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História Lado Negro - Romeu e Julieta


Escrita por: Semideus4

Capítulo 6 - Romeu e Julieta


Allyson Angnel

Eu havia me atrasado um pouco para o teatro, mas cheguei a tempo, pois a professora nem havia chegado. Suspirei aliviada e passei em meio aos assentos, indo me juntar aos outros que já estavam no círculo de sempre sobre o palco, me sentei entre Matt e Ariana. Nathan já estava lá, bem na minha reta, e para variar, Nicole estava se atirando para cima dele. Nicole McGee, seus cabelos são loiros com algumas mechas escuras e levemente ondulados, tem uma franja que cai sobre suas sobrancelhas, pele bronzeada artificialmente e pelo o que os garotos dizem "um corpo de arrasar" e linda. Eu diria que é uma oferecida.

Fiquei o olhando e então ele virou o rosto na minha direção e deu um pequeno sorriso, e eu automaticamente sem perceber retribuí o sorriso, mas logo fechei a cara.

– Vocês tão se pegando? – sussurrou Matt para mim.

– O que? Claro que não, eu nunca ficaria com ele – o que em parte era mentira, mas ninguém precisava saber disso.

– Você não me engana Ally – ele logo se virou e voltou a falar com o amigo dele.

– Olá meus lindinhos – disse Claire lá da porta de entrada e veio em nossa direção, logo já estava no meio de todos. – Tive algumas ideias para treinarmos a atuação e o trabalho em grupo, quer dizer, vou dividir você em duplas. – Ela parecia animada com a ideia. – O seguinte: será um garoto e uma garota, vocês se encontrarão fora das aulas se possível e ensaiarão, o garoto fará Romeu, e a garota fará Julieta, e daqui duas semanas me apresentarão com emoção as cenas que designarei a cada dupla – todos começaram a reclamar. – Valerá pontos extras para algumas matérias! – todos se calaram e prestaram atenção naquela mulher.

A maioria que estava aqui ou era burro suficiente, ou não tinha nada para fazer, ou no caso de Nathan, era um “vândalo”.  Não que eu seja burra, mas digamos que literatura não é meu forte, então esses pontos extras farão diferença. Ergui a mão e Claire me olhou fazendo um aceno com a cabeça para que falasse.

– Nós que escolhemos? – perguntei, torcendo que ela dissesse sim.

– Não – ela sorriu. – Assim não tem graça, vocês vão acabar escolhendo com quem tem mais intimidade...

– Mas eu não tenho intimidade com nenhum desses garotos – expliquei.

– Como não? – interveio Nathan, com um sorriso de quem estava prestes a falar besteira. – Não acredito que já se esqueceu do que fazemos entre quatro paredes – ele riu assim como os outros.

– Cala a boca seu idiota, só sabe falar merda – revirei os olhos cruzando os braços.

– Ótimo! Você fará dupla com Nathan – disse Claire para mim.

– Porque? – indaguei indignada.

– Porque todos tem que se dar bem, então vocês vão fazer dupla – logo ela voltou a formar as outras duplas, eu mal prestei atenção, estava preocupada demais pensando em como matar a professora e aquela sua ideia estúpida.

Nathan se aproximou e estendeu a mão para me ajudar a levantar, bufei e no momento que peguei sua mão senti arrepios e era como se uma onde elétrica corresse por todo meu corpo, foi uma sensação gostosa, sua mão era macia e quente, eu a apertei um pouco mais e quase não precisei fazer força, ele praticamente me levantou com um braço só ao me puxar. Ele me encarou por uns instantes, como se me analisasse e estivesse tentando entender algo, pigarreei e ele deu um de seus sorrisos, sabe aqueles de parar o transito? Pois é. Embora isso não funcione comigo, eu acho.

Ficamos um do lado do outro, assim como as outras duplas. Claire explicou nos mínimos detalhes como funcionaria o trabalho e nos entregou o “script” com qual cena cada dupla faria, algumas ficaram repetidas, mas foram poucas. Quando li a nossa parte, tive vontade de levar a sério meu plano quanto a professora.

– Pelo visto, vamos ter de nos beijar minha nobre Julieta – ele disse debochado e riu.

– Vai sonhando, caro Romeu – sorri sínica.

– Bem – proferiu Claire. – Estão todos liberados, não esqueçam que valerá nota extra em, então se empenhem! – ela saiu antes de todos, que foram se retirando aos poucos. Assim como eu e Nathan.

 

– E então, onde vamos ensaiar? – perguntou enquanto saíamos da escola em direção ao estacionamento.

– Pode ser na minha casa e não tente nenhuma gracinha Romeu – quando chegamos no meu carro, peguei um caderno e uma caneta, anotei o endereço e arranquei a folha, logo entregando para ele. – As 15h. – Entrei no meu Nissan March branco e baixei o vidro. – Não se atrase.

– Mau vejo a hora – ele sorriu e saiu para o outro lado do local onde estávamos.



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