Depois de quase um mês longe de casa e dos filhos, Killian sentia que era a hora de recomeçar. Precisava começar a se adaptar a como as coisas eram, isso inclua ter Emma em sua vida, mas de outra forma. De certa forma ele ainda a amava, mas talvez uma das lições mais valiosas que tinha aprendido ao longo de sua vida é que quando amamos alguém de verdade queremos vê-la feliz, independente de estar ou não conosco. E era isso que faria, ele ficaria feliz por Emma, por seus filhos e por Regina. De algum modo a loira agora fazia parte de sua família também, e família se apoia e ele apoiaria cada um daquela família. E talvez sua maior motivação fosse por Regina e sua saúde frágil, da primeira vez ele não esteve ao lado dela da forma correta. E agora ele estaria só como seu ex-marido ou apenas o pai de seus filhos, mas como o melhor amigo que fora na vida da morena. E decido a dar o primeiro passo, Killian resolveu procurar Emma. Jones caminhou a passos largos até a produtora onde a loira trabalhava e assim que entrou encontrou o assistente da fotografa.
— Chris, que bom te encontrar. — Killian disse assim que viu o rapaz.
— Sr. Jones. — Chris respondeu surpreso com a presença do moreno ali.
— Não me olhe como se fosse um fantasma Christopher. Eu já vim aqui antes, as circunstâncias eram outras, mas não sou nenhum estranho.
— Oh, me desculpe! Estou apenas surpreso em vê-lo aqui já que...
— Já que Emma e eu não estamos mais, juntos. — Killian terminou a frase do rapaz. — Não precisa fazer essa cara, Chris não é novidade para ninguém mais. Swan agora está com minha ex-mulher e estou tentando lidar com esse fato como adulto. Por isso preciso da sua ajuda.
Christopher olhou para Jones e viu sinceridade em seus olhos, ele parecia mesmo estar dizendo a verdade. E o rapaz que além de um bom funcionário, era um grande amigo Emma, resolveu ajudar.
— Tudo bem Sr. Jones me como posso lhe ajudar.
— Primeiro esqueça essa historia de Sr. Jones, me chame apenas de Killian.
O moreno se aproximou do rapaz e colocou a mão sobre seu ombro, e começaram a caminhar pelo corredor em direção à sala de Emma. No caminho Killian explicou a Christopher o que queria fazer, e ele percebeu que não era nada complicado. Chris só precisaria deixar que Killian aguardasse por Emma em sua sala, até que fotografa chegasse e eles pudessem conversar. O rapaz abriu a sala de Emma, e permitiu que Killian entrasse. Jones se sentou na cadeira mais próxima e aguardou pela loira. Não demorou muito, e a fotografa apareceu e ficou completamente intrigada por encontrar seu ex em sua sala.
— Killian o que faz aqui? — Emma perguntou confusa, assim que encontrou em sua sala. — Achei que estava na Califórnia.
— Calma Swan, não precisa ficar com esse olhar de pânico. Eu juro que vim em missão de paz. — Killian respondeu levando a mão como se fizesse um juramento. — Eu cheguei ontem, como achei que deveria estar com as crianças e Regina no nosso antigo apartamento, eu fui para um hotel.
Emma andou até sua mesa ajeitando algumas coisas, ainda meio sem jeito. A fotógrafa não sabia como se comportar, afinal a ultima conversa que tivera com Jones tinha sido péssima. E definitivamente ela ainda não tinha ideia de como seria a relação entre eles agora.
— Sim, eu estava com Regina e as crianças. Ela voltou a fazer a quimioterapia e teve o acidente com ela e Anna. — Emma começou a falar sem parar e quando percebeu viu que tinha falado demais.
— Acidente? Que acidente Swan? Anna e Regina estão bem? — Jones começou a fazer inúmeras perguntas parecendo realmente preocupado.
— Killian elas estão bem, foi só um susto. Anna só teve um corte no lábio e Regina apenas desmaiou nada grave. — Swan foi explicou.
— Deveria ter me ligado e me avisado Emma.
— Eu não tive tempo Killian, foi tudo muito rápido. E no momento eu só queria cuidar da minha mulher e da minha filha. — Ela justificou.
O moreno ficou surpresa com as palavras “minha mulher e minha filha.”
— Parece que as coisas avançaram bastante na minha ausência.
