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História Lados opostos - Cinco minutinhos de alegria - Parte 2


Escrita por: LaurinahJane

Notas do Autor


Capítulo bônus, a pedido da ~GomezLovato25, espero que gostem!! :)

No próximo fim dessa semana entro de férias e devo viajar pelos próximos 15 dias, então creio que não vá conseguir atualizar a fiction...assim que puder volto!! Sentirei saudades de vocês!!

Capítulo 11 - Cinco minutinhos de alegria - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Lados opostos - Cinco minutinhos de alegria - Parte 2

POV SELENA...

- Eu não faço questão alguma de saber da vida sexual de Demi. Se ela fica ou não com patricinhas da zona sul não me importa Perrie, eu não tenho nada com ela. Disse somente para revidar a provocação, mas por dentro estava insegura...será que o que Perrie falava era verdade?! Demi realmente gostava de “curtir” com garotas como eu, e depois descartá-las?! Eu era mais um “lanchinho da madrugada” da dona do morro?! Nada disso continuou a ocupar meus pensamentos, pois do nada Perrie partiu pra cima de mim, dando uma voadora na altura do meu peito, fazendo-me cair longe e nem sequer ter noção do que tinha me atingido. A cabeça rodava, o peito doía, mas eu precisava levantar, aquela piranha ia ver o que era começar a brigar comigo, ou eu não me chamava Selena Gomez!! Camila me ajudou a ficar de pé e gritou no pé do meu ouvido:

- Você vai bater ou quer que eu bata amiga?! A gente até é patricinha, mas aquela academia caríssima todo dia com lutas de tudo quanto é arte marcial tem que servir para alguma coisa porra!!! Disse com sangue nos olhos!!

- Fica tranquila que essa loira mal diagramada e com essa tinta de cabelo ultrapassada e brega vai ver o que é brigar com uma patricinha bem treinada!! Falei empurrando Camila para o lado e partindo pra cima de Perrie, que não esperava a minha reação e já contava vantagem, cheia de marra. Meu professor de Muay Thai sempre dizia, nunca use a luta para brigar na rua, mas se for preciso se defender, jogue com todas as suas armas, e era exatamente o que eu faria. Meu primeiro murro seria certeiro, para Perrie nunca mais se esquecer de mim.

Assim que ela percebeu que eu havia levantado e que queria briga se vangloriou, dando inclusive uma reboladinha antes de vir para cima de mim, que prendi o cabelo em um rabo de cavalo e a esperei pacientemente. Seu segundo golpe era idêntico ao primeiro, tentando me acertar com o pé, mas dessa vez eu estava atenta e desviei, fazendo-a chutar o vácuo e perder o equilíbrio; foi ai que eu mirei exatamente onde eu queria, o seu lindo nariz!! Ele nunca mais seria o mesmo depois daquele baile, porque eu fiz questão de esmurra-lo com tanta força que, se não quebrei, pelo menos deixei torto e sangrando bastante. Depois dos primeiros socos ela ainda tentou esboçar alguma reação, tentando agarrar no meu cabelo, mas se tem uma coisa que aprendi é que mulher de verdade não briga puxando cabelo, então ela não iria ter essa chance de igualar o páreo...esperei que ela viesse mais uma vez e dei outro golpe, agora no pé do ouvido, como aprendi durante as aulas, o que fez com que ela fosse parar perto das caixas de som. Fui atrás, eu não era de começar algo e não terminar...a peguei pelos cabelos e esfreguei sua cara na parede ao lado das caixas, gritando em seu ouvido para que ela entendesse bem o recado...

- Eu não sou da favela, mas se precisar eu viro uma autêntica moradora da favela!! Nunca mais ouse pensar em levantar sua mãozinha para mim, entendeu Perrie?! Ela não respondeu, então eu perguntei de novo, esfregando sua cara de novo na parede...

- Eu não ouvi sua resposta Perrie...você me entendeu?! De forma baixa e contida ela respondeu que sim, o que fez a galera ao nosso redor começou a gritar, chamando ela de “arregona” e “paga pau”. Queria continuar aquela conversa, ela merecia ser mais humilhada, mas senti uma mão forte me puxar e me tirar do meio da multidão, mão que percebi depois ser de Demi. Quando vi já estava de volta à área vip, atrás de nós duas vieram Camila, Lauren, Dinah e a namorada, assim como Ally. Todas eram unânimes, tinha sido uma surra homérica e Perrie nunca mais iria mexer comigo. Me sentia vitoriosa, porém algo me incomodava muito e eu só iria esperar a hora certa para tirar a limpo...queria ouvir de Demi aquela história de ir para a zona sul “pegar patricinhas”...eu era mais uma?!

O resto do baile transcorreu da forma mais irada possível...Marcinho fez um show muito foda, com direito a Lauren subir no palco e cantar para Camila, o que deixou bem claro que elas já haviam se pegado e nós tínhamos perdido a chance de poder zuá-las. Demi também foi ao palco e cantou, além de ter feito um agradecimento especial, dizendo que aquele baile tinha sido pensando, organizado e acontecido especialmente para mim, o que fez com que eu me derretesse toda mais uma vez...ela podia ser pilantra, safada e bandida, mas sabia ser doce e delicada quando queria. Passavam das três e meia da manhã e o baile ainda estava a todo vapor, mas Demi me explicou que era a hora dela sair, por segurança ela nunca ficava até o final, então nos organizamos pra irmos junto com ela, afinal estávamos ali por ela também.

