. Sorri como resposta e disse apenas um “oi”.

Virei o rosto para fora e mordi discretamente o lábio inferior. Talvez, ser mandada pelos pais para cá não foi uma péssima ideia. Seguindo o raciocínio, respirei fundo quando percebi o que havia feito. O garoto que eu tinha atacado estava do meu lado. Será que ele sabe realmente quem o atacou?


Notas Finais


Uau! Acredito que eu tenha me superado com o tamanho do capítulo por mais que não seja muitas palavras. >.<
Eu peço desculpas pelo sumiço, realmente não foi minha intenção. Quero agradecer desde já por você que leu este capítulo ou está acompanhando a história. Muito obrigada! *-*
Gostaria muito de saber a opinião de vocês, com relação a história, se você tiver alguma crítica ou alguma ideia, algo que queira se expressar, fique à vontade! >.<
Próximo capítulo sai daqui a uns dias, no máximo na próxima semana. Não desista de mim, sério. huahuahua
Valeu amiga(o)! Tmj! S2


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