Emma ficou vermelha quando percebeu o que tinha dito, não pela referir a Regina, mas por Anna.
— Killian eu... — Antes que Emma pudesse dizer algo Jones a interrompeu.
— Eu fico feliz Emma, de verdade. Se você está chamando Anna de filha, é porque a relação de vocês evoluiu para algo bom. Não pense que vou condenar isso ou si quer interferir. Eu tive tempo para pensar e refletir sobre tudo Swan, e em meio a tudo percebi que ainda somos uma família, diferente talvez meio torta, mas ainda sim queremos a felicidade uns dos outros.
Emma ficou extremamente surpresa com as palavras do ex-namorado, não que ela não esperasse que Killian uma hora aceitasse as coisas como eram agora. Ela só não esperava que fosse tão rápido e forma tão branda.
— Eu não sei o que dizer. — Emma disse se sentando na cadeira atrás de sua mesa.
— Não precisa dizer nada Emma, eu só queria que soubesse. E bem foi por isso que vim aqui para conversarmos de forma amigável. Eu quero fazer parte da vida dos meus filhos, quero ser um pai mais presente e ajuda-los no que for preciso. Quero estar lá para Regina, como amigo que fui e ainda sou. Eu a amei como mulher um dia e ainda a amo, apenas de uma forma diferente. Ela é minha melhor amiga e mãe dos meus filhos. E eu espero que possa ser assim conosco Swan, afinal amor de verdade não morre ele só se transforma. Quero poder te chamar de amiga um dia, e não precisamos ter pressa. Sei que o que você e Regina têm é amor de verdade, e eu jamais faria algo para atrapalhar isso. — Killian finalmente conseguiu dizer tudo que estava sentindo, e sentiu um alivio enorme em seu peito.
— Eu agradeço por compreender Kill e claro que eu espero que possamos ser amigos.
Eles trocaram um sorriso meio sem graça, mas era um começo.
— E bem eu prometo procurar um lugar para ficar, assim você pode voltar para seu apartamento. — Emma continuou falando para acabar com clima meio estranho que tinha se formado em sua sala.
— Não precisa Emma, eu comprei um apartamento novo.
— Mas você ama aquele apartamento Kill e não acho justo.
— Emma eu estou recomeçando minha vida, então um novo lar faz parte também. E quanto ao apartamento ele fica com você, é mais perto do seu trabalho e do hospital que Regina se trata. Todos saem ganhando Swan.
— Eu vou comprar a sua parte então, compramos aquele lugar juntos e...
— Emma a minha parte agora é dos meus filhos, está tudo em família. Eu ainda estarei por perto Swan.
Emma não entendeu bem o que ele quis dizer.
— Comprei o apartamento que estava à venda dois andares acima do seu Swan. Pense nas vantagens, eu posso cuidar das crianças se precisa ou ajudar com a Regina, e como eu disse estarei por perto.
A fotógrafa deu outro sorriso, mas dessa vez menos contido. Sua felicidade diante da atitude de Killian era enorme.
— Kill você é incrível, depois de tudo eu confesso que estou surpresa. Quer dizer surpresa, mas feliz e não vejo a hora de contar para crianças e para Regina. Eles vão vibrar quando souberem que você voltou e que agora vai morar no nosso prédio.
O moreno devolveu o sorriso, e eles continuaram a conversa, Emma lhe contou sobre os acontecimentos do ultimo mês. E Killian lhe contou sobre as férias e de sua experiência com Zelena e Jessie. Aquele definitivamente era um recomeço entre Emma Swan e Killian Jones. Era apenas o primeiro passo, mas ambos estavam dispostos a fazer dar certo.
***
Durante a tarde Emma encerrou seu expediente e foi buscar as crianças na escola, como de costume. As novidades eram muitas e a loira esperava contar a Anna e Ben tudo com calma, afinal Killian estava de volta e com intenções boas dessa vez.
— Oi, Ma. — Ben cumprimentou Emma assim que entrou no carro.
— Oi, meu amor. — Ela respondeu amorosamente, dando um beijo na bochecha do menino. — Onde está sua irmã?
O garoto foi para banco de trás e se ajeitou por lá. Ben revirou os olhos em um gesto que arrancou gargalhadas de Emma.
— Ela está lá na saída da escola, brigando com o namorado dela. — Ben afirmou fazendo cara de nojo.