O percurso do baile até a casa dela foi todo em silêncio...Lauren dirigia, agora com Camila no banco da frente ao seu lado, e eu e Demi sentamos no banco de trás. Ela recostou a cabeça em meu ombro e foi até sua casa calada, apenas fazendo carinho em minha mão. Era um daqueles momentos em que eu lembrava da conversa com Dinah no hospital, quando ela falava que Demi nada mais era do que um gatinho assustado, mas que tinha que transparecer o tempo todo ser um leão feroz. Ao chegarmos percebemos que Lauren e Camila queriam ficar sozinhas, então Demi organizou o quarto de hóspedes para Camila, que logo disfarçou e arrastou Lauren para lá. Nós duas permanecemos na sala vendo um pouco do programa que passava na TV, e logo depois ela me perguntou se queria esperar o sol começar a nascer na sua varanda; como ela já havia dito várias vezes ser a coisa mais linda, eu simplesmente topei...

Esticamos um colchão e levamos os travesseiros e um edredon...era o lugar mais simples do mundo, mas me fez perceber o quanto aquilo me fazia bem. Ela se recostou com o travesseiro em uma das pilastras, de frente para o local onde veríamos o sol nascer, e esticou o braço de forma que eu pudesse me recostar nela, aconchegada como um pequeno animal que busca seu porto seguro. O céu estava tão estrelado que podíamos ver todas as constelações que aprendemos a conhecer ainda no ensino fundamental, nas aulas de geografia...

- É lindo demais olhar o céu daqui. Disse aninhada em seus braços. Você sabia que Ptolomeu no século II, em seu tratado de astronomia, chamado Almagesto, listou 48 constelações?! Depois dessas, mais 40 foram listadas pela União Astronômica Internacional, mas daqui da terra podemos ver poucas, como o Cruzeiro do Sul, a Ursa Major, Orion e Scorpion. Falei, apontando uma a uma para que Demi pudesse identifica-las. Ela não me respondeu...apenas me observava falar, com um pequeno sorriso nos lábios, o que me deixou em um misto de incógnita e vergonha, será que estava falando besteiras no conceito dela?!

- Falei algo que não devia ou que te fez achar graça de mim?! Perguntei sem graça. Ela me olhou mais uma vez de forma terna, doce, e me deu um selinho demorado.

- Não, você não falou nada que não devia ou que tenha me feito achar graça. Meu sorriso foi apenas por observar o quanto sua presença me faz bem, me faz pensar. Eu nunca tinha ouvido falar em constelações, embora sempre tenha visto as pessoas falando do Cruzeiro do Sul. A mãe de Lauren fala que se a gente se perder a gente pode se encontrar por essas estrelas, mas eu não sabia que elas se chamavam constelações...acho que na época que ensinaram o que eram constelações na escola eu estava ocupada batendo nas outras crianças. Disse dando um sorriso lindo para mim e me dando outro selinho.

- Posso te fazer uma pergunta?! Perguntei meio sem graça, com medo da resposta.

- Claro, pergunte o que quiser Selena. Disse ajeitando-se agora entre meus braços, como uma criança se ajeita em no canto da cama da pessoa que confia.

- Nunca pensou em sair dessa vida?! Ter uma vida normal, como uma pessoa normal?! Perguntei e senti vontade de sair correndo...e se ela não quisesse falar sobre aquilo?! Será que eu havia ido longe demais?! Ela me olhou demoradamente nos olhos e só depois de um longo suspiro decidiu responder...

- Todas as noites, quando posso colocar a cabeça no travesseiro, eu penso sobre isso...sobre como seria ter uma vida normal, uma família, uma casa que não fosse cercada por seguranças; penso em como deve ser poder passear no shopping, tomar um sorvete na esquina, ir a praia e ficar lá igual um calango tomando sol. Deve ser a coisa mais gostosa do mundo se envolver com alguém e não ter medo daquela pessoa ser morta como vingança contra você, mas eu não sei o que é isso...não sei o que é confiar na maioria das pessoas, muito menos ter a tranquilidade de dormir sem imaginar alguém invadindo minha comunidade, minha casa. Frente a tudo isso você não acha que eu daria tudo para ter uma vida normal, ser uma pessoa normal?! O problema é que, quem chega aonde eu cheguei, não consegue mais fazer o caminho de volta Selena...como ter uma vida normal se eu sou atualmente uma das cinco pessoas mais procuradas da cidade?! Como ter uma vida normal se tenho mais inimigos do que amigos?! Se boa parte das pessoas que se aproximam de mim são por interesse no status de ser “amigo da chefe”, e não pelo que sou como pessoa?! Eu só conseguiria ter uma vida normal se morresse e nascesse de novo Selena. Respondeu e se calou, pensativa, virando-se de costas para mim.

Senti que tinha tocado em um assunto no qual ela não se sentia confortável em falar, assim tentei tirá-lo da pauta...virei-a para mim e dei-lhe um selinho. Aos poucos o selinho virou um beijo, que virou outro, e outro...quando vi ela já estava com todo o seu corpo sobre mim, eu já estava dominada. Como da primeira vez no baile, sentíamos necessidade de presença, de contato, como se aquela fosse a última vez que teríamos uma a outra. Só que diferente da transa intensa no baile, agora podia sentir Demi com mais calma, explorando cada pedacinho do meu corpo por debaixo do edredon, como se buscasse me conhecer, me sentir por inteiro...quando pensei que transaríamos mais uma vez ela simplesmente deitou-se ao meu lado recostando a cabeça em meu peito, como quem pede colo...meu leãozinho era realmente um gatinho naquele momento, e eu era simplesmente o seu porto seguro!!

  


Notas Finais


PS: Sem correções, desculpem os erros!!


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