Emma olhou na direção em que o garotinho apontou e viu Anna conversando com um garoto. A conversa entre o garoto e ela não parecia nada amigável, e o instinto de mãe da loira parecia ter sido ativado, pois ela já ameaçava sair do carro para saber o que estava acontecendo. Mais antes que o fizesse Anna já caminhava na direção de seu carro, entrara batendo a porta e resmungando algo.
— Homens são todos iguais e uns babacas. E eu os odeio. — A garota bufou colocando o cinto de segurança.
— Ei, eu sou homem. E não sou um babaca. — Ben reclamou logo atrás.
— Cala boca pirralho, e não se meta. — Anna gritou com irmão.
— Cala boca você, eu não tenho culpa se eu namorado é um mané.
— Ei, vocês dois já chega. — A loira se intrometeu na discussão. — Namorado? Que historia é essa Anna?
— A mamãe vai te matar. — Ben comentou rindo.
— Pestinha pega leva ai atrás. — A fotografa pediu ao garoto e depois se virou para Anna que estava no banco da frente. — E você mocinha, isso é jeito de falar com seu irmão.
A garota abaixou a cabeça e não respondeu nada. Ela parecia ter ficar envergonhada pela forma que agiu.
— Me desculpe.
— Você precisa pedir desculpa para seu irmão, e não para mim Anna.
— Mas ele também adora implicar, mãe. — Anna justificou.
— Ok, os dois estão errados e devem se desculpar um com outro. Quanto ao assunto namorado, nós temos que conversar sobre isso. Sua mãe vai pirar quando descobrir.
— Lá vem bronca. — A garota resmungou.
Aquele era um dos típicos momentos em que Regina tirava de letra, e Emma ainda tinha certa dificuldade em como agir. Mas a morena tinha lhe dado carta branca para agir com as crianças e Emma não queria decepciona-la.
— Não vou lhe dar uma bronca Anna, eu disse que vamos conversar a respeito. Agora peça desculpa ao seu irmão. E Ben você faça o mesmo.
— Me desculpa Anna. — Garotinho disse primeiro.
— Está desculpado pirralho. E me desculpe também.
Emma exigiu que eles desse um aperto de mão amigável para selar a paz finalmente.
— A mamãe ainda vai matar você. — Ben zombou baixinho.
— Olha ele mãe.
— Vocês dois vão me deixar maluca. — Emma disse dando a partida em seu carro e finalmente indo para casa.
No caminho diversos assuntos foram conversados, até Emma finalmente chegar ao ponto que ela queria a volta de Killian.
— Meu pai voltou para casa finalmente. — Ben comemorou. — Eu estava com saudades dele.
— Ele também está com saudades de você, pequeno e por isso estou contando a vocês. Nós conversamos hoje pela manhã e não tivemos nenhuma briga, ele disse que está disposto a aceitar meu namoro com sua mãe. E quer estar mais perto de vocês dois.
Anna ouvia tudo em silencio, e até o momento não tinha dito uma palavra si quer sobre a volta do pai.
— Por isso ele vai lá janta hoje com a gente Ma? — O garotinho perguntou animado.
— Isso mesmo filho, e eu quero que tudo seja calmo.
Vendo que Anna até o momento não tinha se pronunciado, Emma resolveu arriscar.
— Anna não vai dizer nada?
— Eu não tenho nada a dizer, eu não confiou nele. Ele já quebrou promessas antes. — A garota disse secamente.
Assim que Emma estacionou o carro na garagem do prédio em que morava, a Anna saiu do veiculo sem dizer mais nada.
— Ela está com medo do papai magoar o coração dela de novo Ma. — Ben se pronunciou do banco de trás.
— Você está parecendo a sua mãe falando assim.
— Eu sou filho dela né. — O pequeno justificou, e acabou tirando um sorriso da loira.
A loira sabia que Anna tinha seus motivos para ainda estar chateada com o pai, mas esperava que ambos pudessem se entender de alguma forma.
— Então vamos subir e contar as novidades a sua mãe. — A fotografa disse.
Ambos desceram do carro e foram em direção ao elevador.
***
Regina estava preparando o jantar, quando viu a filha entrar em casa e passar direto sem ao menos cumprimenta-la. Seu sexto sentido começou a gritar, algo tinha acontecido e Anna não reagira bem a isso. Antes que ela pudesse deixar os que afazeres de lado e fosse falar com a filha, Emma e Ben chegaram. E o barulho da porta do quarto de Anna batendo, foi ouvido pelos três.
— Dia difícil Swan? — Regina perguntou à namorada.
Emma se aproximou dela e lhe deu um selinho antes de responder algo.
— Não diria difícil Mills, mas sim de surpresas inesperadas.
— Eca. — Ben reclamou quando viu as o selinho que duas trocaram.
Ambas riram da atitude do garoto, pois era sempre a mesma coisa quando ele presenciava qualquer casal se beijando.
— Macaquinho beijar não é nojento. — Regina disse pegando o filho no colo.
— É sim mãe, e eu nunca vou beijar ninguém na boca.
— Me diz isso daqui uns dez anos garoto. — Emma brincou. — Agora chega de reclamar e já para banho.
— Está bem Ma. — Ben concordou e pediu que Regina lhe colocasse no chão.
— Mas antes ataque de beijos. — Regina completou.
— Não. — Ben gritou fingindo pânico.
Mais seus protestos não foram ouvidos, pois enquanto Regina beijava de lado de seu rosto, Emma beijava o outro. Alguns sorrisos e gritinhos de alegrias ecoaram pela cozinha, até que o pequeno conseguiu se livrar das mães, correndo pelo corredor a fora.
— Não corra Ben. — Emma e Regina disseram juntas.
Mais o garoto já não ouvia mais, pois tinha se refugiado no banheiro. A sós com namorada, Regina resolveu perguntar a ela o porquê de Anna ter chegado, em casa de péssimo humor.
— Então Swan, vai me contar ou terei que ir perguntar a ela?
— Killian voltou e me procurou hoje. — A loira respondeu num fôlego só. A volta de Killian era algo que Regina sabia que aconteceria mais cedo ou mais tarde. Só não esperava que a filha fosse reagir daquela forma.
— E como ele se comportou Emma?
— Ele foi cordial e educado Regina. Disse que não vai interferir em nosso namoro, e vai nos respeitar. Disse também quer tentar ser um pai mais presente para crianças, e vai lutar para isso. Quando eu contei para as crianças Ben pareceu animado, mas Anna não disse nada. E quando a questionei ela só disse que não confia nele.
Regina não sabia o que pensar, por mais que acreditasse na palavra do ex-marido não podia julgar a filha por agir daquela forma. O histórico de Jones o condenava, e fora as muitas vezes que ele magoara a filha, mesmo que sem querer.
— Eu não sei se devo dar uma bronca nela ou só conversar. — Regina lamentou se sentando no sofá mais próximo.
Emma se aproximou e sentou do seu lado a abraçando.
— Amor, eu acho que conversar seria a melhor opção. — A loira sugeriu.
Regina se deixou ser envolvida pelo abraço da namorada, sentindo que ali sempre seria seu conforto.
— Talvez não seja uma boa ideia o Kill vir jantar aqui hoje então.
— Ele viria? — A morena perguntou, levantando a cabeça e olhando diretamente para a namorada.
— Bom, ele pediu. E eu disse que ia conversar com você e as crianças antes, mas dadas as circunstâncias não acho que seja possível.
— Eu também acho que não. Tudo que eu não quero é ver Anna se sentindo mal ou desconfortável com qualquer coisa, mas também quero preservar a relação dela com o pai.
— Então eu ligo para Kill e explico a situação, enquanto você conversa com nossa pestinha. — Emma disse dando uns daqueles sorrisos que Regina amava.
— O que seria mim sem você Swan?
— Me deixe pensar... Huuum...Você estaria numa fria Mills. — Swan brincou e em seguida deu um longo e apaixonado beijo em Regina.
A morena sentiu suas forças se renovarem, Emma tinha esse poder sobre ela, o poder de lhe dar coragem para enfrentar qualquer problema fosse ele qual fosse. Quando respirar se tornou algo necessário elas se largaram, Regina se levantou do sofá e foi em direção ao quarto da filha. Enquanto Emma buscava o telefone para ligar para Killian.
***
Zelena se acomodava em seu novo apartamento, ainda com alguma dificuldade. Era difícil organizar as coisas e cuidar de Jessie ao mesmo tempo.
— Eu acho que vamos precisar de uma babá. — A ruiva concluiu.
Ela se jogou no sofá e se virou para lado brincando com filha que estava no bebê conforto. A pequena apenas deu alguns gritinhos como se concordasse com mãe.
— Você concorda então filha? Porque a mamãe está bem enrolada, e amanhã cedo eu preciso ir à entrevista de trabalho. Seria uma boa esbarrar com o Jones de novo, assim ele poderia ficar com você enquanto a mamãe resolve as coisas.
O destino tem suas artimanhas, e Zelena mal sabia o que ele iria lhe aprontar novamente. Querendo adiantar logo as coisas, ela voltou arrumar suas coisas no apartamento. No final da noite e exausta Zelena e sem condições de cozinhar, ela apenas preparou uma mamadeira para a filha e pediu comida por telefone. A ruiva estava animada, afinal no dia seguinte ela encontraria Lily Paige sua futura chefe, e começaria seu trabalho na fundação Once Upon A Time.
***
Killian recebeu a ligação de Emma, animado, mas as noticias que loira lhe dera foram banho de água fria. Embora ele entendesse que caminho, para conseguir a confiança da filha novamente não seria fácil. Só que moreno tinha se proposto uma mudança desde que voltará de viagem, e parte dessa mudança era aceitar as consequências de atos passados.
— Tudo bem Emma. Eu a entendo. Ela ainda está chateada e não confiança na minha palavra. — Killian respondia a Emma no telefone.
— Não desanima Kill, você está tentando. Anna só precisa de um tempo. — A loira tentava animar Jones do outro lado da linha.
— Eu não estou desanimando Emma, Anna terá todo tempo do mundo. Não quero forçar ela a nada.
— Eu fico feliz de te ouvir falar assim Jones, e ao menos Ben está animando com sua volta.
— Ben é um amor garoto, tudo é sempre simples com ele. — O moreno afirmou. — Swan?
— Sim, Kill. Eu ainda estou lhe ouvindo.
— Diga a Regina para ter paciência com Anna. — Ele pediu e deu um longo suspiro.
— Eu tenho certeza que Regina terá, mas fique tranquilo que direi a ela.
— Então, vá ajuda-la Swan e cumpra seu papel de segunda mãe da minha filha. — Emma sorriu do outro lado da linha.
O avanço entre eles acontecia rápido, mas ao mesmo tempo naturalmente.
— Já estou indo Kill, boa noite então.
— Boa noite, Swan. — O moreno disse pela ultima vez antes de finalizar a ligação.
Aquela noite Killian resolveu mergulhar no trabalho e começou a analisar processo que estavam pendentes enquanto esteve fora. Enquanto olhava uma papelada, uma das pastas lhe chamou atenção. Fundação Once Upon A Time trabalho *pro bono. Curioso ele abriu a pasta e quando começou a ler o conteúdo lhe interessou. Uma fundação que ajudava pessoas com câncer era algo altruísta. E talvez ajudar seria algo bom, tanto para pessoas que utilizavam aquele lugar quanto para ele mesmo.
— Trabalho voluntário? Porque não Killian Jones. — O moreno murmurou consigo mesmo e continuou a ler o conteúdo da pasta.
***
Regina esperou cerca de uma hora, para finalmente bater na porta do quarto da filha. Anna por sua vez, temia uma bronca vinda da morena. E verdade era que a menina não queria falar sobre seu pai, não ainda. A mágoa e a decepção ainda estavam guardados, em seu coração e a garota precisava de tempo para superar.
— Anna. — Regina chamou pela filha dando leves batidinhas na porta. — Filha, nós precisamos conversar.
Mesmo sem obter resposta, a morena entrou assim mesmo. Ela encontrou a filha encolhida no canto da cama, seu coração se partiu, pois tinha certeza que garota tinha chorado.
— Eu não quero falar sobre meu pai, mãe. — A garota disse baixinho, quando percebeu a presença da mãe em seu quarto.
Regina foi até a cama, se deitou ao lado da filha e envolvendo em abraço carinhoso.
— Não precisamos falar agora se não quiser, mas eu só quero que saiba filha. Que eu estou aqui, e a Emma também e estaremos sempre e você tem todo tempo do mundo.
Anna sentiu o conforto nos braços da mãe, e se permitiu chorar e liberar toda magoa que tinha guardado por tanto tempo.
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